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v - Jornal de Leiria

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DR Pioneiros<br />

TALENTOS<br />

Jaime Henriques, 20 anos,<br />

tem como principais referências<br />

Belmiro <strong>de</strong> Azevedo e<br />

José Mourinho. Porque são<br />

bons naquilo que fazem. E<br />

conhecer pessoalmente o treinador<br />

é mesmo o seu maior<br />

sonho<br />

Pág 5<br />

EVASÕES<br />

Poucos serão os portugueses<br />

que ao ouvirem o nome <strong>de</strong><br />

"Evaristo" não se lembrem<br />

do famoso complemento da<br />

frase "tens cá disto?<br />

das profun<strong>de</strong>zas<br />

Pág 13<br />

EVENTOS<br />

Mostrar o ambiente religioso<br />

em que António Alçada Baptista<br />

foi educado é o tema<br />

principal da peça que o Teatro<br />

das Beiras traz a <strong>Leiria</strong> no<br />

próximo sábado, 14, com<br />

“Quadros do interior”<br />

Pág 6<br />

| d | e | s | t | a | c | á | v | e | l |<br />

JORNAL DE LEIRIA | EDIÇÃO 1122 | 12 DE JANEIRO DE 2006


JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006 | V | I | V | E | R | 2 |<br />

Abertura<br />

Descer por<br />

cordas ao fundo<br />

<strong>de</strong> grutas com<br />

mais <strong>de</strong> 100<br />

metros <strong>de</strong><br />

profundida<strong>de</strong>,<br />

rastejar pelo<br />

meio <strong>de</strong> lama e<br />

rochas <strong>de</strong><br />

arestas vivas e<br />

mergulhar em<br />

rios<br />

subterrâneos<br />

com água à<br />

temperatura <strong>de</strong><br />

quase<br />

congelação,<br />

po<strong>de</strong> parecer<br />

um <strong>de</strong>sporto<br />

radical<br />

praticado por<br />

quem não tem<br />

amor à vida.<br />

Mas a<br />

espeleologia é<br />

mais que isso.<br />

Quem pratica<br />

diz que não há<br />

melhor maneira<br />

<strong>de</strong> acabar com<br />

o stress urbano<br />

JACINTO SILVA DURO<br />

O Sol começa a aquecer o Parque<br />

Natural das Serras <strong>de</strong> Aire e<br />

Can<strong>de</strong>eiros (PNSAC). Carregado<br />

<strong>de</strong> cordas, capacetes, mosquetões<br />

e outras ferragens <strong>de</strong> todos os<br />

tamanhos e feitios, um jipe branco<br />

atravessa um dos planaltos<br />

daquela parte do Maciço Calcário<br />

Estremenho. Algures junto a<br />

uma oliveira raquítica e solitária,<br />

o veículo todo-o-terreno vira<br />

repentinamente para um caminho<br />

cheio <strong>de</strong> pedras, assustando<br />

uma cabra que foge seguida <strong>de</strong><br />

uma cria. Duas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> metros<br />

mais à frente o carro pára. As portas<br />

abrem-se e um grupo <strong>de</strong><br />

homens e mulheres, vestidos com<br />

fatos <strong>de</strong> macaco, saem falando<br />

alto e rindo.<br />

Um dos elementos do grupo<br />

aproxima-se <strong>de</strong> uma pedra que<br />

escon<strong>de</strong> uma fenda no chão que<br />

mal dá para <strong>de</strong>ixar passar um corpo.<br />

As cordas são retiradas do jipe<br />

e preparadas para uma <strong>de</strong>scida<br />

<strong>de</strong> várias <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> metros até<br />

um mundo subterrâneo, on<strong>de</strong> as<br />

trevas permanentes imperam.<br />

A pouco e pouco, as chamas<br />

<strong>de</strong> acetileno presas aos capacetes<br />

dos “intrépidos exploradores”<br />

Toupeiras humanas<br />

vão iluminando as enormes naves<br />

<strong>de</strong> catedrais criadas pela Natureza,<br />

ao longo <strong>de</strong> milénios. Locais<br />

<strong>de</strong> beleza rara vedados à maioria<br />

dos mortais. Ao fim do dia,<br />

quando voltam a emergir do fundo<br />

da terra, cansados, imundos<br />

<strong>de</strong> lama e com alguns cortes e<br />

mazelas provocadas pelas arestas<br />

vivas das rochas, guardam no<br />

espírito imagens <strong>de</strong> um mundo<br />

estranho e único.<br />

Mas, afinal, quem são estas<br />

toupeiras que, ao fim-<strong>de</strong>-semana,<br />

<strong>de</strong>ixam o conforto do lar,<br />

namoradas, namorados e cônjuges<br />

para se <strong>de</strong>dicarem à paixão<br />

da espeleologia?<br />

ESPELEOLOGIA: S.F. GR.<br />

SPÉLAION, CAVERNA E<br />

LÓGOS, TRATADO<br />

No dicionário, espeleologia é<br />

uma disciplina que faz parte da<br />

Geologia e que se <strong>de</strong>dica ao estudo<br />

e exploração das cavida<strong>de</strong>s<br />

naturais, tais como a formação<br />

das grutas, cavernas, fontes e<br />

águas subterrâneas. Na prática é,<br />

assegura quem a pratica, um vício.<br />

“Entusiasma-me o facto <strong>de</strong> ser o<br />

primeiro a chegar a um <strong>de</strong>termi-<br />

“Espeleologia turística”<br />

Para aqueles que se sentem atraídos pelo<br />

mundo subterrâneo mas que não nutrem<br />

especial carinho pela espeleologia clássica,<br />

há sempre a alternativa <strong>de</strong> visitar uma das<br />

grutas do Maciço Calcário exploradas com<br />

fins turísticos. É o caso das grutas <strong>de</strong> Mira<br />

<strong>de</strong> Aire, consi<strong>de</strong>radas como as mais profundas<br />

<strong>de</strong> Portugal abertas ao público. Foram<br />

<strong>de</strong>scobertas em 1947 mas só em 1971 foi<br />

nado local”, diz José Artur Pinto,<br />

membro do NEL-Núcleo <strong>de</strong><br />

Espeleologia <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, associação<br />

criada em 1985 por um grupo<br />

<strong>de</strong> amigos. Praticante <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os 13 anos, é a beleza e o sentimento<br />

que raia o sagrado que<br />

mais o atraí. “Descer a uma gruta<br />

é quase como entrar num templo”,<br />

conta.<br />

Na região, o NEL conta com<br />

cerca <strong>de</strong> 200 sócios divididos pelas<br />

várias activida<strong>de</strong>s que promove,<br />

da espeleologia, passando pela<br />

escalada, canoagem, arqueologia,<br />

BTT ou pe<strong>de</strong>strianismo. O seu<br />

espaço <strong>de</strong> actuação é, por excelência,<br />

a área das serras <strong>de</strong> Aire<br />

e <strong>de</strong> Can<strong>de</strong>eiros, conjunto que<br />

constituiu o Maciço Calcário Estremenho,<br />

um enorme monólito em<br />

calcário, cujo interior se assemelha<br />

a um queijo suíço, pleno <strong>de</strong><br />

cavida<strong>de</strong>s, algares, ribeiras subterrâneas,<br />

formações geológicas<br />

<strong>de</strong> beleza rara e ainda fauna e<br />

flora únicas no mundo. Ali a maior<br />

parte das grutas são algares conhecidos<br />

apenas pela população ou<br />

pelos espeleógos. Estas cavida<strong>de</strong>s<br />

verticais com várias <strong>de</strong>zenas<br />

<strong>de</strong> metros <strong>de</strong> altura, são criadas<br />

constituída uma socieda<strong>de</strong> concessionária<br />

que promoveu a cavida<strong>de</strong>. Mas, também<br />

houve impactos negativos com os potentes<br />

holofotes e criação <strong>de</strong> lagos e repuxos artificiais,<br />

introduzidos com a intenção <strong>de</strong> embelezar<br />

o espaço. Embora continuem a impressionar,<br />

a natureza da gruta foi alterada<br />

radicalmente e do ecossistema original pouco<br />

ou nada existe.<br />

por abatimentos do solo ou pela<br />

água da chuva carregada <strong>de</strong> dióxido<br />

<strong>de</strong> carbono que dissolve a<br />

rocha e que, por escorrência e<br />

acção da gravida<strong>de</strong> altera as entranhas<br />

da terra.<br />

“ESPELEOLOGIA NÃO É<br />

DESPORTO RADICAL”<br />

Progredir num meio hostil ao<br />

Homem como uma gruta é uma<br />

tarefa que requer formação, equipamentos<br />

especiais... “E respeito<br />

pela natureza e activida<strong>de</strong>”, acrescenta<br />

Pedro Ferreira. O presi<strong>de</strong>nte<br />

do NEL adianta que a espeleologia<br />

não é um <strong>de</strong>sporto radical.<br />

“Tentamos afectar aquele mundo<br />

o menos possível. Daí que fazer<br />

uma exploração só para chegar<br />

mais longe é perda <strong>de</strong> tempo.”<br />

Para acompanhar uma incursão,<br />

<strong>de</strong>vem estar presentes pessoas<br />

com valências ou interesses nas<br />

áreas da zoologia, botânica, antropologia,<br />

arqueologia e formação<br />

homologada pela Fe<strong>de</strong>ração Portuguesa<br />

<strong>de</strong> Espeleologia.<br />

Emanuel Santos, também membro<br />

do NEL, <strong>de</strong>scobriu a espeleologia<br />

aos 16 anos no escutismo.<br />

Actualmente, prefere a escalada,<br />

mas não <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nha uma <strong>de</strong>scida.<br />

Confessa, contudo, que não é<br />

homem para <strong>de</strong>ixar a namorada<br />

e ir para a serra... Prefere levá-la<br />

com ele. “Perceber os mecanismos<br />

que estão por <strong>de</strong>trás da criação<br />

das grutas e das formações<br />

que se encontram no interior é<br />

uma das razões que me impele”,<br />

explica. As cavida<strong>de</strong>s que elege<br />

como favoritas são o “Algar do<br />

Pena”, pelo tamanho e beleza das<br />

formações, e a “Falsa”, pelo comprimento<br />

e dificulda<strong>de</strong>, todas no<br />

PNSAC.<br />

Quase a dobrar o meio século,<br />

António Fael tinha 17 anos<br />

quando tirou um curso <strong>de</strong> espeleologia<br />

e a partir daí nunca mais


DR<br />

parou. Esteve envolvido na criação<br />

do NEL-Núcleo <strong>de</strong> Espeleologia<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, facto que lhe valeu<br />

a reputação <strong>de</strong> “pai NEL”.<br />

A maior profundida<strong>de</strong> a que<br />

esteve foi 130 metros e as peripécias<br />

passadas nestas conduções<br />

são muitas. Certa vez, ficou preso<br />

numa passagem estreita. Uma<br />

rocha <strong>de</strong>slocou-se e pren<strong>de</strong>u-lhe<br />

o peito. “Com o martelo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sobstrução,<br />

fui partindo a pedra até<br />

me libertar”.<br />

Os perigos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scer abismos<br />

e cascatas subterrâneas por cordas,<br />

<strong>de</strong>slizar em túneis lamacentos<br />

por on<strong>de</strong> mal passa um coelho,<br />

diz quem pratica há muitos<br />

anos espeleologia, são poucos, se<br />

se seguirem os procedimentos <strong>de</strong><br />

segurança. “Já parti um pé a jogar<br />

futebol e um <strong>de</strong>do a jogar basquetebol,<br />

mas nunca me aconteceu<br />

nada numa gruta”, assegura<br />

José Artur Pinto.<br />

ECOSSISTEMAS ÚNICOS<br />

As mais <strong>de</strong> 1500 grutas conhecidas<br />

na área do Maciço Calcário<br />

Estremenho funcionam como<br />

verda<strong>de</strong>iras janelas para a interpretação<br />

do meio cársico. Para<br />

além da beleza das formações<br />

calcárias, como as estalactites e<br />

estalagmites e das ribeiras subterrâneas,<br />

também a fauna e flora<br />

das grutas do PNSAC são únicas.<br />

DR<br />

Os ecossistemas subterrâneos<br />

não se limitam às importantes<br />

colónias <strong>de</strong> morcegos, existindo<br />

alguns animais raros, que dificilmente<br />

se i<strong>de</strong>ntificam a olho<br />

nu. No “Algar do Pena”, um dos<br />

mais extensamente estudados no<br />

parque, encontram-se vários organismos<br />

macroinvertebrados que<br />

não exce<strong>de</strong>m um centímetro <strong>de</strong><br />

tamanho. Embora algumas <strong>de</strong>stas<br />

espécies sejam comuns nas<br />

grutas portuguesas existe uma<br />

que é única. Um dipluro, um predador<br />

que, até agora, não se encontrou<br />

em mais nenhum lado e tem<br />

sido alvo dos estudos <strong>de</strong> biólogos.<br />

Jacinto Silva Duro<br />

Equipamento Básico<br />

Capacete com iluminação eléctrica ou chama<br />

<strong>de</strong> acetileno<br />

Gasómetro que através da reacção química<br />

entre água e carbureto, produz acetileno<br />

Fato resistente às arestas afiadas das rochas<br />

Arnês <strong>de</strong> peito com crawl – bloqueador<br />

<strong>de</strong> subida usado na corda que impe<strong>de</strong> o<br />

espeleólogo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizar aci<strong>de</strong>ntalmente<br />

para baixo<br />

Punho – Bloqueador usado na transposição<br />

<strong>de</strong> obstáculos e ascensão <strong>de</strong> algares<br />

Pedal – dispositivo que, combinado com<br />

o Punho permite subir os oços verticais<br />

Arnês para a cintura – dispositivo on<strong>de</strong><br />

um “<strong>de</strong>lta” ou mosquetão fixa o material<br />

<strong>de</strong> subida e <strong>de</strong>scida por corda<br />

MATERIAL DE DESCIDA:<br />

Descensor – instrumento que permite controlar<br />

a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scida em corda<br />

Shunt – Bloqueador <strong>de</strong> <strong>de</strong>scida. Evita quedas<br />

aci<strong>de</strong>ntais<br />

Longes – Sistema <strong>de</strong> duas cintas presas<br />

ao “<strong>de</strong>lta” on<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> dois mosquetões,<br />

se fixa material. Servem também para<br />

fazer segurança<br />

DR<br />

Espeleólogos<br />

<strong>de</strong>scobrem<br />

profun<strong>de</strong>zas<br />

da Serra <strong>de</strong> Sicó<br />

No início do ano passado,<br />

o Grupo <strong>de</strong> Protecção Sicó<br />

(GPS) <strong>de</strong>scobriu na Serra <strong>de</strong><br />

Sicó aquela que é, até agora,<br />

a mais profunda cavida<strong>de</strong><br />

natural daquele maciço calcário.<br />

O “Abismo <strong>de</strong> Sicó”<br />

como foi <strong>de</strong>signada, tem uma<br />

profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 100<br />

metros, mas os responsáveis<br />

do GPS acreditam que os trabalhos<br />

futuros no algar <strong>de</strong>vem<br />

permitir <strong>de</strong>scer ainda mais.<br />

“Inicia-se com uma vertical<br />

directa <strong>de</strong> 85 metros, uma<br />

das maiores do País e, seguramente,<br />

a maior do Maciço<br />

Calcário Con<strong>de</strong>ixa-Sicó-<br />

Alvaiázere”, conta Sérgio<br />

Me<strong>de</strong>iros. A voz do vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

do GPS é marcada<br />

pelo entusiasmo quando fala<br />

<strong>de</strong>sta <strong>de</strong>scoberta conjunta feita<br />

com o Núcleo <strong>de</strong> Espeleologia<br />

<strong>de</strong> Con<strong>de</strong>ixa. No final<br />

da <strong>de</strong>scida, existe outra sala,<br />

mais ampla, com <strong>de</strong>z metros<br />

<strong>de</strong> altura, oito <strong>de</strong> comprimento<br />

e três <strong>de</strong> largura. Num<br />

dos extremos da cavida<strong>de</strong>, do<br />

lado oposto à <strong>de</strong>scida, por<br />

cima <strong>de</strong> um compacto manto<br />

estalagmítico, existe um<br />

novo poço com cerca <strong>de</strong> seis<br />

metros <strong>de</strong> <strong>de</strong>snível. “A esta<br />

cota, 88 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>,<br />

uma leve e fácil <strong>de</strong>sobstrução<br />

tornou possível o acesso<br />

ao topo <strong>de</strong> uma diaclase<br />

[fissura que divi<strong>de</strong> dois maciços<br />

rochosos]”, explica Sérgio<br />

Me<strong>de</strong>iros. Uma rápida<br />

medição confirmou pelo menos<br />

mais 20 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong><br />

e sérias possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> continuação do Abismo.<br />

| V | I | V | E | R | 3 |<br />

JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006


JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006 | V | I | V | E | R | 4 |<br />

Entre<br />

o Céu...<br />

DAVID NEVES<br />

O presi<strong>de</strong>nte<br />

da Recilis<br />

mereceu o<br />

aplauso do<br />

ministro do<br />

Ambiente,<br />

que vai aplicar<br />

o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão adoptado<br />

no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>spoluição<br />

da bacia hidrográfica do<br />

Lis em explorações agro-<br />

-pecuárias <strong>de</strong> todo o País. As<br />

associação ambientalistas<br />

mostraram-se especialmente<br />

agradadas com a solução técnica<br />

escolhida para tratar os<br />

efluentes.<br />

JORGE JESUS<br />

O treinador do<br />

União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

tem nome<br />

<strong>de</strong> Messias e<br />

para o clube<br />

está a ser um<br />

salvador. Des<strong>de</strong><br />

a sua chegada,<br />

que os resultados da<br />

equipa mudaram. As vitórias<br />

e os golos começaram a aparecer<br />

e, neste momento, o<br />

clube já ocupa a sétima posição,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sair dos últimos<br />

lugares. Ainda há muito<br />

campeonato para se disputar,<br />

mas Jesus colocou o <strong>Leiria</strong> no<br />

bom caminho<br />

SÉRGIO LEAL<br />

O lí<strong>de</strong>r do PS<br />

<strong>de</strong> Pombal<br />

abandonou a<br />

última reunião<br />

<strong>de</strong> Câmara<br />

<strong>de</strong>pois do seu<br />

colega socialista<br />

ter votadofavoravelmente<br />

uma proposta da<br />

maioria social-<strong>de</strong>mocrata,<br />

por enten<strong>de</strong>r estar esclarecido<br />

em relação a algumas<br />

dúvidas que Sérgio Leal<br />

achava serem motivadoras <strong>de</strong><br />

um voto <strong>de</strong> abstenção. O<br />

vereador <strong>de</strong>monstrou inflexibilida<strong>de</strong>,<br />

assim como uma<br />

atitu<strong>de</strong> que <strong>de</strong>monstra pouca<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diálogo.<br />

... e o<br />

Inferno<br />

| Pessoalíssimo|<br />

Boicotado<br />

com sentido<br />

<strong>de</strong> humor<br />

Um problema técnico dificultou,<br />

na semana passada, a<br />

comunicação preparada por Olegário<br />

Benquerença para um<br />

<strong>de</strong>bate sobre a Reforma do Sistema<br />

Desportivo, integrado no<br />

Congresso do Desporto, que<br />

<strong>de</strong>correu em Óbidos. Sem suporte<br />

informático, contornou o problema,<br />

protagonizando o primeiro<br />

momento <strong>de</strong> boa disposição, ao afirmar: "Já estamos<br />

habituados a ser boicotados… Mas costuma ser só no fim". E<br />

tanto é hábito que Benquerença vinha preparado com uma apresentação<br />

em CD, do qual puxou, advertindo: "Espero não ter<br />

trazido um do Fernando Rocha, por engano". Certo é que não<br />

se chegou a saber, porque o CD também não funcionou e o<br />

árbitro foi obrigado a improvisar: "Assim já tenho <strong>de</strong>sculpa se<br />

me sair mal". Mas não foi necessário. Estava tudo na ponta da<br />

língua.<br />

“Queremos ajudar<br />

a retirar o rio Lis das<br />

páginas dos jornais por<br />

maus motivos<br />

“<br />

FRANCISCO NUNES CORREIA,<br />

MINISTRO DO AMBIENTE<br />

O feiticeiro<br />

Parece mais um feiticeiro<br />

envolto na ban<strong>de</strong>ira nacional<br />

do que um apoiante <strong>de</strong><br />

Mário Soares na Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>. Se assim fosse talvez<br />

o feitiço não se virasse<br />

contra o verda<strong>de</strong>iro feiticeiro,<br />

que foi recebido <strong>de</strong> forma<br />

pacífica na cida<strong>de</strong> do<br />

vidro, terra on<strong>de</strong> uma agressão,<br />

em 1994, serviu <strong>de</strong> varinha<br />

mágica para ganhar as<br />

eleições<br />

“Desperdiça-se<br />

<strong>de</strong>masiado tempo a<br />

tentar ser perfeito e a<br />

mostrar aquilo que se<br />

não é<br />

“<br />

JAIME HENRIQUES,<br />

VENÇEDOR NACIONAL<br />

DO CONCURSO “IDEIAS<br />

DE NEGÓCIO”<br />

A farda até me fica bem!<br />

José Miguel Me<strong>de</strong>iros mostrou o seu apreço pelo trabalho dos<br />

bombeiros no verão quente <strong>de</strong> 2005. O governador civil aproveitou<br />

o momento da distribuição <strong>de</strong> material aos bombeiros voluntários<br />

do distrito para sentir na pele,<br />

pelo menos, o peso dos fatos<br />

que ofereceu. Depois <strong>de</strong><br />

fechar o casaco, José<br />

Miguel Me<strong>de</strong>iros até<br />

gostou <strong>de</strong> se ver vestido<br />

<strong>de</strong> bombeiro.<br />

Simplesmente Maria<br />

Apesar dos holofotes incidirem mais no marido, Maria Cavaco<br />

Silva sorriu ao elogio <strong>de</strong> que foi alvo por parte da mandatária distrital,<br />

Helena da Bernarda, que elogiou as suas qualida<strong>de</strong>s. Um<br />

momento fugaz <strong>de</strong> popularida<strong>de</strong>, que aconteceu segunda-feira<br />

passada, em Pombal,testemunhado<br />

por cerca <strong>de</strong><br />

4500 pessoas.<br />

| N a p o n t a d a l í n g u a |<br />

“Hoje a Exposalão<br />

é uma pedra no sapato,<br />

tanto a Norte como a<br />

Sul<br />

“<br />

JOSÉ FRAZÃO,<br />

ADMINISTRADOR DA<br />

EMPRESA, NA<br />

APRESENTAÇÃO DO<br />

CALENDÁRIO PARA 2006<br />

“Uma onda <strong>de</strong><br />

entusiasmo começou em<br />

Dezembro nas Caldas,<br />

encheu Alcobaça, passou<br />

hoje por <strong>Leiria</strong> e Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> e esta noite<br />

inundou completamente<br />

Pombal. Ultrapassámos,<br />

sempre, em todos os<br />

locais, as expectativas<br />

mais optimistas<br />

“<br />

HELENA DA BERNARDA,<br />

MANDATÁRIA DISTRITAL,<br />

EM POMBAL


Talentos<br />

Estava à espera <strong>de</strong> ganhar<br />

este prémio?<br />

Nunca pensei ganhar, sobretudo<br />

a nível nacional. Ter a<br />

melhor i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> negócios do<br />

País é algo que não podia imaginar.<br />

Mas penso que é o resultado<br />

<strong>de</strong> ser persistente. Devemos<br />

ro<strong>de</strong>ar-nos das pessoas<br />

certas e nunca <strong>de</strong>sistir dos objectivos.<br />

De que consta o projecto e<br />

a i<strong>de</strong>ia “Viva +”?<br />

É uma marca para a criação,<br />

gestão e produção <strong>de</strong> todo o<br />

tipo <strong>de</strong> eventos e emoções/experiências.<br />

É uma i<strong>de</strong>ia inovadora<br />

que abrange a área <strong>de</strong> realização<br />

<strong>de</strong> eventos (culturais,<br />

empresariais, <strong>de</strong> promoção), feita<br />

por pessoas que conheçam<br />

o tipo <strong>de</strong> projecto da empresa<br />

cliente e trabalhem com profissionalismo<br />

e rigor. Em Portugal,<br />

já há o conceito <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r<br />

experiências, que surgiu há<br />

três anos, através da marca “A<br />

vida é bela”. As empresas gostam<br />

porque joga com motivação<br />

e incentivo dos recursos<br />

humanos. A “Viva+” quer ven<strong>de</strong>r<br />

não só experiência mas também<br />

emoções. Não temos clientes,<br />

mas parceiros, criamos<br />

cumplicida<strong>de</strong>s e fi<strong>de</strong>lizamos<br />

clientes.<br />

Como se lembrou da i<strong>de</strong>ia?<br />

Fiz uma análise <strong>de</strong> mercado,<br />

na área da realização <strong>de</strong><br />

eventos, e percebi as necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, Aveiro, Castelo<br />

Branco, Viseu, Coimbra, Braga.<br />

Gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, mas fora<br />

dos centros <strong>de</strong> Lisboa e Porto<br />

on<strong>de</strong> já há gran<strong>de</strong>s estruturas.<br />

E porque as empresas familiares<br />

e as PME se situam aqui. Os<br />

eventos precisam <strong>de</strong> impacto,<br />

abalo psicológico, coragem (que<br />

no latim quer dizer coração).<br />

Quando é que esta empresa<br />

vai para a frente?<br />

Quando existirem os investidores<br />

certos, que acreditem,<br />

se envolvam e se apaixonem<br />

pelo projecto. Tenho uma equipa<br />

fabulosa e estou disponível<br />

para dar todas as explicações<br />

aos investidores. Mas para avançar<br />

tem <strong>de</strong> ser numa empresa<br />

com estrutura e num investimento<br />

forte. Se não, prefiro que<br />

não avance.<br />

De on<strong>de</strong> vem o seu lado<br />

empreen<strong>de</strong>dor?<br />

Nunca gostei que me impusessem<br />

barreiras. O nosso limite<br />

<strong>de</strong>ve ser o céu, as nossas<br />

capacida<strong>de</strong>s e inteligência. Aos<br />

17 anos, cheguei a casa e disse<br />

ao meu pai que ia constituir<br />

uma empresa na área da produção<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sfiles <strong>de</strong> moda, através<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s agências que já<br />

conhecia em Lisboa. Abri escri-<br />

Jaime Henriques, vencedor nacional do concurso “I<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> negócio”<br />

A paixão pelo marketing<br />

tório e promovi vários cursos.<br />

E as coisas até nem correram<br />

mal. Mas não era bem aquela<br />

área que queria seguir. Não me<br />

arrependo porque ganhei maturida<strong>de</strong><br />

e experiência e fiz um<br />

grupo <strong>de</strong> amigos que me ajudam<br />

ao longo do tempo.<br />

Com <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>,<br />

optou por um colégio interno.<br />

Porquê?<br />

Porque os meus pais, empresários,<br />

eram muito ocupados.<br />

Pensei que se queria obter uma<br />

certa formação complementar,<br />

era útil passar por um colégio.<br />

Foram dois anos que me ensinaram<br />

a ter uma certa postura<br />

na vida. Aprendi muito, a nível<br />

pessoal, porque os professores<br />

eram muito bons.<br />

Ambiciona ser empresário?<br />

Não me vejo sentado a tomar<br />

<strong>de</strong>cisões. Vejo-me no terreno,<br />

a actuar. A minha felicida<strong>de</strong><br />

não passa por dinheiro mas por<br />

fazer aquilo que gosto, a <strong>de</strong>senvolver<br />

projectos por paixão.<br />

Uma empresa não po<strong>de</strong> moverse<br />

apenas por resultados e margem<br />

lucrativa. O futebol po<strong>de</strong><br />

dar dinheiro mas tem que apaixonar<br />

multidões. É como a política.<br />

O meu amigo João Costa,<br />

da JSD <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, um dia disseme:<br />

“Estou na política porque<br />

gosto e sinto que posso dar mais<br />

a esta estrutura. Tudo o resto,<br />

vem por acréscimo.”<br />

Faltam i<strong>de</strong>ias aos empresários<br />

portugueses?<br />

O gran<strong>de</strong> problema dos<br />

empresários não é falta <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias<br />

mas <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias. De coragem<br />

e <strong>de</strong> se ro<strong>de</strong>arem das pessoas<br />

certas. A quem <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>,<br />

como directores <strong>de</strong> Marketing<br />

Jaime Henriques, 20 anos, tem como<br />

principais referências Belmiro <strong>de</strong> Azevedo<br />

e José Mourinho. Porque são bons naquilo<br />

que fazem. E conhecer pessoalmente o treinador<br />

é mesmo o seu maior sonho. Este<br />

jovem nasceu em Outeiro da Fonte, Carvi<strong>de</strong>,<br />

<strong>Leiria</strong>, e também quer ser um dos melhores<br />

em Marketing. Este ano, foi seleccionado,<br />

pela Associação Nacional <strong>de</strong> Jovens<br />

Empresários, como autor da melhor i<strong>de</strong>ia<br />

nacional <strong>de</strong> negócio. Estuda no 2º ano do<br />

curso técnico <strong>de</strong> comunicação, relações<br />

públicas, marketing e publicida<strong>de</strong>, na Escola<br />

Tecnológica e Profissional da Zona do<br />

Pinhal, on<strong>de</strong> é aluno <strong>de</strong> 19 a Marketing.<br />

“Não sou bom aluno noutras áreas. Não se<br />

po<strong>de</strong> ser perfeito. É preciso é persistência e<br />

inovar sempre”, diz.<br />

Filho único, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> dois anos interno<br />

GRAÇA MENITRA<br />

ou administradores, não <strong>de</strong>ve<br />

faltar a coragem que mate uma<br />

i<strong>de</strong>ia. Hoje matam-se muitas<br />

i<strong>de</strong>ias por falta <strong>de</strong> coragem para<br />

as levar para a frente. É preciso<br />

acreditar nos projectos e planear,<br />

que é o que muitos não<br />

fazem. Com planeamento, alcançam<br />

objectivos e sabem os meios<br />

<strong>de</strong> que necessitam. O que move<br />

a Democracia é a troca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias.<br />

Só com esforço <strong>de</strong> unida<strong>de</strong> se<br />

po<strong>de</strong> construir um Portugal com<br />

um posicionamento claro nas<br />

áreas em que somos bons: mol<strong>de</strong>s,<br />

plásticos, cerâmica, calçado,<br />

gastronomia, vinhos, turis-<br />

mo, entre outras. Desperdiçase<br />

<strong>de</strong>masiado tempo a tentar<br />

ser perfeito e a mostrar aquilo<br />

que se não é. O segredo está em<br />

apostar numa competência tão<br />

forte que nos diferenciará dos<br />

outros, da concorrência. Mesmo<br />

que em outras áreas sejamos<br />

relativamente medianos.<br />

Só assim teremos um posicionamento<br />

na Europa. A Suíça<br />

tem os relógios e os chocolates,<br />

a Espanha tem a agricultura<br />

e o turismo. E nós? Qual<br />

é o nosso posicionamento?<br />

Graça Menitra<br />

José Mourinho como referência<br />

em Coimbra, foi estudar para Pataias e viver<br />

com a avó paterna, sempre um gran<strong>de</strong> apoio.<br />

Devido à mudança, chumbou no 8º ano. Na<br />

Escola Secundária da Batalha voltou a chumbar,<br />

o que o levou a reflectir. Fez uma passagem<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los na escola e ficou apaixonado<br />

pela moda, até porque a namorada<br />

fazia <strong>de</strong>sfiles. Optou <strong>de</strong>pois pelo curso <strong>de</strong><br />

logista, na Escola Profissional da Batalha,<br />

que também abandonou para constituir a<br />

sua empresa. Estudou coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> moda<br />

em Lisboa e trabalhou na L´Agence Mo<strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> cinco meses, em part-time. Depois<br />

recebeu um convite para gerir uma agência<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los em Lisboa. Conheceu amigos<br />

que ainda o acompanham, como Inês<br />

Noronha, <strong>de</strong> Lisboa e Mónica Azevedo, <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>. Com apenas 18 anos, geria a sua<br />

empresa em <strong>Leiria</strong> e outra em Lisboa, estu-<br />

“Desperdiça-se<br />

<strong>de</strong>masiado<br />

tempo a tentar<br />

ser perfeito e a<br />

mostrar aquilo<br />

que se não é. O<br />

segredo está em<br />

apostar numa<br />

competência<br />

tão forte que<br />

nos diferenciará<br />

dos outros, da<br />

concorrência.<br />

Mesmo que em<br />

outras áreas<br />

sejamos<br />

relativamente<br />

medianos”<br />

dada e namorava. “Fui obrigado a amadurecer.<br />

Pensava que aguentava tudo até ter<br />

um gran<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> viação, quando à<br />

meia-noite ia para Lisboa. Percebi então que<br />

não era o Deus”, conta. Entrou num tipo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pressão, da qual <strong>de</strong>morou a sair. Deixou<br />

o emprego, foi aos Estados Unidos, on<strong>de</strong><br />

tem família. Quando regressou, matriculou-<br />

-se na escola <strong>de</strong> Pedrógão Gran<strong>de</strong>. Agora<br />

quer acabar o curso, em Julho pensa fazer<br />

um estágio em Barcelona, integrado num<br />

projecto internacional e gostava <strong>de</strong> fazer<br />

uma licenciatura nos Estados Unidos. Sem<br />

tempo para namorar, tem como priorida<strong>de</strong><br />

a sua formação académica. Nos tempos livres<br />

toca viola acústica numa banda, para a qual<br />

escreve letras e em casa – refere – “<strong>de</strong>sabafo<br />

com a viola”. Devora livros <strong>de</strong> Marketing,<br />

lê jornais e adora fazer fotografia.<br />

| V | I | V | E | R | 5 |<br />

JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006


JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006 | V | I | V | E | R | 6 |<br />

Agenda<br />

Regional<br />

●<br />

|quinta|<br />

12<br />

“Um rapaz chamado<br />

Mário Viegas”<br />

é o mote da<br />

exposição patente<br />

ao público até 31<br />

<strong>de</strong> Janeiro, no<br />

edifício cultural da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> Peniche<br />

«Figuração Onírica», pintura<br />

<strong>de</strong> Luís Athouguia, na<br />

Galeria <strong>de</strong> Exposições do<br />

Teatro-Cine <strong>de</strong> Pombal,<br />

até 1 <strong>de</strong> Fevereiro<br />

“São Tomé/Aqui não passa<br />

avião”, exposição <strong>de</strong> fotografia<br />

da autoria <strong>de</strong> Ricardo<br />

França, até 6 <strong>de</strong> Fevereiro,<br />

no Centro <strong>de</strong> Artes e<br />

Espectáculos da Figueira<br />

da Foz<br />

Vitorino com Sérgio Godinho<br />

é um espectáculo<br />

organizado pelo Ateneu <strong>de</strong><br />

Coimbra, no âmbito do seu<br />

65º aniversário, às 21:30<br />

horas, no Teatro Académico<br />

<strong>de</strong> Gil Vicente<br />

Mostrar o ambiente religioso em<br />

que António Alçada Baptista foi<br />

educado é o tema principal da peça<br />

que o Teatro das Beiras traz a <strong>Leiria</strong><br />

no próximo sábado, 14, com<br />

“Quadros do interior”. O espectáculo<br />

tem início às 21:30 horas, no Teatro<br />

Miguel Franco, Mercado Sant´Ana.<br />

Na casa <strong>de</strong>ste escritor, havia constantes<br />

apontamentos <strong>de</strong> humor. As<br />

tias com forte presença na família,<br />

a criada trapalhona e o ambiente<br />

em que se moviam os padres da província.<br />

Com encenação <strong>de</strong> José Carretas,<br />

a peça baseia-se nas obras<br />

“Peregrinação interior” e “Pesca à<br />

linha”. Os bilhetes custam cinco<br />

euros, com <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> 50 por cento<br />

para estudantes e reformados,<br />

po<strong>de</strong>ndo ser reservados pelo telefone<br />

244839500.<br />

●<br />

|sexta|<br />

13<br />

Actuação do<br />

acor<strong>de</strong>onista<br />

João Gentil e<br />

seu trio, a<br />

partir das 23<br />

horas, no Café<br />

Concerto em Pombal<br />

Cântico das Janeiras, a<br />

cargo <strong>de</strong> dois grupos (São<br />

Mame<strong>de</strong> e Batalha) dão as<br />

boas-vindas ao novo ano<br />

às 20h30, junto à entrada<br />

do edifício dos Paços do<br />

Concelho da Batalha<br />

“Eu não sou o outro” é o<br />

mote da exposição <strong>de</strong> Joana<br />

Dias, patente na Galeria<br />

umnome, Caldas da Rainha,<br />

até 15 <strong>de</strong> Fevereiro<br />

A Biblioteca Municipal da<br />

Nazaré acolhe, até 22 <strong>de</strong><br />

Janeiro, uma exposição <strong>de</strong><br />

trabalhos dos formandos<br />

do curso <strong>de</strong> pastelaria e<br />

panificação, promovido<br />

pelo Centro <strong>de</strong> Formação<br />

Profissional <strong>de</strong> Santarém<br />

●<br />

|sábado|<br />

14<br />

Teatro Miguel Franco<br />

“Quadros do interior”<br />

em <strong>Leiria</strong><br />

Apresentação<br />

da peça “Zé<br />

do Barrete”,<br />

pelo Grupo<br />

Desportivo<br />

Sobralense, às<br />

20 horas, no<br />

salão paroquial<br />

<strong>de</strong> Casal<br />

dos Bernardos, Ourém, no<br />

âmbito do Cenourém -<br />

Festival <strong>de</strong> Teatro Amador<br />

DR<br />

Passeio “Descobrir Óbidos”,<br />

a partir das 10 horas, junto<br />

ao Cruzeiro da Memória,<br />

numa organização da<br />

Associação <strong>de</strong> Defesa e<br />

Património <strong>de</strong> Óbidos<br />

“Histórias <strong>de</strong> Portugal: a<br />

<strong>de</strong> hoje e <strong>de</strong> ontem”, pelo<br />

Grupo <strong>de</strong> Teatro do Sport<br />

Operário Marinhense, às<br />

21:30, no Centro Recreativo<br />

e Cultural 22 <strong>de</strong> Junho,<br />

Amor, <strong>Leiria</strong><br />

Tributo a Bob Dylan –<br />

Forever Young, pela banda<br />

“Jerónimo e os Cro-Magnon”,<br />

às 23 horas, no palco<br />

do Café Concerto, Pombal<br />

Festa/romaria em Honra<br />

<strong>de</strong> Santo Amaro na freguesia<br />

da Barreira, <strong>Leiria</strong>.<br />

Às 21 horas, actuação do<br />

Duo Musical D’@rromba<br />

●<br />

|domingo|<br />

15<br />

Passeio pe<strong>de</strong>stre<br />

<strong>de</strong> Óbidos,<br />

com concentração<br />

às 10<br />

horas, no complexo<strong>de</strong>sportivo<br />

municipal<br />

daquele concelho<br />

Actuação do Rancho Folclórico<br />

da Barreira, <strong>Leiria</strong>,<br />

às 16.30 horas e às<br />

20:00 horas actua o Grupo<br />

Musical Trap Zap<br />

Encontro <strong>de</strong> filarmónicas,<br />

às 15:30 horas, na se<strong>de</strong> do<br />

Sport Clube <strong>Leiria</strong> e Marrazes,<br />

<strong>Leiria</strong>. Participam as<br />

bandas <strong>de</strong> Avelar (Ansião)<br />

S. Romão (Covilhã) e <strong>de</strong> S.<br />

Tiago <strong>de</strong> Marrazes (<strong>Leiria</strong>)<br />

●<br />

|segunda|<br />

16<br />

Exposição <strong>de</strong><br />

medalhas,<br />

patente, até<br />

31 <strong>de</strong> Janeiro,<br />

no<br />

Museu JoaquimCorreia,Mari-<br />

nha Gran<strong>de</strong>. Da autoria do<br />

escultor Joaquim Correia,<br />

a mostra integra 60 medalhas<br />

e 30 <strong>de</strong>senhos<br />

”<br />

“Habitantes e Habitats –<br />

Pré e Proto-história na<br />

bacia do Lis”, exposição<br />

patente no castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

até Março<br />

Mo<strong>de</strong>lagem, costura, pontos<br />

<strong>de</strong>corativos e confecção<br />

lar, exposição da res-<br />

ponsabilida<strong>de</strong> do Sindicato<br />

dos Trabalhadores Têxteis,<br />

Lanifícios e Vestuário do<br />

Centro, patente na Casa<br />

do Tempo <strong>de</strong> Castanheira<br />

<strong>de</strong> Pera, até 31 <strong>de</strong> Janeiro.<br />

●<br />

|terça|<br />

17<br />

Mário Mata<br />

actua à noite<br />

no Casino da<br />

Figueira,<br />

Figueira da<br />

Foz, com<br />

entrada livre,<br />

no âmbito da<br />

programação para este<br />

ano daquele espaço <strong>de</strong><br />

animação<br />

●<br />

|quarta|<br />

18<br />

Presépio da<br />

autoria <strong>de</strong><br />

Jaime Rocho,<br />

até 22 <strong>de</strong><br />

Janeiro, no<br />

salão <strong>de</strong><br />

Santo António,Carras-<br />

cas – Cela Nova, Alcobaça<br />

“A nova vida das imagens”,<br />

pintura restaurada<br />

da colecção do município<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, séculos XIV-XVIII,<br />

exposição patente no edifício<br />

Banco <strong>de</strong> Portugal,<br />

<strong>Leiria</strong>, prolonga-se até 31<br />

<strong>de</strong> Maio


■Desporto ■<br />

Paulo Sarraipa recorre para o Tribunal da Relação <strong>de</strong> Coimbra<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

<strong>de</strong> Futebol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> absolvido<br />

ASSINATURA FOTO<br />

Júlio Vieira foi ilibado, mas Paulo Sarraipa recorreu<br />

Júlio Vieira, presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

<strong>de</strong> Futebol <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> (AFL),<br />

foi absolvido pelo Tribunal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

no âmbito <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong><br />

difamação, <strong>de</strong>vido a <strong>de</strong>clarações<br />

prestadas há cerca <strong>de</strong> três anos ao<br />

jornal “Região <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>”. O dirigente<br />

associativo fez algumas acusações<br />

pouco abonatórias <strong>de</strong> Paulo<br />

Sarraipa, seu opositor nas eleições<br />

para a AFL.<br />

Paulo Sarraipa não gostou e<br />

moveu um processo contra Júlio<br />

Vieira, acusando-o <strong>de</strong> difamação<br />

e pedindo uma in<strong>de</strong>mnização por<br />

danos morais, no valor <strong>de</strong> 15.204<br />

euros.<br />

“Foi uma vitória da liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> expressão”, comentou Renato<br />

Militão. O advogado <strong>de</strong> Júlio Vieira<br />

acrescentou que a matéria <strong>de</strong>ste<br />

processo era mais <strong>de</strong> “natureza<br />

i<strong>de</strong>ológica do que jurídica”.<br />

“Já esperávamos, tendo em conta<br />

a dinâmica <strong>de</strong> todo o processo.<br />

Logo no início, o Ministério Público<br />

arquivou o processo, dando a<br />

enten<strong>de</strong>r que não havia motivo<br />

para se avançar”, afirmou Jorge<br />

Ferreira, advogado <strong>de</strong> Paulo Sarraipa.<br />

Jorge Ferreira recorreu para o<br />

Tribunal da Relação <strong>de</strong> Coimbra,<br />

por consi<strong>de</strong>rar existir matéria para<br />

ser julgada. “Já solicitámos as cassetes<br />

da gravação da entrevista”,<br />

acrescenta.<br />

Entretanto, inicia-se no dia 18<br />

<strong>de</strong> Abril o julgamento da impugnação<br />

das eleições, pedido pelos<br />

clubes Atlético Clube Marinhense,<br />

União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e Sporting <strong>de</strong> Pombal,<br />

contestando a legalida<strong>de</strong> das<br />

eleições. ■<br />

Elisabete Cruz<br />

Vitória em Vila do Con<strong>de</strong> prova bom momento da equipa<br />

União termina a primeira volta no sétimo lugar<br />

O União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> foi a Vila<br />

do Con<strong>de</strong> vencer o Rio Ave, por<br />

2-1, e subiu ao sétimo lugar, com<br />

24 pontos. Num jogo que marcou<br />

o final da primeira volta da<br />

liga, a equipa <strong>de</strong> Jorge Jesus<br />

entrou no jogo a ganhar. Aos <strong>de</strong>z<br />

minutos, o jogador do Rio Ave,<br />

Milhazes, cortou a bola para <strong>de</strong>ntro<br />

da própria baliza e inaugurou<br />

o marcador para os leirienses.<br />

Quatro minutos <strong>de</strong>pois,<br />

Alhandra aproveitou um lance<br />

confuso na área vilacon<strong>de</strong>nse<br />

para aumentar o marcador.<br />

A equipa <strong>de</strong> Jorge Jesus po<strong>de</strong>ria<br />

ainda ampliar a contagem<br />

antes do intervalo. Primeiro Fábio<br />

Felício falhou uma gran<strong>de</strong> penalida<strong>de</strong><br />

e logo <strong>de</strong> seguida, um jogador<br />

do Rio Ave salvou o terceiro<br />

golo em cima da linha da baliza<br />

<strong>de</strong> Mora.<br />

Na segunda parte, o <strong>Leiria</strong><br />

podia ter marcado mais um golo,<br />

graças aos rápidos contra-ataques<br />

protagonizados quase sempre<br />

por Maciel. Mas a equipa do<br />

Lis não aproveitou e Evandro,<br />

que entrou ao intervalo, reduziu<br />

a <strong>de</strong>svantagem para a equipa<br />

nortenha, a 20 minutos do final<br />

do encontro. O conjunto <strong>de</strong> António<br />

Sousa ainda marcou o segundo<br />

golo, por intermédio <strong>de</strong> Gaúcho,<br />

mas o fiscal <strong>de</strong> linha invalidou<br />

o lance, por fora <strong>de</strong> jogo do avançado<br />

brasileiro.<br />

O União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> termina a<br />

primeira parte do campeonato<br />

numa posição impensável à quinta<br />

jornada. Sábado, os pupilos<br />

<strong>de</strong> Jorge Jesus viajam até ao Estádio<br />

Municipal <strong>de</strong> Braga.<br />

JAIME A CAMINHO<br />

O médio brasileiro Jaime, do<br />

Sporting <strong>de</strong> Braga, foi apresentado<br />

ontem como reforço do<br />

União <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Jaime, que tem<br />

sido pouco utilizado por Jesualdo<br />

Ferreira, vai integrar a equipa<br />

<strong>de</strong> Jorge Jesus até ao final da<br />

época, a título <strong>de</strong> empréstimo. O<br />

médio passa a ser mais uma opção<br />

para o meio campo leiriense. ■<br />

Campeonatos nacionais <strong>de</strong> futebol<br />

Fátima vence Penalva antes <strong>de</strong> receber o lí<strong>de</strong>r<br />

O Fátima foi a Penalva do Castelo<br />

ganhar a equipa local por 2-<br />

1 e mantém a diferença <strong>de</strong> três pontos<br />

face ao lí<strong>de</strong>r da série C da II<br />

divisão, a Oliveirense. Com esta<br />

vitória, o conjunto <strong>de</strong> Paulo Torres<br />

somou o 22º ponto e mantém<br />

o quarto lugar. Na próxima jornada,<br />

o Fátima recebe a equipa <strong>de</strong><br />

Oliveira <strong>de</strong> Azeméis e, se conseguir<br />

os três pontos, alcança o lí<strong>de</strong>r.<br />

No entanto, a vitória po<strong>de</strong> não significar<br />

a li<strong>de</strong>rança, uma vez que o<br />

Tourizense e o Abrantes, caso vençam<br />

os respectivos encontros, ficam<br />

com mais um ponto que o Fátima.<br />

O Sporting <strong>de</strong> Pombal per<strong>de</strong>u<br />

em Touriz, por 2-0, mas manteve<br />

o sétimo lugar, com 15 pontos. O<br />

Portomosense folgou e mantém<br />

penúltima posição, com oito pontos.<br />

Na próxima jornada, o Pombal<br />

recebe o Portomosense.<br />

PENICHE PERDE O<br />

SEGUNDO LUGAR<br />

A equipa <strong>de</strong> Peniche per<strong>de</strong>u<br />

o segundo lugar da série D da<br />

III divisão <strong>de</strong>pois do empate frente<br />

ao Miran<strong>de</strong>nse, a um golo.<br />

Com 24 pontos, o Peniche po<strong>de</strong>rá<br />

assumir a li<strong>de</strong>rança na próxima<br />

jornada. Em caso <strong>de</strong> vitória<br />

com o lí<strong>de</strong>r Idanhense, e<br />

<strong>de</strong>vido à folga do segundo classificado,<br />

o Sourense, a equipa<br />

<strong>de</strong> Luís Brás chega ao primeiro<br />

lugar.<br />

O Caldas <strong>de</strong>rrotou o Riachense,<br />

por 2-0, e subiu ao quarto lugar,<br />

com 23 pontos. O Marinhense,<br />

o Beneditense e o Bidoeirense<br />

também venceram. A equipa da<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> recebeu e<br />

ganhou ao Fundão, por 2-1, e<br />

somou o 22º ponto, o que lhe<br />

garante o sétimo posto. O conjunto<br />

da Benedita voltou aos<br />

triunfos, frente ao Monsanto,<br />

por 1-0, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sete jogos<br />

sem conquistar os três pontos,<br />

e ocupa o 14º lugar, com 14 pontos.<br />

O Bidoeirense somou a segunda<br />

vitória consecutiva, <strong>de</strong>sta vez<br />

frente ao Eléctrico, por 2-1. Apesar<br />

da vitória, a equipa da Bidoeira<br />

continua na última posição,<br />

com <strong>de</strong>z pontos.<br />

O Caranguejeira per<strong>de</strong>u em<br />

casa com o Sourense, por 2-1,<br />

e <strong>de</strong>sceu ao nono lugar, com 20<br />

pontos. O Alcobaça não foi além<br />

<strong>de</strong> um empate no terreno do<br />

Amiense, a um golo, e ocupa o<br />

11º lugar, com 19 pontos.<br />

A próxima jornada disputase<br />

domingo com os seguintes<br />

jogos: Peniche-Idanhense, Miran<strong>de</strong>nse-Caldas,<br />

Vigor e Mocida<strong>de</strong>-Marinhense,Monsanto-Caranguejeira,<br />

Alcobaça-Bidoeirense<br />

e Fundão-Beneditense. ■<br />

12 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2006 | 25<br />

BREVES<br />

■<br />

Taekwondo<br />

Parceiros<br />

recebe torneio<br />

<strong>de</strong> apuramento<br />

O pavilhão dos Parceiros recebe<br />

sábado, entre as 10 e as 18<br />

horas, o torneio <strong>de</strong> apuramento<br />

da zona sul para a final do<br />

campeonato nacional <strong>de</strong> taekwondo.<br />

Estão inscritos 210 atletas,<br />

divididos pelos oito escalões.<br />

Mário Portal, mestre <strong>de</strong><br />

Taekwondo, espera que o pavilhão<br />

encha para assistir aos<br />

combates que darão acesso à<br />

final, que se realiza em Maio,<br />

no Seixal, entre os três primeiros<br />

classificados <strong>de</strong> cada<br />

escalão, da zona norte e sul.<br />

Atletismo<br />

JV conquista<br />

11 títulos<br />

A Juventu<strong>de</strong> Vidigalense (JV)<br />

conquistou 11 dos 14 títulos<br />

<strong>de</strong> campeão distrital, durante<br />

as terceira e quarta jornadas<br />

dos campeonatos distritais<br />

absolutos <strong>de</strong> Inverno, que se<br />

realizaram em Alpiarça, no<br />

fim-<strong>de</strong>-semana.<br />

Vera Lavrador e Ruben Monteiro<br />

(salto com vara), Cátia<br />

Ferreira (60 metros, comprimento<br />

e triplo salto), Carlos<br />

Pereira (salto em altura e comprimento),<br />

Dine Sousa (peso)<br />

Filipe Carvalho e Anna Olson<br />

(60 metros barreiras) e Liliana<br />

Viana (salto em altura).<br />

Futebol<br />

Alemães<br />

e Benfica B<br />

em Óbidos<br />

O Estádio Municipal <strong>de</strong> Óbidos<br />

recebe hoje, às 10 horas,<br />

o jogo amigável entre o Benfica<br />

B e a equipa alemã Sportfreun<strong>de</strong><br />

Siegen. O encontro<br />

está integrado no estágio <strong>de</strong><br />

Inverno que equipas <strong>de</strong> futebol<br />

alemãs estão a fazer na<br />

Praia d’El Rey Golf & Beach<br />

Resort e nas comemorações do<br />

feriado municipal <strong>de</strong> Óbidos.<br />

Na terça-feira realizou-se outro<br />

jogo, entre a Alemannia Aachen<br />

e Sportfreun<strong>de</strong> Siegen. ■


JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006 | V | I | V | E | R | 8 |<br />

Eventos<br />

Museu<br />

da Nazaré<br />

com projecto<br />

<strong>de</strong> Siza Vieira<br />

As novas instalações do<br />

Museu Etnográfico e Arqueológico<br />

Dr. Joaquim Manso,<br />

na Nazaré, com projecto <strong>de</strong><br />

arquitectura <strong>de</strong> Siza Vieira,<br />

<strong>de</strong>verão estar concluídas em<br />

Agosto <strong>de</strong> 2008. A obra,<br />

incluída no programa <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s<br />

do Instituto Português<br />

<strong>de</strong> Museus, é co-financiada<br />

pelo Programa<br />

Operacional da Cultura. O<br />

museu vai situar-se no local<br />

das actuais instalações, a<br />

antiga casa <strong>de</strong> veraneio <strong>de</strong><br />

Joaquim Manso, do princípio<br />

do século XX.<br />

DR<br />

Fundação Inês <strong>de</strong> Castro cria prémio literário<br />

Ano inesiano<br />

continua<br />

em 2006<br />

A criação <strong>de</strong> um prémio literário<br />

foi anunciado no passado<br />

dia 7, em Coimbra, por José Miguel<br />

Júdice, presi<strong>de</strong>nte da Fundação<br />

Inês <strong>de</strong> Castro. Aquele responsável<br />

falou ainda num jardim medieval,<br />

na Quinta das Lágrimas, on<strong>de</strong><br />

já foi inaugurada uma unida<strong>de</strong><br />

museológica que inclui um relicário<br />

com cabelos <strong>de</strong> Inês <strong>de</strong> Castro,<br />

retirados do seu túmulo em<br />

Alcobaça.<br />

Entre as várias iniciativas <strong>de</strong><br />

âmbito nacional que <strong>de</strong>correram<br />

no ano inesiano (2005), <strong>de</strong>staque<br />

para a Companhia Nacional <strong>de</strong><br />

Os gémeos Gabriel e Gilberto<br />

Colaço foram os vencedores <strong>de</strong><br />

um concurso <strong>de</strong> pintura promovido<br />

pela Herda<strong>de</strong> do Esporão. A<br />

sua obra irá ilustrar mais <strong>de</strong> 600<br />

mil garrafas <strong>de</strong> vinho a exportar<br />

para 45 países. Intitulado “Alentejo<br />

Alma Viva do Vinho”, o concurso<br />

foi aberto a todos os jovens<br />

portugueses até aos 30 anos e recebeu<br />

um total <strong>de</strong> 296 candidaturas.<br />

Licenciados em Artes Plasticas-Pintura<br />

pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Belas Artes da Universida<strong>de</strong> do<br />

Porto, Gabriel e Gilberto Colaço<br />

nasceram na Nazaré em 1975 e<br />

pintam normalmente na mesma<br />

tela. Só em 2005, e além <strong>de</strong>ste<br />

prémio, conquistaram também o<br />

1º Prémio no IX Prémio <strong>de</strong> Pin-<br />

Bailado que estreou, no Teatro<br />

Camões, Lisboa, “Pedro e Inês”, a<br />

50ª obra <strong>de</strong> Olga Roriz. Ou ainda<br />

para a produção da RTP, a cargo<br />

<strong>de</strong> Francisco Moita Flores. A história<br />

trágica <strong>de</strong> Pedro e Inês inspirou<br />

também o pintor Seixas Peixoto,<br />

da Figueira da Foz, que mostra<br />

um conjunto <strong>de</strong> 18 obras sobre o<br />

tema, na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São José<br />

dos Pinhais, Brasil, até ao próximo<br />

sábado.<br />

A história <strong>de</strong> amor mais famosa<br />

<strong>de</strong> Portugal está igualmente<br />

contada em verso e ilustrada. O<br />

livro “Lenda <strong>de</strong> Pedro e Inês <strong>de</strong><br />

tura e Escultura D. Fernando II,<br />

Sintra, o 3º prémio <strong>de</strong> pintura João<br />

barata 2005 / 2006, Lisboa e três<br />

menções honrosas (Vila Ver<strong>de</strong>,<br />

Montijo e Casino do Estoril), que<br />

acumulam com mais <strong>de</strong> 20 dis-<br />

Castro”, da autoria <strong>de</strong> Isabel Santinho,<br />

foi apresentado já este ano<br />

em Coimbra.<br />

“Referência histórica, literária<br />

e cultural <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> simbolismo,<br />

esta lenda continua viva e exemplar<br />

no ano em que se assinalam<br />

os 650 anos da morte <strong>de</strong> Inês <strong>de</strong><br />

Castro. É essa data que o presente<br />

livro preten<strong>de</strong> comemorar, convidando-nos<br />

a viajar pelos meandros,<br />

simultaneamente sublimes<br />

e trágicos <strong>de</strong>ssa história, cuja magia<br />

continua inesgotavelmente a inspirar<br />

os amantes da cultura”, diz<br />

Isabel Santinho. A autora, 45 anos,<br />

tinções, ganhas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2000.<br />

Des<strong>de</strong> 1985, que passaram pelos<br />

rótulos da marca Esporão obras,<br />

<strong>de</strong> pintores importantes como Júlio<br />

Pomar, Graça Morais, Julião Sarmento,<br />

Bual, Júlio Resen<strong>de</strong> e Pin-<br />

nasceu numa pequena al<strong>de</strong>ia da<br />

vila <strong>de</strong> Penela. Profissional <strong>de</strong><br />

Biblioteca e aluna na licenciatura<br />

<strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> Turismo, é a<br />

poesia que lhe enche a alma. Há<br />

já algum tempo que se <strong>de</strong>dica à<br />

recolha <strong>de</strong> contos <strong>de</strong> tradição oral<br />

e já publicou, entre outros, os livros<br />

“Luz, sonho e Palavras”, “O pai<br />

natal e a cegonha”, “Uma espiga<br />

amarelinha”, “Um pedacinho <strong>de</strong><br />

céu azul”, “Lendas <strong>de</strong> Penela” e<br />

agora “Lenda <strong>de</strong> Pedro e Inês <strong>de</strong><br />

Castro”. Participou também na<br />

antologia poética da Associação<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Poetas.<br />

Gabriel e Gilberto Colaço vencem concurso nacional<br />

Vinho Esporão ilustrado por pintores da Benedita<br />

Uma exposição bibliográficadocumental<br />

<strong>de</strong>dicada a Ruben<br />

An<strong>de</strong>rsen <strong>de</strong> Leitão, mais conhecido<br />

como Ruben A. estará patente<br />

ao público na galeria da Caixa<br />

<strong>de</strong> Crédito Mútuo <strong>de</strong> Alcobaça, a<br />

partir <strong>de</strong> hoje até ao próximo dia<br />

29. A inauguração será às 16:30<br />

horas, com a presença do presi<strong>de</strong>nte<br />

da Comissão executivacientífica<br />

da mostra, José Carlos<br />

Seabra Pereira. A iniciativa<br />

é da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras da Uni-<br />

ARQUIVO/JL<br />

Espólio da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

Alcobaça expõe obra <strong>de</strong> Ruben A.<br />

versida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra.<br />

Romancista, ensaísta, historiador,<br />

crítico literário e autor <strong>de</strong> textos<br />

autobiográficos e memorialistas<br />

que marcaram a escrita<br />

portuguesa na década <strong>de</strong> 50, Rúben<br />

Alfredo Andresen Leitão foi professor<br />

do ensino secundário, leitor<br />

do King’s College (Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Londres), funcionário da<br />

Embaixada do Brasil em Lisboa,<br />

administrador da Imprensa Nacional-Casa<br />

da Moeda, director geral<br />

dos Assuntos Culturais do Ministério<br />

da Educação e professor associado<br />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oxford.<br />

Passou por Coimbra há cerca <strong>de</strong><br />

40 anos e, no ano passado (30<br />

anos após a sua morte) voltou a<br />

passar através da evocação em<br />

jornadas, edições e retratado na<br />

exposição que teve lugar na Biblioteca<br />

Geral da Universida<strong>de</strong>.<br />

Ruben Leitão nasceu em Lisboa,<br />

em 1920. Em 1975 é convidado<br />

a exercer funções docentes,<br />

to Coelho, entre outros mestres<br />

portugueses. Em 2005, e pela primeira<br />

vez, segundo fonte da empresa<br />

Finagra, proprietária da Herda<strong>de</strong><br />

do Esporão, à Agência Lusa,<br />

foi aberto concurso a novos talentos<br />

para criar uma imagem geral<br />

da colheita. O júri integrou o pintor<br />

Júlio Resen<strong>de</strong>, Bernardo Pinto<br />

<strong>de</strong> Almeida (Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belas<br />

Artes do Porto), Armando Alves<br />

(Fundação Júlio Resen<strong>de</strong>), José<br />

Marquitos (Diário <strong>de</strong> Notícias) e<br />

Alice Chalita Quina (Herda<strong>de</strong> do<br />

Esporão). Todos os trabalhos premiados<br />

vão estar em exposição<br />

na Herda<strong>de</strong> do Esporão, em Reguengos<br />

<strong>de</strong> Monsaraz, no Alentejo,<br />

durante o primeiro trimestre <strong>de</strong>ste<br />

ano.<br />

como professor associado na Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Oxford. Só que, nesse<br />

ano, a 26 <strong>de</strong> Setembro, morre<br />

vítima <strong>de</strong> um enfarte do miocárdio,<br />

em Londres. Por <strong>de</strong>sejo seu,<br />

foi sepultado, em campa rasa, no<br />

cemitério do Carreço (Afife, distrito<br />

<strong>de</strong> Viana do Castelo). É autor<br />

<strong>de</strong> varias obras, entre elas “O Mundo<br />

à Minha Procura” e “A Torre<br />

da Barbela”, ao qual foi atribuído<br />

o Prémio Ricardo Malheiros, da<br />

Aca<strong>de</strong>mia das Ciências <strong>de</strong> Lisboa.


Eventos<br />

Pionés estreia amanhã, dia 13, às 21:30<br />

horas, na Sic Radical. Trata-se <strong>de</strong> um programa<br />

humorístico, numa série <strong>de</strong> 15 episódios,<br />

filmado em Caldas da Rainha, Óbidos e Bombarral,<br />

com produção e realização <strong>de</strong> uma equipa<br />

<strong>de</strong> jovens da região. Octávio Nunes e Gonçalo<br />

Santos inventaram as histórias cómicas<br />

que <strong>de</strong>cidiram escrever para apresentar à SIC,<br />

em conjunto com o realizador Ricardo Resen<strong>de</strong>.<br />

Segundo Vitor Figueiredo, director do canal,<br />

o Pionés, “um prego ridículo”, é um programa<br />

que “não vai substituir o Gato Fedorento,<br />

porque tem um humor diferente. É mais nonsense,<br />

mais para o absurdo. É um humor mais<br />

complexo e talvez não seja tão transversal”,<br />

referiu em conferência <strong>de</strong> imprensa. Os autores<br />

abordam temas como tauromaquia, religião,<br />

futebol ou burocracia.<br />

Natural do Bombarral e advogado <strong>de</strong> profissão,<br />

Octávio Nunes é autor <strong>de</strong> quase todos<br />

os textos, muitos <strong>de</strong>les feitos com Gonçalo<br />

Santos, empresário na área <strong>de</strong> informática <strong>de</strong><br />

Caldas da Rainha. Pionés integra também Gonçalo<br />

Gouveia e Nuno Fradique, ambos <strong>de</strong> Santarém<br />

e Tânia Leonardo e João Santos, actores<br />

<strong>de</strong> Caldas da Rainha. Bruno Gil, assistente<br />

<strong>de</strong> realização, Vanessa Fazen<strong>de</strong>iro (produtora<br />

Pionés exibido a partir <strong>de</strong> amanhã<br />

Produção da região<br />

na Sic Radical<br />

DR<br />

executiva) e José Parreira (actor) são também<br />

naturais <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>. No total, estiveram envolvidos<br />

cerca 50 pessoas, entre técnicos, actores<br />

e colaboradores, amigos e pessoas ligadas<br />

à ESAD ou à Antídote Productions.<br />

Os sketches foram filmados no Parque D.<br />

Carlos I, Pimpões, Expoeste, Farmácia Branco<br />

Lisboa, Maratona, nos bares Charrua e Joyce,<br />

em várias ruas da cida<strong>de</strong> e na Praça 25 <strong>de</strong><br />

Abril. Em Óbidos, há cenas no estádio municipal<br />

e, na parte histórica da vila, foi recreada<br />

a Última Ceia <strong>de</strong> Cristo.<br />

Música<br />

anima gala<br />

<strong>de</strong> Óbidos<br />

Integrada nos festejos<br />

que <strong>de</strong>correm <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia<br />

4 a 17 <strong>de</strong>ste mês, o concelho<br />

<strong>de</strong> Óbidos será palco<br />

<strong>de</strong> uma gala, no próximo<br />

fim <strong>de</strong> semana, 14 e<br />

15. O feriado municipal foi<br />

comemorado ontem, 11 <strong>de</strong><br />

Janeiro. Os espectáculos<br />

contam com a participação<br />

<strong>de</strong> vários agrupamentos<br />

<strong>de</strong> música, fado, bandas<br />

filarmónicas, teatro ou<br />

folclore e terão terão lugar<br />

no salão da Associação<br />

Recreativa e Cultural da<br />

Usseira, às 21 e 15 horas,<br />

respectivamente. Pelo palco,<br />

passarão, entre outros,<br />

os grupos <strong>de</strong> música popular<br />

e sacra “Coral Nascente”,<br />

<strong>de</strong> Danças Antigas Josefa<br />

<strong>de</strong> Óbidos, os poetas<br />

populares José Henrique<br />

Félix, Maria Lur<strong>de</strong>s Oliveira<br />

e Carminda Carreira,<br />

a Escola <strong>de</strong> Música <strong>de</strong> Óbidos<br />

(classe <strong>de</strong> violino), o<br />

Grupo <strong>de</strong> Danças Antigas<br />

Corte na Al<strong>de</strong>ia, o Coro<br />

Infantil <strong>de</strong> Óbidos e o Grupo<br />

Coral Alma Nova.<br />

| V | I | V | E | R | 9 |<br />

JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006


JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006 | V | I | V | E | R | 10|<br />

Eventos<br />

Orfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Curso <strong>de</strong><br />

Carnaval<br />

para jovens<br />

músicos<br />

Nos quatro dias <strong>de</strong> Carnaval,<br />

o Orfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>/Conservatório<br />

<strong>de</strong> Artes<br />

e o Instituto da Juventu<strong>de</strong><br />

promovem uma jornada <strong>de</strong><br />

formação para jovens músicos,<br />

na área <strong>de</strong> Sopros e Percussão.<br />

O Orfeão diz ter convidado<br />

alguns dos melhores<br />

professores do País e uma<br />

varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> “ateliers”, com<br />

música <strong>de</strong> conjunto e trabalho<br />

com a Orquestra <strong>de</strong><br />

Sopros do Orfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

dirigida pelo Maestro Alberto<br />

Roque. O objectivo é procurar<br />

contribuir para o aperfeiçoamento<br />

dos estudantes<br />

<strong>de</strong> música e integrantes das<br />

filarmónicas. O Concerto<br />

final com todos os participantes<br />

terá lugar dia 1 <strong>de</strong><br />

Março, no Auditório do Instituto<br />

Português da Juventu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Comemorações começam sábado<br />

Marinha Gran<strong>de</strong> relembra<br />

18 <strong>de</strong> Janeiro<br />

O programa das comemorações<br />

da revolta <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> 1934, na Marinha Gran<strong>de</strong>, têm<br />

início no próximo sábado, 14 <strong>de</strong><br />

Janeiro. Nesse dia, será inaugurada<br />

uma exposição <strong>de</strong> materiais<br />

sobre a data, que ficará patente<br />

ao público até 21 <strong>de</strong> Janeiro, das<br />

15 às 18 horas, no Museu do vidro.<br />

Espaço on<strong>de</strong> também será lançado,<br />

às 16 horas, o livro “Antece<strong>de</strong>ntes<br />

Sociais 18 Janeiro <strong>de</strong> 1934<br />

na Marinha Gran<strong>de</strong>”, da autoria<br />

<strong>de</strong> Hermínio Nunes.<br />

Domingo, pelas 15:30 horas,<br />

haverá uma tar<strong>de</strong> infantil com o<br />

Grupo <strong>de</strong> Animação da Escola<br />

Profissional e Artística, nas instalações<br />

da colectivida<strong>de</strong> da Or<strong>de</strong>m.<br />

Dia 17, terça-feira, pelas 19:30,<br />

está previsto um jantar convívio,<br />

no Parque Municipal <strong>de</strong> Exposições,<br />

com animação musical a<br />

cargo <strong>de</strong> Deolinda Bernardo e<br />

Adventino. Dia 18, às 10 horas,<br />

prevê-se uma romagem aos cemitérios<br />

<strong>de</strong> Casal Galego e Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> haverá <strong>de</strong>posição<br />

<strong>de</strong> flores nas campas dos prisio-<br />

O Festival INJAZZ, que<br />

leva 18 concertos a cinco<br />

cida<strong>de</strong>s entre Fevereiro e<br />

Abril, tem início no próximo<br />

dia 4, em Alcobaça. Um<br />

espectáculo a realizar no<br />

Cine-Teatro, com o trio do<br />

pianista Hugo Alves. Único<br />

festival <strong>de</strong> jazz itinerante<br />

existente no país, disse à<br />

Lusa fonte da organização,<br />

esta segunda edição integra<br />

alguns dos principais<br />

nomes do jazz português.<br />

A 10 <strong>de</strong> Fevereiro, é a<br />

vez do contrabaixista Carlos<br />

Bica com o pianista João<br />

Paulo Esteves da Silva se<br />

neiros que participaram no Movimento<br />

Operário <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Janeiro<br />

<strong>de</strong> 1934, entre eles António<br />

Domingues Jubileu. Pelas 11 horas,<br />

na Praça do Vidreiro junto ao<br />

monumento, um membro do conselho<br />

nacional da CGTP-IN fará<br />

uma intervenção, seguida da actuação<br />

do Grupo <strong>de</strong> percussão Tócandar.<br />

No mesmo dia, às 16 horas,<br />

Cine-Teatro <strong>de</strong> Alcobaça<br />

Festival INJAZZ em Alcobaça<br />

O filme sobre uma comunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes a viver<br />

num fábrica abandonada na Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> é o mote do documentário<br />

“A Pele”, <strong>de</strong> Álvaro<br />

Romão, a projectar durante a primeira<br />

edição da Mostra do Documentário<br />

Português, que <strong>de</strong>corre<br />

<strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> Janeiro a 5 <strong>de</strong> Fevereiro,<br />

Fórum Lisboa. A iniciativa,<br />

<strong>de</strong>signada por “Panorama” <strong>de</strong>corre<br />

no Fórum Lisboa e apresentará<br />

um total <strong>de</strong> 90 documentários<br />

feitos por portugueses, divididos<br />

em 11 temáticas e ainda uma secção<br />

<strong>de</strong>dicada ao realizador Manoel<br />

DR<br />

apresentar em Alcobaça e<br />

<strong>de</strong> o trio <strong>de</strong> Mário Laginha<br />

tocar no Teatro Municipal<br />

<strong>de</strong> Faro, No dia seguinte,<br />

Alcobaça recebe a Orquestra<br />

<strong>de</strong> Jazz <strong>de</strong> Matosinhos<br />

(OJM), enquanto Hugo Alves<br />

Trio toca em Faro e Carlos<br />

Bica se apresenta no Teatro<br />

Virgínia, em Torres<br />

Novas.<br />

Mário Laginha está em<br />

Torres Novas dia 18, a OJM<br />

toca em Faro dia 23 e Carlos<br />

Bica em Faro no dia<br />

seguinte, no último concerto<br />

programado para Fevereiro.<br />

haverá um colóquio/<strong>de</strong>bate, no<br />

Auditório do Museu do Vidro.<br />

As comemorações terminam<br />

no dia 21 <strong>de</strong> Janeiro, com um<br />

espectáculo, às 21:30 horas, no<br />

Sport Operário Marinhense (SIM)<br />

com entrada grátis. No palco estará<br />

o Grupo Cénico do SIM, com<br />

o Musical “História <strong>de</strong> Portugal<br />

(a <strong>de</strong> ontem e a <strong>de</strong> hoje)”.<br />

A programação <strong>de</strong> Março<br />

inicia-se em Aveiro com<br />

Mário Laginha (dia 10) e<br />

Hugo Alves (dia 11), a OJM<br />

(dia 24) e Carlos Bica (dia<br />

25) no Teatro Aveirense.<br />

Montemor-o-Velho recebe<br />

o INJAZZ a 31 <strong>de</strong> Março,<br />

com a OJM na Praça do<br />

Município, Carlos Bica no<br />

dia seguinte no Teatro Esther<br />

<strong>de</strong> Carvalho, seguindo-se<br />

Hugo Alves (dia 07), no mesmo<br />

local. A Mário Laginha<br />

Trio cabe o último concerto<br />

do festival, dia 08, na<br />

Igreja do Castelo, em Montemor-o-Velho.<br />

Documentário português em Lisboa<br />

Cineasta <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> mostra “Pele”<br />

<strong>de</strong> Oliveira, com a apresentação<br />

<strong>de</strong> quatro documentários seus.<br />

Todas as sessões do “Panorama”<br />

serão seguidas <strong>de</strong> um <strong>de</strong>bate<br />

com pessoas ligadas ao cinema<br />

e ao tema que é tratado. Os<br />

documentários serão exibidos em<br />

11 categorias diferentes: “A acabar”,<br />

“Da terra”, “Em comum”<br />

(on<strong>de</strong> se integra “A Pele”), “Da<br />

memória”, “Da cida<strong>de</strong>”, “A fazer”,<br />

“Retratos”, “Detrás do palco”,<br />

“Detrás do traço”, “Do sair” e “Filmes<br />

sobre filmes”.<br />

Em “Da memória” será exibido<br />

um documentário on<strong>de</strong> duas<br />

mulheres, Diana Andringa e Maria<br />

José Campos, revivem as suas histórias<br />

<strong>de</strong> prisão. Em “Da cida<strong>de</strong>”<br />

será mostrada a Feira da Ladra,<br />

ou as obras numa praça <strong>de</strong> Chelas,<br />

na zona Oriental <strong>de</strong> Lisboa.<br />

Numa produção da Associação<br />

Novo Olhar (prevenção e luta<br />

contra a toxico<strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>) e F&A Filmes, “A Pele”<br />

mostra o quotidiano dos consumidores<br />

toxico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes que<br />

habitavam aquele espaço da Marinha<br />

Gran<strong>de</strong>, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> sucessivamente<br />

expulsos dos espaços<br />

públicos que frequentavam na<br />

DR<br />

A revolta<br />

Decorria o ano <strong>de</strong><br />

1934, quando o levantamento<br />

operário fez tremer<br />

Salazar. Os acontecimentos<br />

tiveram o palco<br />

principal na Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> (on<strong>de</strong> o movimento<br />

operário teve<br />

maior expressão <strong>de</strong>vido<br />

à maior coesão <strong>de</strong> trabalhadores),<br />

embora em<br />

menos escala, actos<br />

semelhantes se tivessem<br />

sucedido em diversos<br />

locais do País. De 17 para<br />

18 e durante todo o dia<br />

<strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Janeiro, houve<br />

cortes <strong>de</strong> linhas telegráficas,<strong>de</strong>scarrilamento<br />

<strong>de</strong> comboios,<br />

explosões, assaltos a postos<br />

policiais, entre outros<br />

acontecimentos.<br />

CARLOS BICA ACTUA DIA 10 DE FEVEREIRO<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Este filme estreou<br />

a 7 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 2005, no Teatro<br />

Miguel Franco, <strong>Leiria</strong>. Álvaro<br />

Romão é natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> mas<br />

passou os últimos anos em Lisboa,<br />

on<strong>de</strong> se formou pela Escola<br />

Superior <strong>de</strong> Cinema. Em 2004,<br />

recebeu um prémio no Festival<br />

do Gramado -Edição <strong>de</strong> Paris, na<br />

secção <strong>de</strong> Causas Sociais, com o<br />

Filme Bodybuilding - Special<br />

Olympics e realizou ainda o filme<br />

da candidatura <strong>de</strong> Luís Filipe<br />

Vieira à presidência do S.L.Benfica,<br />

para além <strong>de</strong> vários filmes<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>.


DR<br />

Eventos<br />

Crianças a partir dos seis<br />

anos, po<strong>de</strong>m assistir à peça<br />

<strong>de</strong> teatro “O Azul do Zé”, <strong>de</strong><br />

30 <strong>de</strong> Janeiro a 10 <strong>de</strong> Fevereiro,<br />

e <strong>de</strong> 6 a 10, também <strong>de</strong><br />

Fevereiro, às 11:15 e 15 horas,<br />

no auditório da <strong>de</strong>legação <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> do Instituto Português<br />

O Teatro Mínimo, Produção<br />

<strong>de</strong> Espectáculos Lda, apresenta<br />

em co-produção com “O Nariz”-<br />

DR<br />

da Juventu<strong>de</strong> (IPJ). Com marcação<br />

prévia, cada bilhete custa<br />

quatro euros.<br />

A partir do conto <strong>de</strong> Chloé<br />

Siganos e Francoise Schein,<br />

artista plástica, criadora da<br />

Estação Parque, do Metro <strong>de</strong><br />

Lisboa, “O Azul do Zé” con-<br />

Instituto Português da Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

“O Azul do Zé”<br />

para crianças<br />

ta com a participação <strong>de</strong> Alexandra<br />

Freu<strong>de</strong>nthal, Elsa Branco<br />

e Miguel Migalhães. A peça<br />

conta a história do Zé, num<br />

sótão, a imaginar uma viagem<br />

pelos Descobrimentos<br />

Portugueses. Para isso, utiliza<br />

os meios ao seu alcance<br />

Co-produção <strong>de</strong> Teatro Mínimo e O Nariz<br />

“Kansera” <strong>de</strong> Luís Mourão em Lisboa<br />

Teatro <strong>de</strong> Grupo, a peça “ Kansera”,<br />

da autoria <strong>de</strong> Luís Mourão.<br />

Os espectáculos têm lugar<br />

na se<strong>de</strong> da Socieda<strong>de</strong> Guilherme<br />

Cossoul, a partir <strong>de</strong> amanhã,<br />

13, e até 17 <strong>de</strong> Fevereiro, às sextas-feiras<br />

e sábados. Com encenação<br />

<strong>de</strong> Pedro Oliveira, a interpretação<br />

é também <strong>de</strong>ste actor<br />

e <strong>de</strong> Pedro Alpiarça. Frente ao<br />

público, estes expõem-se num<br />

jogo <strong>de</strong> cumplicida<strong>de</strong>s amargas,<br />

<strong>de</strong> forma quase trágica, quase<br />

cómica.<br />

A história é sobre dois irmãos,<br />

ex-imigrantes em Portugal, que<br />

regressam ao seu país <strong>de</strong> origem<br />

para serem atormentados<br />

pelas memórias <strong>de</strong> um país que<br />

não existe. Encurralados num<br />

personificando ambientes,<br />

seres e situações.<br />

O baú, o escadote, a banheira,<br />

as especiarias, a lua, o golfinho,<br />

a sereia, o rádio, a maça<br />

e muita imaginação fazem<br />

parte <strong>de</strong>sta viagem alucinante<br />

do Zé.<br />

quotidiano <strong>de</strong>sgastante e vazio,<br />

os irmãos <strong>de</strong>scobrem em si mesmo<br />

o paraíso perdido, ou o que<br />

<strong>de</strong> melhor se po<strong>de</strong> arranjar para<br />

o substituir. Um Portugal <strong>de</strong> feijoadas<br />

e santinhos, laxismo e<br />

incompetência que faz as maravilhas<br />

daqueles que com ele<br />

sonham e que, mesmo sem saber,<br />

estão dispostos a tudo para o<br />

preservar. Literalmente tudo.<br />

São os mesmos dois irmãos <strong>de</strong><br />

um outro texto, “Viemos todos<br />

<strong>de</strong> outro lado”, mas transformados<br />

<strong>de</strong> forma profunda pelos<br />

vícios e virtu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um Portugal<br />

que os acolheu.<br />

DR<br />

Actrizes<br />

fazem<br />

partilha<br />

em Pombal<br />

Teresa Guilherme<br />

(Selma), Cristina Cavalinhos<br />

(Regina), Rita<br />

Salema (Maria Lúcia) e<br />

Patrícia Tavares (Laura)<br />

Teatro apresentam a peça<br />

<strong>de</strong> teatro «A Partilha»,<br />

no próximo dia 21, às<br />

21:30 horas, no Teatro-<br />

Cine <strong>de</strong> Pombal. Para<br />

mais informações po<strong>de</strong><br />

contactar o telefone 236<br />

210 540. Reunidas<br />

durante o enterro da<br />

mãe, as quatro irmãs<br />

reencontram-se após<br />

muito tempo <strong>de</strong> afastamento,<br />

para fazer um<br />

levantamento dos bens<br />

da família e discutir as<br />

suas vidas.<br />

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JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006


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JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006<br />

Eventos<br />

Guilherme Valente e Henrique Neto analisam cultura científica no Café das Quintas<br />

Facilitismo prejudica<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do País<br />

A falta <strong>de</strong> cultura científica<br />

aliada a uma política<br />

<strong>de</strong> facilitismo no ensino<br />

foram alguns dos<br />

problemas apontados por<br />

Guilherme Valente, editor<br />

da Gradiva, e por Henrique<br />

Neto, administrador<br />

do Grupo Ibermol<strong>de</strong>s,<br />

durante o último Café das<br />

Quintas, em que esteve<br />

em <strong>de</strong>bate “O ensino da<br />

ciência em Portugal”.<br />

“A nossa natureza não<br />

é científica. Há falta <strong>de</strong><br />

disciplina e <strong>de</strong> método.<br />

Sou empresário. Tenho<br />

<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> engenheiros<br />

nas várias empresas que<br />

têm conhecimento científico,<br />

mas não têm a<br />

cabeça arrumada. Não<br />

têm cultura científica”,<br />

lamentou Henrique Neto.<br />

Favorável ao rigor crítico<br />

e à procura do erro,<br />

o empresário da Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> contou que tem<br />

um funcionário numa das<br />

empresas que tem o hábito<br />

<strong>de</strong> procurar os erros,<br />

pelo que se tornou altamente<br />

incómodo para<br />

toda a gente. “Os governos,<br />

os partidos políticos<br />

tentam convencer-nos<br />

que vão resolver os problemas.<br />

Detestam os<br />

senhores Men<strong>de</strong>s que<br />

andam por aí, que têm<br />

rigor crítico. Só po<strong>de</strong>mos<br />

Um recital clássico <strong>de</strong> marimba,<br />

pelo músico Pedro Carneiro,<br />

é a proposta do Teatro Miguel<br />

Franco, <strong>Leiria</strong>, para o próximo<br />

dia 28 (domingo), às 21:30 horas.<br />

O preço dos bilhetes é <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<br />

euros, com <strong>de</strong>scontos <strong>de</strong> 50 por<br />

cento para portadores <strong>de</strong> cartão<br />

jovem e mais <strong>de</strong> 65 anos.<br />

Percussionista, compositor e<br />

chefe <strong>de</strong> orquestra, Pedro Carneiro<br />

é um dos raros instrumentistas<br />

<strong>de</strong> percussão a <strong>de</strong>dicar-se<br />

por completo a uma<br />

carreira <strong>de</strong> solista. O seu percurso<br />

revela-o na ascensão no<br />

circuito internacional. As suas<br />

interpretações expressivas pautam-se<br />

por uma criativida<strong>de</strong> que,<br />

a par do <strong>de</strong>sempenho técnico,<br />

têm vindo a cativar plateias por<br />

todo o mundo, na Europa, na<br />

Ásia e nos USA.<br />

Aos 30 anos já tocou, em<br />

estreia absoluta, mais <strong>de</strong> 70 obras.<br />

Trabalha regularmente com um<br />

leque variado <strong>de</strong> prestigiados<br />

instrumentistas e compositores<br />

dos mais variados campos musi-<br />

RICARDO GRAÇA<br />

resolver os problemas se<br />

acreditarmos que existem”,<br />

afirmou.<br />

Uma problema que,<br />

segundo os convidados<br />

<strong>de</strong> Carlos André, afecta<br />

também o sistema <strong>de</strong> ensino.<br />

Guilherme Valente<br />

consi<strong>de</strong>rou que o que tem<br />

sido feito nos últimos 25<br />

anos em Portugal é um<br />

“autêntico assassínio em<br />

série” <strong>de</strong> milhões <strong>de</strong><br />

Recital clássico em <strong>Leiria</strong><br />

A marimba <strong>de</strong> Pedro Carneiro<br />

DR<br />

cais. Os seus companheiros <strong>de</strong><br />

música <strong>de</strong> câmara e compositores<br />

com quem tem vindo a<br />

trabalhar incluem a cravista Elisabeth<br />

Chojnacka, os pianistas<br />

Valentina Lisitsa, Alexei Kuznetsoff,<br />

Ruben Alves, Artur Pizarro<br />

e Filipe Pinto-Ribeiro, os quar-<br />

GUILHERME VALENTE, CARLOS ANDRÉ E HENRIQUE NETO<br />

jovens. “Como é que se<br />

chuta 48 por cento dos<br />

alunos para fora da escola?<br />

Em vez <strong>de</strong> se enfrentar<br />

o pior da cultura, foise<br />

reproduzir o pior em<br />

todo o seu esplendor. Não<br />

há nada mais frustrante<br />

para o professor do que<br />

ver os alunos saírem sem<br />

saberem nada”, disse.<br />

“O pior disso é a i<strong>de</strong>ia<br />

que se tenta ven<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

que o estudo não comporta<br />

esforço e trabalho.<br />

Escolheu-se a via da facilida<strong>de</strong>,<br />

da indisciplina, <strong>de</strong><br />

que não é preciso exames.<br />

Se fossem mais exigentes,<br />

os professores<br />

chumbavam mais e passavam<br />

a trabalhar mais”,<br />

acrescentou o empresário.<br />

Guilherme Valente atribuiu<br />

ainda os elevados<br />

tetos Shanghai e Chilingirian,<br />

Steve Reich, James Dillon, Emmanuel<br />

Nunes, Egberto Gismonti<br />

e Django Bates.<br />

Pedro Carneiro estudou piano,<br />

violoncelo e trompete <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os cinco anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Começou<br />

na Aca<strong>de</strong>mia Luísa Todi em<br />

índices <strong>de</strong> abandono escolar<br />

ao facilitismo. “A nossa<br />

escola é sentida pelas<br />

crianças como uma inutilida<strong>de</strong>.”<br />

A este propósito,<br />

Henrique Neto <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u<br />

que o conhecimento<br />

tem que ter utilida<strong>de</strong>. “As<br />

pessoas estudam, mas não<br />

têm objectivo <strong>de</strong> utilizar<br />

o que estão a estudar.”<br />

Alexandra Barata<br />

Setúbal e no Conservatório <strong>de</strong><br />

Lisboa com o seu pai, para <strong>de</strong>pois,<br />

como bolseiro da Fundação Gulbenkian<br />

no Guildhall School of<br />

Music and Drama, estudar com<br />

David Corkhill (timpanos e percussão)<br />

e Alan Hazeldine (Direcção<br />

<strong>de</strong> Orquestra. Terminou a<br />

sua licenciatura em 1997 com<br />

a distinção Head of Department<br />

Award. Estudou também, como<br />

bolseiro do Centro Acanthes,<br />

com o percussionista Sylvio<br />

Gualda e mais tar<strong>de</strong> em Londres,<br />

com o marimbista Leigh<br />

Howard Stevens.<br />

Pedro Carneiro venceu inúmeros<br />

prémios: Hattori Foundation<br />

for Young Musicians e<br />

Park Lane Young Artists Auditions,<br />

em Londres, Jovens Músicos,<br />

Maestro Silva Pereira, distinção<br />

do Orfeão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

medalha <strong>de</strong> honra da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Setúbal, distinção pelo Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República, em Abril <strong>de</strong><br />

2004, e Revelação <strong>de</strong> Música<br />

Clássica, na Gala Comemorativa<br />

do 12º aniversário da SIC.


Evasões<br />

Há ondas <strong>de</strong> mar aberto<br />

<strong>de</strong>senhadas nas tuas calçadas;<br />

há âncoras, há sereias.<br />

O convés, em praça larga<br />

com uma rosa-dos-ventos<br />

bordada no empedrado, tem a<br />

comandá-lo duas colunas<br />

saídas das águas que fazem<br />

guarda <strong>de</strong> honra à partida<br />

para os oceanos.<br />

José Cardoso Pires, Lisboa -<br />

Livro <strong>de</strong> Bordo<br />

Poucos serão os portugueses<br />

que ao ouvirem o nome <strong>de</strong><br />

"Evaristo" não se lembrem do<br />

famoso complemento da frase<br />

"tens cá disto?" e das imagens<br />

que abrilhantavam o dito zombeteiro,<br />

com o actor mais gordo<br />

pegando na enfiada <strong>de</strong> rolos<br />

<strong>de</strong> papel higiénico pendurada<br />

na porta da mercearia <strong>de</strong> um<br />

bairro lisboeta. Os actores eram<br />

Vasco Santana e António Silva,<br />

que formaram a mais famosa<br />

parelha cómica que Portugal<br />

conheceu na primeira década<br />

do século passado. E mais populares<br />

se tornavam quando a<br />

azougada Beatriz Costa se lhes<br />

juntava.<br />

Há quem chame a esses anos,<br />

que vêm <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os anos trinta<br />

até à década <strong>de</strong> sessenta, a época<br />

<strong>de</strong> ouro do cinema português,<br />

o que não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ter a<br />

sua lógica quando se conhece<br />

a fama que as fitas <strong>de</strong>sse tempo<br />

gozaram, <strong>de</strong> um modo tal<br />

que ainda hoje são apreciadas,<br />

quando a maior parte das figuras<br />

famosas <strong>de</strong> então <strong>de</strong>sapareceram<br />

do número dos vivos.<br />

Esse cinema popular, chamemos-lhe<br />

assim, tinha um<br />

público extremamente fiel que<br />

não se radicava apenas em Lisboa.<br />

Enchia as salas <strong>de</strong> espectáculo<br />

<strong>de</strong> todo o país, arrancando<br />

gargalhadas aos mais<br />

taciturnos, aos mais ferozes e<br />

sorumbáticos. O cinema português<br />

constituiu, por esses<br />

tempos, um enorme êxito <strong>de</strong><br />

bilheteira, bastando-se a si próprio<br />

sem recorrer à <strong>de</strong>pendência<br />

do subsidio estatal, que hoje<br />

mantém em estado <strong>de</strong> letargia<br />

a maioria das fitas portuguesas<br />

incapaz <strong>de</strong> gerar uma receita<br />

digna <strong>de</strong>sse nome.<br />

Mas falemos <strong>de</strong> coisas alegres,<br />

embora por esses dias também<br />

se produzissem filmes dramáticos<br />

que não conseguiram,<br />

longe disso, disputar a primazia<br />

dos favores do público, como<br />

foi apanágio da comédia à portuguesa.<br />

De tal modo fruíram<br />

a sua fama estes filmes, a maioria<br />

<strong>de</strong>les feitos com pouco<br />

dinheiro e uma economia <strong>de</strong><br />

meios raiando a pobreza franciscana,<br />

que chegaram aos nos-<br />

A comédia portuguesa<br />

sos dias capazes, ainda, <strong>de</strong> obrigarem<br />

o espectador <strong>de</strong>sprevenido<br />

a largar sonora gargalhada,<br />

mesmo quando as piadas<br />

estão irremediavelmente corroídas<br />

e datadas pela patine <strong>de</strong><br />

mais <strong>de</strong> meio século.<br />

Não se ficaram os actores<br />

<strong>de</strong>sse tempo pelo sucesso e fama<br />

dos três actores já referidos.<br />

Muitos outros fizeram o mesmo<br />

trajecto, trocando episodicamente<br />

o palco pelas fitas.<br />

Ribeirinho, Milú, Maria da Graça,<br />

Fernando Curado Ribeiro,<br />

Eugénio Salvador e tantos outros<br />

engrossaram esse honroso grupo,<br />

dignificando-o com o seu<br />

talento, a sua arte e dignida<strong>de</strong><br />

capazes <strong>de</strong> contornar a censura.<br />

A CANÇÃO DE LISBOA<br />

Em 1933, há 72 anos, estreava-se<br />

"A Canção <strong>de</strong> Lisboa", o<br />

primeiro filme sonoro português<br />

gravado totalmente nos<br />

estúdios nacionais. Era seu realizador<br />

Cottinelli Telmo e tinha<br />

a colaboração <strong>de</strong> alguns nomes<br />

que se tornaram dos mais importantes<br />

na cultura portuguesa.<br />

Entre eles <strong>de</strong>stacava-se, naturalmente,<br />

o multifacetado Almada<br />

Negreiros, o poeta José<br />

Gomes Ferreira e Manoel <strong>de</strong><br />

Oliveira, que viria a tornar-se<br />

no mais conhecido dos realizadores<br />

portugueses vivos.<br />

O contexto dos anos trinta<br />

era marcado pela emergência<br />

do nazismo alemão e do fas-<br />

cismo italiano. Em Portugal, a<br />

ditadura salazarista trilhava os<br />

primeiros passos da longa caminhada<br />

que viria a <strong>de</strong>sembocar<br />

no 25 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1974. A década<br />

era marcada pelo namoro<br />

do regime à pequena burguesia<br />

que ia sendo aliciada com<br />

promessas <strong>de</strong> emprego, nomeadamente<br />

na função pública. O<br />

regime, numa táctica imutável,<br />

impunha-se pela criação <strong>de</strong><br />

clientelas aliciadas pelas garantias<br />

<strong>de</strong> trabalho regular na<br />

máquina estatal.<br />

Todavia a "política do espírito",<br />

promovida por António<br />

Ferro e pelo SNI (Secretariado<br />

Nacional <strong>de</strong> Informação), não<br />

partilhava do prazer que as<br />

comédias da época proporcionavam<br />

aos seus espectadores.<br />

A sua sátira social, apesar <strong>de</strong><br />

leve e limitada pela acção da<br />

censura fascista, não era vista<br />

com bons olhos pelos responsáveis<br />

do regime.<br />

Nesta situação não é <strong>de</strong> estranhar<br />

que António Ferro, na<br />

cerimónia <strong>de</strong> atribuição dos<br />

prémios <strong>de</strong> cinema <strong>de</strong> 1947,<br />

afirme, sobre os filmes cómicos,<br />

que "Este é o cancro do<br />

cinema nacional, afora duas ou<br />

três excepções. Todos conhecemos<br />

estes filmes, com indiscutível<br />

e lamentável êxito, on<strong>de</strong><br />

se procurava fazer espírito com<br />

a matéria, com o que há <strong>de</strong> mais<br />

inferior na nossa mentalida<strong>de</strong>,<br />

com gestos, ditos e expressões<br />

que não precisavam, sequer, <strong>de</strong><br />

ter pornografia para serem grosseiros,<br />

reles e vulgares".<br />

O tempo encarregou-se <strong>de</strong><br />

resolver o problema e hoje ninguém<br />

se lembra da acção do<br />

SNI e do seu mentor, enquanto<br />

a comédia, inevitavelmente<br />

datada e ultrapassada, continua<br />

a ter admiradores e tornou-se,<br />

para muitos, objecto<br />

<strong>de</strong> culto.<br />

"A Canção <strong>de</strong> Lisboa" é um<br />

caso paradigmático. A sua recriação<br />

no palco do Teatro Politeama,<br />

em Lisboa, por Filipe La<br />

Féria, tornou-se num sucesso<br />

notável com alguns meses <strong>de</strong><br />

enchentes sucessivas. Num país<br />

cinzento e triste, miserável nas<br />

expectativas que lhe criaram,<br />

é bom e saudável rir <strong>de</strong> gargalhada<br />

solta com a crítica algo<br />

ingénua que os nossos comediantes<br />

conseguiram fazer, toureando<br />

a censura abjecta do<br />

salazarismo.<br />

A fruição que esta comédia<br />

proporciona a públicos tão diferenciados,<br />

como existem nos<br />

nossos dias, mostra que o português<br />

não é tão triste e estúpido<br />

como o querem tornar e,<br />

há muito, <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser o "Zé<br />

Povinho". Cantando, com marcha,<br />

arquinho e balão, lá vai<br />

lançando para trás das costas<br />

as catástrofes anunciadas. Que<br />

Deus o proteja!<br />

Orlando Cardoso<br />

orlccardoso@clix.pt<br />

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JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006


JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006 | V | I | V | E | R | 14|<br />

Livros<br />

lse Losa<br />

1913-2007<br />

A autora <strong>de</strong> "O Mundo<br />

em que vivi" faleceu<br />

no passado dia 6 <strong>de</strong> Janeiro,<br />

no Porto, aos 92 anos.<br />

Ilse Losa nasceu na Alemanha,<br />

<strong>de</strong> on<strong>de</strong> viria a<br />

fugir no início II Guerra<br />

Mundial <strong>de</strong>vido à sua origem<br />

judaica. Refugiou-se<br />

em Portugal, on<strong>de</strong> casou<br />

com o arquitecto Arménio<br />

Losa, no Porto, adquirindo<br />

a nacionalida<strong>de</strong> portuguesa.<br />

Autora <strong>de</strong> vários<br />

romances, contos, crónicas,<br />

trabalhos pedagógicos,<br />

traduziu para alemão<br />

várias antologias <strong>de</strong> autores<br />

portugueses. Entre<br />

outros, recebeu o Gran<strong>de</strong><br />

Prémio Gulbenkian, em<br />

1984, pela conjunto da<br />

sua obra para crianças.<br />

Sobre a obra "O Mundo<br />

em que vivi", Óscar Lopes<br />

escreveu: "Numa escrita<br />

inexcedivelmente sóbria<br />

e transparente, e através<br />

<strong>de</strong> breves episódios, este<br />

romance conduz-nos em<br />

crescendo <strong>de</strong> emoção <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a primeira infância rural<br />

<strong>de</strong> uma judia na Alemanha,<br />

pelos finais da Primeira<br />

Guerra Mundial, até<br />

ao avolumar <strong>de</strong> crises (...)<br />

que por fim a obrigam ao<br />

exílio, mesmo na eminência<br />

<strong>de</strong> um <strong>de</strong>stino trágico<br />

num campo <strong>de</strong> concentração."<br />

Bibliografia: "O mundo<br />

em que vivi" (romance,<br />

1949), "Faísca conta<br />

a sua história" (1949), "Histórias<br />

quase esquecidas"<br />

(1950), "Gra<strong>de</strong>s Brancas",<br />

(1951), "Rio sem Ponte",<br />

(1952), "Nós e a Crianças"<br />

(1954), "A Flor Azul" (1955),<br />

"Aqui havia uma casa"<br />

(1955), "Ida e volta à procura<br />

<strong>de</strong> Babbit" (1958),<br />

"Um Fidalgo <strong>de</strong> Pernas<br />

Curtas" (1961), "Sob céus<br />

estranhos" (1962), "Duas<br />

Peças Infantis" (1962),<br />

"Encontro no Outono"<br />

(1964), "Um Artista Chamado<br />

Duque" (1965), "A<br />

Adivinha (Teatro para a<br />

infância, 1967), "O Sr.<br />

Pechincha" (1979), "O Barco<br />

Afundado", (1979) Na<br />

Quinta das Cerejeiras (infanto-juvenil<br />

- 1982), "O Expositor"<br />

(1982), "Estas Searas"<br />

(1984), "Silka" (1984),<br />

"Caminhos sem <strong>de</strong>stino"<br />

(1991), "A Flor do Tempo"<br />

(1997).<br />

Investigadora apresenta o seu último livro em <strong>Leiria</strong><br />

"Bilhete <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>"<br />

<strong>de</strong> Maria Filomena Mónica<br />

Maria Filomena Mónica vai<br />

estar na Livraria Arquivo, em <strong>Leiria</strong>,<br />

no próximo dia 19, pelas 21:30<br />

horas para apresentar "Bilhete <strong>de</strong><br />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> - Memórias 1943-1976".<br />

A investigadora, habituada que<br />

está a estudar e escrever sobre os<br />

outros, sentiu necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escrever<br />

sobre si, na tentativa <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r<br />

melhor a sua própria história<br />

em criança e enquanto jovem.<br />

No fundo, como que o montar <strong>de</strong><br />

um puzzle, on<strong>de</strong> faltavam peças<br />

só agora encontradas, em especial<br />

após a doença <strong>de</strong> sua mãe e<br />

a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> um avô que nunca<br />

tinha "aparecido" antes. A sua<br />

vida pessoal entrecruzada com a<br />

académica, as escolhas que fez em<br />

cada um <strong>de</strong>stes campos, as pessoas<br />

que com ela se cruzaram,<br />

tudo junto num conjunto <strong>de</strong> memórias<br />

que agora <strong>de</strong>cidiu expor e partilhar<br />

neste livro.<br />

"Eu quis ser honesta, dizer a<br />

verda<strong>de</strong> e contar a história sem<br />

me preocupar com os efeitos". Por<br />

isso apenas três ou quatro pessoas<br />

leram o livro, antes <strong>de</strong> ser publicado.<br />

Nem aos seus filhos o mostrou.<br />

"Corro o risco <strong>de</strong> ferir algumas<br />

pessoas", conforme <strong>de</strong>clarou<br />

em entrevista ao semanário Expresso<br />

(19 Novembro 2005).<br />

Natural <strong>de</strong> Lisboa, estudou Filosofia<br />

na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa e fez o doutoramento<br />

em Sociologia em Oxford.<br />

É investigadora coor<strong>de</strong>nadora no<br />

Instituto <strong>de</strong> Ciências Sociais na<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa. Tem diversas<br />

obras publicadas, tendo coor<strong>de</strong>nado<br />

a edição d' "As Farpas",<br />

<strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queiroz e Ramalho Ortigão,<br />

apresentada na Livraria Arquivo<br />

em Fevereiro <strong>de</strong> 2005.<br />

Autora lançou novo conto na Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Júlia Biló homenageia o marido<br />

“…E vieram três reis magos<br />

em Agosto” é o título do mais<br />

recente conto <strong>de</strong> Júlia Guarda<br />

Ribeiro Biló, lançado no passado<br />

sábado, na Biblioteca Municipal<br />

da Marinha Gran<strong>de</strong>. Emocionada,<br />

a autora disse que o<br />

conto “é uma lição <strong>de</strong> vida” e<br />

lembrou, com sauda<strong>de</strong>, o marido<br />

(José Guarda Ribeiro) a quem<br />

<strong>de</strong>dica, também, as palavras <strong>de</strong>ste<br />

livro.<br />

Pombal<br />

Livro <strong>de</strong><br />

memórias<br />

Manuel <strong>de</strong> Oliveira<br />

Bordadágua apresenta o<br />

livro <strong>de</strong> memórias intitulado<br />

“De um Carvalhal,<br />

memórias e...rapto”...sem<br />

crime”, no próximo sábado,<br />

14, às 21:30 horas, no<br />

Teatro-Cine <strong>de</strong> Pombal.<br />

O autor é natural <strong>de</strong> Carvalhal<br />

<strong>de</strong> Cima, localida<strong>de</strong><br />

daquele concelho.<br />

Nazaré<br />

Fados e<br />

poemas<br />

Lançamento do livro<br />

“Fados e Poemas”, <strong>de</strong><br />

Domingos Soares Couto,<br />

dia 15, às 16 horas, na<br />

Biblioteca Municipal da<br />

Nazaré. Pescador natural<br />

daquela vila, Domingos<br />

Couto tem, ao longo <strong>de</strong><br />

vários anos, escrito letras<br />

para fados. É uma compilação<br />

<strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>ssas<br />

letras, <strong>de</strong> 1938 até à<br />

actualida<strong>de</strong>, e um conjunto<br />

<strong>de</strong> quadras soltas<br />

sobre pesca e mar, a vida<br />

difícil dos pescadores e a<br />

beleza da Nazaré, que integram<br />

este livro.<br />

S U G E S T Õ E S<br />

A Cortina<br />

MILAN KUNDERA<br />

EDITORA: EDIÇÕES ASA<br />

Prosseguindo, e <strong>de</strong> certo<br />

modo <strong>de</strong>senvolvendo, as<br />

reflexões constantes dos seus livros <strong>de</strong> ensaios<br />

anteriores - A Arte do Romance e Os Testamentos<br />

Traídos -, Milan Kun<strong>de</strong>ra oferece-<br />

-nos em A Cortina uma estimulante viagem<br />

aos locais mais emblemáticos do romance<br />

mo<strong>de</strong>rno. O mundo é-nos sempre ocultado<br />

por uma "cortina" <strong>de</strong> interpretações pré-cozinhadas,<br />

<strong>de</strong> imagens falaciosas, <strong>de</strong> representações<br />

enganadoras. A função do romance<br />

é precisamente rasgar essa "cortina". Neste<br />

ensaio, Kun<strong>de</strong>ra aponta "Dom Quixote <strong>de</strong><br />

La Mancha" como um marco na história da<br />

literatura, por ter entreaberto "a cortina que<br />

dissimulava a prosa da vida".<br />

Na apresentação, Alberto Cascalho,<br />

vice-presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

Municipal, afirmou que a história<br />

relatada no conto “constitui<br />

um contributo valioso à memória<br />

dos que sabem enfrentar com<br />

coragem os momentos difíceis”.<br />

O conto aborda a “luta permanente<br />

pelo direito supremo à<br />

liberda<strong>de</strong> e contém uma mensagem<br />

<strong>de</strong> esperança, ao <strong>de</strong>monstrar<br />

que, mesmo confrontados<br />

com as maiores tragédias, é possível<br />

acontecer o milagre da solidarieda<strong>de</strong><br />

humana”. Júlia Guarda<br />

Ribeiro Biló é pseudónimo<br />

<strong>de</strong> Maria Júlia Ferreira <strong>de</strong> Barros<br />

Guarda Ribeiro. Mestre em<br />

Ciências da Educação, foi professora<br />

<strong>de</strong> Inglês e Alemão.<br />

Actualmente ocupa o seu tempo<br />

entre a <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

da Associação <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social e a escrita.<br />

A Conspiração<br />

Contra a América<br />

PHILIP ROTH<br />

EDITORA: DOM QUIXOTE<br />

O que teria acontecido<br />

nos EUA e no mundo se o<br />

célebre aviador <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias antisemitas<br />

Charles Lindbergh se tivesse apresentado<br />

às eleições em 1940 e tivesse <strong>de</strong>rrotado<br />

Franklin Roosevelt? Partindo <strong>de</strong>ste<br />

cenário hipotético, Philip Roth conta o que<br />

foi para a sua família e para um milhão <strong>de</strong><br />

famílias judias em todo o país, a vida durante<br />

os anos ameaçadores da presidência <strong>de</strong><br />

Lindbergh. Um romance envolvente e perturbador.<br />

"Autobiografia em registo crítico<br />

do presente, pelo maior romancista em activida<strong>de</strong>."<br />

(Pedro Mexia, in Diário <strong>de</strong> Notícias)<br />

Dias Exemplares<br />

MICHAEL CUNNINGHAM<br />

EDITORA: GRADIVA<br />

Atravessando diferentes<br />

géneros ficcionais, Dias<br />

Exemplares é uma po<strong>de</strong>rosa e comovente<br />

o<strong>de</strong> à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nova Iorque e uma meditação<br />

sobre o rumo e o significado do <strong>de</strong>stino<br />

da América. "Li o novo livro <strong>de</strong> Michael<br />

Cunningham em três dias. Radicalmente<br />

bem escrito e imaginado, este livro conta<br />

três histórias que se <strong>de</strong>voram apaixonadamente.<br />

Deu-mo um amigo que o acha 'genial,<br />

sombrio, inquietante, profético, cheio <strong>de</strong><br />

compaixão e... religioso!'. Eu diria que é<br />

tudo isto, mas também luminoso e poético.<br />

Com a poesia literal <strong>de</strong> Walt Whitman, que<br />

amava todas as coisas, e a poesia acrescentada<br />

<strong>de</strong> Cunningham, para quem não<br />

existem vidas insignificantes. Adoro bons<br />

livros.", (Laurinda Alves, in revista Xis).<br />

Com o apoio da LIVRARIA ARQUIVO


DR<br />

Música<br />

O LEIRIENSE FILIPE FRANCISCO CARREIRA...<br />

Chama-se Filipe Francisco<br />

Carreira, é leiriense, e é o fundador<br />

e simultaneamente um<br />

dos elementos mais activos dos<br />

franceses &ND. Para além <strong>de</strong><br />

guitarrista, Filipe é uma espécie<br />

<strong>de</strong> relações públicas / manager<br />

da banda cuja popularida<strong>de</strong><br />

entre a comunida<strong>de</strong><br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte cresce a olhos vistos,<br />

quer em França quer em<br />

Portugal, on<strong>de</strong> aliás, alguns dos<br />

temas já rodam no éter da rádio<br />

<strong>de</strong> alcance nacional Antena3 e,<br />

para todo o mundo através da<br />

Internet, no programa semanal<br />

da Central Fm, “Unida<strong>de</strong> 304".<br />

A música mo<strong>de</strong>rna portuguesa<br />

continua a ser a aposta do Rockar,<br />

evento que tem mais um episódio<br />

no próximo sábado, dia 14<br />

<strong>de</strong> Janeiro, a partir das 22.30 horas,<br />

na se<strong>de</strong> do Sporting Clube Marinhense,<br />

na Embra - Marinha Gran<strong>de</strong>.<br />

Ao vivo vão evoluir os Perfect<br />

Sin e os Moe's Implosion<br />

Os Perfect Skin são um grupo<br />

oriundo <strong>de</strong> Abrantes que se formou<br />

em 2003. Actualmente são<br />

formados por Jeff (voz), Ricky<br />

(bateria), Manteigas (baixo), Carlos<br />

Cor<strong>de</strong>iro (guitarra) e Tiago<br />

(guitarra). A banda, que diz ter<br />

uma sonorida<strong>de</strong> grunge metal<br />

(que se comprova ao escutarmos<br />

o tema “Close Min<strong>de</strong>d Creep", disponibilizado<br />

no seu site), assume<br />

Leiriense brilha em banda francesa<br />

Toquem &ND já!<br />

A carreira dos &ND, on<strong>de</strong> para<br />

além <strong>de</strong> Filipe Francisco, estão<br />

William Soavi, Vincent Bouret, e<br />

Yann Gabay, ainda é curta, mas<br />

tem-se revelado prolífera, sobretudo<br />

após a edição do excelente<br />

EP <strong>de</strong> auto-edição, “Play It Now",<br />

que já lhes valeu uma incursão<br />

por Itália, para além <strong>de</strong> diversos<br />

concertos em solo gaulês.<br />

O grupo, que se assume como<br />

fazedor <strong>de</strong> uma sonorida<strong>de</strong> postpop,<br />

com leves reminiscências<br />

post-punk - acrescentamos nós<br />

- tem sido referenciado em vários<br />

sítios da Internet ao lado <strong>de</strong><br />

nomes como os Artic Monkeys<br />

influências <strong>de</strong> nomes como Tool,<br />

Korn, Alice In Chains, Soundgar<strong>de</strong>n<br />

ou Jeff Buckley.<br />

Os Moe's Implosion (na foto)<br />

vêm do Montijo, e são constituídos<br />

por Paulo “Tropa" (bateria),<br />

Camejo (guitarra), Severo (baixo<br />

e voz), Ricardo (bateria) e Sancho<br />

(voz). O grupo, que se formou em<br />

2004, diz-se <strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> uma sonorida<strong>de</strong><br />

punk/funk on<strong>de</strong> nomes<br />

como Incubus ou Red Hot Chilli<br />

Peppers se assumem com influências<br />

maiores. A sua recente maqueta,<br />

intitulada “Incipit", contém<br />

temas como “Bored", “Be Quick",<br />

“Girl" ou “Search And Destroy"<br />

(um original <strong>de</strong> Iggy and the Stooges!).<br />

CM<br />

DR<br />

(uma das gran<strong>de</strong>s esperanças<br />

para 2006) ou Baby Shambles<br />

(o novo projecto dos ex-Libertines<br />

Pete Doherty).<br />

“Play It Now" contém quatro<br />

belíssimos temas: “Stuck"<br />

evoca levemente o universo dos<br />

Placebo; “I Am An Icon" é um<br />

tema orelhudo, dançável, com<br />

piscar <strong>de</strong> olhos aos universos<br />

dos !!!, The Rapture ou Out Hud,<br />

e com partes que não <strong>de</strong>scurariam<br />

nalgum dos anúncios a<br />

telemóveis que proliferam nas<br />

TVs… Mas é com “Make It Now<br />

Or Never" que os &ND mostram<br />

o seu lado mais genial. O tema<br />

aparenta um início singelo, evoluindo<br />

até uma parte que faz<br />

ponte para um refrão <strong>de</strong>liciosamente<br />

pop. Um jogo <strong>de</strong> vozes<br />

muito bem conseguido é a cereja<br />

no topo do bolo. O EP finaliza<br />

com “D.I.Y.", outro magnífico<br />

momento, que revela<br />

estarmos, sem dúvida, perante<br />

uma banda que sabe apropriar-<br />

Rockar, sábado, na Marinha Gran<strong>de</strong><br />

Moe's Implosion e Perfect Sin<br />

DR<br />

... É O MENTOR DOS PROMISSORES FRANCESES &ND<br />

-se <strong>de</strong> influências alheias em<br />

prol <strong>de</strong> uma sonorida<strong>de</strong> que a<br />

curto prazo (sente-se) se revelará<br />

altamente personalizada. E<br />

neste particular, “D.I.Y." é o tema<br />

mais &ND <strong>de</strong> todos!<br />

A banda revela pois capacida<strong>de</strong>s<br />

para furar no hermético<br />

circuito internacional, mercê <strong>de</strong><br />

uma música fresca, apelativa,<br />

mo<strong>de</strong>rna, envolta ainda num<br />

cuidado estético que também<br />

dá <strong>de</strong> comer aos olhos. Filipe<br />

Francisco Carreira e os “seus"<br />

&ND têm motivos para sorrir,<br />

porque possuem entre mãos verda<strong>de</strong>iros<br />

ímanes sonoros que<br />

po<strong>de</strong>m, a qualquer momento<br />

(haja a oportunida<strong>de</strong> certa!),<br />

atrair os holofotes da ribalta.<br />

Para terminar, refira-se que<br />

a banda está a planear uma vinda<br />

a Portugal por alturas da Páscoa,<br />

e <strong>Leiria</strong> estará, por certo,<br />

no itinerário do grupo.<br />

Carlos Matos<br />

| V | I | V | E | R | 15 |<br />

JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006


JORNAL DE LEIRIA | 12 DE JANEIRO DE 2006 | V | I | V | E | R | 16|<br />

LEIRIA TEATRO MIGUEL FRANCO<br />

ELISABETH TOWN<br />

Domingo, 15 a Segunda, 16 às 15h30 e 21h30<br />

ALICE<br />

Terça, 17 a quarta, 18 às 18h30 e 21h30<br />

ANTHONY ZIMMER<br />

Quarta, às 18h30<br />

LEIRIA CINEMAS CASTELLO LOPES<br />

SALA 1<br />

À VONTADE DO FREGUÊS<br />

Sexta e Sábado. 13h45, 16h30, 19h00, 21h45, 0h15<br />

Quinta, Domingo a Quarta às 13h45, 16h30, 19h00, 21h45<br />

SALA 2<br />

O CRIME DO PADRE AMARO<br />

Sexta e Sábado, às 13h30, 16h15, 18h45, 21h30, 0h00<br />

Quinta, Domingo a Quarta às 13h30, 16h15, 18h45, 21h30,<br />

MONTE REAL CINE-TEATRO<br />

UM GIGOLO NA EUROPA<br />

Sexta a Domingo, às 21h30. Domingo às 15h30<br />

OURÉM CINE-TEATRO<br />

AS CRÓNICAS DE NÁRNIA<br />

Sábado e Domingo, às 21h30<br />

QUINTA, 12<br />

RTP1<br />

07.00<br />

10.00<br />

13.00<br />

14.10<br />

18.00<br />

19.15<br />

20.00<br />

21.20<br />

22.15<br />

23.15<br />

01.20<br />

02.45<br />

DOIS<br />

07.00<br />

07.30<br />

15.00<br />

19.30<br />

19.45<br />

20.45<br />

22.00<br />

22.30<br />

23.15<br />

00.30<br />

01.30<br />

03.00<br />

SIC<br />

06.45<br />

09.00<br />

13.00<br />

14.00<br />

17.15<br />

18.30<br />

19.00<br />

20.00<br />

22.00<br />

23.00<br />

00.15<br />

02.00<br />

TVI<br />

07.00<br />

10.00<br />

14.00<br />

16.00<br />

18.00<br />

20.00<br />

22.00<br />

23.00<br />

00.00<br />

01.00<br />

01.45<br />

02.15<br />

Bom Dia Portugal<br />

Praça da Alegria<br />

<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />

A Escrava Isaura<br />

Portugal em directo<br />

O preço certo em euros<br />

Telejornal<br />

O cofre<br />

Gran<strong>de</strong> entrevista<br />

“O lado obscuro da lei”<br />

Jack e Bobby<br />

Portugal à vista<br />

Magazine<br />

Zig Zag<br />

Clube <strong>de</strong> <strong>Jornal</strong>istas<br />

Quiosque<br />

Zig Zag<br />

Friends<br />

<strong>Jornal</strong> 2<br />

Tru Calling - o apelo<br />

Martin Sorcese: A história dos Blues<br />

Magazine cinema<br />

National Geographic<br />

Euronews<br />

Iô- Iô<br />

Uma Aventura<br />

Primeiro <strong>Jornal</strong><br />

Rex, o cão polícia<br />

Chocolate com pimenta<br />

New Wave<br />

Alma gémea<br />

<strong>Jornal</strong> da Noite<br />

Belíssima<br />

Um só coração<br />

CSI: Miami<br />

A Vingadora<br />

Diário da Manhã<br />

Separar Toca a Todos<br />

Anjo selvagem<br />

Olhos <strong>de</strong> água<br />

Morangos com Açucar<br />

<strong>Jornal</strong> Nacional<br />

Deite-te quase tudo<br />

Mundo Meu<br />

Las vegas<br />

Cartaz das artes<br />

Cinebox<br />

Marés vivas<br />

| Em cartaz |<br />

SEXTA, 13<br />

RTP1<br />

07.00<br />

10.00<br />

13.00<br />

14.10<br />

15.00<br />

18.00<br />

19.15<br />

20.00<br />

21.20<br />

22.15<br />

23.15<br />

DOIS<br />

07.00<br />

07.30<br />

15.00<br />

18.00<br />

19.45<br />

20.40<br />

21.15<br />

22.00<br />

22.30<br />

00.30<br />

02.15<br />

04.00<br />

SIC<br />

06.45<br />

09.00<br />

13.00<br />

14.00<br />

17.15<br />

17.45<br />

20.00<br />

22.00<br />

23.00<br />

23.45<br />

00.30<br />

04.00<br />

TVI<br />

07.00<br />

14.00<br />

15.00<br />

18.00<br />

20.00<br />

21.15<br />

21.30<br />

22.15<br />

23.15<br />

00.15<br />

03.15<br />

04.30<br />

Bom Dia Portugal<br />

Praça da Alegria<br />

<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />

A Escrava Isaura<br />

Portugal no coração<br />

Portugal em directo<br />

O preço certo em euros<br />

Telejornal<br />

O Cofre<br />

Bocage, por <strong>de</strong>trás da história<br />

Sessão da Meia Noite<br />

“O milagre segundo Salomé”<br />

Magazine cinema<br />

Zig Zag<br />

Bissau D’Isabel<br />

A Fé dos Homens<br />

Zig Zag<br />

Friends<br />

Hora Discovery<br />

<strong>Jornal</strong> 2<br />

Vidas<br />

Contas em dia<br />

Euronews<br />

Tudo em família<br />

Iô-iô<br />

Uma Aventura<br />

Primeiro <strong>Jornal</strong><br />

Rex, o cão polícia<br />

Chocolate com Pimenta<br />

Começar <strong>de</strong> Novo<br />

<strong>Jornal</strong> da Noite<br />

Belíssima<br />

UM só coração<br />

A Lua disse-me<br />

“Fomos soldados”<br />

Espírito da lei<br />

Diário da Manhã<br />

Anjo selvagem<br />

Olhos <strong>de</strong> Água<br />

Morangos com Açúcar<br />

<strong>Jornal</strong> Nacional<br />

Euromilhões<br />

Batanetes<br />

Dei-te quase tudo<br />

Mundo Meu<br />

Fiel ou infiel?<br />

Marés Vivas<br />

Hack<br />

POMBAL AUDITÓRIO MUNICIPAL DE POMBAL<br />

CORREIO DE RISCO 2<br />

Segunda a Sexta, às 15h30 e 21h30. Sábado, às 17h30,<br />

21h30 e 24h00. Domingo, às 17h30 e 21h30.<br />

SESSÃO INFANTIL<br />

CHICKEN LITTLE<br />

Quarta, às 21h30<br />

POMBAL TEATRO CINE<br />

A MARCHA DOS PINGUINS<br />

Quarta, às 21h30<br />

POMBAL POMBALCINE<br />

O CRIME DO PADRE AMARO<br />

Quinta a sábado e segunda a quarta, às 16h00 e 21h00<br />

Domingo, às 15h00, 17h30, 21h00<br />

PORTO DE MÓS CINEMA<br />

CHICKEN LITTLE<br />

Domingo às 16h30<br />

PÂNICO A BORDO<br />

Domingo e segunda às 21h30<br />

BATALHA AUDITÓRIO MUNICIPAL<br />

KING KONG<br />

Sexta a Segunda, às 21h30. Domingo às 15h30 e 21h30<br />

RTP1<br />

07.00<br />

09.30<br />

13.00<br />

14.10<br />

16.00<br />

19.30<br />

20.00<br />

21.20<br />

00.15<br />

02.15<br />

DOIS<br />

07.00<br />

09.00<br />

12.00<br />

14.30<br />

15.00<br />

19.00<br />

21.15<br />

21.45<br />

22.00<br />

22.30<br />

23.00<br />

02.45<br />

SIC<br />

09.00<br />

10.00<br />

13.00<br />

14.00<br />

15.00<br />

17.00<br />

20.00<br />

21.15<br />

22.30<br />

23.15<br />

00.15<br />

TVI<br />

07.00<br />

10.30<br />

13.00<br />

14.00<br />

11.15<br />

17.15<br />

20.00<br />

23.00<br />

00.15<br />

02.30<br />

03.30<br />

04.30<br />

RTP Crianças<br />

Todos ao pavilhão do conhecimento<br />

<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />

Top+<br />

Na Terra dos Ricos<br />

Mr. Bean<br />

Telejornal<br />

O Cofre<br />

Sessão da Noite:<br />

Sob sequestro<br />

Automobilismo<br />

Rali Lisboa - Dakar 2006<br />

Euronews<br />

UNiversida<strong>de</strong> aberta<br />

Haja saú<strong>de</strong><br />

Pop Up<br />

Desporto 2<br />

Bombordo<br />

Sabores<br />

A hora da sorte<br />

<strong>Jornal</strong> 2<br />

Negócios à parte<br />

As bodas <strong>de</strong> Deus<br />

Este difíceis amores<br />

Disney Kids<br />

Animação<br />

Primeiro <strong>Jornal</strong><br />

Êxtase<br />

“Eloise em Nova Iorque”<br />

CSI Miami<br />

<strong>Jornal</strong> da Noite<br />

Belíssima<br />

K7 Pirata<br />

Alma gémea<br />

Solaris<br />

Animações<br />

Um Cãozinho chamado Eddie<br />

<strong>Jornal</strong> da Uma<br />

“Um caozinho chamado Napoleão”<br />

“Vulcão”<br />

“O rei escorpião”<br />

<strong>Jornal</strong> Nacional<br />

Os Serranos<br />

“Em queda livre”<br />

Monk<br />

Marés Vivas<br />

A lei da Rua<br />

RTP1<br />

07.00<br />

09.00<br />

13.00<br />

14.15<br />

15.00<br />

17.00<br />

19.00<br />

20.00<br />

21.00<br />

22.15<br />

01.45<br />

DOIS<br />

08.30<br />

10.00<br />

11.00<br />

11.30<br />

13.00<br />

19.00<br />

22.00<br />

22.30<br />

23.15<br />

01.45<br />

02.45<br />

03.00<br />

SIC<br />

09.00<br />

13.00<br />

14.45<br />

16.00<br />

20.00<br />

21.15<br />

22.15<br />

01.00<br />

03.30<br />

TVI<br />

07.30<br />

10.30<br />

11.30<br />

13.00<br />

14.00<br />

15.30<br />

17.15<br />

20.00<br />

21.45<br />

22.30<br />

23.30<br />

02.30<br />

RTP Crianças<br />

O Trunfo da vida<br />

<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />

Só Visto!<br />

Anjo negro<br />

“Os Deuses <strong>de</strong>vem estar loucos”<br />

Campanha eleitoral - Presi<strong>de</strong>nciais 2006<br />

Telejornal<br />

As Escolhas <strong>de</strong> Marcelo Rebelo <strong>de</strong> Sousa<br />

Lotação Esgotada:<br />

“O que uma raparida quer”<br />

“O Pequeno Índio Branco”<br />

Áfric@Global<br />

Nós<br />

Da terra ao mar<br />

Consigo<br />

Euro<strong>de</strong>putados<br />

Bombordo<br />

<strong>Jornal</strong> 2<br />

Diga lá excelência<br />

Britcom<br />

Top+<br />

Euronews<br />

Desporto 2<br />

Disney Kids<br />

Primeiro <strong>Jornal</strong><br />

Cinema palace:<br />

Rex Bebé<br />

Primeiro balcão<br />

“The Rookie - O treinador”<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Domingo<br />

Maré alta<br />

Herman Sic<br />

Maiores <strong>de</strong> 17<br />

Inadaptado<br />

Os Maias<br />

Pocket Dragon<br />

Clube das Chaves<br />

Missa<br />

<strong>Jornal</strong> da Uma<br />

“Especialista em mulheres”<br />

“O jóia do Nilo”<br />

“Basta”<br />

<strong>Jornal</strong> Nacional<br />

O Inspector Max<br />

Dei-te quase tudo<br />

Mundo meu<br />

Hans - Christian An<strong>de</strong>rson<br />

ELIZABETHTOWN<br />

| A ver vamos |<br />

Drew (Orlando Bloom) é um pacato <strong>de</strong>senhador <strong>de</strong> sapatos<br />

que, dado o absoluto fracasso que foi a sua última criação,<br />

pensa suicidar-se, acto que só po<strong>de</strong>rá praticar após o funeral<br />

<strong>de</strong> seu pai, o homem mais popular <strong>de</strong> Elizabethtown, uma cida<strong>de</strong><br />

on<strong>de</strong> o termo "família" tem um significado muito especial.<br />

Claire (Kirsten Dunst) é a única hospe<strong>de</strong>ira a bordo <strong>de</strong> um voo<br />

on<strong>de</strong> Drew é o único passageiro. Este quer ser <strong>de</strong>ixado em paz,<br />

mas não tem sorte nenhuma e Claire acaba por "quebrar o<br />

gelo".<br />

Neste filme há dois tipos <strong>de</strong> relação emocional, uma é entre<br />

Drew e toda a gente <strong>de</strong> Elizabethtown, com o próprio a dar às<br />

pessoas os pêsames pela morte do seu pai e a outra relação é<br />

entre Drew e Claire, com esta a salvar-lhe literalmente a vida,<br />

afastando os seus pensamentos do suicídio, enquanto vão acabando<br />

sucessivamente namoros que nunca sequer chegaram<br />

a começar.<br />

A química entre os dois actores principais é óbvia, apesar<br />

da existente entre estes e as restantes personagens não ser tão<br />

clara nem bem conseguida... e para mim Kirsten Dunst consegue<br />

continuar a ser uma das gran<strong>de</strong>s promessas da sua geração<br />

e brilhar mesmo ao lado <strong>de</strong> um canastrão molhado como<br />

"El Bloom".<br />

Cameron Crowe - o realizador - não tem o mesmo brilhantismo<br />

<strong>de</strong> um dos seus primeiros filmes "Quase Famosos"<br />

ou "Jerry Maguire", mas consegue ser um filme romântico e<br />

querido, sem ser lamechas que ultrapassa "Singles" e "Vanilla<br />

Sky" e consegue-o sobretudo graças à sua mestria, enquanto<br />

guionista, ao seu trato das personagens e a uma banda sonora<br />

perfeitamente a<strong>de</strong>quada a cada momento. Não obstante a<br />

qualida<strong>de</strong> do filme, temos o problema <strong>de</strong> ser algo volumoso<br />

<strong>de</strong>mais em termos <strong>de</strong> conteúdo e acaba por parecer maior do<br />

que é na realida<strong>de</strong><br />

RTP1<br />

07.00<br />

10.00<br />

13.00<br />

14.10<br />

18.00<br />

19.15<br />

20.00<br />

21.30<br />

22.30<br />

01.00<br />

03.15<br />

DOIS<br />

07.00<br />

07.30<br />

15.00<br />

16.00<br />

17.00<br />

18.00<br />

18.30<br />

19.30<br />

20.45<br />

22.00<br />

23.30<br />

01.30<br />

SIC<br />

06.45<br />

10.00<br />

13.00<br />

17.15<br />

18.30<br />

19.00<br />

20.00<br />

21.30<br />

21.45<br />

23.30<br />

00.15<br />

02.30<br />

TVI<br />

07.00<br />

13.00<br />

15.00<br />

17.00<br />

18.00<br />

20.00<br />

21.15<br />

22.00<br />

23.00<br />

00.00<br />

02.15<br />

03.30<br />

Bom Dia Portugal<br />

Praça da Alegria<br />

<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />

A Escrava Isaura<br />

Portugal em directo<br />

O Preço Certo em Euros<br />

Telejornal<br />

O cofre<br />

Pró e contras<br />

Sessão da Meia-Noite:<br />

“Um casamento”<br />

Glamour<br />

Magazine Livros<br />

Zig Zag<br />

Diga lá excelência<br />

National Geographic<br />

Hora Discovery<br />

A Fé dos Homens<br />

Causas comuns<br />

Quiosque<br />

Friends<br />

<strong>Jornal</strong> 2<br />

Por outro lado<br />

National Geographic<br />

Iô Iô<br />

Fátima<br />

Primeiro <strong>Jornal</strong><br />

Chocolate com Pimenta<br />

New Wave<br />

Alma Gémea<br />

<strong>Jornal</strong> da Noite<br />

Flagrante Delírio<br />

Belíssima<br />

Um só coração<br />

Levanta-te e Ri<br />

Ganância<br />

Diário da Manhã<br />

<strong>Jornal</strong> da Uma<br />

Olhos <strong>de</strong> Água<br />

Quer Quer Ganha<br />

Morangos com Açúcar<br />

<strong>Jornal</strong> Nacional<br />

O Prédio do Vasco<br />

Dei-te Quase Tudo<br />

Mundo Meu<br />

AB... Sexo<br />

Marés Vivas<br />

A Lei da Rua<br />

Classificação: 2<br />

4 - A não per<strong>de</strong>r<br />

3 - A ver<br />

2 - Vale o dinheiro<br />

1 - Proceda com cautela<br />

0 - Não, por favor, mais não<br />

Nuno Bon <strong>de</strong> Sousa<br />

SÁBADO, 14 DOMINGO, 15 SEGUNDA, 16 TERÇA, 17<br />

RTP1<br />

07.00<br />

10.00<br />

13.00<br />

14.10<br />

15.00<br />

19.00<br />

20.00<br />

21.10<br />

22.30<br />

00.15<br />

DOIS<br />

07.00<br />

07.30<br />

14.15<br />

18.00<br />

18.30<br />

19.45<br />

20.45<br />

22.00<br />

22.35<br />

02.00<br />

04.00<br />

04.50<br />

SIC<br />

06.45<br />

13.00<br />

14.00<br />

16.45<br />

17.30<br />

17.45<br />

18.30<br />

20.00<br />

21.45<br />

23.30<br />

00.30<br />

01.15<br />

TVI<br />

07.00<br />

10.00<br />

13.00<br />

14.15<br />

17.00<br />

20.00<br />

22.00<br />

23.00<br />

00.30<br />

02.30<br />

03.30<br />

Bom Dia Portugal<br />

Praça da Alegria<br />

<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />

A Escrava Isaura<br />

Portugal no Coração<br />

O Preço Certo em Euros<br />

Telejornal<br />

Contra-Informação<br />

Sessão da Noite:<br />

A importância <strong>de</strong> ser Ernesto<br />

Sessão da meia-noite<br />

Bullitt<br />

Magazine - Música<br />

Zig Zag<br />

Tudo em Família<br />

A Fé dos Homens<br />

Quiosque<br />

Zig Zag<br />

Friends<br />

<strong>Jornal</strong> 2<br />

Mundos<br />

Haja saú<strong>de</strong><br />

Tudo em família<br />

Causas comuns<br />

Ioiô<br />

Primeiro <strong>Jornal</strong><br />

Rex, O Cão Polícia<br />

Malhação<br />

Chocolate com pimenta<br />

Começar <strong>de</strong> novo<br />

New Wave<br />

<strong>Jornal</strong> da Noite<br />

Belíssima<br />

A Lua Disse-me<br />

O Sexo e a Cida<strong>de</strong><br />

Alien o 8º passageiro<br />

Diário da Manhã<br />

Você na TV<br />

<strong>Jornal</strong> da Uma<br />

Olhos <strong>de</strong> água<br />

Quem Quer Ganha<br />

<strong>Jornal</strong> Nacional<br />

Ninguém Como Tu<br />

Mundo Meu<br />

Filme:<br />

“O Predador 2”<br />

Palpitações<br />

Que loucura <strong>de</strong> família

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