26.04.2013 Views

Controlando o aquecimento global. - Fundação Visconde de Cairu

Controlando o aquecimento global. - Fundação Visconde de Cairu

Controlando o aquecimento global. - Fundação Visconde de Cairu

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

para sair do papel. No entanto, em geral os governos não estão dispostos<br />

a colaborar, trocando uma parte do crescimento econômico no curto<br />

prazo por sustentabilida<strong>de</strong> ambiental no longo prazo. Um presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

um país, com uma reeleição complicada, acredita que a troca<br />

investimentos na construção <strong>de</strong> estradas e geração <strong>de</strong> empregos por<br />

investimentos que evitem emissões <strong>de</strong> CO2, lhe tirará votos. Mudanças<br />

tecnológicas em direção a tecnologias mais limpas na maioria dos casos<br />

só são implementadas quando os custos são mínimos. Um exemplo<br />

disso é a tecnologia dos catalisadores em automóveis. Quando um carro<br />

realiza combustão ele lança basicamente CO2 e uma pequena fração <strong>de</strong><br />

monóxido <strong>de</strong> carbono (CO), enxofre e outros poluentes, frutos da<br />

combustão incompleta da gasolina. Essa pequena fração <strong>de</strong> gases são<br />

altamente venenosos e provocam todos anos milhares <strong>de</strong> mortes por<br />

doenças respiratórias no mundo. O catalisador evita a emissão <strong>de</strong>sses<br />

poluentes, tornando os carros até 40 vezes menos poluentes que nos<br />

anos 70. No entanto essa poluição se refere apenas aos gases que fazem<br />

mal diretamente a saú<strong>de</strong> do homem. O CO2, que é a maioria absoluta<br />

das emissões, não faz mal a saú<strong>de</strong> quando é lançado na atmosfera mas é<br />

responsável pelo <strong>aquecimento</strong> <strong>global</strong>. Ele só representa um perigo a<br />

saú<strong>de</strong> em níveis altíssimos, geralmente só encontrados em ambientes<br />

fechados. Então é sempre importante discernir os gases venenosos<br />

(monóxido <strong>de</strong> carbono, enxofre e outros) causadores das doenças<br />

respiratórias, do CO2 que não faz mal à saú<strong>de</strong> mas interfere no clima.<br />

Os gases venenosos estão diminuindo gradativamente nas gran<strong>de</strong>s<br />

cida<strong>de</strong>s por conta da frota com catalisadores, mas o CO2 está crescendo<br />

<strong>de</strong>vido ao aumento do número <strong>de</strong> veículos, sendo a emissão<br />

proporcional ao consumo <strong>de</strong> gasolina.<br />

Por último uma alternativa que po<strong>de</strong>ria inesperadamente mudar a<br />

rota provável <strong>de</strong> transição energética lenta seria um choque tecnológico<br />

que reduzisse drasticamente os custos da energia, que os tornasse mais<br />

baratos do que os custos <strong>de</strong> produção dos combustíveis fósseis. Quanto<br />

a esse choque, a fonte revolucionária mais promissora é a fusão nuclear,<br />

a energia das estrelas. A energia gerada pelo Sol, por exemplo, provém<br />

da fusão nuclear. A fusão nuclear é diferente da fissão nuclear, usada<br />

nas usinas atômicas convencionais. Tanto a fusão quanto a fissão<br />

baseiam-se em reações nucleares, não em reações químicas como a<br />

combustão. Uma reação química envolve apenas a eletrosfera dos<br />

átomos: os núcleos atômicos permanecem intocados. Já em uma reação<br />

nuclear, como a própria expressão indica, os núcleos atômicos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!