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Controlando o aquecimento global. - Fundação Visconde de Cairu

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vacinas contra bactérias metanogênicas estão sendo <strong>de</strong>senvolvidas, mas<br />

ainda não estão disponíveis comercialmente.<br />

As plantações <strong>de</strong> arroz também são ambientes propícios para a<br />

liberação <strong>de</strong> metano na atmosfera. O arroz é cultivado em áreas alagadas<br />

e com gran<strong>de</strong> presença <strong>de</strong> matéria orgânica. Esse ambiente pobre em<br />

oxigênio favorece a <strong>de</strong>composição da matéria orgânica por bactérias<br />

anaeróbicas produtoras <strong>de</strong> metano. O gás po<strong>de</strong> ser liberado através <strong>de</strong><br />

bolhas <strong>de</strong>ntro da água até a atmosfera quando se encontra em altas<br />

concentrações, mas o principal responsável pelas emissões é o<br />

transporte difuso pelo aerênquima, um tecido vascular presente nas<br />

plantas <strong>de</strong> arroz. O aerênquima permite a circulação <strong>de</strong> ar no interior da<br />

planta, levando o oxigênio da atmosfera até as raízes. Essa circulação <strong>de</strong><br />

ar facilita a liberação do metano. As plantas <strong>de</strong> arroz facilitam até 10<br />

vezes mais o escape <strong>de</strong> metano para a atmosfera 24 em comparação com<br />

solos inundados sem cultivo <strong>de</strong> arroz. Fatores como a temperatura, a<br />

radiação solar, o tipo <strong>de</strong> adubação, a espécie <strong>de</strong> arroz e o nível <strong>de</strong><br />

inundação influenciam na produção <strong>de</strong> metano. O metano resultante do<br />

cultivo <strong>de</strong> arroz irrigado po<strong>de</strong> reduzir-se significativamente<br />

introduzindo alterações nos sistemas <strong>de</strong> irrigação e drenagem ou através<br />

do uso <strong>de</strong> fertilizantes. Cerca <strong>de</strong> 50% do total das terras <strong>de</strong>dicadas no<br />

mundo aos arrozais é irrigada. O arroz irrigado libera mais metano do<br />

que o arroz <strong>de</strong> sequeiro. A drenagem <strong>de</strong> um campo <strong>de</strong> arroz irrigado em<br />

momentos específicos durante o ciclo <strong>de</strong> cultivo po<strong>de</strong> reduzir<br />

drasticamente as emissões <strong>de</strong> metano sem diminuir os rendimentos da<br />

colheita. Outras opções técnicas para reduzir as emissões <strong>de</strong> metano<br />

consistem em agregar sulfato <strong>de</strong> sódio ou carboneto <strong>de</strong> cálcio aos<br />

fertilizantes com base em uréia, ou substituir a uréia por sulfato <strong>de</strong><br />

amônio como fonte <strong>de</strong> nitrogênio para os cultivos <strong>de</strong> arroz.<br />

A principal origem das emissões <strong>de</strong> óxido nitroso (N2O)<br />

advindas dos solos agrícolas é a aplicação indiscriminada <strong>de</strong><br />

fertilizantes nitrogenados sintéticos nos cultivos. As emissões ocorrem<br />

<strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>snitrificação a partir do nitrogênio mineral. A <strong>de</strong>snitrificação<br />

consiste na redução microbiana dos nitratos (N3O) às formas<br />

intermediárias <strong>de</strong> nitrogênio e então às formas gasosas (NO, N2O e N2)<br />

que são perdidas para a atmosfera. As emissões <strong>de</strong> óxido nitroso<br />

24<br />

http://w3.ufsm.br/ppgcs/congressos/CBCS_Gramado/Arquivos%20trabalho<br />

s/Efluxo%20<strong>de</strong>%20metano_Fabio%20G..pdf

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