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Controlando o aquecimento global. - Fundação Visconde de Cairu

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Capítulo 4: As previsões internacionais acerca das<br />

emissões mundiais <strong>de</strong> CO2 e do aumento da temperatura<br />

da Terra nos próximos anos<br />

A Agência Internacional <strong>de</strong> Energia prevê em seus relatórios um<br />

aumento das emissões ligadas aos combustíveis fósseis até 2030. Eles<br />

são baseados no seu "World Energy Mo<strong>de</strong>l" (Mo<strong>de</strong>lo da Energia<br />

Mundial), um sofisticado mo<strong>de</strong>lo matemático <strong>de</strong> simulação do<br />

comportamento dos mercados mundiais <strong>de</strong> energia, com cerca <strong>de</strong> 16.000<br />

equações, que incorpora a extensiva base <strong>de</strong> dados da AIE sobre a<br />

produção, comércio e consumo mundiais <strong>de</strong> energia, além <strong>de</strong> estudos<br />

sobre o crescimento econômico mundial, investimentos no setor<br />

energético, novas tecnologias e políticas energéticas. A AIE projeta dois<br />

tipos <strong>de</strong> cenários: o cenário <strong>de</strong> referência e o cenário <strong>de</strong> políticas<br />

alternativas 18 . O primeiro é consi<strong>de</strong>rado o cenário mais provável. Nele a<br />

agência assume que haverá avanços tecnológicos tanto no consumo<br />

como na produção <strong>de</strong> energia e que estas mudanças serão incrementais,<br />

por conta das longas vidas úteis dos equipamentos <strong>de</strong> conversão<br />

envolvidos. Algumas tecnologias que hoje estão ainda em fase<br />

experimental <strong>de</strong>verão se difundir nas próximas três décadas. Assim<br />

como foi <strong>de</strong>fendido no capítulo anterior <strong>de</strong>ste livro, a AIE acredita que<br />

existe uma gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> para substituir a matriz energética fóssil.<br />

A Agência adota como premissa em seu cenário <strong>de</strong> referência que a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia necessária para prover uma dada quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

serviço <strong>de</strong> energia, <strong>de</strong>verá continuar evoluindo no mesmo ritmo das<br />

últimas três décadas. No cenário <strong>de</strong> referência, entre 2004 e 2030,<br />

prevê-se um crescimento <strong>de</strong> 55% das emissões <strong>de</strong> dióxido <strong>de</strong> carbono<br />

(CO2) relacionadas com a energia, isto é, uma taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong><br />

1,7% por ano. No cenário <strong>de</strong> políticas alternativas, a AIE simula o<br />

impacto <strong>de</strong> políticas que já estão sendo analisadas pelos governos,<br />

sobretudo dos países da OCDE, mas que ainda não tinham sido<br />

implementadas até 2004. As tendências no cenário <strong>de</strong> referência não são<br />

imutáveis. Os governos po<strong>de</strong>m tomar medidas mais vigorosas para<br />

alterar o curso do sistema energético, o <strong>de</strong>sviando para um caminho<br />

18 Os dois cenários estão na edição 2006 do “World Energy Outlook” da<br />

Agência Internacional <strong>de</strong> Energia. O relatório está no site em inglês:<br />

http://www.iea.org/textbase/nppdf/free/2006/weo2006.pdf

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