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Apostila de Filosofia da Linguagem - CIRCAPE

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caso não é que é mentira ou irreali<strong>da</strong><strong>de</strong>, mas somente um uso que tem seu significado<br />

peculiar, essa forma escapa geralmente <strong>da</strong>s conceituações <strong>da</strong> ciência;<br />

Estética: ain<strong>da</strong> que a linguagem verbal seja a sua forma principal, há outros modos <strong>de</strong><br />

comunicar que estão para além <strong>da</strong> palavra. Isso se po<strong>de</strong> notar no modo como as palavras são<br />

pronuncia<strong>da</strong>s: a acentuação, a veloci<strong>da</strong><strong>de</strong>, a ênfase, ou mesmo nos gestos e no olhar. A poesia<br />

se enquadra também aqui, pois usa vários <strong>de</strong>sses recursos.<br />

3 – ÂMBITOS DA LINGUAGEM<br />

hermenêutica<br />

pragmática<br />

referente<br />

3.1. O SIGNO LINGÜÍSTICO: SEMIÓTICA<br />

semiótica<br />

semântica<br />

hermenêutica<br />

representamen<br />

referencial<br />

semântica<br />

O primeiro aspecto ou âmbito <strong>da</strong> linguagem é o dos signos. É a base para a comunicação humana,<br />

pois ela sempre se dá por signos, os mais variados. Em efeito, signo é aquilo que uma vez conhecido leva<br />

ao conhecimento <strong>de</strong> outro. O signo é o princípio <strong>da</strong> comunicação humana, pois esta é comunicação ou<br />

transmissão <strong>de</strong> pensamento (seja ele estritamente racional ou volitivo), isto se <strong>de</strong>ve a que o homem não é<br />

um espírito puro que possa se comunicar por transmissão <strong>de</strong> formas puras do pensamento, mas como<br />

animal, ou seja, possuidor do corpo, <strong>de</strong> uma materiali<strong>da</strong><strong>de</strong>, necessita <strong>de</strong> um medium para transmitir seu<br />

interior, os conceitos que tem em sua alma aos <strong>de</strong>mais, e não somente para transmiti-los, mas também<br />

para interagir com a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seu corpo. O signo é, pois, a aveni<strong>da</strong> pela qual transita o pensamento <strong>de</strong><br />

uma mente para outra.<br />

A semiótica é a ciência dos signos. Vai estu<strong>da</strong>r justamente a função integradora <strong>de</strong> todos os<br />

diversos sistemas simbólicos. Não somente no marco do mesmo sistema simbólico, mas também no<br />

contexto <strong>de</strong> seu uso, é o que diz Ferdinand <strong>de</strong> Saussure quando <strong>de</strong>fine a semiótica como “ciência que<br />

estu<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong> dos signos no seio <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social”.<br />

Consi<strong>de</strong>ra-se a Charles Peirce (1839-1914), filósofo estaduni<strong>de</strong>nse como o fun<strong>da</strong>dor <strong>da</strong> semiótica.<br />

Ain<strong>da</strong> que sempre se tenha prestado atenção aos signos ele estrutura tal estudo como uma ciência a se.<br />

Compreen<strong>de</strong>-se que os comportamentos humanos tais como o falar, não se explicam simplesmente como

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