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cooperativismo de gênero - Ministério da Agricultura, Pecuária e ...

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Pitágoras, o pai <strong>da</strong> Matemática oci<strong>de</strong>ntal (6º séc. a.C.), afirmou: “Há um princípio<br />

bom, que criou a or<strong>de</strong>m, a luz e o homem; e um princípio mau, que criou o caos,<br />

as trevas e a mulher”.<br />

Por sua vez, Hipócrates, pai <strong>da</strong> Medicina oci<strong>de</strong>ntal (460-366 a.C.), chegou a<br />

dizer que “O útero é a causa <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as doenças”.<br />

Aristóteles, pai <strong>da</strong> filosofia tradicional oci<strong>de</strong>ntal (384-322 a.C.), comentava: “A<br />

relação do macho face à fêmea é, por natureza, a do superior para o inferior; o macho é<br />

o governante; a fêmea, o súdito”.<br />

Santo Tomás <strong>de</strong> Aquino (Séc. XIII) retoma, aprofun<strong>da</strong> e amplia Aristóteles. Pai<br />

<strong>da</strong> Teologia católica, até hoje influencia a igreja não só internamente, mas nas relações<br />

<strong>da</strong> Igreja com o Estado leigo. Haja vista as contradições que se repetem na relação Igreja-<br />

Estado, principalmente em relação aos direitos reprodutivos <strong>da</strong>s mulheres.<br />

Francis Bacon (1561-1626), que é praticamente um exemplo <strong>da</strong> influência <strong>da</strong>s<br />

atitu<strong>de</strong>s patriarcais sobre o pensamento científico <strong>de</strong>senvolvido posteriormente por Isaac<br />

Newton e René Descartes, dizia: “A Natureza”, como a mulher, “<strong>de</strong>ve ser acossa<strong>da</strong> em<br />

seus <strong>de</strong>scaminhos”, “obriga<strong>da</strong> a servir” e “ser escraviza<strong>da</strong>”. Ela <strong>de</strong>ve ser “reduzi<strong>da</strong> à obediência”.<br />

O objetivo do cientista é “extrair <strong>da</strong> natureza, sob tortura, todos os seus segredos”<br />

(Fritjof Capra, o Ponto <strong>de</strong> Mutação, p. 52).<br />

Isaac Newton e René Descartes (Séc. XVII) trabalhavam o conceito <strong>de</strong> universo<br />

como uma “máquina”. Tudo funciona a partir do conhecimento “<strong>da</strong>s partes”; o corpo<br />

humano também. As consequências foram graves, particularmente em relação às possíveis<br />

interferências entre o físico e o psíquico e sem a lógica <strong>da</strong> compreensão do ser como<br />

um todo (Viezzer, 1992). A ciência e a tecnologia mo<strong>de</strong>rnas foram marca<strong>da</strong>s pelo paradigma<br />

newton-cartesiano, hoje amplamente questionado.<br />

Não vamos nos <strong>de</strong>ter aqui nos provérbios, ditados e pia<strong>da</strong>s que, além <strong>de</strong> correr<br />

<strong>de</strong> boca em boca, multiplicam-se exponencialmente na tela do computador e são espalhados<br />

pelo ciberespaço. A gran<strong>de</strong> maioria <strong>de</strong>ssas pia<strong>da</strong>s, ditados e provérbios - antigos<br />

e mo<strong>de</strong>rnos – é amplamente reveladora <strong>de</strong> como o avanço <strong>da</strong> tecnologia nem sempre<br />

correspon<strong>de</strong> ao avanço <strong>da</strong> mentali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s pessoas e <strong>de</strong> suas concepções <strong>de</strong> mundo e <strong>da</strong><br />

relação homem/mulher.<br />

Contrapondo a esta visão, está a visão do novo processo civilizatório, que consi<strong>de</strong>ra<br />

os seres humanos como parte <strong>da</strong> “Teia <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong>”, as mulheres e os homens como<br />

parte <strong>da</strong> espécie humana, ambos seres humanos, iguais em direitos.<br />

Esta afirmação po<strong>de</strong> parecer especialmente óbvia. Na teoria, talvez. Mas, na<br />

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