cooperativismo de gênero - Ministério da Agricultura, Pecuária e ...
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Eficiência.<br />
Igual<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Empo<strong>de</strong>ramento.<br />
Gênero e Desenvolvimento.<br />
Os primeiros enfoques encaixam-se mais na categoria MeD/Mulher e Desenvolvimento<br />
e o último abor<strong>da</strong> a categoria GeD/Gênero e Desenvolvimento. Trata-se <strong>de</strong><br />
categorias bem diferentes. A primeira trabalha sobre “a mulher”, “o problema <strong>da</strong> mulher”,<br />
“a exploração <strong>da</strong> mulher”, a “opressão <strong>da</strong> mulher”, a “condição <strong>da</strong> mulher”. Já no enfoque<br />
<strong>de</strong> <strong>gênero</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento, trabalham-se as relações homem/mulher nos diversos<br />
âmbitos e temas relacionados à equi<strong>da</strong><strong>de</strong>: na educação, na política, na saú<strong>de</strong>, no trabalho<br />
e geração <strong>de</strong> ren<strong>da</strong>, etc.<br />
Mas os enfoques aqui citados não são estanques. Tanto assim que as políticas<br />
públicas para mulheres e <strong>de</strong> <strong>gênero</strong> englobam ca<strong>da</strong> vez mais os conceitos <strong>de</strong> equi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />
empo<strong>de</strong>ramento, visando o equilíbrio masculino-feminino <strong>da</strong>s relações que se dão entre<br />
mulheres e homens em to<strong>da</strong>s as esferas <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>.<br />
1. Bem-estar<br />
O enfoque do bem-estar foi bastante popular entre os anos 50 e 70. Ele parte<br />
do pressuposto <strong>de</strong> que o papel mais importante para a mulher é o <strong>de</strong> mãe e dona-<strong>de</strong>-casa<br />
e que é nisso que ela <strong>de</strong>ve ser apoia<strong>da</strong>. Embutido nesse enfoque, está a premissa <strong>de</strong> que se<br />
<strong>de</strong>veria seguir o padrão familiar dos países industrializados: o <strong>da</strong> família nuclear, na qual<br />
o homem é o provedor e a mulher, a responsável pelo cui<strong>da</strong>do do lar e pelos filhos.<br />
As mulheres são vistas como beneficiárias passivas <strong>da</strong> política <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
Nesta época, a cooperação internacional para o <strong>de</strong>senvolvimento centra sua<br />
atenção na elevação <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> força <strong>de</strong> trabalho masculina. Às mulheres<br />
oferece cursos voltados à economia doméstica, como nutrição, corte e costura, bor<strong>da</strong>dos,<br />
culinária, etc.<br />
A partir dos anos 70, as mulheres tornam-se também objetos <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong><br />
planejamento familiar, com a ampla distribuição <strong>de</strong> anticoncepcionais, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> reduzir a natali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
É nesta época que se multiplicam os clubes <strong>de</strong> mães entre as mulheres pobres do<br />
campo e <strong>da</strong>s periferias <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, voltados à solução <strong>de</strong> problemas ligados à satisfação<br />
<strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s práticas <strong>da</strong>s mulheres e <strong>da</strong> família.<br />
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