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Relações Comerciais entre a Grande Distribuição Agro-Alimentar e ...

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<strong>Relações</strong> <strong>Comerciais</strong> <strong>entre</strong> a <strong>Grande</strong> <strong>Distribuição</strong> <strong>Agro</strong>-<strong>Alimentar</strong> e os seus Fornecedores (Preliminar)<br />

________________________________________________________________________________________<br />

supostamente, se colocam nas relações comerciais <strong>entre</strong> a GDA (retalhista e<br />

grossista), nomeadamente ao nível dos GGR, e os seus fornecedores.<br />

31. Igualmente, e em paralelo, várias têm sido as notícias veiculadas pela imprensa<br />

dando conta de algumas situações consideradas ”abusivas” por parte da GDA ou<br />

por parte dos GGR e das eventuais repercussões negativas das mesmas na “saúde<br />

económica” das empresas industriais fornecedoras, assim como, em relação a<br />

alguns bens, nos produtores agrícolas nacionais.<br />

32. Em causa estará um certo desequilíbrio nas relações comerciais <strong>entre</strong><br />

fornecedores e distribuidores resultante do poder de compra (ou de mercado)<br />

detido pela distribuição, decorrente, nomeadamente, do movimento de<br />

concentrações ao nível do mercado do aprovisionamento e da especificidade<br />

subjacente àquelas relações comerciais, nomeadamente, da maior dependência<br />

dos fornecedores em relação à GDA, face à necessidade de fazerem chegar os<br />

seus produtos aos consumidores, do que dos distribuidores em relação aos<br />

fornecedores, dada a natureza multi-produtos da actividade dos primeiros, tendo<br />

estes cada produto mais do que uma opção de fornecedor.<br />

33. Para o citado desequilíbrio negocial tem também sido apontado como responsável<br />

o crescente peso das marcas dos distribuidores (MDD), com o consequente<br />

reforço do seu poder negocial daí decorrente.<br />

34. A actual crise económica e a concorrência ao nível da GDA tem suscitado uma<br />

adaptação permanente das suas estratégias comerciais, algumas delas com<br />

repercussões directas nas relações comerciais com os seus fornecedores.<br />

35. Têm sido apontadas, como alegadamente lesivas da concorrência, várias práticas<br />

que ocorrem com frequência no sector da cadeia de abastecimento alimentar<br />

(v.g., agrupamentos de compra, crescente uso de MDD e pagamentos para<br />

referenciação de produtos).<br />

36. Numa perspectiva de política de concorrência, questões como a estrutura<br />

concorrencial dos mercados e as barreiras regulamentares à entrada terão de ser<br />

analisadas ab initio para, posteriormente, ser avaliado em que medida as práticas<br />

identificadas estão correlacionadas com aquelas questões.<br />

37. Após uma descrição de diversos antecedentes à problemática das relações<br />

comerciais <strong>entre</strong> a grande distribuição agro-alimentar e os seus fornecedores<br />

(capítulo 2), analisaremos o enquadramento regulamentar da GDA e dos GGR em<br />

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