Relações Comerciais entre a Grande Distribuição Agro-Alimentar e ...
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<strong>Relações</strong> <strong>Comerciais</strong> <strong>entre</strong> a <strong>Grande</strong> <strong>Distribuição</strong> <strong>Agro</strong>-<strong>Alimentar</strong> e os seus Fornecedores (Preliminar)<br />
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compra/referenciação e marcas do distribuidor), do enquadramento regulamentar<br />
aplicável e da intervenção da AdC face às suas competências e atribuições.<br />
84. A análise econométrica (Rodrigues, 2006) foi realizada com base em dados de<br />
compras e vendas dos 5 principais GGR, recolhidos para o período 2000-2003,<br />
desagregados por produto, marca e fornecedor. Esta análise revelou que a<br />
centralização de compras e a integração vertical de alguns GGR originam preços<br />
mais baixos na aquisição por estes grupos, sendo os ganhos daí decorrentes,<br />
tendencialmente, repercutidos nos consumidores, verificando-se assim, o passthrough<br />
dos resultados do poder de compra dos GGR para os consumidores. 11<br />
85. Em paralelo, e segundo esta análise, dados adicionais revelaram também que<br />
esses GGR tendem a aumentar menos os seus preços de venda ao público (PVP)<br />
do que o restante comércio.<br />
86. Dos valores apurados nas citadas análises constatava-se que, em 2005, os GGR<br />
representavam 53,4% do global dos mercados de aprovisionamento e 73,9% do<br />
comércio a retalho. Por sua vez, os cinco maiores GGR detinham uma quota<br />
conjunta de, respectivamente, 46,2% e 62,3% no global dos mercados do<br />
aprovisionamento e do comércio a retalho.<br />
87. No ano de 2008, os GGR representavam, respectivamente, 72,4% e 83,5% do<br />
global dos mercados de aprovisionamento e do comércio a retalho. No mesmo<br />
ano, os quatro maiores GGR detinham uma quota conjunta de, respectivamente,<br />
58,8% e 66,9% do global dos mercados de aprovisionamento e do comércio a<br />
retalho (vide subsecções 3.3 e 3.4.1 infra).<br />
88. Quanto ao peso das MDD nas vendas dos GGR, de acordo com dados publicados<br />
pela Revista <strong>Distribuição</strong> Hoje, a situação em 2004 era a seguinte. (i) Sonae (MC)<br />
28,5%; (ii) JM 36,8% (Pingo Doce 26,9% e Feira Nova 9,9%); (iii) Carrefour<br />
46,4% (Minipreço 39,6% e Hipers 6,8%); (iv) Auchan 10,4% e (v) Plus 52,4%. 12<br />
11 Vide, de igual modo, Anexo 2 de resenha do estado de arte da literatura económica sobre estes conceitos<br />
de poder de compra e de “pass-through”, bem como sobre outros conceitos relacionados.<br />
12<br />
A actualização destes valores para o período mais recente 2005-2008 é remetida para o Relatório Final de<br />
Julho de 2010.<br />
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