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Deus na Natureza - Grupo da Paz - Centro Espírita

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Ao leitor compete exami<strong>na</strong>r a obra e decidir se alguma ilusão<br />

nos seduz e se nos oculta, sob o prestígio <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de.<br />

Não podemos, to<strong>da</strong>via, eximir-nos de confessar que, desde<br />

que lemos em Augusto Comte que a Ciência aposentara o Pai <strong>da</strong><br />

<strong>Natureza</strong> e acabava de “reconduzir <strong>Deus</strong> às suas fronteiras,<br />

agradecendo os seus serviços provisórios” – sentimo-nos algo<br />

ofendidos com a vai<strong>da</strong>de do deus-Comte e nos deixamos empolgar<br />

pelo prazer de discutir o fundo científico de semelhante<br />

pretensão.<br />

Verificamos, então, que o ateísmo científico é um erro e que a<br />

ilusão religiosa é outro erro. (De passagem digamos, o Cristianismo<br />

nos parece ain<strong>da</strong> esotérico.) Nossos atuais conhecimentos<br />

<strong>da</strong> <strong>Natureza</strong> e <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> nos representaram a idéia de <strong>Deus</strong> sob um<br />

prisma cujo valor a teodicéia, como o ateísmo, não podem menosprezar.<br />

Aos nossos olhos, o homem que nega simplesmente a existência<br />

de <strong>Deus</strong> e o que definiu esse Desconhecido e lhe debita<br />

em conta a explicação embaraçante, são ambos criaturas ingênuas,<br />

equivalentes <strong>na</strong> erronia.<br />

Mas também não compete nos engajarmos aqui assim no método<br />

antinômico e, sobretudo, não queremos revestir-nos de<br />

aparências misteriosas.<br />

Entremos, portanto, sem mais detença no âmago do assunto,<br />

declarando que nos esforçamos por expla<strong>na</strong>r com a mais sincera<br />

independência o que acreditamos ser a ver<strong>da</strong>de.<br />

Possam estes estudos aju<strong>da</strong>r a escala<strong>da</strong> <strong>na</strong> trilha do conhecimento,<br />

a quantos tomam a sério a sua passagem pela Terra e o<br />

progresso <strong>da</strong> Humani<strong>da</strong>de.<br />

Paris, Maio 1867.

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