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Deus na Natureza - Grupo da Paz - Centro Espírita

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necessi<strong>da</strong>de de se demonstrar a si mesmo que esse <strong>Deus</strong> não<br />

existe e busca, então, repousar o espírito no ateísmo e no niilismo.<br />

Diga-se, também, já não ser a questão que ora nos apaixo<strong>na</strong>, a<br />

de sabermos qual a forma do Criador, o caráter <strong>da</strong> mediação, a<br />

influência <strong>da</strong> graça, nem discutir, tampouco, o valor de argumentos<br />

teológicos. A ver<strong>da</strong>deira questão é saber se <strong>Deus</strong> existe ou<br />

não.<br />

Note-se que, em geral, a negativa é patroci<strong>na</strong><strong>da</strong> pelos experimentalistas<br />

<strong>da</strong> ciência positiva, enquanto a afirmativa se ampara<br />

nos indivíduos estranhos ao movimento científico.<br />

Qualquer observador atento pode, ao presente, apreciar no<br />

mundo pensante duas tendências diametralmente opostas.<br />

De um lado, químicos ocupados em tratar e triturar, nos seus<br />

laboratórios, os fatos materiais <strong>da</strong> ciência moder<strong>na</strong>, por lhes<br />

extrair a essência e quinta-essência, a declararem que a presença<br />

de <strong>Deus</strong> jamais se manifesta em suas manipulações.<br />

Doutro lado, teólogos acocorados entre poeirentos manuscritos<br />

de bibliotecas góticas compulsando, folheando, interrogando,<br />

traduzindo, compilando, citando e recitando versículos dogmáticos,<br />

e declarando, com o anjo Rafael, que <strong>da</strong> pupila esquer<strong>da</strong> à<br />

pupila direita do Padre-Eterno medeiam trinta mil léguas de um<br />

milhão de varas, ca<strong>da</strong> qual equivalente a quatro e meia vezes o<br />

comprimento <strong>da</strong> mão.<br />

Queremos crer que de ambos os lados haja boa fé, que os segundos,<br />

como os primeiros, estejam animados do propósito de<br />

conhecer a ver<strong>da</strong>de. Pretendem os primeiros representar a Filosofia<br />

do século 20, enquanto os segundos guar<strong>da</strong>m, respeitosos, a<br />

do século 15. Os primeiros, passam por <strong>Deus</strong> sem O ver, como o<br />

aero<strong>na</strong>uta que sulca o espaço celeste, enquanto os segundos<br />

focalizam um prisma que retrai a imagem, colorindo-a.<br />

O observador imparcial e independente que procura explicarlhes<br />

suas tendências contrárias, admira-se de os ver obsti<strong>na</strong>dos<br />

no seu sistema particular e pergunta a si mesmo se será ver<strong>da</strong>deiramente<br />

impossível interrogar, de um modo direto, este vasto<br />

Universo e chegar a ver <strong>Deus</strong> <strong>na</strong> <strong>Natureza</strong>.

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