11.05.2013 Views

Deus na Natureza - Grupo da Paz - Centro Espírita

Deus na Natureza - Grupo da Paz - Centro Espírita

Deus na Natureza - Grupo da Paz - Centro Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

já não é admissível dizer-se, dogmaticamente, que tal ou tal<br />

noção é perfeita e deve guar<strong>da</strong>r o ataque <strong>da</strong> infalibili<strong>da</strong>de: ou se<br />

faz, ou se não faz parte <strong>da</strong> marcha progressiva do espírito. No<br />

primeiro caso, importa acompanhá-lo integralmente e, no segundo,<br />

há que confessar-se em atraso. Eis o que precisa ficar bem<br />

claro.<br />

Digamo-lo francamente: em ciência experimental, <strong>Deus</strong> não<br />

pode ser admitido a priori e muito menos a desti<strong>na</strong>ção, ou fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong>de,<br />

que presumimos apreender <strong>na</strong>s obras <strong>da</strong> <strong>Natureza</strong>.<br />

As doutri<strong>na</strong>s apriorísticas caducaram, já se não admitem.<br />

Confessemo-nos com os materialistas e perguntemos se os<br />

que tomaram <strong>Deus</strong> e não a <strong>Natureza</strong> como ponto de parti<strong>da</strong><br />

explicaram, algum dia, as proprie<strong>da</strong>des <strong>da</strong> matéria ou as leis que<br />

gover<strong>na</strong>m o mundo. Puderam eles dizer-nos <strong>da</strong> mobili<strong>da</strong>de ou<br />

imobili<strong>da</strong>de do Sol? – se a Terra era pla<strong>na</strong> ou esférica? – quais<br />

os desígnios de <strong>Deus</strong>, etc.? Absolutamente. Mesmo porque, seria<br />

impossível. Partir de <strong>Deus</strong> para investigação e exame <strong>da</strong> Criação<br />

é processo baldo de nexo e de sentido. Esse precário método para<br />

estu<strong>da</strong>r a <strong>Natureza</strong> e inferir conseqüências filosóficas, no pressuposto<br />

de poder, com uma simples teoria, construir o Universo e<br />

fixar as ver<strong>da</strong>des <strong>na</strong>turais, desacreditou-se, felizmente, há muito<br />

tempo.<br />

Mas, pelo fato de havermos substituído a hipótese precedente<br />

pelos resultados do exame a posteriori, segue-se que devamos<br />

fechar os olhos e negar a inteligência, a sabedoria, a harmonia<br />

revela<strong>da</strong>s pela própria observação? Haverá motivo para repudiar<br />

to<strong>da</strong> e qualquer conclusão filosófica e ficar a meio caminho,<br />

temerosos de atingir o fim? E deveremos, por isso, rendermo-nos<br />

aos cépticos contemporâneos que, sem embargo de evidência,<br />

rejeitam to<strong>da</strong> luz e to<strong>da</strong> conclusão?<br />

Pensamos que não. Muito ao contrário, pelo método que preconizam,<br />

constatamos as suas recusas e inconseqüências.<br />

Antes de qualquer controvérsia, importa determi<strong>na</strong>r as posições<br />

recíprocas, por evitar mal-entendidos, esperando nós que as<br />

declarações precedentes bastem para esclarecer categoricamente<br />

a nossa atitude.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!