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Deus na Natureza - Grupo da Paz - Centro Espírita

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E o Sr. Re<strong>na</strong>n escreve então esta frase: “Por mim, penso não<br />

haver no Universo inteligência superior à huma<strong>na</strong>.” E ousam<br />

compadrinhar-se com acidentes que propriamente o não são, para<br />

afirmarem que não existe harmonia <strong>na</strong> construção do mundo.<br />

Que seria, então, preciso para vos satisfazer, senhores criticistas<br />

de <strong>Deus</strong>?<br />

Vamos dizê-lo: primeiro, que não houvesse espaço (!) ou que<br />

esse espaço fosse menos vasto, visto haver, decidi<strong>da</strong>mente,<br />

muito espaço no infinito: “se houvéramos de atribuir a uma força<br />

criadora individual – diz Büchner – a origem dos mundos para<br />

habitação de homens e animais, importaria saber para que serve<br />

esse espaço imenso, deserto, vazio, inútil, no qual flutuam planetas<br />

e sóis? Porque os outros planetas do sistema não se tor<strong>na</strong>ram<br />

habitáveis para o homem?” Na ver<strong>da</strong>de, formulais uma pergunta<br />

bem simples. E aí temos como esses senhores se dão à fantasia<br />

de declarar inútil o espaço, a querer que todos os globos se<br />

comuniquem entre si. O caricaturista Granville já tivera a mesma<br />

idéia, quando representou num dos seus encantadores desenhos<br />

os jupterianos em excursão a Saturno, atravessando uma ponte,<br />

de charuto à boca. E o anel de Saturno lá está como um grande<br />

alpendre, onde os saturninos vão à noite refrescar-se. Se esse é o<br />

desejado universo, cujo primeiro resultado seria imobilizar o<br />

sistema planetário, mais avisados an<strong>da</strong>riam os inventores dirigindo-se<br />

seriamente à Escola de Pontes e Calça<strong>da</strong>s, antes que à<br />

Filosofia.<br />

Que esta, <strong>na</strong> ver<strong>da</strong>de, <strong>na</strong><strong>da</strong> tem com isso.<br />

Se houvesse um <strong>Deus</strong> – ajuntam –, para que serviriam as irregulari<strong>da</strong>des<br />

e desproporções enormes de volume e distância<br />

entre os planetas e o nosso sistema solar? Porque essa completa<br />

ausência de ordem, de simetria, de beleza? Havemos de convir<br />

que é preciso ser um tanto pretensioso para admirar cenografias<br />

de bastidores teatrais e recusar ao mesmo tempo a beleza e a<br />

simetria às obras <strong>da</strong> <strong>Natureza</strong>. Parece-nos mesmo que é a primeira<br />

increpação que se faz neste sentido.<br />

De resto, esses senhores não nos oferecem senão negações.<br />

Negação de <strong>Deus</strong>, <strong>da</strong> alma, do raciocínio e seus poderes, sempre,

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