Sem título-1
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Solos, nutrição e adubação<br />
visual se baseia em que cada elemento desempenha um papel específico nas<br />
funções fisiológicas das plantas que, em condições de desequilíbrios, excessos<br />
e deficiências, apresentam sintomas muitas vezes característicos, os quais<br />
permitem a identificação do(s) elemento(s) em desordem.<br />
Embora, de modo geral, as deficiências de alguns macro e micronutrientes<br />
se expressem da mesma forma em diversas plantas, o sintoma de carência de<br />
um determinado elemento pode diferir tanto de uma espécie vegetal para<br />
outra que este conhecimento prévio não poderá ser extrapolado. Para<br />
estabelecer os sintomas visuais é necessário um conhecimento profundo da<br />
cultura diagnosticada; é necessário também o desenvolvimento de ensaios<br />
controlados, no quais se simulem desequilíbrios, deficiências e excessos dos<br />
nutrientes, acompanhando-se sistematicamente as mudanças visuais que<br />
ocorrem nas plantas, bem como o teor dos nutrientes nos diversos órgãos<br />
vegetais e no solo, para que se possa correlacionar um sintoma visual de<br />
anomalia com a carência ou toxidez determinada por um nutriente. A partir<br />
destes conhecimentos, podem-se estabelecer os sintomas que uma cultura<br />
específica vai demonstrar quando algum desequilíbrio nutricional estiver<br />
ocorrendo.<br />
Porém, não basta somente dispor dos sintomas visuais descritos para afirmar<br />
que uma anomalia seja fruto da desordem provocada por um nutriente<br />
específico. Vários fatores podem atuar de forma a suscitar muitas dúvidas<br />
para emitir um diagnóstico baseado apenas na sintomatologia, como, por<br />
exemplo: alguns elementos podem apresentar sintomas carênciais idênticos; a<br />
planta pode já expressar danos em termos de produção e qualidade do produto<br />
final, enquanto os sintomas visuais não se expressaram claramente; a deficiência<br />
de vários elementos pode ocorrer ao mesmo tempo, dificultando a diagnose;<br />
e alguns fatores como encharcamentos ou déficit hídrico, incidência de pragas<br />
e doenças podem apresentar sintomas idênticos ao de uma desordem<br />
nutricional. Portanto, deve-se aliar ao diagnóstico de campo a análise foliar e<br />
de solo, para confirmar o(s) nutriente(s) em carência ou excesso e, desta forma,<br />
especificar e orientar uma correção da adubação ou das condições de fertilidade<br />
do solo a que uma cultura esteja sendo submetida.<br />
Em geral, os sintomas de carência ou excesso dos nutrientes na bananeira<br />
se expressam de três formas: sintomas generalizados – nitrogênio e cobre;<br />
sintomas se iniciando pelas folhas jovens – enxofre, boro, cálcio, zinco, ferro e<br />
manganês; sintomas se iniciando pelos órgãos velhos – magnésio, potássio,<br />
fósforo; e desequilíbrios entre cátions (azul-da-bananeira).<br />
A seguir serão descritos e ilustrados os sintomas visuais de deficiências ou<br />
desequilíbrios nutricionais baseados em Charpentier & Martin-Prével (1968)<br />
e Solis & López (1994), em que os autores unem fotos a informações obtidas<br />
em ensaio em meio artificial, em observações de campo e em bibliografia.<br />
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A cultura da banana