Sem título-1
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Solos, nutrição e adubação<br />
ação dos agentes condicionantes do processo erosivo e dos agentes responsáveis<br />
pela degradação do solo (Cintra, 1988).<br />
O cultivo comercial de banana deve ser feito de preferência em terrenos<br />
planos, por várias razões, entre as quais o menor desgaste do solo produzido<br />
pelos implementos e máquinas agrícolas e a não-formação de focos de erosão,<br />
tão comuns em áreas de declive (Alves et al., 1986).<br />
No entanto, a maioria dos plantios de banana localiza-se em áreas com<br />
declividade acentuada, representando a situação mais observada nas principais<br />
regiões produtoras do País. Por este motivo, a conservação do solo na cultura<br />
da bananeira assume grande importância como prática de cultivo,<br />
principalmente no primeiro ciclo da cultura, quando o solo permanece<br />
descoberto durante grande parte do ano (Alves et al., 1986). Neste particular,<br />
a cobertura do solo é uma prática bastante recomendável, pois, sabe-se que,<br />
isoladamente, é a que mais responde pelo controle da erosão, além de outros<br />
efeitos benéficos.<br />
A proteção do solo de um bananal com coberturas vegetais (vivas ou mortas)<br />
tem como objetivo evitar o impacto das gotas de chuva no solo e manter os<br />
teores de matéria orgânica em níveis elevados por toda a vida útil do bananal.<br />
Evitar o impacto das gotas de chuva sobre a superfície do solo assume<br />
importância fundamental, tendo em vista a localização da maioria dos bananais<br />
em áreas com declive acentuado. Manter níveis elevados de matéria orgânica<br />
proporciona ao solo melhores níveis e maiores disponibilidades de nutrientes,<br />
além de mantê-lo com umidade satisfatória por todo o ano, evitando os estresses<br />
hídricos tão prejudiciais à bananeira (Cintra, 1988). A cobertura do solo<br />
também reduz o custo com capinas.<br />
Por serem mínimas as reservas hídricas da bananeira, as plantas são obrigadas<br />
a equilibrar constantemente, pela absorção radicular, as perdas de água por<br />
transpiração (Aubert, 1968). Quando são submetidas a estresses de água, os<br />
estômatos fecham-se durante o dia, impedindo a atividade fotossintética, o<br />
que resulta em atraso do ciclo vegetativo e do crescimento dos órgãos florais.<br />
Outro efeito marcante dos períodos de déficit hídrico é o ressecamento<br />
acelerado das folhas mais velhas, fazendo com que, no início do florescimento,<br />
as plantas tenham duas ou três folhas funcionais a menos do que nos períodos<br />
de umidade normal (Soto Ballestero, 1992).<br />
Segundo Braga (1984), em todas as fases de desenvolvimento da bananeira<br />
a deficiência temporária de umidade no solo causa sérios danos à planta, em<br />
face da alta sensibilidade dessa espécie às variações de temperatura e umidade.<br />
No período vegetativo, a falta de água afeta a taxa de desenvolvimento das<br />
folhas; no florescimento, limita o crescimento e o número de frutos; e no<br />
período de formação do cacho, afeta o tamanho e o enchimento dos frutos.<br />
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A cultura da banana