Sem título-1
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Solos, nutrição e adubação<br />
A United Brands Company (1979) recomendou adubar cada touceira<br />
mensalmente com 114g de uréia, aplicando o adubo ao redor da touceira<br />
numa faixa de 60 cm de largura e a 45 a 60 cm da base da planta. Além da<br />
adubação nitrogenada, recomenda-se, dois meses após o plantio, aplicar a cada<br />
três meses 140g de cloreto de potássio.<br />
Já Soto Ballestero (1992) recomendou somente a adubação nitrogenada,<br />
aplicando-se 115g de uréia/touceira mensalmente ou a cada dois meses. Moreira<br />
(1987) recomendou, quando as mudas estiverem com 40 a 50 cm de altura,<br />
30g de sulfato de amônio ao redor de cada muda, mensalmente.<br />
Campo<br />
Orgânica<br />
Em geral, a adição de adubos orgânicos aos solos tropicais proporciona a<br />
melhoria das suas propriedades físicas, químicas e biológicas, obtendo-se boas<br />
respostas das plantas à aplicação. A fase de maior importância da adição de<br />
resíduos orgânicos no bananal é no plantio, pois estimula o desenvolvimento<br />
radicular e o estabelecimento da planta.<br />
Os adubos orgânicos, como tortas de mamona e de cacau, estercos de<br />
animais e compostos diversos, em geral, são pobres em macronutrientes,<br />
apresentando o nitrogênio em maior quantidade quando comparado aos outros<br />
nutrientes. Porém, os adubos orgânicos contribuem com micronutrientes,<br />
como boro, zinco, cobre, manganês e ferro, fornecendo uma fertilização mais<br />
equilibrada para a bananeira (Kiehl, 1985).<br />
Alguns cuidados devem ser tomados quando da utilização de estercos. Devese<br />
conhecer a procedência dos mesmos, para evitar aqueles de propriedades<br />
que utilizem em suas pastagens herbicidas hormonais, como o 2,4 D + picloran<br />
e 2,4 D + picloran + triclopyr (Tordon BR e Togar, respectivamente), que<br />
provocam fitotoxicidade na maioria das plantas de folha larga, como por<br />
exemplo a bananeira. Além disso, se o esterco utilizado não for compostado,<br />
deve-se misturá-lo à terra de enchimento da cova com antecedência mínima<br />
de 30 dias, para que o processo de fermentação não prejudique o desenvolvimento<br />
das raízes novas.<br />
Lahav, citado por Lahav & Turner (1983), observou que a aplicação de até<br />
80 t/ha/ano de resíduos de estábulos favoreceu o crescimento, antecipou o<br />
florescimento e reduziu o tempo entre o florescimento e a colheita da bananeira.<br />
Os resíduos por si só incrementaram o rendimento em 33%, sendo sempre<br />
vantajosa a aplicação conjunta de fertilizantes minerais com a matéria orgânica.<br />
Em um bananal bem conduzido, estima-se um fornecimento de 180 a 200<br />
t/ha/ano de restos da cultura. Em alguns trabalhos desenvolvidos na Jamaica,<br />
citados por Oschatz (1962), observou-se que a aplicação de 45 kg de esterco/<br />
planta aumentou significativamente a produção no segundo ano.<br />
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A cultura da banana