GABARITO DA PROVA DE DIREITO
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Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP<br />
EXAME NACIONAL <strong>DE</strong> CURSOS - ENC - 29/jun/1997<br />
Mas, a partir de decisões do Supremo Tribunal Federal, ampliou-se a vedação,<br />
construindo-se a figura conhecida como proibição da “ reformatio in pejus indireta” . Passou-se<br />
a entender que, anulada a sentença condenatória em virtude de recurso exclusivo do réu, a<br />
nova decisão não poderia impor pena mais grave, pois isso levaria a que a sua situação fosse<br />
piorada quando o Estado, por não ter recorrido, já havia se conformado com a sentença. Se<br />
um réu fosse condenado a dois anos de reclusão e recorresse, transitando a sentença em<br />
julgado para a acusação, não poderia ter pena superior se fosse levado a novo julgamento em<br />
razão de a primeira sentença ter sido anulada.<br />
No que se refere aos julgamentos do Tribunal do Júri, a questão fica mais complicada<br />
porque está em jogo a soberania dos veredictos, consagrada constitucionalmente. Poderia, em<br />
segundo julgamento, após o primeiro ter sido anulado, ser aplicada pena mais grave?<br />
poderiam os jurados, em face da soberania do júri, condenar por crime mais grave, fazendo<br />
com que a pena aplicada viesse a ser mais elevada?<br />
Há alguma controvérsia em relação ao tema, mas a posição que vem prevalecendo é a<br />
de que, sendo o réu condenado no segundo julgamento pelo mesmo crime (homicídio<br />
qualificado, por exemplo), não poderia o juiz fixar pena mais grave. É a situação enfocada: no<br />
segundo julgamento, o réu foi novamente condenado por homicídio qualificado e tentativa de<br />
homicídio. Deveria o juiz ter mantido as penas.<br />
Trata-se, como se vê, da parte do parecer que exigirá mais do aluno e servirá como<br />
favor de diferenciação. Interessam, em síntese, os seguintes assuntos: a proibição da<br />
“ reformatio in pejus” , a sua adoção expressa pelo Código de Processo Penal em relação ao<br />
acusado, a orientação jurisprudencial, do Supremo Tribunal Federal inclusive, sobre a<br />
“ reformatio in pejus” indireta e sua aplicação aos julgamentos do júri.<br />
Serão avaliados o conhecimento desses assuntos e, principalmente, a capacidade do<br />
aluno para resolver problemas concretos. Por isso, serão levadas em conta outras posições,<br />
quando sustentadas de forma coerente, com base doutrinária ou jurisprudencial diversa.<br />
Tema 4<br />
Assuntos: Contrato de Trabalho; Capacidade do sujeito no Direito do Trabalho; Registro do<br />
Contrato de Trabalho.<br />
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