Família: O Primeiro Sujeito Educativo - Avsi
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objetivo e sentido<br />
<strong>Família</strong>: o primeiro sujeito educativo<br />
levando em conta o pertencer, levando em conta a família, significa colocar em ato<br />
algumas ações e usar instrumentos, porque nós temos que despertar as potencialidades<br />
que estão presentes nesta criança, que se apresenta com a mãe para ser inserida<br />
na creche. A nossa tarefa não é só a de ensinar algumas competências para essa<br />
criança, mas é a de educá-la. E, nesse sentido, a tarefa educativa não pode ser algo<br />
individual, mas o resultado de um projeto comum, compartilhado por adultos que<br />
livremente assumem a responsabilidade de conduzi-lo. Isso cria de imediato uma<br />
visibilidade e também uma cultura no nível civil e social.<br />
O processo educativo, se é algo compartilhado entre adultos, que são os<br />
educadores e a família, em um lugar, isso logo determina um processo e provoca uma<br />
mudança em oposição àquele conceito reduzido de família.<br />
Olhando as famílias como destruídas se olham como algo que deve ser<br />
cuidado e deve ser apoiado; pelo contrário, a família é um sujeito, um recurso e<br />
enquanto sujeito, ela não se coloca logo como um sujeito doente. Nós devemos lutar<br />
todos os dias para tirar a mentalidade, que nos foi colocada, de que a família é um<br />
sujeito que deve ser ajudado. Pelo contrário, a família é um recurso que pode ser uma<br />
resposta social.<br />
Desculpe-me se fico muito animada falando dessas coisas, mas neste momento<br />
temos muitas notícias nos níveis nacional e internacional que vão contra a<br />
família, considerações que se apresentam com uma visão psicológica e sociológica<br />
parcial de abordagem à família. Eu não sou contra a utilização de algumas técnicas<br />
especializadas, mas é preciso entender que educar é diferente de curar. A educação é<br />
feita pelos adultos educadores e pela família; a cura fica nas mãos dos especialistas. O<br />
que está acontecendo é que está desaparecendo o conceito de educação, para introduzir<br />
alguns conceitos psicológicos com abordagem na criança, para tirar o ponto<br />
final, o objetivo, a meta da educação, porque educar é difícil. Para educar, é preciso<br />
compartilhar entre os adultos o objetivo e o sentido, é preciso que nos deixemos<br />
educar. Meu lema é educar-se para educar, ou seja, uma contínua tensão para querer<br />
compreender e ajudar essa criança que está na minha frente a crescer. Isso leva a um<br />
diálogo, uma aventura do educar, no qual cada ação, cada passo no processo educativo<br />
deve ser a base para enriquecer e criar sempre novos instrumentos, porque é possível<br />
educar se nós mudamos. A educação é algo que muda. O trabalho de educar é o