14.05.2013 Views

Família: O Primeiro Sujeito Educativo - Avsi

Família: O Primeiro Sujeito Educativo - Avsi

Família: O Primeiro Sujeito Educativo - Avsi

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

62<br />

Regras dentro de<br />

um percurso<br />

<strong>Família</strong>: o primeiro sujeito educativo<br />

O trabalho do relacionamento de ajuda é concebido como uma fecundidade,<br />

uma geração do humano. Para nós, é pedido ser um prolongamento da Criação, dos<br />

relacionamentos da Criação, do olhar da Criação, da beleza da Criação, do drama da<br />

Criação e da unidade da Criação. Esta é a abordagem social que respeita o homem e<br />

que ama o homem livre.<br />

Hoje, pais e educadores têm dificuldades em estabelecer limites. Como fazer<br />

isso de forma adequada?<br />

Figini<br />

Para nascer nós nos submetemos a algumas regras que não escolhemos, mas<br />

sem essas regras nós não saberíamos quem somos nós. Para poder compreender o<br />

que é bem e o que é mal, devo pertencer a alguém. Se não tenho esse pertencer,<br />

essas regras são vazias de conteúdo, são ações moralistas que podem ficar dentro de<br />

uma proibição ou uma permissão. Nós não fomos criados por isso, fomos criados<br />

porque somos amados. A regra está dentro desse percurso, dessa dinâmica de amor.<br />

E, desse modo, para uma criança que quebra um vidro ou que cospe no meu rosto<br />

(estou citando fatos que aconteceram), ou que não responde às minhas perguntas,<br />

ou que quebra meu carro, eu não posso dizer somente "isso não é bom", "isso não<br />

é justo, você deve fazer de forma diferente", porque ela não poderia entender. É<br />

claro que direi que isso não é bom. Mas, enquanto eu digo isso, devo entender a<br />

razão, devo tentar entender o que está acontecendo e talvez eu possa entender que,<br />

quando essa criança vai para casa, o pai bate nela. E, nesse caso, eu devo entender<br />

por que o pai faz assim, e tomar algumas decisões, como chamar o pai e a mãe. E,<br />

se eles não se apresentam, devo eu ir à casa deles. E se me dou conta de que ali não<br />

é possível falar sobre nada, aquela criança começa comigo um diálogo de recuperação,<br />

porque é como se eu tivesse mostrado para ela que eu fui ao lugar de onde<br />

ela veio, e a descoberta desse lugar feio ou bonito, violento ou bom é o lugar dela.<br />

E é ali que devo falar de regras, é ali que eu posso entender essa criança, é ali e só<br />

desse ponto que eu posso começar a dialogar com ela. O resultado é garantido? Não,<br />

mas só através dessas contínuas tentativas, desse trabalho de busca contínua e de<br />

aventura com esta criança, estou certa de poder encontrar uma solução. E a solução

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!