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Família: O Primeiro Sujeito Educativo - Avsi

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66<br />

Seriedade do<br />

encontro entre um<br />

eu e um tu<br />

<strong>Família</strong>: o primeiro sujeito educativo<br />

do EU (fragilidade que se encontra na família do educador e que se reflete na<br />

sua personalidade e nas suas ações), já que no universo toda a espécie humana,<br />

pobre ou rica, apresenta conflitos e angústias diferentes cuja dimensão é<br />

infinita?<br />

Figini<br />

Eu tenho dificuldades em compreender a pergunta que foi colocada, mas o<br />

tempo é breve: se existe um tu com problemas e um eu com problemas, como é<br />

possível esse trabalho?<br />

Cada um de nós tem problemas. Eu posso ser divorciada, mas posso fazer<br />

um colóquio com a família. O problema é aquilo que eu quero com esta entrevista,<br />

ou seja, o fato de eu ser separada significa que eu não acredito na família? O problema<br />

não é aquilo que aconteceu na minha vida, mas aquilo que eu levo ao encontro, é o<br />

meu eu que é frágil, que tem limites como cada pessoa, porque não existe uma pessoa<br />

que não tenha limites, não existem pessoas que não tenham fragilidades.<br />

Um EU e um TU não são definidos, mas representam uma contínua descoberta,<br />

e um encontro é alcançado por uma misericórdia, aquilo que você fez para<br />

curar, já é curado. O ponto é que o que você quer desse encontro, se é para olhar o<br />

outro, para compreendê-lo: que percurso eu posso fazer com essa família para que a<br />

criança esteja melhor? Devo entender se esta criança deve permanecer com esta<br />

família ou com uma outra, e se essa criança deve ficar durante o dia em um lugar e<br />

voltar só para dormir. O ponto está no encontro. A minha experiência, a minha vida,<br />

os meus erros, os meus pecados não determinam um encontro. O ponto é a seriedade<br />

do encontro, o que eu estou fazendo naquele momento, o que eu quero que aconteça<br />

naquele momento, o que eu pergunto naquele momento, se não fosse assim seria<br />

como dizer: Quem pode trabalhar com outro homem? Amar um outro homem que<br />

não está em mim? Se o ponto fosse exclusivamente ter consciência dos meus erros<br />

para poder trabalhar com os outros, seria impossível o trabalho. O ponto, ao contrário,<br />

é: quem eu sou? Não é a conseqüência moral das minhas ações porque existe alguém,<br />

um TU que me permite recomeçar naquele instante e isso permite o trabalho social.<br />

Concluo rapidamente dizendo: atenção para tudo aquilo que eu disse. Para<br />

dizer que um trabalho social é sempre um eu e um tu, as ferramentas são necessárias,

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