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Família: O Primeiro Sujeito Educativo - Avsi

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COF – Uma Experiência com <strong>Família</strong>s Lílian P. Caixêta Reis<br />

valoriza. Listas do que a pessoa gosta, o que ela faz e não gosta de fazer; que<br />

responsabilidades, que obstáculos percebe em sua vida, o que pensa na forma de<br />

enfrentar esses obstáculos. Usamos muito estas listas, pois, quando a pessoa começa<br />

a listar essas coisas, pensa possibilidades a partir dali. Também utilizamos técnicas de<br />

desenho, de colagem, dinâmicas com a família, um jogo familiar lúdico quando<br />

crianças estão presentes. Um recurso interessante da terapia familiar sistêmica é o<br />

genograma, um tipo de uma árvore genealógica. Você faz a história da família, busca<br />

averiguar os vínculos entre as pessoas dessa família, o relacionamento, a quem esta<br />

pessoa é mais apegada.<br />

No COF houve muita demanda para atendimento psicológico e, como não<br />

era possível lidar com esta, buscamos alternativas para supri-la. Quando a pessoa tem<br />

necessidade de outro encaminhamento, recorremos a profissionais de psicoterapia ou<br />

psiquiatras, mas já aconteceu de não conseguir encaminhar a pessoa e, diante de sua<br />

situação de sofrimento, optamos por manter o atendimento no COF.<br />

Por isso, demos início a um trabalho de psicoterapia breve, que dura em torno<br />

de seis meses. Alguns casos chegaram até a um ano, porque era uma necessidade<br />

daquela pessoa e decidimos em equipe que era mais interessante que permanecesse<br />

em acompanhamento conosco. Assim, há casos que permaneceram um tempo maior.<br />

Outra alternativa que encontramos foi o trabalho com grupos. Chamados grupos<br />

de encontro, são compostos por pessoas que já passaram pelo atendimento individual:<br />

grupos de mães, grupos de jovens e de jovens adultos. Existe uma organização desses<br />

grupos em termos de questões, de problemáticas que estão enfrentando. Quando uma<br />

pessoa no contexto do grupo confronta, partilha aquilo que ela está vivendo e<br />

descobre que outras pessoas vivem questões semelhantes, ou enfrentam as próprias<br />

dificuldades com outros recursos, isso também abre um leque de possibilidades para<br />

a pessoa de perceber a realidade dela de uma forma diferente.<br />

No relacionamento com parceiros, nossos parceiros externos se tornaram quase<br />

que membros da equipe. Por exemplo, não há um médico psiquiatra no projeto, mas<br />

a convivência, o fato de encaminhar as pessoas para os psiquiatras, fez com que<br />

criássemos um vínculo com esses profissionais. Então, muitas vezes ligamos para o<br />

profissional para confrontar aspectos relativos ao atendimento (com autorização das<br />

pessoas atendidas). Isso cresceu a tal ponto que hoje esses médicos recomendam às<br />

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