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Figura 6 – Material arqueológico proveniente de con<strong>texto</strong>s dos sécs. XVII / XVIII – 19, tampa (faiança<br />

portuguesa); 20, panela; 21, pote.<br />

21<br />

19<br />

20<br />

da Torre de Alcochete. Nunca poder<strong>em</strong>os<br />

r<strong>em</strong>ontar a construção desta torre, anterior à<br />

prioridade de defesa militar que se impunha<br />

resolver na barra do Tejo. A ameaça vinha sobretudo<br />

do mar e a resolução desta urgência assegurava<br />

prioridades de defesa directa da capital.<br />

Neste sentido, a Torre de Alcochete, se não foi<br />

edificada nos finais de quatrocentos, terá certamente<br />

ocorrido nas primeiras décadas do século<br />

XVI, hipótese corroborada pelos dados arqueológicos<br />

apresentados.<br />

A construção desta estrutura obedeceu, tal<br />

como nos casos da Torre da Caparica e da Torre<br />

de Cascais, a um planeamento prévio da sua<br />

métrica, reconhecendo-se uma proporcionalidade<br />

na relação largura-altura. As cinco varas<br />

correspondentes à largura de cada uma das faces<br />

do quadrado da sua planta (= 5,5 metros) são<br />

proporcionais às 7,5 varas da altura desde o piso<br />

primitivo até <strong>ao</strong> terraço (= 8,25 metros), ou seja,<br />

é uma altura feita por um módulo (de cinco varas<br />

de lado) sobreposto por mais 1 / 2 módulo. Curiosamente,<br />

a meio da altura do postigo, passa precisamente<br />

a linha de junção destes dois módulos<br />

atrás descritos (Fig. 8).<br />

Há também uma aparente intencionalidade<br />

no estabelecimento do eixo de orientação da<br />

torre. O critério de posicionamento NNO-SSE /<br />

/ ENE-OSE, possibilita que a parede virada <strong>para</strong><br />

poente, precisamente aquela que possui o postigo,<br />

possa desfrutar de uma visibilidade plena<br />

sobre a foz do Tejo e da Torre Velha da Caparica.<br />

Esta orientação da torre influenciou a posteriori a<br />

orientação da Igreja da Misericórdia. Caso não<br />

existisse, o t<strong>em</strong>plo cristão não teria qualquer<br />

advertência que o inviabilizasse de respeitar criteriosamente<br />

as regras canónicas, tal como se<br />

verifica na Igreja Matriz, perfeitamente axializada<br />

poente-nascente.<br />

Por último, e voltando de novo à eventual<br />

localização do Paço Real nas proximidades, não<br />

dev<strong>em</strong>os de dissociar a imag<strong>em</strong> importada dos<br />

cenários medievais, do papel assumido pelas tor-<br />

191

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