Crônicas Agudas Coelho de Moraes - Página de Idéias
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<strong>Crônicas</strong> <strong>Agudas</strong><br />
A MORTE DO JORNALISMO?<br />
Na escola se apren<strong>de</strong> a forma, o número <strong>de</strong> toques, apren<strong>de</strong>-se a digitar,<br />
apren<strong>de</strong> o “que, quando e como”- que hoje é usado para <strong>de</strong>svendar a rotina das<br />
celebrida<strong>de</strong>s. Nada mais do que isso. Nada mais “IN”. Os jornalistas que levam tais<br />
matérias se acham muito “IN”? Só se forem INsano. Se chamar atenção para o jornal<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r disso, o título da matéria está correto. Morreu mesmo.<br />
Em gran<strong>de</strong> percentual o jornalismo trabalha com as noticias <strong>de</strong> novela, as<br />
surpresas do capítulo futuro, bundas na revista Caras e marcas <strong>de</strong> gela<strong>de</strong>ira. Em<br />
verda<strong>de</strong>, em verda<strong>de</strong> vos digo que estão muito dominados. Jornalistas, com a<br />
<strong>de</strong>sculpa da sobrevivência, limitam-se a montar jornais <strong>de</strong> propaganda. Acho que não<br />
<strong>de</strong>vem sobreviver, mesmo. Dominados pela moda, dominados pela mídia MAJOR,<br />
dominados pelo chefe ou chefa – cujo olhar não vai além do nariz – morrem pelos<br />
cantos. Os anos acadêmicos <strong>de</strong> nada serviram. Não se forja um jornalista na escola,<br />
apenas se o aparelha. Escrevemos. Contamos causos. Somos faladores e escritores<br />
contumazes. Noticiamos na fofoca ou na mensagem pela NET. Não adianta<br />
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