Crônicas Agudas Coelho de Moraes - Página de Idéias
Crônicas Agudas Coelho de Moraes - Página de Idéias
Crônicas Agudas Coelho de Moraes - Página de Idéias
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Crônicas</strong> <strong>Agudas</strong><br />
KARINA PEREIRA: O porque <strong>de</strong> fazer teatro e cinema nem se precisa <strong>de</strong> uma resposta: basta ver no<br />
rosto <strong>de</strong> cada ator quando é aplaudido no palco ou reconhecido por amigos e<br />
profissionais e assim, <strong>de</strong>stacado em jornais, reportagens, sites, escolas... não basta<br />
ter vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer para isso ocorrer, tem que ter <strong>de</strong>dicação, amor pelo que faz e<br />
confiança, pois você já estará fazendo o seu futuro, e <strong>de</strong>ssa forma, você também<br />
mudará a cabeça <strong>de</strong> muitas pessoas, fazendo-as pensar e ver o que REALMENTE<br />
acontece ao nosso redor, e se cada ator fizer sua parte, po<strong>de</strong>remos fazer a cultura<br />
voltar novamente a nossa cida<strong>de</strong>, transformando-a em lazer para todas as ida<strong>de</strong>s, e <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> lado<br />
essa moda contagiosa <strong>de</strong> aparelhos eletrônicos e a preguiça <strong>de</strong> realmente ver e participar da cultura <strong>de</strong><br />
nosso país ! (atriz, estuda na Eletrô).<br />
MARIA AUGUSTA: A arte por si só é inteira.<br />
Sendo a arte a exteriorização do sentimento, posso encontrar a<br />
oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressar as mais variadas vivencias, romper<br />
barreiras, preconceitos, trabalhar a timi<strong>de</strong>z, disciplinar-me<br />
emocionalmente e maior <strong>de</strong> todas as conquistas: encontrar o<br />
próprio "eu". A arte aguça a mente, provoca <strong>de</strong>safios e nos dá a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exercitar a criativida<strong>de</strong>,<br />
até então adormecida. (direto <strong>de</strong> Monte Santo <strong>de</strong> Minas)<br />
ALAN BALBINO: Na minha opinião, bem como na minha situação, acredito ser<br />
uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser eu mesmo, <strong>de</strong> uma forma que a socieda<strong>de</strong> não<br />
reconheceria. Ter a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, através dos vários personagens<br />
interpretados, ser algo mais do que a civilização mo<strong>de</strong>rna suportaria, ou seja,<br />
po<strong>de</strong>r ser, ter, e fazer o que quiser sem ser tachado, <strong>de</strong>nominado como louco,<br />
esquisito, enfim, anormal. Mas no meu caso, não <strong>de</strong>u muito certo. Só passei a ser normal, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
iniciar nas artes cênicas - efeito reverso. Acho que é isso. (ator)<br />
ROSE TOMÉ: Por que [teatro] tem essa liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> te levar aos mais<br />
variados pontos do “eu”. Faz você enxergar coisas até então<br />
<strong>de</strong>sconhecidas. Ensina, na prática, sem teorias banais e ensinamentos<br />
patéticos. É vivo... faz viver. Muitas vezes faz cair a máscara da platéia<br />
que reage conforme suas afeições ao sentir que aquilo que foi dito sem<br />
nenhuma vergonha, em cima do palco, é aquilo que ela tenta ocultar<br />
<strong>de</strong> si mesma. Ver tudo isso acontecer na sua frente é emocionante. A<br />
67