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Crônicas Agudas Coelho de Moraes - Página de Idéias

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<strong>Crônicas</strong> <strong>Agudas</strong><br />

Sim, a mentira pós-colonialista nos transforma a todos em 'espectadores<br />

covar<strong>de</strong>s e traidores'. Submissos escravos cheirando a chouriço e afastados <strong>de</strong><br />

toda manga que <strong>de</strong>r dor <strong>de</strong> barriga, coberta <strong>de</strong> leite.<br />

E, por conseguinte, encontramos realizadores irresponsáveis e sem profundida<strong>de</strong><br />

porque medrosos e preguiçosos. Falamos errado na TV e nos orgulhamos disso.<br />

Fisso isso, fisso aquilo. Balançamos a cabeça pra lá e pra cá e ven<strong>de</strong>mos<br />

langerrís até <strong>de</strong>sabarmos dos tapetes mágicos da vida. Fisso isso e aquilo.<br />

Falamos bobagem sem nexo nos discursos e ninguém nota. Produzimos projetos<br />

roubados do gran<strong>de</strong> sábio. Isso, nisso, aquilo, fissio, bissio, lissio, Nilson?... e<br />

por aí vai. Sem contar a pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s. Sem contar que querem<br />

meter a família inteira na conta da cida<strong>de</strong> para tomar conta da cida<strong>de</strong>. E ainda<br />

querem que paguemos impostos. Claro que não. Tem bobo que ri com isso.<br />

Priorida<strong>de</strong> é o que vem na frente. Quantas indicações seriam <strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>?<br />

Essa nossa sensação <strong>de</strong> inferiorida<strong>de</strong> diante do sentimento <strong>de</strong> superiorida<strong>de</strong> do<br />

colonizador e dos imbecis que se alçam ao po<strong>de</strong>r é maquiavélica. O filósofo<br />

<strong>de</strong>veria governar? Ou <strong>de</strong>ixar que algum analfabeto se eleve ao po<strong>de</strong>r e dê as<br />

cartas?<br />

Pós-colonialismo é isto, todos os 'inferiores' tontos <strong>de</strong> prazer diante das luzinhas<br />

coloridas e das super-ferramentas sem alma que não nos servem <strong>de</strong> nada<br />

historicamente sem a busca da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, perdida na globalização.<br />

O que temos aqui são rapidinhas. Não há mais longas relações foe<strong>de</strong>rativas...<br />

tudo é rapidinho, sem graça... no sentido do que “já que tem que fazer... faz logo,<br />

se não eu perco o capítulo da novela” : Vou fazer a malhação / malhação /<br />

malhação / Do que <strong>de</strong>ve ser malhado / ser malhado / ser malhado...<br />

parafraseando cantorGILex-ministro.<br />

Estamos andando em círculos há milênios!<br />

Nossa cida<strong>de</strong> parece andar, rapidamente, para trás. Dobre os milênios. Por quem<br />

os milênios dobram?<br />

Eles dobram por nós.<br />

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