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APOSTILA - O sol da Igreja - Maria Mãe da Igreja

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com as suas firmes propostas, feitas aliás com uma grande e caritativa delicadeza. Demos, pois, a<br />

palavra a Mons. Schneider:<br />

(1) http://reunicatho.free.fr/<br />

AS CINCO CHAGAS DA LITURGIA<br />

Para falar correctamente <strong>da</strong> nova evangelização, é indispensável lançar primeiro o nosso<br />

olhar sobre Aquele que é o ver<strong>da</strong>deiro Evangelizador, isto é, Nosso Senhor e Salvador Jesus<br />

Cristo, o Verbo de Deus feito Homem.<br />

O Filho de Deus veio a esta Terra para espiar e resgatar o maior pecado, o pecado por<br />

excelência. E este pecado, por excelência, <strong>da</strong> humani<strong>da</strong>de consiste na sua rejeição de adorar a<br />

Deus, na sua rejeição de Lhe reservar o primeiro lugar, o lugar de honra. Este pecado dos<br />

homens consiste no facto de se não prestar já atenção a Deus, no facto de se não ter já o<br />

ver<strong>da</strong>deiro sentido <strong>da</strong>s coisas, isto é, nos pormenores ou pontos de vista que elevam ou<br />

nobilitam Deus e a adoração que Lhe é devi<strong>da</strong>, no facto de se não querer já ver Deus, no facto<br />

de se não querer já ajoelhar diante d’Ele.<br />

Perante uma tal atitude, a Incarnação de Deus é incômo<strong>da</strong> ou embaraçosa, como<br />

embaraçosa é também, por conseqüência, a presença real de Jesus no mistério Eucarístico, e<br />

embaraçosa é também a centrali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> presença Eucarística de Deus nas igrejas. Com efeito, o<br />

homem pecador quer pôr-se no centro, tanto no interior <strong>da</strong> igreja como na celebração<br />

Eucarística: quer ser visto, quer ser notado. E é esta a razão pela qual Jesus Eucaristia, Deus<br />

Incarnado, presente no Sacrário sob a forma eucarística, se prefere colocar de lado. A própria<br />

representação do Crucificado, na Cruz, ao centro do altar, na celebração vira<strong>da</strong> para o povo é<br />

embaraçosa, porque então, o rosto do sacerdote passaria a ficar ocultado. Por conseguinte, a<br />

imagem do Crucificado, no centro, tal como Jesus Eucaristia, no Sacrário, igualmente no<br />

centro, são embaraçosos ou incômodos.<br />

E deste modo, a Cruz e o Sacrário são pura e simplesmente postos de lado. Durante o<br />

Ofício, os assistentes devem poder ver ou observar permanentemente o rosto do sacerdote e este<br />

tem todo o prazer em se colocar literalmente no centro <strong>da</strong> Casa de Deus. E se por acaso Jesus<br />

Eucaristia é mantido no seu Sacrário, no centro do altar, porque o Ministério dos Monumentos<br />

Nacionais, mesmo sob um regime ateu, proibiu, por razões de simples conservação do<br />

patrimônio artístico, deslocá-Lo, o sacerdote, muitas vezes, ao longo de to<strong>da</strong> a celebração<br />

litúrgica, volta-Lhe às costas sem escrúpulo algum.<br />

JESUS NO CENTRO<br />

Quantas vezes, maravilhados, os fiéis adoradores de Cristo, na sua simplici<strong>da</strong>de e<br />

humil<strong>da</strong>de se terão visto a clamar: “Abençoados sejais vós, os Monumentos Nacionais! Vós<br />

mesmos, pelo menos, nos tereis deixado Jesus no centro <strong>da</strong> nossa igreja.”<br />

Só a partir <strong>da</strong> adoração, <strong>da</strong> glorificação de Deus e <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong> se poderá anunciar, de uma<br />

forma adequa<strong>da</strong>, a Palavra <strong>da</strong> Ver<strong>da</strong>de, isto é, evangelizar. Antes que o mundo ouvisse Jesus, o<br />

Verbo eterno feito carne, pregar e anunciar o Reino, Jesus calou-se e adorou durante trinta<br />

anos. E isso mesmo fica sendo para sempre a lei <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e acção <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong>, assim como a de<br />

todos os evangelizadores.<br />

“É na forma de tratar a liturgia que se decide a sorte <strong>da</strong> fé e <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong>”, afirmou o Cardeal<br />

Ratzinger, nosso actual Santo Padre, o Papa Bento XVI. O Concílio Vaticano II, quis lembrar a<br />

<strong>Igreja</strong> que reali<strong>da</strong>de e acção deveriam tomar o primeiro lugar na sua vi<strong>da</strong>. E foi justamente<br />

para isso que o primeiro documento conciliar foi consagrado à Liturgia. A respeito disso, o<br />

Concílio dá-nos os seguintes princípios:<br />

Na <strong>Igreja</strong>, e por conseguinte na Liturgia, o humano se deve ordenar ao divino, o visível ao<br />

invisível, a acção à contemplação e o presente à Ci<strong>da</strong>de futura a que todos nós aspiramos (cf.<br />

Sacrosanctum Concilium, n. 2).<br />

Por isso, tudo, na Liturgia <strong>da</strong> Santa Missa, deve servir para que se exprima <strong>da</strong> mais níti<strong>da</strong><br />

forma, a reali<strong>da</strong>de do Sacrifício de Cristo, isto é, as orações de adoração, de acção de graças, de<br />

expiação, de petição, que o Eterno Sumo Sacerdote apresentou a Seu Pai.<br />

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