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APOSTILA - O sol da Igreja - Maria Mãe da Igreja

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um milênio, constante e universal, estas declarações, por conseguinte, fazem parte deste<br />

elemento <strong>da</strong> santa Tradição que se não pode abandonar, sem correr graves riscos no plano<br />

espiritual.<br />

Estas declarações doutrinais sobre a liturgia, retomou-as o Vaticano II, como se pode<br />

constatar ao ler os princípios do culto divino na constituição litúrgica Sacrosanctum Concilium.<br />

Como erro concreto no pensamento e agir do arqueologismo litúrgico, o Papa Pio XII cita<br />

a proposta feita de <strong>da</strong>r ao altar a forma de uma mesa (cf. Mediator Dei, n. 62). Se já o Papa Pio<br />

XII recusava o altar com uma forma de mesa, imagine-se como ele teria a fortiori, com maior<br />

força de razão rejeitado a proposta de uma celebração como ao redor de uma mesa “versus<br />

populum” (vira<strong>da</strong> para o povo)!<br />

Se o Sacrosanctum Concilium ensina no n. 2 que, na liturgia, a contemplação deve ter a<br />

priori<strong>da</strong>de e que to<strong>da</strong> a celebração <strong>da</strong> Santa Missa deve ser orienta<strong>da</strong> para os mistérios celestes<br />

(cf. itens n. os 2 e 8), nele se encontra um eco fiel <strong>da</strong> seguinte declaração do Concílio de Trento<br />

que dizia:<br />

“uma vez que a natureza do homem está feita de tal modo, que se não deixa facilmente<br />

erguer para a contemplação <strong>da</strong>s coisas divinas sem aju<strong>da</strong>s exteriores, a <strong>Mãe</strong> <strong>Igreja</strong>, na sua<br />

benevolência, introduziu ritos preciosos; e recorreu, apoiando-se no ensinamento apostólico e na<br />

tradição, as cerimônias tais como bênçãos cheias de mistérios, velas ou círios, incenso, vestes<br />

litúrgicas e muitas outras coisas; tudo isso deveria incitar os espíritos dos fiéis, graças a sinais<br />

visíveis <strong>da</strong> religião e <strong>da</strong> pie<strong>da</strong>de, à contemplação <strong>da</strong>s coisas sublimes.” (Sessão XXII, cap. 5)<br />

Os ensinamentos citados do magistério <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong>, e sobretudo o <strong>da</strong> Mediator Dei , foram<br />

sem dúvi<strong>da</strong> alguma reconhecidos pelos Padres conciliares como plenamente válidos; por<br />

conseguinte, eles mesmos devem continuar hoje ain<strong>da</strong> a ser plenamente válidos para todos os<br />

filhos <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong>.<br />

Na sua carta dirigi<strong>da</strong> a todos os bispos <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong> católica, que Bento XVI juntou ao motu<br />

próprio Summorum Pontificum de 7 de julho de 2007, o Papa faz esta declaração importante:<br />

“Na história <strong>da</strong> liturgia, há crescimento e progresso, mas não ruptura. Aquilo que foi sagrado para<br />

as gerações passa<strong>da</strong>s, deve permanecer sagrado e grande para nós.”<br />

Dizendo isto, o Papa exprime o princípio fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> liturgia que o Concílio de<br />

Trento, o Papa Pio XII e o Concílio Vaticano II ensinaram.<br />

PRINCÍPIOS NÃO SEGUIDOS<br />

Se olharmos agora, sem preconceitos e de uma forma objectiva, para a prática litúrgica <strong>da</strong><br />

esmagadora maioria <strong>da</strong>s <strong>Igreja</strong>s em todo o mundo católico, em que a forma ordinária do rito<br />

romano está em uso, com to<strong>da</strong> a honesti<strong>da</strong>de, ninguém poderá negar que os seis princípios<br />

litúrgicos mencionados pelo Concílio Vaticano II não são respeitados ou apenas o serão bem<br />

pouco; muito embora se declare, erroneamente, que essa prática <strong>da</strong> liturgia foi sonha<strong>da</strong> pelo<br />

Vaticano II.<br />

Há um certo número de aspectos concretos, na prática dominante actual, no rito ordinário<br />

que representam uma ver<strong>da</strong>deira ruptura ou contradição com uma prática litúrgica constante,<br />

desde há mais de um milênio. Trata-se dos seguintes usos litúrgicos, que bem se poderão<br />

designar como sendo AS CINCO CHAGAS DO CORPO MÍSTICO LITÚRGICO DE CRISTO.<br />

Trata-se de chagas, porque elas representam uma violenta ruptura com o passado;<br />

porque na reali<strong>da</strong>de elas põem um bem menor acento no carácter sacrificial, que entretanto é<br />

extraordinariamente belo e que é justamente o carácter central e essencial <strong>da</strong> Santa Missa, e<br />

sublinham acima de tudo a idéia de banquete. E tudo isso diminui os sinais exteriores <strong>da</strong><br />

adoração divina, porque põem em muito menor relevo o carácter do mistério, naquilo que ele<br />

tem de celeste e eterno.<br />

Quanto às cinco chagas, trata-se <strong>da</strong>quelas que, com excepção de uma delas (as novas<br />

orações do ofertório), não estão previstas na forma ordinária do rito <strong>da</strong> Santa Missa, mas foram<br />

INTRODUZIDAS PELA PRÁTICA DE UM MODO BEM DEPLORÁVEL.<br />

1 – A primeira chaga e a mais evidente é a celebração do Santo Sacrifício <strong>da</strong><br />

Missa, em que o sacerdote celebra virado para os fiéis, particularmente na Oração<br />

Eucarística e na Consagração, o momento mais alto e o mais sagrado <strong>da</strong> adoração que é devi<strong>da</strong><br />

a Deus. Esta forma ou posição exterior corresponde mais, pela sua natureza, à forma de que se<br />

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