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APOSTILA - O sol da Igreja - Maria Mãe da Igreja

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UM CÍRCULO ABERTO<br />

O rito e todos os pormenores ou detalhes do Santo Sacrifício <strong>da</strong> Missa devem estar<br />

orientados no sentido <strong>da</strong> glorificação e <strong>da</strong> adoração de Deus, insistindo-se, sobretudo, na<br />

centrali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Presença de Cristo, quer no sinal e na representação do Crucificado, quer na<br />

Presença Eucarística no Sacrário, e sobretudo, no momento <strong>da</strong> Consagração e <strong>da</strong> Sagra<strong>da</strong><br />

Comunhão. Quanto mais isto mesmo for respeitado, tanto menos o homem se coloca no centro<br />

<strong>da</strong> celebração, tanto menos a celebração se assemelha a um círculo fechado, mas sim pelo<br />

contrário está aberto, mesmo de uma forma exterior, para Cristo, como numa ver<strong>da</strong>deira<br />

procissão que se dirige para Ele, com o sacerdote à cabeça; e quanto mais uma celebração<br />

litúrgica reflectir, de uma forma ver<strong>da</strong>deira, o sacrifício de adoração de Cristo na cruz, tanto<br />

mais ricos serão os frutos que os participantes irão receber na sua alma, que vêm <strong>da</strong><br />

glorificação de Deus, tanto mais o próprio Deus os honrará.<br />

Quanto mais o sacerdote e os fiéis procurarem em ver<strong>da</strong>de, nas celebrações Eucarísticas,<br />

a glória de Deus e não a glória dos homens, e não procurarem receber a glória uns dos outros,<br />

tanto mais Deus os honrará, deixando, então, que a sua alma participe, de uma forma bem mais<br />

intensa e mais fértil, na glória e na honra de Sua vi<strong>da</strong> divina.<br />

Na hora actual e em diversos lugares <strong>da</strong> Terra, muitas são as celebrações <strong>da</strong> Santa Missa,<br />

em que se poderia dizer a seu respeito as palavras seguintes, invertendo deste modo as palavras<br />

do Salmo 113 B, versículo 1: “A nós, ó Senhor, e a nosso nome, <strong>da</strong>i glória” e por outro lado, o<br />

propósito de tais celebrações se aplicam as palavras de Jesus: “Como podeis acreditar, vós que<br />

tirais a glória uns dos outros e não buscais a glória que vem de Deus?” (Jo. 5, 44). O Concílio<br />

Vaticano II emitiu, a respeito de uma reforma litúrgica, os princípios seguintes:<br />

1 – O humano, o temporal, a activi<strong>da</strong>de devem, durante a celebração litúrgica, orientar-se<br />

pelo divino, pelo eterno, pela contemplação, e ter um papel subordinado, relativamente a estes<br />

últimos (cf. Sacrosanctum Concilium, n. 21).<br />

2 – Durante a celebração litúrgica, dever-se-á encorajar ou estimular a toma<strong>da</strong> de<br />

consciência de que a liturgia terrestre participa <strong>da</strong> liturgia celeste (cf. Sacrosanctum Concilium,<br />

n. 8).<br />

3 - Não deve haver nela ab<strong>sol</strong>utamente nenhuma inovação e, por conseguinte, nenhuma<br />

criação nova de ritos litúrgicos, sobretudo no rito <strong>da</strong> Missa, a não ser que seja para um proveito<br />

ver<strong>da</strong>deiro e certo a favor <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong> e sob a condição de que se proce<strong>da</strong> com prudência e de que<br />

eventualmente formas novas substituam formas já existentes de maneira orgânica (cf.<br />

Sacrosanctum Concilium, n. 23).<br />

4 – Os ritos <strong>da</strong> Missa devem ser de tal forma, que o sagrado seja expresso mais<br />

explicitamente (cf. Sacrosanctum Concilium, n. 21) .<br />

5 – O latim deve ser conservado na liturgia, e sobretudo na Santa Missa (cf. Sacrosanctum<br />

Concilium, n. os 36 e 54).<br />

6 – O canto gregoriano tem o primeiro lugar na liturgia (cf. Sacrosanctum Concilium, n.<br />

116).<br />

Os Padres conciliares viam as suas propostas de reforma como a continuação <strong>da</strong> reforma<br />

de São Pio X (cf. Sacrosanctum Concilium, n. os 112 e 117) e do servo de Deus Pio XII, e com<br />

efeito, na constituição litúrgica, é a encíclica Mediator Dei do Papa Pio XII que mais é cita<strong>da</strong>.<br />

O Papa Pio XII deixou à <strong>Igreja</strong>, entre outros, um princípio importante <strong>da</strong> doutrina sobre<br />

a santa liturgia, isto é, a condenação <strong>da</strong>quilo que se chama o arqueologismo litúrgico, cujas<br />

propostas coincidiam largamente com as do sínodo jansenista e protestantizante de Pistóia, de<br />

1786 (cf. Mediator Dei, n. os 63 e 64). E que de facto lembra os pensamentos teológicos de<br />

Martinho Lutero.<br />

UM SACRIFÍCIO E NÃO UM BANQUETE<br />

Eis porque já o Concílio de Trento condenou as idéias litúrgicas protestantes,<br />

notavelmente a acentuação exagera<strong>da</strong> <strong>da</strong> noção de banquete na celebração Eucarística em<br />

detrimento do carácter sacrificial, a supressão dos sinais unívocos de sacrali<strong>da</strong>de como<br />

expressão do mistério <strong>da</strong> liturgia (cf. Concílio de Trento, seção XXII).<br />

As declarações litúrgicas doutrinais do magistério, como neste caso do Concílio de Trento<br />

e <strong>da</strong> Encíclica Mediator Dei, que se reflectem numa práxis litúrgica secular, isto é, de mais de<br />

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