Forças Sexuais da Alma - Escola da Luz

38 – Jorge Andréa
integralizados poderão, em condições reencarnatórias, mostrar-se num dos
polos, masculino ou feminino, com vida sexual normal. Esses indivíduos, quase
sempre, apresentam-se como missionários, onde os fatores sexuais são também
deslocados na elaboração das grandes construções da própria alma. Exemplos
dignos de registro nessa faixa evolutiva são as estruturas psicológicas já
alcançadas por um Francisco de Assis, um Gandhi ou mesmo um Schweitzer.
* * *
Denominemos essas forças sexuais do Espírito de força PSI-Y, para a
potência masculina, e PSI-X, para a potência feminina. Pela desenvoltura do
tema, compreende-se que os núcleos em potenciação sexuais mais periféricos
(vizinhanças do inconsciente atual) estarão carregados com forças variáveis,
para o lado PSI-Y ou PSI-X, a nutrirem o sexo, masculino ou feminino, na
organização gonádica do corpo físico. Esses núcleos em potenciação ligados ao
sexo, abastecidos com as energias preponderantemente masculinas ou
femininas, estarão sempre sob forte irradiação da sua zona mais periférica,
constituída de material do inconsciente atual, a fim de manter a necessária
nutrição/orientação que a organização sexual do corpo físico exige e necessita.
Diga-se, também, que por mais que haja afirmação de um dos polos
sexuais, em determinado indivíduo, haverá sempre força sexual contrária
embora dominada pela carga preponderante. Enquanto não houver equilíbrio e
respectiva construção dessas forças, a necessidade reencarnatória se impõe, até
que as estruturas alcançadas sejam de tal ordem que o Espírito mesmo
reencarnado, em corpo masculino ou feminino, não tenha necessidade das
experiências relacionadas aos órgãos sexuais do corpo físico. Neste caso,
poderíamos dizer que o sexo (periferia) foi sublimado, que a castidade passará
a ser construtiva e que as energias da alma, já integralizadas na bissexualidade,
desfecham voos para posições de ascese das grandes elaborações espirituais.
Isso não quer dizer que, alcançado certo patamar evolutivo, as funções sexuais
não sejam exercidas se houver reencarnação. O ser pode ter alcançado
condições evolutivas de tal ordem que os campos sexuais criativos do
inconsciente estejam maturados às expensas dos desfiles reencarnatórios, mas,
em determinado mergulho carnal (sexo masculino ou feminino), a sua
respectiva missão pode estar condicionada à existência de cônjuge; desse
modo, as funções sexuais realizadas, por constituírem novas experiências,
tendem a ampliar os lastros do Espírito ou zona inconsciente. Qualquer
vivência, por menos expressiva que seja, jamais será afastada do processo de
incorporação íntima.
Para compreendermos melhor as oscilações dessas forças PSI-sexuais,