27.05.2013 Views

978-85-397-0312-8

978-85-397-0312-8

978-85-397-0312-8

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Não é possível separar a subjetividade que envolve os<br />

sujeitos em uma organização. Como Morin (2001, p.87) afirma,<br />

“os indivíduos, em suas interações, produzem a sociedade, que<br />

produz os indivíduos que a produzem. Isso se faz num circuito<br />

espiral através da evolução histórica”.<br />

Outra característica que contempla o universo da<br />

organização é o seu simbolismo, que não pode ser controlado e<br />

está ligado a diversos fatores, entre eles o de como as pessoas<br />

percebem as ações da organização. “O domínio simbólico não é<br />

passível de controle pelas organizações. Qualquer que seja o<br />

direcionamento pretendido, ele sempre será reinterpretado de<br />

acordo com os referenciais próprios dos empregados” (SARAIVA<br />

e CARRIERI, 2010, p.213).<br />

As organizações têm sido também apontadas, cada vez<br />

mais, como construções discursivas porque, de acordo com<br />

Fairhust e Putnam (2010, p. 105), “o discurso é a real fundação<br />

sobre qual a vida organizacional é construída.” Ainda, segundo as<br />

autoras, o discurso é um meio para a integração social.<br />

Também é possível identificar as organizações olhando<br />

para elas “como conjuntos de normas sociais, geralmente de<br />

caráter jurídico, que gozam de reconhecimento social” (SROUR,<br />

2012, p.108). Ou então, como um espaço conduzido por uma<br />

relação de trabalho coletiva. E, dois tipos fundamentais de relação<br />

se estabelecem: as relações estruturais e as relações de consumo.<br />

Uma, a estrutural, está ligada ao ambiente interno, que articula as<br />

classes e categorias sociais e diz respeito aos processos de<br />

produção (econômica, política e simbólica). A outra, de consumo,<br />

é externa à organização e relaciona-se aos seus públicos e os<br />

processos de transferência de produtos e serviços.<br />

Neste cenário, as organizações em rede apresentam-se<br />

como efêmeras, centradas na atualidade, agilidade, na<br />

transformação constante e na rejeição da burocratização,<br />

conforme estabelece Castells (apud CURVELLO, 2001). As redes<br />

25

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!