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as reestruturações sucessivas e os tempos<br />

da virtualidade (Handy, 1991). A Cada<br />

período, as Ciências Humanas são então<br />

convidadas a trabalhar neste sentido a<br />

fim de que o capital humano, segundo a<br />

expressão consagrada pelos economistas,<br />

possa responder aos novos imperativos<br />

da eficácia (CHANLAT, 2000, p. 40).<br />

Apesar da inclusão de conhecimentos oriundos das<br />

Ciências Sociais e Humanas, o foco da Gestão sempre recaiu<br />

sobre o aumento da produtividade e dos resultados para as<br />

organizações. A condição humana, especialmente os temas da<br />

dominação e do sofrimento, ficou relegada para o segundo plano.<br />

Chanlat (2007) destaca alguns estudos que desvendam o que ele<br />

chama de condições humanas não satisfatórias na organização:<br />

lugar propício ao sofrimento, violência física e psicológica, tédio,<br />

desespero, nostalgia, desconforto existencial. Na análise das<br />

causas, o autor aponta o fato de que os sujeitos ainda são<br />

considerados um recurso (transformam-se em objeto) nas<br />

organizações nas quais ainda prevalece um mundo dominado pela<br />

racionalidade instrumental e por categorias econômicas<br />

rigidamente estabelecidas.<br />

Cardoso (2006), ao analisar o cenário das organizações<br />

neste início do século 21, afirma que se trata de um tempo<br />

marcado por uma nova relação homem/organização/mundo.<br />

Além da força física e mental do trabalho, é preciso levar em<br />

conta o homem como sendo um ser total, que pensa criticamente,<br />

age eficiente e eficazmente e sente-se, criativamente, como parte<br />

do todo.<br />

O que em Cardoso (2006) é o ser total, em Chanlat é o ser<br />

integral. Este declara que, “atualmente, tudo nos conduz a olhar<br />

mais longe: a complexidade dos problemas” (CHANLAT, 2007,<br />

p. 25). Ao propor a antropologia das organizações, o autor chama<br />

a atenção para as questões que configuram o que ele define como<br />

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