Homo eloquens homo politicus. A retórica e a construção da cidade ...

More documents

Recommendations

Info

273 A trAdição dos sete sábiios Do humanismo como fascínio ao fascínio do humanista: a exemplar persistência de Costa Ramalho *1 Carlos Ascenso André * 1 Versão ligeiramente corrigida de comunicação apresentada à Academia das Ciências de Lisboa, em 25 de Março de 2010.
do humAnismo como fAscínio Ao fAscínio do humAnistA Vai o homem escalando, ao compasso dos anos, as íngremes vertentes dessa montanha incontornável que dá pelo nome de vida. Busca aquele lugar cimeiro onde reside a excelência, palavra de escasso porte, valha a verdade, para traduzir aquilo a que a sabedoria dos Gregos chamava Aretê. Afadigado na subida e preso do desejo de atingir o cume, não cura de olhar em volta e sentir o sossego de algumas sombras reconfortantes, não perde tempo a distinguir as veredas escarpadas dos trilhos mais suaves, não se detém a contemplar, de quando em vez, o caminho percorrido, não intenta alongar o olhar pela paisagem que foi deixando para trás e onde residem, indeléveis, as marcas dos pequenos triunfos de que se fez a subida. Porque o seu objectivo, a sua porfia, o seu prazer residem na própria busca, na procura, ela mesma, e não nas etapas que vai vencendo e nos obstáculos que vai contornando. Terá tempo – quem sabe? – para tudo vislumbrar de uma vez só, quando alcançar o topo que é, afinal, a meta última do seu peregrinar. Quando, a meados da década de sessenta do século passado, Américo da Costa Ramalho deu à estampa a sua primeira colectânea de estudos sobre o Humanismo e o Renascimento em Portugal, estaria, talvez, longe de imaginar que inaugurava um percurso de sentido único. 275
Page 1:
Colecção Autores Gregos e Latinos
Page 4 and 5:
Todos os volumes desta série são
Page 6 and 7:
Poesia, hagiografia e política ant
Page 8 and 9:
Carpent tva poma nepotes 9 Introdu
Page 10 and 11:
11 Introdução interpretar textos
Page 12 and 13:
13 Introdução Camões aos recenti
Page 14 and 15:
José Luís L. Brandão sociabilida
Page 16 and 17:
enAscimentos dA Arte retóricA e Gl
Page 18 and 19:
Page 20 and 21:
Page 22 and 23:
Page 24 and 25:
Page 26 and 27:
Page 28 and 29:
Page 30 and 31:
Page 32 and 33:
Page 34 and 35:
Page 36 and 37:
Page 38 and 39:
Page 40 and 41:
discursos distintos pArA concepçõ
Page 42 and 43:
Page 44 and 45:
Page 46 and 47:
Page 48 and 49:
Page 50 and 51:
Page 52 and 53:
Page 54 and 55:
Page 56 and 57:
Page 58 and 59:
Page 60 and 61:
65 A trAdição dos sete sábiios P
Page 62 and 63:
Tomás González Rolán Semana Sant
Page 64 and 65:
Tomás González Rolán de la noble
Page 66 and 67:
Tomás González Rolán que a su pa
Page 68 and 69:
Tomás González Rolán “Compuest
Page 70 and 71:
Tomás González Rolán esas palabr
Page 72 and 73:
Tomás González Rolán que queda r
Page 74 and 75:
Tomás González Rolán Anexo I (MA
Page 76 and 77:
Tomás González Rolán que pequeñ
Page 78 and 79:
Tomás González Rolán parescen so
Page 80 and 81:
Tomás González Rolán así fuese,
Page 82 and 83:
Tomás González Rolán Nin las doc
Page 84 and 85:
Tomás González Rolán Península.
Page 86 and 87:
Tomás González Rolán y Renacimie
Page 88 and 89:
etóricA e res publica no renAscime
Page 90 and 91:
Page 92 and 93:
Page 94 and 95:
Page 96 and 97:
Page 98 and 99:
Page 100 and 101:
Page 102 and 103:
Page 104 and 105:
Page 106 and 107:
Page 108 and 109:
Page 110 and 111:
A HistóriA Opvs Oratorivm e “esp
Page 112 and 113:
Page 114 and 115:
Page 116 and 117:
Page 118 and 119:
Page 120 and 121:
Page 122 and 123:
Page 124 and 125:
Page 126 and 127:
Page 128 and 129:
Page 130 and 131:
Page 132 and 133:
Page 134 and 135:
Page 136 and 137:
Page 138 and 139:
Page 140 and 141:
Page 142 and 143:
Page 144 and 145:
153 A trAdição dos sete sábiios
Page 146 and 147:
Jorge A. Osório quarto, sinto praz
Page 148 and 149:
Jorge A. Osório lírica ou mesmo m
Page 150 and 151:
Jorge A. Osório central, não só
Page 152 and 153:
Jorge A. Osório de homens que mais
Page 154 and 155:
Jorge A. Osório naquelas onde os s
Page 156 and 157:
Jorge A. Osório um amigo que decid
Page 158 and 159:
Jorge A. Osório Ora, para além da
Page 160 and 161:
Jorge A. Osório Celio Calcagnini,
Page 162 and 163:
Jorge A. Osório ter caminhado um p
Page 164 and 165:
Jorge A. Osório “Reina aqui [em
Page 166 and 167:
Jorge A. Osório exposição ao ar.
Page 168 and 169:
Jorge A. Osório 2565, nov. 1531) -
Page 170 and 171:
Jorge A. Osório BiBliografia Opus
Page 172 and 173:
Page 174 and 175:
Sebastião Tavares de Pinho 3 - Fal
Page 176 and 177:
Sebastião Tavares de Pinho modést
Page 178 and 179:
Sebastião Tavares de Pinho mais de
Page 180 and 181:
Sebastião Tavares de Pinho dizer d
Page 182 and 183:
Sebastião Tavares de Pinho medieva
Page 184 and 185:
Sebastião Tavares de Pinho -o- dis
Page 186 and 187:
Sebastião Tavares de Pinho termina
Page 188 and 189:
Sebastião Tavares de Pinho O siste
Page 190 and 191:
Sebastião Tavares de Pinho permite
Page 192 and 193:
Sebastião Tavares de Pinho expedie
Page 194 and 195:
Sebastião Tavares de Pinho A maior
Page 196 and 197:
Sebastião Tavares de Pinho amplos
Page 198 and 199:
Sebastião Tavares de Pinho onde cl
Page 200 and 201:
Sebastião Tavares de Pinho BiBliog
Page 202 and 203:
Sebastião Tavares de Pinho anexo i
Page 204 and 205:
Page 206 and 207:
Virgínia Soares Pereira Azambuja),
Page 208 and 209: Virgínia Soares Pereira de conclu
Page 210 and 211: Virgínia Soares Pereira senes. A f
Page 212 and 213: Virgínia Soares Pereira orientaç
Page 214 and 215: Virgínia Soares Pereira Esta sua p
Page 216 and 217: Virgínia Soares Pereira que aprove
Page 218 and 219: Virgínia Soares Pereira et si prob
Page 220 and 221: Virgínia Soares Pereira valorizava
Page 222 and 223: Virgínia Soares Pereira Olyssiponi
Page 224 and 225: Virgínia Soares Pereira Diui Emman
Page 226 and 227: Virgínia Soares Pereira sum extric
Page 228 and 229: Virgínia Soares Pereira Entretanto
Page 230 and 231: Virgínia Soares Pereira BIBlIogrAf
Page 232 and 233: Virgínia Soares Pereira —— (19
Page 234 and 235: PoesiA, hAgiogrAfiA e PolíticA Ant
Page 260 and 261: Carlos Ascenso André Na rota acaba
Page 262 and 263: Carlos Ascenso André O Renasciment
Page 264 and 265: Carlos Ascenso André Assim nasceu,
Page 266 and 267: Carlos Ascenso André Humanismo em
Page 268 and 269: Carlos Ascenso André livro VI da E
Page 270 and 271: Carlos Ascenso André Ou as do poet
Page 272 and 273: Carlos Ascenso André enriqueciment
Page 274 and 275: Carlos Ascenso André Coimbra, como
Page 276 and 277: Carlos Ascenso André Vem de há mu
Page 278 and 279: Barros, João de: 123, 131, 133, 13
Page 280 and 281: Diaz, Philippe: 200. Dionísio de H
Page 282 and 283: Horácio: 38, 121, 142, 277. Huet,
Page 284 and 285: Meneses, Garcia de: 138. Meneses, J
Page 286 and 287: Quintiliano: 20, 32, 33, 35, 37, 10
Page 288 and 289: Universidade: 9, 28, 30, 103, 112,
Page 290 and 291: 8. Luísa de Nazaré Ferreira, Paul
Page 292: Com o advento do Humanismo, uma nov
show all

Homo eloquens homo politicus. A retórica e a construção da cidade ...

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?