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Homo eloquens homo politicus. A retórica e a construção da cidade ...

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do humAnismo como fAscínio Ao fAscínio do humAnistA<br />

Em 1991, ditou-lhe a conjugação inexorável <strong>da</strong>s<br />

leis e dos anos a retira<strong>da</strong>. Mas apenas do magistério<br />

lectivo, redundância que faz, aqui, todo o sentido. Jamais<br />

a retira<strong>da</strong> <strong>da</strong> procura. Jamais <strong>da</strong> busca incessante. Jamais<br />

do labor sem limite. Jamais, até, do próprio magistério.<br />

Um professor a sério é-o para sempre.<br />

A Academia <strong>da</strong>s Ciências de Lisboa acolheu-o, há<br />

55 anos, em 1955, como membro correspondente, e,<br />

em 1987, como académico de número. Dessa condição<br />

sempre falou aos seus alunos com justificado orgulho.<br />

Serviu essa Academia em múltiplas missões que ela quis<br />

confiar-lhe, assim a prestigiando e prestigiando o país<br />

e a sua comuni<strong>da</strong>de científica. Refira-se, como simples<br />

exemplo, a participação no grupo que negociou, em<br />

representação de Portugal e junto dos demais países<br />

lusófonos, as bases de um novo acordo ortográfico <strong>da</strong><br />

língua portuguesa. Muitas outras missões poderiam e<br />

deveriam ser menciona<strong>da</strong>s, se o gume inexorável do<br />

tempo não pendesse, premente, sobre estas palavras.<br />

A mesma Academia que em 1955 o acolheu,<br />

homenageou-o, já em 2010, decorri<strong>da</strong>s cerca de seis<br />

déca<strong>da</strong>s e meia sobre o começo <strong>da</strong> sua vi<strong>da</strong> universitária<br />

e científica. Assim lhe era reconhecido, nessa nobre reserva<br />

<strong>da</strong> cultura e <strong>da</strong> ciência, o quanto o país que somos lhe<br />

deve. Assim lhe era rendido o justo preito por quanto nos<br />

tem <strong>da</strong>do. Assim lhe era prestado tributo à sua grandeza<br />

de homem de letras e de ci<strong>da</strong>dão e à sua simplici<strong>da</strong>de.<br />

Assim se lhe augurava, neste afã de que nunca desistirá, as<br />

maiores venturas. Assim se lhe agradecia, numa palavra,<br />

o quanto nos deu e o quanto nos <strong>da</strong>rá.<br />

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