28.05.2013 Views

Homo eloquens homo politicus. A retórica e a construção da cidade ...

Homo eloquens homo politicus. A retórica e a construção da cidade ...

Homo eloquens homo politicus. A retórica e a construção da cidade ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Carlos Ascenso André<br />

Assim nasceu, <strong>da</strong> recolha dos seus trabalhos,<br />

o volume que intitulou Estudos sobre a época do<br />

Renascimento, aquele que foi o alicerce primeiro do que<br />

viria a ser o projecto de sua vi<strong>da</strong>, posto que, por certo,<br />

como tal o não concebesse, ain<strong>da</strong>, nesses já longínquos<br />

anos de sessenta, com todos os contornos já bem<br />

definidos: a criação de uma escola de estudos sobre o<br />

Humanismo português do Renascimento.<br />

Não mais conheceu parança esse percurso, nem<br />

mesmo nos dias em que escolhos, que mão alheia pelo<br />

caminho lhe interpôs, puderam (felizmente sem êxito)<br />

arrefecer-lhe o ânimo ou desviar-lhe o rumo.<br />

A Cataldo e a André Falcão de Resende, muitos<br />

outros nomes se foram juntando, à medi<strong>da</strong> que ia<br />

desven<strong>da</strong>ndo os corredores escusos de Quatrocentos<br />

e de Quinhentos: João Rodrigues de Sá de Meneses,<br />

Estêvão Cavaleiro, Salvador Fernandes, Luísa Sigeia,<br />

André de Resende, Pedro Sanches, Amato Lusitano,<br />

Diogo de Teive, Aquiles Estaço, João de Barros. Estes<br />

são alguns dos objectos de trabalhos que, em 1980, viria<br />

a reunir sob o título de Estudos sobre o século XVI.<br />

A sua precisão rigorosa ia-se apurando, esmerando,<br />

sempre no amor à palavra. É uma déca<strong>da</strong>, essa que<br />

medeia entre os dois livros, em que contribui para<br />

desven<strong>da</strong>r os segredos <strong>da</strong> génese <strong>da</strong> palavra Lusía<strong>da</strong>s, em<br />

que diluci<strong>da</strong> o “mal enxertado” nome (como ele mesmo<br />

lhe chama) que João de Barros deu ao seu Ropicapnefma,<br />

em que desfez o mito <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de de João Rodrigues de<br />

Sá de Meneses e esse outro, o <strong>da</strong> sua precoce aura de<br />

menino génio, em que explicou o nome de Lúcio André<br />

280

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!