03.06.2013 Views

Clique aqui para realizar o download - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC

Clique aqui para realizar o download - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC

Clique aqui para realizar o download - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

sujeitos. Entranhados em meio às pessoas que utilizam o som <strong>para</strong><<strong>br</strong> />

construção de sua rede simbólica, os surdos passam a sentir na própria<<strong>br</strong> />

pele os efeitos dessa cultura que os imobiliza pelo que entendem como<<strong>br</strong> />

uma falta. Dentro dessa perspectiva, as possibilidades de subjetividade<<strong>br</strong> />

e intervenção social estão amalgamadas aos sentidos. Resultante do<<strong>br</strong> />

descompasso frente à diferença, trava-se a luta <strong>para</strong> fazer com que a<<strong>br</strong> />

fala oral prevaleça como critério único de verdade. Como sugere<<strong>br</strong> />

Wrigley (1996), em razão de uma marginalidade produzida, surgem<<strong>br</strong> />

estratégias de resistência com uma solidariedade partilhada através da<<strong>br</strong> />

língua de sinais, que produz, por sua vez, uma economia de reação às<<strong>br</strong> />

restrições e imposições institucionalizadas.<<strong>br</strong> />

LÍNGUAS: TERRITÓRIOS CULTURAIS E DE PODER<<strong>br</strong> />

A condição de estrangeiridade é um elemento importante <strong>para</strong> se<<strong>br</strong> />

pensar so<strong>br</strong>e as línguas, que são instrumentos de poder. A marca da<<strong>br</strong> />

diferença se apresenta como um elemento que destrói a ilusão da<<strong>br</strong> />

homogeneidade e força seus interlocutores a repensarem suas<<strong>br</strong> />

representações acerca de quem é esse outro, diferente, estranho,<<strong>br</strong> />

estrangeiro. As línguas são traços de identidades que estabelecem<<strong>br</strong> />

identificações e símbolos de pertença (Berenblue, 2003).<<strong>br</strong> />

Como assevera Mignolo (2003), as ideologias nacionais<<strong>br</strong> />

conseguiram naturalizar uma língua, defendendo sua pureza,<<strong>br</strong> />

associando-a a um território e construindo sensibilidades monotópicas<<strong>br</strong> />

que influenciaram a lingüística e a tradição ocidental de filosofia da<<strong>br</strong> />

linguagem. Entretanto esses parâmetros unitários dos valores nacionais<<strong>br</strong> />

já não correspondem à experiência transnacional de uma parte<<strong>br</strong> />

significativa da população. A situação da língua situa-se no terreno do<<strong>br</strong> />

poder cultural, e as guerras entre as línguas se fazem continuamente.<<strong>br</strong> />

As transformações sociais e as práticas culturais estão reconfigurando e<<strong>br</strong> />

27

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!