Clique aqui para realizar o download - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC
Clique aqui para realizar o download - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC
Clique aqui para realizar o download - Ronice.cce.prof.ufsc.br - UFSC
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Renascimento europeu, que testemunhou a emergência de uma teoria<<strong>br</strong> />
da escrita fundamentada na invenção da letra e da escrita alfabética.<<strong>br</strong> />
Essas questões que colocam em crise o próprio <strong>para</strong>digma do que<<strong>br</strong> />
vem a ser a escrita e como o poder colonial a<strong>br</strong>iu frentes de litígio e<<strong>br</strong> />
combate aos povos colonizados assinalam uma necessidade de perceber<<strong>br</strong> />
os movimentos efetuados pelo grupo social envolvido no embate com a<<strong>br</strong> />
cultura imperial. Na América Pré-Colombiana, por exemplo, a arte e a<<strong>br</strong> />
escrita são dois lados da mesma moeda, e os <strong>para</strong>digmas são outros<<strong>br</strong> />
<strong>para</strong> se pensar a estrutura e tecnologia da escrita. É necessário<<strong>br</strong> />
confrontar a concepção de escrita alfabética e avançar <strong>para</strong> sistemas de<<strong>br</strong> />
leituras e escrituras que abarquem outros <strong>para</strong>digmas de construção.<<strong>br</strong> />
Quando as práticas sociais são desestoricizadas, as concepções de<<strong>br</strong> />
sistemas de escrita se restringem a modelos ocidentais e fonocêntricos<<strong>br</strong> />
e delas derivam termos pejorativos <strong>para</strong> caracterizar as alteridades que<<strong>br</strong> />
não se conformam aos padrões estabelecidos. Em outras palavras, a<<strong>br</strong> />
leitura cultural é apagada ou dizimada, seja por decretos, seja pelo<<strong>br</strong> />
extermínio colonial.<<strong>br</strong> />
As línguas de sinais sofreram o impasse, e ainda sofrem, <strong>para</strong> se<<strong>br</strong> />
firmar como meio legítimo de expressão. Ao remontar a sua história,<<strong>br</strong> />
visibiliza-se uma teia que descreve assimetrias de poder. Sabemos que<<strong>br</strong> />
a história também representa um artifício que pode denunciar as<<strong>br</strong> />
concepções subalternizadoras em relação às alteridades e aos valores<<strong>br</strong> />
atribuídos a elas social, econômica e culturalmente, ou manter a versão<<strong>br</strong> />
colonial.<<strong>br</strong> />
De acordo com Lulkin (2000), a produção acadêmica e os<<strong>br</strong> />
registros disponíveis localizam na França, na segunda metade do século<<strong>br</strong> />
XVIII, o início da educação institucional e pública de surdos no ocidente.<<strong>br</strong> />
Em 1791, é fundado o Instituto Nacional de Jovens Surdos de Paris, que<<strong>br</strong> />
se torna um centro irradiador do modelo científico e educacional,<<strong>br</strong> />
respaldado pelo ideário de educação <strong>para</strong> todos. A partir do movimento<<strong>br</strong> />
europeu, a língua de sinais é reconhecida como sendo apropriada <strong>para</strong> a<<strong>br</strong> />
33