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Coletânea de Textos - Módulo I - Ministério da Educação

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Foi através <strong>da</strong> troca que pu<strong>de</strong> conhecer o trabalho com projetos que podiam envolver ações<br />

entre várias disciplinas ou focar em uma única, envolver um produto compartilhado com as<br />

crianças, e muitas outras vantagens. Foi através <strong>de</strong>ssa troca entre professores que pu<strong>de</strong> rever<br />

minhas ações e me apropriar <strong>de</strong> outras; compartilhar minhas angústias e me sentir mais segura;<br />

experimentar coisas novas e ousar.<br />

Minha turma<br />

Minha classe iniciou o ano com 36 alunos, 29 dos quais estavam com 6 anos, e somente 7<br />

haviam completado 7 anos no início do ano escolar.<br />

Para conhecer meu grupo, utilizei-me <strong>de</strong> son<strong>da</strong>gens, ou seja, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s para diagnosticar quais<br />

conhecimentos os alunos traziam consigo. No período <strong>de</strong> a<strong>da</strong>ptação, fui propondo ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

para conhecer as hipóteses que os alunos não-alfabetizados tinham sobre a escrita. Esse diagnóstico<br />

mostrou-me o que pensavam naquele momento e como eu po<strong>de</strong>ria encaminhar o trabalho<br />

diante <strong>de</strong> um grupo com tantas diferenças e informações.<br />

A maioria dos alunos veio <strong>de</strong> escolas <strong>de</strong> <strong>Educação</strong> Infantil próximas, creches convenia<strong>da</strong>s ou ain<strong>da</strong><br />

escolas particulares. Dentro <strong>de</strong>sse grupo três crianças iniciaram alfabetiza<strong>da</strong>s, já sabiam ler e<br />

escrever. Vários ain<strong>da</strong> não relacionavam o sistema gráfico e o sonoro, utilizavam letras quaisquer<br />

e muitos não conheciam o alfabeto. Oito crianças não escreviam seu nome, necessitavam <strong>de</strong> um<br />

mo<strong>de</strong>lo para o registro. Cinco alunos já utilizavam uma letra para ca<strong>da</strong> emissão sonora, isto é,<br />

uma letra para ca<strong>da</strong> sílaba, e algumas vezes apareciam letras pertencentes à palavra que estavam<br />

escrevendo. Quatro alunos "oscilavam", ora escreviam silabicamente, ora alfabeticamente.<br />

Diante <strong>de</strong>ssa heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong>, tive <strong>de</strong> pensar em como agrupar esses alunos, principalmente no<br />

trabalho inicial, quando muitos não conseguiam li<strong>da</strong>r com o trabalho em grupos e duplas.Tinha<br />

como <strong>de</strong>safio garantir procedimentos didáticos em que fosse possível a circulação <strong>de</strong> informações<br />

e a aju<strong>da</strong> no grupo, socializar as respostas e ajudá-los a pensar.<br />

Para que pu<strong>de</strong>sse começar, iniciei explicando que trabalharíamos sempre em grupos e todos<br />

estavam lá para compartilhar.<br />

Diante <strong>da</strong>s primeiras experiências, observei que o grupo não era individualista. Ficou evi<strong>de</strong>nte a<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> que todos têm <strong>de</strong> caminhar em conjunto, trocar informações, participar e cooperar.<br />

A interação gerou vários conflitos, como era <strong>de</strong> se esperar, mas via os alunos pensando e<br />

garantindo a troca <strong>de</strong> informações.<br />

Logo no início trabalhei com os nomes dos alunos.Tinha como finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>spertar o interesse<br />

e o envolvimento <strong>de</strong> todos e também garantir informações sobre as letras, já que muitos não as<br />

conheciam. Além do nome próprio, outros textos passaram a fazer parte <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em<br />

duplas: poesias, parlen<strong>da</strong>s, canções.<br />

Hoje, percebo o quanto é importante incentivar a cooperação para <strong>de</strong>senvolver conhecimentos.<br />

M1U1T6<br />

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