Coletânea de Textos - Módulo I - Ministério da Educação

More documents

Recommendations

Info

Minha turma Minha sala iniciou o ano com 36 crianças em níveis de conceitualização de escrita e leitura bem heterogêneos. Havia 15 crianças com hipótese de escrita silábica e o restante variava entre silábicos-alfabéticos e alfabéticos. Por ser uma sala de 2º ano do ciclo, o que se espera é que todos tenham pelo menos a compreensão do sistema de escrita, mas considerando que essa é uma situação real, e não a ideal, eu precisei criar uma rotina que desse conta dessas diferenças. Nessa rotina, garanto sempre uma atividade de leitura para as crianças com escrita silábica, enquanto as outras crianças refletem sobre outro aspecto da escrita. Considerando tudo isto, priorizei algumas situações didáticas importantes como: atividades permanentes (leitura diária pelo professor, roda de leitores, empréstimo de livros), atividades seqüenciadas e projetos.Todas as situações que planejo são para privilegiar o aspecto discursivo do texto, mas garanto em todas elas momentos para discutir também os aspectos voltados para o sistema alfabético de escrita. Estes são alguns tipos de texto que estou priorizando na série: contos (de assombração, populares, maravilhosos); fábulas; lendas. Tenho convicção que um planejamento que atenda às necessidades de aprendizagem dos alunos possibilitará que todos finalizem o ano lendo e escrevendo. Valéria Aparecida Scorsafava Professora da 4 a série D da Escola Municipal de Ensino Fundamental Comandante Gastão Moutinho – São Paulo — Fala tchau para a mamãe... Refletir é olhar a própria ação de uma maneira particular e à distância. É tomar uma certa distância para melhor julgar o que se está fazendo, ou o que se fez, ou o que se fará. Pierre Furter Caminhando por aquele corredor enorme, fui colocada, para alegria de minha mãe, com a melhor professora da escola.Tudo parecia muito grande e diferente naquele primeiro dia de aula. — Repitam o movimento, cantando com a professora: Eu já vou enrolar O novelo da vovó Ela vai me tricotar Um bonito cachecol Maja é uma boa menina Tito é um bom menino Dunga é o cachorro de Tito M1U1T6 25
Este foi o primeiro texto do meu livro de alfabetização, que todos os dias levava na minha mala, como se fosse o verdadeiro responsável por me tornar uma criança alfabetizada. — Amanhã vou tomar sua leitura! Suor, calafrio, pânico. Essas eram as sensações que me causavam o momento da leitura. E, se no dia marcado tropeçasse nas sílabas e palavras, o "Regular" faria parte do meu livro, como muitos deles o fizeram. — Quando eu voltar, quero uma palavra escrita com M na lousa ou então... — ordenou a professora. O giz já estava todo molhado em minha mão, e a classe inteira gritava: mar, mar... Até que um colega, por dó talvez, foi até a lousa e me socorreu soletrando as letras M – A – R. Nunca fui uma criança brilhante nos estudos, o "Regular" tornou-se parte da minha vida, quando se tratava de leitura e escrita. Esse início de minha escolaridade, para mim tão significativo, tornou-me uma profissional que busca o tempo todo alternativas para o aprendizado da leitura e da escrita. São Paulo, 14 de maio de 1985. Jardim Cabuçu Foi com essa data na lousa que iniciei a minha carreira na Educação Infantil. Periferia de São Paulo, 40 alunos na sala de aula e eu, a professora que chegava quase no meio do ano para dar conta do conteúdo da pré-escola: Crianças cantem comigo fazendo o seguinte movimento: Eu já vou enrolar O novelo da vovó Ela vai me tricotar Um bonito cachecol E foi assim, entre cantigas e cantigas, que aquelas crianças saíram da pré-escola com uma perfeita coordenação motora. A sensação que tive? De trabalho cumprido e insatisfação. O modelo de como e o que ensinar era dado pela minha experiência como aluna, que o curso de Magistério legitimou. O que meus professores diziam era que os tais exercícios de coordenação – a exemplo do "enrola o novelo da vovó" — eram importantes e necessários para as crianças, principalmente na pré-escola e no início da alfabetização. Embora essas fossem as únicas referências que eu tinha, algo parecia errado: meus alunos não se apaixonavam pelo que eu ensinava, assim como eu, quando estava na primeira série. No fundo, eu buscava que eles se apaixonassem pelo que eu lhes apresentava, a ponto de desejarem aprender... M1U1T6 26
Page 1 and 2: Coletânea de textos
Page 3 and 4: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretari
Page 5 and 6: M1U5T1- M1U5T2- M1U5T3- M1U5T4- M1U
Page 7 and 8: Caro professor cursista Apresentaç
Page 9 and 10: Programa de Formação de Professor
Page 11 and 12: • Encarar os alunos como pessoas
Page 13 and 14: • dialogar com as próprias repre
Page 15 and 16: […] Minha implicância com a Gram
Page 17 and 18: Quando me perguntam, porém, como a
Page 19 and 20: M1U1T4 4 Alfabetização socioconst
Page 22: Para escrever memórias pessoais so
Page 25 and 26: M1U1T5 5
Page 27 and 28: de tudo o que apresentávamos para
Page 29 and 30: Essa certeza adquiri de uma maneira
Page 31 and 32: Neste momento, estou participando d
Page 33 and 34: Assim que ficava sabendo de concurs
Page 35 and 36: Eu particularmente gosto muito de e
Page 37 and 38: Rosalinda Soares Ribeiro de Vasconc
Page 39 and 40: Minha turma Minha classe é o 1º a
Page 41 and 42: Fiz um curso com a professora Alban
Page 43 and 44: Márcia Januário Monteiro Museneck
Page 45 and 46: Minha turma Este ano minha turma de
Page 47 and 48: O trabalho mais voltado para forma
Page 49: Márcia Maria Camargo Gianvechio Pr
Page 53 and 54: Não foi fácil enfrentar uma escol
Page 55 and 56: Minha turma São Paulo, 7 de fevere
Page 57 and 58: Minha experiência inicial não pod
Page 59 and 60: tenho partilhado as angústias e vi
Page 61 and 62: • O Iran tem 11 anos, reconhece a
Page 63 and 64: Nas primeiras semanas paguei táxi
Page 65 and 66: Maria Angélica Turato Lotti Profes
Page 67 and 68: Hoje, chegamos ao Ensino Fundamenta
Page 69 and 70: E, de repente — ei-la toda na min
Page 71 and 72: Não sei bem dizer como aprendi a l
Page 73 and 74: sério intelectualmente, porque os
Page 75 and 76: Finá de ato * Adispôs de tanto am
Page 77 and 78: Idéias, concepções e teorias que
Page 79 and 80: sem compreendê-lo. E já que não
Page 81 and 82: Afirmar que o conhecimento prévio
Page 83 and 84: M1U2T7 1 Modelos de ensino e aprend
Page 85: Registre, a seguir, todos os pontos
Page 88 and 89: Ao voltar para o seu covil, a leoa
Page 90 and 91: Além de livros religiosos, também
Page 92 and 93: estaurado por completo o primeiro a
Page 94 and 95: Como se aprende a ler e escrever ou
Page 96 and 97: No universo urbano, o contato com o
Page 98 and 99: (ga-to) (borboleta) Daniel, 7 anos
Page 100 and 101:
(ga- -to) (bor-bo-le-ta) (ca-va- lo
Page 102 and 103:
1) (gato) 2) (borboleta) Reginaldo,
Page 104 and 105:
No entanto, os seus problemas perce
Page 106 and 107:
Você tem certeza de que esse carro
Page 108 and 109:
O diabo, como disse a Linalva, é q
Page 110 and 111:
Quando entramos no carro o pai e a
Page 112 and 113:
eu não entendia essas coisas, que
Page 114 and 115:
Darcy Ribeiro * Darcy Ribeiro foi u
Page 116 and 117:
Amostras de escrita para análise N
Page 118 and 119:
Fabio brigadeiro pipoca suco bis eu
Page 120 and 121:
Considerações sobre as atividades
Page 122 and 123:
Saiba que • É fundamental que os
Page 124 and 125:
Procedimentos dos alunos Os alunos
Page 126 and 127:
Page 128 and 129:
Leitura orientada do texto: M1U3T12
Page 130 and 131:
M1U4T1 2 em que a comadre ora está
Page 132 and 133:
Sabino: Mas eu também acho que esc
Page 135 and 136:
Existe vida inteligente no período
Page 137 and 138:
O que marca o início do segundo pe
Page 139 and 140:
A comparação das escritas de Nat
Page 141 and 142:
E, finalmente, na escrita de "video
Page 143 and 144:
terceira dissílaba e a quarta mono
Page 145 and 146:
ou lêem tão pouco que não nos vi
Page 147 and 148:
— A carne também é listrada? Pe
Page 149 and 150:
— O que deseja, dona Maria? — N
Page 151 and 152:
O primeiro beijo * Clarice Lispecto
Page 153 and 154:
* Extraido de: Museu de tudo, 1975
Page 155 and 156:
M1U5T3 Falando em melhoramento Veio
Page 157 and 158:
anteriores, reconhecemos que os alu
Page 159 and 160:
A dupla Samuel e Mateus, que vimos
Page 161 and 162:
Page 163 and 164:
individual, para conhecer o que seu
Page 165 and 166:
Comparando a escrita de fevereiro c
Page 167 and 168:
Ítaca Kaváfis * Se partires um di
Page 169 and 170:
Finalmente, quando a situação se
Page 171 and 172:
— Por que cê não acredita no qu
Page 173 and 174:
Na primeira parte do vídeo O que E
Page 175 and 176:
NADANDO NO RIO | | casa planta E, f
Page 177 and 178:
É interessante observar que as id
Page 179 and 180:
1) Ricardo Patrick: OS MENINOS GOST
Page 182 and 183:
Entrevistando um professor Professo
Page 184 and 185:
Orientação de leitura dos textos
Page 186 and 187:
era difícil perceber o movimento a
Page 188 and 189:
De repente, ela faleceu, e Pedro, p
Page 191 and 192:
Um jornal é melhor do que uma revi
Page 193 and 194:
com os outros, mesmo que o professo
Page 195 and 196:
• Podem trabalhar em parceria com
Page 197 and 198:
Intervenção do professor Nessa at
Page 199 and 200:
Page 201 and 202:
Adequação da atividade consideran
Page 203 and 204:
Vollmilchschokolada mit gerösteten
Page 205 and 206:
Alfabetização * M1U7T7 Para apren
Page 207 and 208:
Para ensinar a ler * Rosaura Soligo
Page 209 and 210:
decodificação necessários à lei
Page 211 and 212:
Estratégias de inferência: permit
Page 213 and 214:
Verdadeiro ou falso? * Considerando
Page 215 and 216:
— De um dia para o outro começar
Page 217 and 218:
— Eu… — O senhor, por favor,
Page 219:
Zumbi * M1U8T3 Zumbi dos Palmares
Page 222 and 223:
M1U8T4 2 Objetivo da atividade Agru
Page 224 and 225:
M1U8T4 5
Page 226 and 227:
Contribuições à prática pedagó
Page 228 and 229:
• Durante a realização das ativ
Page 230 and 231:
com o qual está trabalhando", esta
Page 232 and 233:
Concertos de leitura * Rubem Alves
Page 234 and 235:
Isadora Duncan * Bailarina. Época:
Page 236 and 237:
E assim continuou. Quanto tempo? N
Page 238 and 239:
Ensinar a escrever textos torna-se
Page 240 and 241:
Caetano — É claro. Monique — E
Page 242 and 243:
Monique — Então, diante dessa qu
Page 244 and 245:
Monique — A terceira pergunta é
Page 246 and 247:
Um apólogo * Era uma vez uma agulh
Page 248 and 249:
Poema em linha reta * Nunca conheci
Page 250 and 251:
Baleia * Graciliano Ramos A cachorr
Page 252 and 253:
Uma sede horrível queimava-lhe a g
Page 254 and 255:
A menina do chapéu verde * Transcr
Page 256 and 257:
Os gatinhos (escrita feita pela cri
Page 258 and 259:
M1U9T12 2 Com silabário Ler é apr
Page 260 and 261:
Impedindo a aprendizagem da leitura
Page 262 and 263:
Muitos dos erros aparentes cometido
Page 264 and 265:
Ler em favor das crianças as ajuda
Page 266 and 267:
Materiais e produtos impressos que
Page 268 and 269:
Tudo isso é a antítese da admiss
Page 270 and 271:
M1U10T1 Aprender nunca é o que se
Page 272 and 273:
A moça tecelã * Marina Colasanti
Page 274 and 275:
Língua Caetano Veloso Gosto de sen
Page 276 and 277:
Quando o planejamento faz a diferen
Page 278 and 279:
Assim que terminou, e os outros pro
Page 280 and 281:
M1U10T5 Contribuições à prática
Page 282 and 283:
• exigências colocadas pela real
Page 284 and 285:
Bons resultados Esse planejamento s
Page 286 and 287:
gola alta do vestido de imperadora.
Page 288 and 289:
Para Maria da Graça * Paulo Mendes
Page 290 and 291:
Uma noite no paraíso * Ítalo Calv
Page 292 and 293:
— Como? Eu me casei! — E lhe co
Page 294 and 295:
Para o professor assumir essa postu
Page 296:
3. Tenho lido que é importante que
show all

Coletânea de Textos - Módulo I - Ministério da Educação

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?