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frequentemente hesitantes em falar contra os linchamentos, porque estes eram<br />

justificados como uma reacção desafortunada aos ataques sexuais dos negros contra<br />

a natureza feminina branca no sul. Anita Whitney foi um desses povos brancos cuja<br />

visão permaneceu clara apesar do poder da propaganda racista prevalecente. E ela<br />

estava disposta a arriscar as consequências da sua posição anti-racista. Embora fosse<br />

claro que ela podia ser presa, ela optou por discursos sobre o linchamento ao clube de<br />

<strong>mulheres</strong> brancas de Oakland. Certamente, ela foi levada sob custódia quando<br />

terminou o seu discurso e acusada pelas autoridades de sindicalismo criminal.<br />

Whitney foi mais tarde condenada e sentenciada à prisão de San Quentin, onde<br />

passou várias semanas antes de ser solta numa fiança em apelo. Apenas em 1927<br />

Anita Whitney foi perdoada pelo Governador da Califórnia.<br />

Como uma mulher branca do século XX, Anita Whitney foi de facto pioneira na luta<br />

contra o racismo. Em conjunto com ela as suas camaradas negras, ela e outras como<br />

ela iriam forjar a estratégia do partido comunista pela emancipação da <strong>classe</strong><br />

trabalhadora. Nesta estratégia, a luta pela libertação dos negros seria um ingrediente<br />

central. Em 1936 Anita Whitney, tornou-se a presidente do partido comunista na<br />

Califórnia, e foi eleita pouco depois para servir o comité nacional do partido.<br />

“assim que lhe foi perguntado, ‘Anita, como vês o partido comunista? O que ele<br />

significa para ti?’<br />

‘porquê’, ela riu incrédula, um bocado apanhada de surpresa por tal surpreendente<br />

pergunta. ‘porque… deu-me uma finalidade à minha vida. O partido comunista é a<br />

esperança para o mundo.”<br />

ELIZABETH GURLEY FLYNN<br />

Quando Elizabeth Gurley Flinn morreu em 1964 na idade setenta e quatro anos, ela<br />

tinha sido ativa nas causas socialistas e comunistas por mais de sessenta anos.<br />

Criada por pais que eram membros do partido socialista, ela descobriu, desde tenra<br />

idade, a sua própria afinidade com os desafios socialistas à <strong>classe</strong> capitalista. A jovem<br />

Elizabeth ainda não tinha dezasseis anos quando fez a sua primeira prelecção pública<br />

na defesa do socialismo. Baseada nas suas leituras de Mary Wollstonecraft de<br />

“Vindication of the rights of women” e de August Bebel “Women and Socialism” ela fez<br />

uma discurso em 1906, no clube socialista de Harlem, intitulado “What socialismo will<br />

do for women”(O que o socialismo fará pelas <strong>mulheres</strong>). Ainda que alguma<br />

“supremacia masculina” do seu pai tenha sido relutante em autorizar Elizabeth em<br />

falar em público, a entusiástica recepção em Harlem fez-lhe mudar de ideias.<br />

Acompanhada do seu pai, ela familiarizou-se em discursar na rua, que era uma táctica<br />

radical típica desse período. Elizabeth Gurley Flynn experienciou a sua primeira<br />

apreensão pouco depois – acusada de “falar sem permissão”, ela foi transportada para<br />

a prisão com o seu pai.<br />

Na altura em que Elizabeth tinha dezasseis anos, a sua carreira de agitadora pelos<br />

direitos da <strong>classe</strong> trabalhadora estava lançada. A sua primeira tarefa era a defesa de<br />

Big Bill Haywood, que foi incriminado em acusações criminais foram instigadas por<br />

guardiões de cobre. Durante as suas viagens em direcção ao oeste a representar<br />

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