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Noticias de Imprensa de 23 de Fevereiro de 2012 - Fesete

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<strong>Noticias</strong> <strong>de</strong> <strong>Imprensa</strong> <strong>de</strong> <strong>23</strong> <strong>de</strong> <strong>Fevereiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong><br />

C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título Fonte Data<br />

Pág./Hor<br />

a<br />

Greve geral a 22 <strong>de</strong> Março Avante <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/5<br />

Seguro recebe CGTP no Largo do<br />

Rato<br />

Função pública per<strong>de</strong>u 20 mil<br />

funcionários<br />

Correio Manhã <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> <strong>23</strong><br />

Diário Notícias <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 30<br />

CGTP reúne-se hoje com a 'troika' dn.pt <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 10:24<br />

Governo retira esperança, diz CGTP i <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 5<br />

CGTP reúne-se esta quinta-feira com<br />

ionline.pt<br />

a troika<br />

Arménio Carlos só aceita revisão do<br />

<strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 08:27<br />

código do trabalho que elimine a<br />

<strong>de</strong>sregulação<br />

Jornal Notícias <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 26<br />

"Tirar esperança" aos trabalhadores Primeiro Janeiro <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 5<br />

PS assinala "convergência" com<br />

centrais sindicais<br />

Público <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 5<br />

Ministérios per<strong>de</strong>ram 12,5% dos<br />

funcionários em seis anos<br />

Público <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/12<br />

Há protesto? Vou ali e já venho - ou<br />

não<br />

Sábado <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 50/51<br />

Governo e parceiros sociais analisam<br />

acorianooriental.pt<br />

aumento do <strong>de</strong>semprego<br />

22-02-<strong>2012</strong> 14:43<br />

Lí<strong>de</strong>r do PCP participa no comício <strong>de</strong><br />

observatoriodoalgarve.com<br />

Faro<br />

22-02-<strong>2012</strong><br />

Greve geral: CGTP apela à unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> todos os trabalhadores<br />

Trabalho: Governo encara com<br />

Diário Açores 19-02-<strong>2012</strong> 12<br />

"naturalida<strong>de</strong>" greve geral <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong><br />

março - Miguel Relvas<br />

Diário Açores 18-02-<strong>2012</strong> 12<br />

Inquilinos protestam Avante <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/14<br />

Função Pública emagrece 20 mil Correio Manhã <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 26<br />

Perda <strong>de</strong> quadros Correio Manhã <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> <strong>23</strong><br />

Mobilida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>spedir Correio Manhã <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 16<br />

"Acto ilícito e arrogante" Correio Manhã <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 40<br />

Professores Correio Manhã <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 17<br />

Milhares <strong>de</strong> pais não pagam pensão<br />

<strong>de</strong> alimentos<br />

Portugueses são quadros apetecidos<br />

nos mercados internacionais<br />

Governo estuda novos critérios <strong>de</strong><br />

mobilida<strong>de</strong> geográfica na função<br />

pública<br />

Correio Manhã <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/16<br />

Diário Económico <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 8<br />

Diário Económico <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/12<br />

Desemprego e emigração Diário Económico <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 40


Espanha quer rever meta do défice Diário Económico <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 10/11<br />

Progressões nas Forças Armadas<br />

anuladas<br />

Lei dos compromissos vai ser<br />

adaptada às dívidas da Saú<strong>de</strong><br />

Mais <strong>de</strong> 60 mil <strong>de</strong>sempregados já<br />

emigraram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da crise<br />

Novo acordo fiscal favorece<br />

investimento árabe<br />

Estado pagou mais 300 pensões <strong>de</strong><br />

alimentos<br />

Provedor diz que acabar com crónica<br />

foi ato "ilícito"<br />

Diário Económico <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 17<br />

Diário Económico <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/5<br />

Diário Económico <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/6/7<br />

Diário Notícias <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 31<br />

Diário Notícias <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 17<br />

Diário Notícias <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 51<br />

Nova tabela para as incapacida<strong>de</strong>s Diário Notícias <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 22<br />

INSTITUTO DE EMPREGO SÓ<br />

GASTOU 30% DAS VERBAS<br />

ATRIBUÍDAS PARA COMBATER O<br />

DESEMPREGO<br />

PSD quer conhecer política <strong>de</strong><br />

emigração<br />

i <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/20 e 21<br />

i <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 5<br />

No Carnaval o povo po<strong>de</strong> levar a mal i <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 14<br />

Privados e público. Mudanças comem<br />

a dois tempos<br />

i <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 19<br />

Mr. Monti goes to Strasbourg i <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 12<br />

Mobilida<strong>de</strong> respeitará Constituição i <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 5<br />

Férias. Está lançada a confusão com<br />

a falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre os feriados<br />

i <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/16 a 19<br />

Vistos para EUA saem <strong>de</strong> Paris i <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 5<br />

Vai perguntar à tua mãe i <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 12<br />

SALÁRIOS BAIXARAM PELA<br />

PRIMEIRA VEZ DESDE 1999<br />

Analistas acreditam que Portugal não<br />

i <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/8 e 9<br />

será o próximo problema da Zona<br />

Euro<br />

Jornal Negócios <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/16/17<br />

Como é que Portugal chegou a uma<br />

taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego <strong>de</strong> 14%?<br />

Jornal Negócios <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 28<br />

Carris precisa <strong>de</strong> 100 milhões por ano<br />

Jornal Negócios<br />

para financiar a dívida<br />

<strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 12<br />

Contra-relógio em Atenas para<br />

segurar novo empréstimo<br />

Jornal Negócios <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 17<br />

Sindicato quer ter uma palavra a dizer<br />

Jornal Negócios<br />

na escolha do futuro PGR<br />

Governo admite mobilida<strong>de</strong> da<br />

<strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 27<br />

Função Pública em toda a área<br />

metropolitana<br />

Jornal Negócios <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/25<br />

Quase 2.500 pensões douradas foram<br />

Jornal Negócios<br />

castigadas em Janeiro<br />

<strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/24/25<br />

Clarificar águas em <strong>de</strong>fesa do Norte Jornal Notícias <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 20<br />

Queda <strong>de</strong> seis metros mata<br />

trabalhador da construção civil<br />

Jornal Notícias <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 25<br />

Função Pública per<strong>de</strong>u 20 mil quadros<br />

Jornal Notícias<br />

num ano<br />

<strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 31<br />

Farmácias propõem cobrir teto na<br />

<strong>de</strong>spesa<br />

Jornal Notícias <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 5


Avaliação <strong>de</strong> professores no Superior<br />

Jornal Notícias<br />

alvo <strong>de</strong> críticas<br />

HISTÓRIAS DE VIDA DE 228<br />

<strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 4<br />

TRABALHADORES INDEMNIZADOS Jornal Notícias<br />

12 ANOS DEPOIS<br />

<strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/16/17<br />

Panibral em crise põe cida<strong>de</strong> sem pão Jornal Notícias <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> <strong>23</strong><br />

Estado corta 574 milhões nos apoios<br />

sociais num só ano<br />

Grécia anuncia que não vai cumprir<br />

metas<br />

Jornal Notícias <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/29<br />

Público <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/13<br />

Câmara quer ficar com antigo hospital Público <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 21<br />

Bolsa <strong>de</strong> funcionários para o novo<br />

mapa judiciário<br />

Público <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 5<br />

A Grécia não <strong>de</strong>ve sair do euro Visão <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 24<br />

Garcia Pereira nos Pensadores Visão <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 13<br />

Como a política chegou ao Carnaval Visão <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 30 a 34<br />

'Como superar a emergência nacional<br />

em Portugal'<br />

Visão <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/48 e 49<br />

14% Visão <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 29<br />

O Carnaval da 'troika' Visão <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 38 a 40<br />

ONDE CONSEGUIR EMPREGO Visão <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 1/50 a 57<br />

"Com mais igualda<strong>de</strong> há mais<br />

fecundida<strong>de</strong>"<br />

Visão <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 15<br />

Agarrados ao euro Visão <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong> 58<br />

Borba: Trabalhadores <strong>de</strong> duas<br />

empresas <strong>de</strong> mármores em greve por<br />

alegados salários em atraso<br />

Coimbra: Trabalhadores <strong>de</strong> empresa<br />

<strong>de</strong> águas ameaçam com greve contra<br />

regime <strong>de</strong> contrato individual<br />

O QUE É O CONTRATO DE<br />

SERVIÇO DOMÉSTICO?<br />

Expresso OnLine 22-02-<strong>2012</strong> 16:42<br />

Expresso OnLine 22-02-<strong>2012</strong> 15:32<br />

Gazeta do Interior 22-02-<strong>2012</strong> 3<br />

netpress system © manchete, 1996-<strong>2012</strong><br />

C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Greve geral a 22 <strong>de</strong> Março Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Avante Página: 1/5<br />

C/ Foto | Cor<br />

CGTP-IN apela à unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos na luta contra a ofensiva global<br />

Greve geral a 22 <strong>de</strong> Março


Ao apresentar a <strong>de</strong>cisão do Conselho Nacional da CGTP-IN, que convocou uma<br />

greve geral para 22 <strong>de</strong> Março, Arménio Carlos invocou um extenso rol <strong>de</strong> factos e<br />

situações, que retraíam a vida do País, dos trabalhadores e da gran<strong>de</strong> maioria da<br />

população, e criticou uma política que não respon<strong>de</strong> aos problemas, antes os agrava<br />

e coloca em causa o futuro.<br />

A greve geral foi anunciada aos jornalistas no dia 16, quinta-feira, ao final da tar<strong>de</strong>,<br />

não tinha ainda terminado a reunião do Conselho Nacional. Mas o Secretário-geral<br />

da Intersindical assinalou que a <strong>de</strong>cisão foi tomada por consenso muito gran<strong>de</strong>.<br />

O <strong>de</strong>semprego, que atinge níveis elevadíssimos; o pacote <strong>de</strong> alteração da legislação<br />

laborai, dirigido contra trabalhadores das empresas privadas e dos sectores públicos;<br />

as 400 mil pessoas que auferem o salário mínimo nacional e, após os <strong>de</strong>scontos,<br />

ficam com um rendimento inferior ao limiar da pobreza; a injustiça dos cortes nos<br />

subsídios <strong>de</strong> férias e <strong>de</strong> Natal; o brutal ataque ao Estado social; o plano do Governo<br />

para as empresas públicas dos transportes, que prejudica trabalhadores e utentes; o<br />

crescente empobrecimento, a par do agravamento das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s - por tudo isto,<br />

a CGTP-IN afirma agir em representação <strong>de</strong> todos os que estão a ser atacados pela<br />

actual política.<br />

O Secretário-geral da central realçou que, sendo convocada pela CGTP-IN, a greve<br />

geral é <strong>de</strong> todos e para todos os trabalhadores, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da sua filiação<br />

sindical. Esten<strong>de</strong>u o apelo a todos os sindicatos, filiados ou não em confe<strong>de</strong>rações,<br />

para que reflictam sobre o que se está a passar e participem na construção da<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os trabalhadores contra o pacote da exploração. Afirmando que a<br />

Inter está disposta a fazer todos os consensos necessários, Arménio Carlos revelou<br />

que nos últimos dias tinham sido contactados vários sindicatos não filiados na CGTP-<br />

IN, nomeadamente nos transportes, os quais se mostraram disponíveis para esta<br />

luta. Respon<strong>de</strong>ndo a perguntas sobre a falta <strong>de</strong> acordo com a UGT, o dirigente<br />

recordou que nunca houve uma greve geral que tivesse resultado primeiro <strong>de</strong> um<br />

entendimento entre as direcções da CGTP-IN e da UGT e reafirmou o apelo à<br />

unida<strong>de</strong> na acção a partir dos locais <strong>de</strong> trabalho e pela resolução <strong>de</strong> problemas dos<br />

trabalhadores. Pelas posições assumidas perante o «acordo» na Concertação<br />

Social, cada organização <strong>de</strong>ve assumir as suas responsabilida<strong>de</strong>s, comentou<br />

Arménio Carlos.<br />

A data para a greve geral foi escolhida em função do calendário da discussão da<br />

proposta <strong>de</strong> lei que o Governo apresentou na AR, com vista à revisão do Código do<br />

Trabalho, e também consi<strong>de</strong>rando o simulacro <strong>de</strong> negociações anunciado para a<br />

Administração Pública. Convocada para 22 <strong>de</strong> Março, a greve geral antece<strong>de</strong> a<br />

votação final global do pacote da exploração e do empobrecimento. Nesta primeira<br />

conferência <strong>de</strong> imprensa, após o 12.° Congresso, realizada após a primeira reunião<br />

do Conselho Nacional <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a tomada <strong>de</strong> posse e eleição dos seus órgãos<br />

executivos, Arménio Carlos esteve acompanhado <strong>de</strong> Ana Avoila, Armando Farias,<br />

Carlos Trinda<strong>de</strong> e Deolinda Machado, membros da Comissão Executiva.<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Seguro recebe CGTP no<br />

Largo do Rato<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Correio Manhã Página: <strong>23</strong><br />

C/ Foto | Cor<br />

Seguro recebe CGTP no Largo do Rato<br />

DISCUSSÃO SOBRE AS REFORMAS LABORAIS<br />

Seguro recebe CGTP no Largo do Rato<br />

O lí<strong>de</strong>r do PS, António José Seguro, recebeu ontem uma <strong>de</strong>legação da CGTP,<br />

encabeçada por Arménio Carlos, para uma reunião on<strong>de</strong> o sindicalista <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u a<br />

revisão do Código do Trabalho para eliminar "a <strong>de</strong>sregulação das relações laborais".<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Função pública per<strong>de</strong>u 20<br />

mil funcionários<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Notícias Página: 30<br />

Autor: Lucília Tiago C/ Foto | Cor<br />

Função pública per<strong>de</strong>u 20 mil funcionários<br />

Mudança. Perímetro da mobilida<strong>de</strong> geográfica po<strong>de</strong> ser alargado a toda a área<br />

metropolitana<br />

A Administração Central do Estado per<strong>de</strong>u, no ano passado, entre 17 mil a 20 mil<br />

funcionários públicos, uma redução <strong>de</strong> 3,2%. Os números, ainda provisórios, foram<br />

avançados ontem pelo secretário <strong>de</strong> Estado da Administração Pública.<br />

Hél<strong>de</strong>r Rosalino está a negociar com os sindicatos a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a mobilida<strong>de</strong><br />

geográfica ser alargada às áreas metropolitanas.<br />

Os números apresentados na Comissão <strong>de</strong> Orçamento e Finanças indicam ainda<br />

que, pela primeira vez em muitos anos, o número <strong>de</strong> funcionários do Estado ficará<br />

abaixo dos 500 mil. No total, a redução <strong>de</strong> efetivos na Administração Central do<br />

Estado é mais elevada do que apontavam as previsões iniciais do Governo e acaba<br />

por ajudar o objetivo <strong>de</strong> uma redução média <strong>de</strong> 2% ao ano <strong>de</strong>finida pela troika.<br />

No Documento <strong>de</strong> Estratégia Orçamental, apresentado pelo ministro das Finanças<br />

em agosto, é, todavia, referido que "a meta transversal <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> efetivos<br />

subjacente ao PAEF para 2011, <strong>de</strong> 3,6%, não será cumprida".<br />

De acordo com os últimos dados oficiais, em junho <strong>de</strong> 2011 o emprego público,<br />

incluindo os trabalhadores das EPE (maioritariamente médicos, enfermeiros ou<br />

assistentes técnicos e operacionais), totalizava 551405 pessoas. Mas se retirarem<br />

<strong>de</strong>ste universo os contratos <strong>de</strong> trabalho das EPE, o número <strong>de</strong> funcionários é <strong>de</strong><br />

apenas 507 973.<br />

As saídas para a aposentação e o congelamento das admissões são os fatores que<br />

contribuíram <strong>de</strong> forma mais expressiva para a redução.<br />

Em 2011, a Caixa Geral <strong>de</strong> Aposentações passou a ter <strong>23</strong> 617 novos reformados,<br />

dos quais 20 mil saíram, <strong>de</strong> serviços relacionados com a Administração Central. A<br />

UGT e a CGTP criticaram esta "aposta" na perda <strong>de</strong> quadros qualificados.<br />

Mobilida<strong>de</strong> mais alargada<br />

A mobilida<strong>de</strong> geográfica foi outro dos temas que marcou esta audição. Hél<strong>de</strong>r<br />

Rosalino referiu que preten<strong>de</strong> discutir com os sindicatos "se as atuais regras fazem<br />

sentido", admitindo como hipótese o alargamento às áreas metropolitanas.<br />

Atualmente, a mobilida<strong>de</strong> geográfica na função pública é já obrigatória quando esteja<br />

em causa a transferência <strong>de</strong> um funcionário público <strong>de</strong> um serviço se<strong>de</strong>ado em<br />

Lisboa ou no Porto para os concelhos limítrofes. Na prática, esta regra obriga um<br />

funcionário <strong>de</strong> Lisboa a aceitar uma colocação na Amadora ou em Oeiras, mas<br />

permite-lhe recusar uma transferência para Cascais ou Sintra.


Hél<strong>de</strong>r Rosalino recusou a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a mobilida<strong>de</strong> será imposta e afirmou que<br />

espera receber até 15 <strong>de</strong> março as propostas dos sindicatos sobre esta matéria.<br />

Lucília Tiago<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: CGTP reúne-se hoje com a<br />

'troika'<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: dn.pt Página: 10:24<br />

Autor: por Lusa<br />

CGTP reúne-se hoje com a 'troika'<br />

A CGTP reúne-se hoje com a 'troika' internacional a quem irá apresentar propostas<br />

<strong>de</strong> saída para a crise, nomeadamente a renegociação da dívida e o prolongamento<br />

do prazo para a redução do défice.<br />

"Vamos apresentar um documento com os resultados das medidas que têm sido<br />

aplicadas no âmbito do Memorando <strong>de</strong> Entendimento, para o país, para os<br />

trabalhadores e para as famílias, para o emprego e para os rendimentos dos<br />

portugueses", disse à Lusa o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.<br />

De acordo com Arménio Carlos, a <strong>de</strong>legação da CGTP-IN vai aproveitar o encontro<br />

para apresentar as suas propostas à 'troika'.<br />

"Vamos i<strong>de</strong>ntificar os problemas, vamos i<strong>de</strong>ntificar os causadores e vamos mostrar<br />

que existem outras saídas", disse o sindicalista.<br />

A dinamização do setor produtivo, para reduzir as importações e a dívida, a<br />

promoção do emprego <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e o combate à precarieda<strong>de</strong> e uma nova política<br />

<strong>de</strong> rendimentos que assegure o <strong>de</strong>senvolvimento económico são algumas das<br />

propostas que a CGTP vai levar para a reunião.<br />

O encontro, ao fim da tar<strong>de</strong>, no Centro Jean Monnet, realiza-se a pedido da "troika"<br />

(UE/FMI/BCE) para fazer uma análise e avaliação da implementação do<br />

Memorando.<br />

Patrocínio<br />

Ferramentas<br />

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<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Governo retira esperança,<br />

diz CGTP<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: i Página: 5<br />

S/ Foto | Cor<br />

Governo retira esperança, diz CGTP<br />

LISBOA O governo está a "retirar esperança" aos trabalhadores das empresas<br />

públicas <strong>de</strong> transporte, para que "não vejam futuro nas empresas e queiram sair",<br />

acusou ontem o lí<strong>de</strong>r da CGTP.<br />

Arménio Carlos respondia ao secretário <strong>de</strong> Estado dos Transportes que disse que<br />

"um milhar <strong>de</strong> trabalhadores" das empresas públicas do sector já mostrou<br />

disponibilida<strong>de</strong> para assinar rescisões por mútuo acordo.<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: CGTP reúne-se esta quintafeira<br />

com a troika<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: ionline.pt Página: 08:27<br />

CGTP reúne-se esta quinta-feira com a troika<br />

A CGTP reúne-se hoje com a 'troika' internacional a quem irá apresentar propostas<br />

<strong>de</strong> saída para a crise, nomeadamente a renegociação da dívida e o prolongamento<br />

do prazo para a redução do défice.<br />

"Vamos apresentar um documento com os resultados das medidas que têm sido<br />

aplicadas no âmbito do Memorando <strong>de</strong> Entendimento, para o país, para os<br />

trabalhadores e para as famílias, para o emprego e para os rendimentos dos<br />

portugueses", disse à agência Lusa o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.<br />

De acordo com Arménio Carlos, a <strong>de</strong>legação da CGTP-IN vai aproveitar o encontro<br />

para apresentar as suas propostas à 'troika'.<br />

"Vamos i<strong>de</strong>ntificar os problemas, vamos i<strong>de</strong>ntificar os causadores e vamos mostrar<br />

que existem outras saídas", disse o sindicalista.<br />

A dinamização do setor produtivo, para reduzir as importações e a dívida, a<br />

promoção do emprego <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e o combate à precarieda<strong>de</strong> e uma nova política<br />

<strong>de</strong> rendimentos que assegure o <strong>de</strong>senvolvimento económico são algumas das<br />

propostas que a CGTP vai levar para a reunião.<br />

O encontro, ao fim da tar<strong>de</strong>, no Centro Jean Monnet, realiza-se a pedido da "troika"<br />

(UE/FMI/BCE) para fazer uma análise e avaliação da implementação do<br />

Memorando.<br />

A UGT reuniu-se na segunda-feira com a 'troika' com o mesmo objetivo.<br />

Esta é a segunda vez que as centrais sindicais se reúnem com a 'troika. A primeira<br />

foi antes da assinatura do Memorando <strong>de</strong> entendimento.<br />

A missão conjunta do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco<br />

Central Europeu iniciou há uma semana a terceira avaliação do Programa <strong>de</strong><br />

Assistência Económica e Financeira <strong>de</strong> Portugal.<br />

Os técnicos li<strong>de</strong>rados por Poul Thomsen (FMI), Jürgen Kröger (CE) e Rasmus Rüffer<br />

(BCE) <strong>de</strong>verão permanecer em território nacional, a avaliar as metas do programa<br />

português, durante cerca <strong>de</strong> duas semanas, para <strong>de</strong>cidir se recomendam ou não o<br />

<strong>de</strong>sembolso da quarta tranche do empréstimo a Portugal.<br />

Portugal recebeu até ao mês passado quase 40 mil milhões <strong>de</strong> euros do empréstimo<br />

do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia, mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> do valor<br />

total acordado com as instituições em maio do ano passado.<br />

A 'troika' irá analisar <strong>de</strong> perto as reformas estruturais, a reestruturação do Setor<br />

Empresarial do Estado, as dívidas por pagar há mais <strong>de</strong> 90 dias e o panorama


macroeconómico, entre muitos outros aspetos.<br />

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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Arménio Carlos só aceita<br />

revisão do código do trabalho<br />

que elimine a <strong>de</strong>sregulação<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Notícias Página: 26<br />

C/ Foto | PB<br />

Arménio Carlos só aceita revisão do código do trabalho que elimine a<br />

<strong>de</strong>sregulação<br />

Ontem, após a primeira reunião com o PS <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que li<strong>de</strong>ra a CGTR Arménio Carlos<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u uma revisão do Código do Trabalho que elimine a "<strong>de</strong>sregulação das<br />

relações laborais".<br />

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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: "Tirar esperança" aos<br />

trabalhadores<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Primeiro Janeiro Página: 5<br />

C/ Foto | Cor<br />

CGTP<br />

"Tirar esperança" aos trabalhadores<br />

O Governo está a "retirar esperança" aos trabalhadores das empresas públicas <strong>de</strong><br />

transporte, daí haver muitos trabalhadores a "querer sair", <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u o secretáriogeral<br />

da CGTP. "O Governo está a tentar criar um ambiente que retira a esperança aos<br />

trabalhadores, para que eles não vejam futuro nas empresas e queiram sair <strong>de</strong>las",<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u. Arménio Carlos comentava as <strong>de</strong>clarações do secretário <strong>de</strong> Estado dos<br />

Transportes segundo o qual "um milhar <strong>de</strong> trabalhadores" já mostrou disponibilida<strong>de</strong><br />

para assinar rescisões.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: PS assinala "convergência"<br />

com centrais sindicais<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Público Página: 5<br />

Autor: Nuno Sá Lourenço C/ Foto | Cor<br />

PS assinala "convergência" com centrais sindicais<br />

Nuno Sá Lourenço<br />

Crescimento económico, <strong>de</strong>semprego, revisão do código laboral e a próxima greve<br />

geral foram <strong>de</strong>batidos<br />

A direcção socialista arrancou ontem com uma ronda <strong>de</strong> encontros com os parceiros<br />

sociais, tendo reunido durante a manhã com as duas centrais sindicais. A revisão do<br />

código laboral, <strong>de</strong>semprego, crescimento e a próxima greve geral marcada pela<br />

CGTP foram alguns dos tópicos <strong>de</strong>batidos no Largo do Rato, tendo o dirigente<br />

socialista, Miguel Laranjeiro, <strong>de</strong>stacado a "convergência nalguns aspectos" com as<br />

preocupações expressas pelos lí<strong>de</strong>res sindicais.<br />

Foi o secretário-geral da UGT, João Proença, quem levou o tema do crescimento<br />

económico à se<strong>de</strong> do PS. "Cada vez mais são necessárias políticas <strong>de</strong> crescimento<br />

e emprego e que ataquem problemas fundamentais do país e não apenas medidas<br />

cosméticas", disse Proença à saída do encontro com o lí<strong>de</strong>r do PS, António José<br />

Seguro. Foi esse ponto que Laranjeiro citou como tendo existido convergência, tendo<br />

<strong>de</strong>fendido "a necessida<strong>de</strong> absoluta e imperiosa <strong>de</strong> haver uma agenda para o<br />

crescimento e emprego".<br />

O secretário-geral da UGT – que faz parte da Comissão Nacional do PS elencara,<br />

momentos antes, o <strong>de</strong>safio com o que o país confrontava em <strong>2012</strong>, <strong>de</strong>stacando "um<br />

<strong>de</strong>semprego insustentável e a crescer" num ano "<strong>de</strong> forte crise económica e <strong>de</strong><br />

recessão", sendo por isso preciso "investimento público e privado e que combatam<br />

este clima <strong>de</strong> empobrecimento generalizado".<br />

A sintonia entre UGT e PS ficou também expressa nesta matéria <strong>de</strong>pois do socialista<br />

ter consi<strong>de</strong>rado ser já "tempo <strong>de</strong> haver medidas concretas, objectivas, para combater<br />

aquele que é o maior flagelo social em Portugal".<br />

Da parte da CGTP, o secretário-geral, Arménio Carlos, confirmou ter alertado os<br />

dirigentes socialistas para a necessida<strong>de</strong> "urgente" <strong>de</strong> aumentar o salário mínimo<br />

nacional: "Neste momento temos 400 mil trabalhadores que auferem um rendimento<br />

líquido mensal que é inferior ao valor do limiar da pobreza, que é <strong>de</strong> 434 euros",<br />

assinalou Arménio Carlos.<br />

E <strong>de</strong>u também conta das "razões" que haviam levado a central sindical a convocar<br />

uma greve geral para 22 <strong>de</strong> Março. Manifestou expectativa numa "participação forte<br />

<strong>de</strong> todos os trabalhadores, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da sua filiação política ou sindical,<br />

porque o que está em marcha é uma ofensiva contra todos sem excepção".<br />

Miguel Laranjeiro optou por <strong>de</strong>ixar claro o distanciamento em relação ao processo,<br />

embora reconhecendo os motivos para a sua convocação.


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<strong>2012</strong>


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Título: Ministérios per<strong>de</strong>ram 12,5%<br />

dos funcionários em seis<br />

anos<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Público Página: 1/12<br />

Autor: Raquel Martins C/ Foto | Cor<br />

Ministérios per<strong>de</strong>ram 12,5% dos funcionários em seis anos<br />

Serviços públicos per<strong>de</strong>ram 71 mil funcionários nos últimos seis anos<br />

Pela primeira vez, o número <strong>de</strong> trabalhadores da administração central ficou abaixo<br />

dos 500 mil. Redução <strong>de</strong> 3,2% entre 2010 e 2011 e <strong>de</strong> 12,5% no balanço dos últimos<br />

seis anos<br />

Raquel Martins<br />

Em seis anos, a função pública per<strong>de</strong>u pelo menos 71 mil funcionários (-12,5%) e,<br />

pela primeira vez, em 2011, o número <strong>de</strong> trabalhadores da administração central<br />

"ficou abaixo da fasquia dos 500 mil". Os dados, ainda provisórios, foram divulgados<br />

ontem pelo secretário <strong>de</strong> Estado da Administração Pública durante uma audição da<br />

comissão parlamentar <strong>de</strong> Orçamento e Finanças e não têm em conta as autarquias<br />

nem as regiões.<br />

Hél<strong>de</strong>r Rosalino adiantou que a redução do número <strong>de</strong> trabalhadores dos serviços da<br />

administração central terá ficado próximo dos 3,2% no ano passado, o que significa<br />

menos 17 a 20 mil funcionários do que em 2010. Depois <strong>de</strong> no primeiro semestre <strong>de</strong><br />

2011 a redução <strong>de</strong> pessoal ter ficado ligeiramente abaixo <strong>de</strong> 1%, o corte ganhou<br />

maior expressão no segundo semestre do ano "com o maior controlo no<br />

recrutamento e com a saída natural para a aposentação", explicou o governante.<br />

Na prática, e olhando para os dados dos anos anteriores, a administração terá agora<br />

entre 492,3 mil e 495 mil trabalhadores, um corte <strong>de</strong> 12,5% a 13% face a 2005. Ou<br />

seja, menos 71 a 73 mil pessoas.<br />

Para Hél<strong>de</strong>r Rosalino, a redução <strong>de</strong> funcionários é "um resultado positivo". Já para<br />

os sindicatos é preocupante e põe em causa a qualida<strong>de</strong> dos serviços prestados pelo<br />

Estado. João Proença, lí<strong>de</strong>r da UGT, consi<strong>de</strong>rou um "disparate" o facto <strong>de</strong> o<br />

governante ter consi<strong>de</strong>rado essa redução como uma novida<strong>de</strong> positiva, por<br />

representar uma simples "aposta na redução <strong>de</strong> efectivos e não uma aposta na<br />

melhoria <strong>de</strong> efectivos". Proença alertou para a saída dos mais qualificados e receia<br />

que se esteja a fragilizar a qualida<strong>de</strong> dos serviços prestados à população.<br />

Também Arménio Carlos, dirigente da CGTP, teme que a redução <strong>de</strong> pessoal possa<br />

comprometer "as funções sociais do Estado" e alertou que numa altura em que é<br />

necessário aumentar o emprego "o Governo <strong>de</strong>u um mau exemplo".<br />

PS questiona <strong>de</strong>svio colossal<br />

A redução <strong>de</strong> funcionários em 3,2% ontem avançados pelo secretário <strong>de</strong> Estado<br />

ficam abaixo do corte <strong>de</strong> 3,6% subjacente ao memorando assinado com a troika,


mas, ainda assim, o resultado final ficou acima do que o Governo previa em Agosto<br />

<strong>de</strong> 2011. No documento <strong>de</strong> Estratégia Orçamental, o Ministério das Finanças<br />

assumia que a meta <strong>de</strong> 3,6% não seria cumprida, <strong>de</strong>vido ao corte diminuto<br />

alcançado na primeira meta<strong>de</strong> do ano. Este incumprimento foi, <strong>de</strong> resto, um dos<br />

argumentos usados pelo Governo para justificar o reforço das medidas <strong>de</strong><br />

austerida<strong>de</strong> em 2011.<br />

Ontem, o <strong>de</strong>putado do PS Pedro Silva Pereira <strong>de</strong>stacou que os números agora<br />

divulgados "são o reconhecimento <strong>de</strong> mais um erro <strong>de</strong> avaliação do Governo em<br />

relação ao que era o <strong>de</strong>svio colossal". O anterior governante disse ainda que, por<br />

ignorar que o fluxo <strong>de</strong> aposentações é habitualmente superior no segundo semestre<br />

<strong>de</strong> cada ano, o Governo reforçou as medidas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> sem necessida<strong>de</strong>. "O<br />

Governo vem reconhecer agora que houve uma redução do número <strong>de</strong> funcionários<br />

até mais significativa do que se previa", sustentou.<br />

Na resposta, o secretário <strong>de</strong> Estado disse que a meta "ligeiramente acima dos 3%<br />

não é comparável com qualquer meta prevista nos memorandos para 2011",<br />

<strong>de</strong>stacando que apenas para <strong>2012</strong> e 2013 foi fixada uma meta <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> 2% ao<br />

ano.<br />

Durante a audição parlamentar, Rosalino foi ainda questionado pelos <strong>de</strong>putados<br />

Mariana Aiveca, do BE, e Jorge Machado, do PCP, sobre se os <strong>de</strong>spedimentos na<br />

função pública são para avançar. O secretário <strong>de</strong> Estado garantiu que o foco é "a<br />

melhoria da distribuição dos funcionários e o reforço dos instrumentos <strong>de</strong> gestão dos<br />

recursos humanos", através da melhoria dos instrumentos da organização do<br />

trabalho e da mobilida<strong>de</strong>.<br />

Os <strong>de</strong>putados do PS, PCP e do Bloco <strong>de</strong> Esquerda acusaram o Governo <strong>de</strong> querer<br />

obrigar os funcionários públicos a mudar <strong>de</strong> serviço. Na base da acusação está a<br />

proposta enviada na semana passada aos sindicatos, on<strong>de</strong> o Executivo se propõe<br />

rever os limites actualmente previstos para a mobilida<strong>de</strong> geográfica obrigatória.<br />

Porém, Hél<strong>de</strong>r Rosalino garantiu que a mobilida<strong>de</strong> não será forçada e que o<br />

objectivo do Governo "é olhar para os limites e ver se po<strong>de</strong>m ser alargados" e olhar<br />

também para os incentivos. "Não é intenção que um trabalhador <strong>de</strong> Vila Real <strong>de</strong><br />

Santo António vá trabalhar para Bragança <strong>de</strong> uma forma forçada", disse.<br />

PREMAC poupa 50 milhões<br />

Durante a audição parlamentar Hél<strong>de</strong>r Rosalino anunciou ainda que a primeira fase<br />

do Programa <strong>de</strong> Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC) gerou<br />

uma poupança <strong>de</strong> 50 milhões <strong>de</strong> euros, em resultado "da reorganização dos<br />

serviços, da redução <strong>de</strong> cargos dirigentes e da redução <strong>de</strong> consumos intermédios<br />

i<strong>de</strong>ntificados pelos organismos".<br />

Os resultados finais serão superiores, dado que "há um conjunto <strong>de</strong> poupanças que<br />

serão conseguidas na segunda fase do PREMAC e que têm a ver com a<br />

reorganização dos serviços", acrescentou. Até aqui, o programa levou a um corte <strong>de</strong><br />

40% do número <strong>de</strong> estruturas e a uma redução do número <strong>de</strong> dirigentes em 27%.<br />

com N.S.L.


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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Há protesto? Vou ali e já<br />

venho - ou não<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Sábado Página: 50/51<br />

Autor: MARIA HENRIQUE<br />

ESPADA<br />

C/ Foto | Cor<br />

VAIAS. DUAS CONCENTRAÇÕES NUMA SEMANA<br />

Há protesto? Vou ali e já venho - ou não<br />

MARIA HENRIQUE ESPADA<br />

Antes <strong>de</strong> Pedro Passos Coelho chegar a Gouveia, no domingo, dia 19, já sabia o que<br />

o esperava. Já lá estavam dois dos seus seguranças, que por norma vão à frente, o<br />

seu assessor <strong>de</strong> imprensa e, claro, vários manifestantes, do Sindicato do Sector<br />

Têxtil da Beira Alta, do Movimento Mais e da Peugeot/Citroën <strong>de</strong> Mangual<strong>de</strong>. Pelo<br />

menos Carlos João Tomás, do sindicato (que integra a CGTP), e o Movimento Mais<br />

já tinham perguntado, no local, ao assessor <strong>de</strong> Passos Coelho se cada um <strong>de</strong>les<br />

po<strong>de</strong>ria entregar uma carta ao primeiro-ministro.<br />

A resposta foi sim. Ao sindicalista foi dito que caso não conseguisse, na confusão,<br />

entregar directamente a carta, po<strong>de</strong>ria dá-la ao assessor. E foi indicada aos<br />

manifestantes a porta por on<strong>de</strong> Passos iria sair, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> fazer o percurso no<br />

mercado <strong>de</strong> Gouveia, durante pouco mais <strong>de</strong> uma hora, para que o pu<strong>de</strong>ssem<br />

esperar lá.<br />

Os manifestantes esperaram. O sindicalista perguntou ainda se po<strong>de</strong>ria chamar uma<br />

mulher que pretendia falar directamente com Passos Coelho. Foi-lhe dito: "É claro."<br />

Mas, junto à porta, Jaime Soares, autarca históri<br />

co do PSD, agarrou o primeiro-ministro com um conselho: "Não vá." Foi afastado e<br />

ouviu um aviso directo do assessor <strong>de</strong> imprensa do chefe do Governo, Rui Baptista:<br />

"Não torne a fazer isso." Passos Coelho ignorou o conselho e seguiu.<br />

O Movimento Mais entregou a carta, o sindicalista também, a mulher levada por este<br />

ainda chegou a falar com Passos Coelho - trabalhou 41 anos e está <strong>de</strong>sempregada.<br />

A conversa foi quase inaudível. O assessor <strong>de</strong> imprensa <strong>de</strong>u uma ajuda, ainda<br />

segurou em dois microfones da comunicação social. Em fundo, ouvia-se: "O FMI não<br />

manda aqui." A certa altura, os seguranças e a PSP local fizeram uma cápsula <strong>de</strong><br />

protecção em volta do primeiro-ministro, com os braços, mas o gesto durou pouco,<br />

houve or<strong>de</strong>ns da equipa <strong>de</strong> Passos Coelho: "Desfaçam isso." E ele continuou a<br />

tentar conversar.<br />

Quando se afastou da porta, o protesto ficou para trás, embora alguns manifestantes<br />

seguissem atrás da comitiva. Álvaro Amaro, presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> Gouveia, disse<br />

ao primeiro-ministro, enquanto se dirigiam para o pavilhão da ExpoSerra: "São ossos<br />

do ofício." Passos Coelho respon<strong>de</strong>u: "Têm o direito <strong>de</strong> protestar, eu tenho o <strong>de</strong>ver<br />

<strong>de</strong> explicar." Repetiria a fórmula aos jornalistas. A seguir almoçou sopa <strong>de</strong> legumes e<br />

feijoca à pastor no pavilhão dos bombeiros - "e comeu muito bem", garante o<br />

presi<strong>de</strong>nte da câmara.


ÁLVARO AMARO SALIENTOU a <strong>de</strong>scontracção do primeiro-ministro: "Quando José<br />

Sócrates lançou a primeira pedra do hospital da Guarda, estavam lá manifestantes,<br />

mas foram limitados a uma zona a 200 metros <strong>de</strong> distância. Podíamos ter feito o<br />

mesmo, mas não se quis fazer isso. Evitava que 39 manifestantes - um amigo meu<br />

contou-os - passassem por uma multidão em protesto."<br />

Cavaco Silva reagiu <strong>de</strong> forma contrária. Na quinta-feira, dia 16, um grupo <strong>de</strong> alunos<br />

organizou um protesto, sem conhecimento da direcção da escola António Arroio, em<br />

Lisboa, que o Presi<strong>de</strong>nte iria visitar. Chegou mesmo a sair do Palácio <strong>de</strong> Belém em<br />

direcção à escola, mas acabou por não fazer a visita. A explicação foi um<br />

"impedimento". A SÁBADO contactou Belém, que não quis especificar este<br />

impedimento.<br />

Aos estudantes, bastaram dois dias e um SMS a circular entre eles para organizar a<br />

manifestação. "A i<strong>de</strong>ia surgiu numa reunião entre actuais e antigos alunos, achámos<br />

que <strong>de</strong>víamos mostrar a nossa indignação e que as Artes valem a pena. Optámos<br />

por receber o Presi<strong>de</strong>nte sentados e calados, o que não foi possível", conta Daniela<br />

Jerónimo, presi<strong>de</strong>nte da Associação <strong>de</strong> Estudantes. "Não foi possível, pois o PR não<br />

apareceu, o que fez com que o corpo estudantil se revoltasse e encarasse isso como<br />

uma ofensa. Os alunos chegaram a sentar-se, e não estavam ali para vaiar<br />

ninguém."<br />

Cavaco Silva já tinha sido vaiado em Guimarães, na abertura da Capital Europeia da<br />

Cultura, a 21 <strong>de</strong> Janeiro. Entre esse dia e a não-visita à António Arroio, não teve<br />

agenda com contacto directo com populações.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Governo e parceiros sociais<br />

analisam aumento do<br />

<strong>de</strong>semprego<br />

Data: 22-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: acorianooriental.pt Página: 14:43<br />

Governo e parceiros sociais analisam aumento do <strong>de</strong>semprego<br />

O aumento do <strong>de</strong>semprego nos Açores, que po<strong>de</strong> chegar a 17% no final do primeiro<br />

trimestre, estará no centro das atenções nas reuniões que <strong>de</strong>correm na quinta e na<br />

sexta-feira envolvendo o executivo regional e os parceiros sociais.<br />

O cenário agravou-se em meados da semana passada, quando o Instituto Nacional<br />

<strong>de</strong> Estatística (INE) divulgou que os Açores eram a segunda região do país com mais<br />

<strong>de</strong>semprego no final no ano passado, com 15,1%.<br />

O problema po<strong>de</strong>, no entanto, complicar-se, já que o vice-presi<strong>de</strong>nte do Governo dos<br />

Açores, Sérgio Ávila, admitiu que a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego na região po<strong>de</strong> atingir 16 ou<br />

17% no final <strong>de</strong> março.<br />

Na primeira reação oficial aos dados do INE, o presi<strong>de</strong>nte do executivo, Carlos<br />

César, admitiu um “aumento significativo” do <strong>de</strong>semprego na região, que atribuiu a<br />

um “ajustamento” em curso, e assegurou que o problema será ultrapassado em<br />

breve.<br />

Para Carlos César, o atual aumento do <strong>de</strong>semprego nos Açores <strong>de</strong>ve-se a um<br />

“período <strong>de</strong> ajustamento da capacida<strong>de</strong> empresarial às potencialida<strong>de</strong>s do mercado<br />

e à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> financiamento bancário”. O governante admite que o problema<br />

afeta especialmente a “construção civil, restauração e pequeno comércio”.<br />

A situação das empresas e do emprego na região é o tema central da reunião do<br />

Conselho do Governo marcada para sexta-feira, em que também vão participar os<br />

parceiros sociais.<br />

A reunião contará durante a manhã com os presi<strong>de</strong>ntes das câmaras <strong>de</strong> comércio e<br />

indústria dos Açores (<strong>de</strong> Ponta Delgada, <strong>de</strong> Angra do Heroísmo e da Horta), além do<br />

presi<strong>de</strong>nte da Associação dos Industriais <strong>de</strong> Construção e Obras Públicas dos<br />

Açores, enquanto os trabalhos da tar<strong>de</strong> terão a presença dos lí<strong>de</strong>res regionais das<br />

duas centrais sindicais, UGT e CGTP.<br />

Um dia antes, na quinta-feira, a Câmara do Comércio e Indústria <strong>de</strong> Ponta Delgada<br />

(CCIPD) também vai reunir com as centrais sindicais para analisar a situação social<br />

e económica, especialmente ao nível do <strong>de</strong>semprego.<br />

Em reuniões separadas durante a tar<strong>de</strong>, a CCIPD vai receber os dirigentes regionais<br />

da UGT e da CGTP para tentar encontrar soluções.<br />

O aumento do <strong>de</strong>semprego estará também no centro das atenções na reunião do<br />

secretariado regional da UGT/Açores, marcada para quinta-feira <strong>de</strong> manhã. Em<br />

discussão vão estar nomeadamente as causas do fenómeno e a sua caracterização<br />

socioprofissional, etária e geográfica.


Para a UGT/Açores, “o momento atual exige da parte <strong>de</strong> todos os responsáveis<br />

políticos e sociais regionais um especial empenhamento na procura urgente <strong>de</strong> um<br />

conjunto <strong>de</strong> políticas e medidas concretas <strong>de</strong> caráter estruturante que assegure o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento económico sustentado, baseado no investimento reprodutivo, que<br />

garanta a criação <strong>de</strong> emprego”.<br />

Para analisar a atual situação, a UGT/Açores também tem um encontro marcado<br />

para a manhã <strong>de</strong> sexta-feira com a Fe<strong>de</strong>ração Agrícola dos Açores.<br />

Lusa/AO Online<br />

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Título: Lí<strong>de</strong>r do PCP participa no comício <strong>de</strong><br />

Faro<br />

Data: 22-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: observatoriodoalgarve.com Página:<br />

Lí<strong>de</strong>r do PCP participa no comício <strong>de</strong> Faro<br />

Lí<strong>de</strong>r do PCP participa no comício <strong>de</strong> Faro<br />

O Secretário-geral do PCP, Jerónimo <strong>de</strong> Sousa participa no comício da campanha<br />

nacional comunista “contra a exploração e o aumento do horário <strong>de</strong> trabalho”, a 24<br />

<strong>de</strong> fevereiro pelas 21 horas, na COPOFA, em Faro.<br />

Lí<strong>de</strong>r do PCP participa no comício <strong>de</strong> Faro<br />

Segundo a Direção da Organização Regional do Algarve (Doral) do PCP, “esta<br />

iniciativa, surge num momento em que na região e no país, cresce <strong>de</strong> forma<br />

assustadora o <strong>de</strong>semprego, se aprofunda o quadro recessivo no plano económico e<br />

alastra a praga dos salários em atraso”.<br />

Neste contexto a campanha nacional comunista “é parte integrante da resposta que<br />

os comunistas estão a dar ao pacto <strong>de</strong> agressão que está em curso e que conduz o<br />

país para o <strong>de</strong>sastre”.<br />

Insere-se ainda “no amplo apelo que o PCP tem realizado para o alargamento do<br />

protesto e da luta contra a política do Governo PSD/CDS, e da qual a realização no<br />

próximo dia 22 <strong>de</strong> Março da greve geral convocada pela CGTP-IN é uma importante<br />

expressão”, salienta o PCP/Algarve.<br />

Finalmente a iniciativa preten<strong>de</strong> “afirmar o projeto e o i<strong>de</strong>al comunista, quando se<br />

aproxima o 91?dm; aniversário do PCP que se comemora a 6 <strong>de</strong> março e a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> romper com a política <strong>de</strong> direita e abrir caminho a uma outra política,<br />

patriótica e <strong>de</strong> esquerda, ao serviço dos trabalhadores e do povo, capaz <strong>de</strong> garantir<br />

um Portugal com futuro”.<br />

'pcp' 'algarve' 'politica-oposição' 'faro'<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Greve geral: CGTP apela à<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os<br />

trabalhadores<br />

Data: 19-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Açores Página: 12<br />

S/ Foto | Cor<br />

Greve geral: CGTP apela à unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os trabalhadores<br />

O secretário-geral da CGTP apelou sexta-feira à unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os trabalhadores<br />

para que a greve geral marcada para dia 22 <strong>de</strong> março seja <strong>de</strong> todos os trabalhadores<br />

e todos os sindicatos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da sua filiação sindical.<br />

"Esta é uma greve geral <strong>de</strong> todos e para todos, não é só da responsabilida<strong>de</strong> da<br />

CGTP, queremos que seja partilhada pelo maior número <strong>de</strong> trabalhadores<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da sua filiação sindical", disse Arménio Carlos em conferencia<br />

<strong>de</strong> imprensa, após ter anunciado a marcação <strong>de</strong> uma greve geral para o próximo<br />

mês.<br />

O sindicalista apelou à participação dos trabalhadores e <strong>de</strong> todos os sindicatos, por<br />

consi<strong>de</strong>rar que se trata <strong>de</strong> "uma luta <strong>de</strong> todos e para todos" contra o<br />

empobrecimento, o agravamento da legislação laboral, das condições <strong>de</strong> vida e do<br />

<strong>de</strong>semprego.<br />

"A CGTP está disponível para estabelecer todos os consensos com vista a conseguir<br />

mudanças políticas que assegurem um futuro melhor para os portugueses", afirmou.<br />

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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Trabalho: Governo encara<br />

com "naturalida<strong>de</strong>" greve<br />

geral <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> março - Miguel<br />

Relvas<br />

Data: 18-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Açores Página: 12<br />

S/ Foto | Cor<br />

Trabalho: Governo encara com "naturalida<strong>de</strong>" greve geral <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> março -<br />

Miguel Relvas<br />

O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, disse ontem que o<br />

Governo aceita "com naturalida<strong>de</strong>" a greve geral marcada pela CGTP para 22 <strong>de</strong><br />

março contra o agravamento da legislação laboral.<br />

"Estamos num Estado <strong>de</strong> direito em que há o direito à greve. Cabe-nos aceitar com<br />

naturalida<strong>de</strong> e continuar a trabalhar", disse à agência Lusa Miguel Relvas, que foi<br />

ontem distinguido, em Tomar, como personalida<strong>de</strong> do ano 2011 pelo semanário<br />

regional O Mirante.<br />

O governante <strong>de</strong>stacou que, apesar da greve ontem marcada, "nunca um governo<br />

em Portugal se esforçou tanto pela paz social", acrescentando que o Executivo<br />

preten<strong>de</strong> manter um "clima <strong>de</strong> diálogo" com os parceiros sociais. Miguel Relvas <strong>de</strong>u<br />

como exemplo o acordo <strong>de</strong> concertação social conseguido ao fim <strong>de</strong> seis meses <strong>de</strong><br />

Governo, reiterando ainda que este é para ser "cumprido".<br />

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, anunciou ontem a realização <strong>de</strong> uma<br />

greve geral para 22 <strong>de</strong> março contra o agravamento da legislação laboral, entre<br />

outros aspetos.<br />

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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Inquilinos protestam Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Avante Página: 1/14<br />

C/ Foto | Cor<br />

Lei dos <strong>de</strong>spejos<br />

Inquilinos protestam<br />

No dia em que começou a ser discutida a proposta do Governo sobre o<br />

arrendamento urbano, mais <strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong> inquilinos manifestou-se junto da<br />

Assembleia da República contra a facilitação dos <strong>de</strong>spejos e o aumento das rendas.<br />

No dia em que começou a ser discutida a proposta <strong>de</strong> lei do Executivo PSD/CDS<br />

sobre o arrendamento urbano, mais <strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong> inquilinos manifestou-se<br />

junto da Assembleia da República contra a facilitação dos <strong>de</strong>spejos e o aumento das<br />

rendas.<br />

«Esta lei, a ser aplicada tal como está, vai pôr na rua milhares <strong>de</strong> inquilinos, que são<br />

pessoas muito carenciadas, com dificulda<strong>de</strong>s financeiras e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, pessoas que<br />

durante 50 ou 60 anos pagaram as suas rendas, assumiram totalmente os seus<br />

compromissos, sem nunca falharem, e agora, quando chegam ao fim da sua vida,<br />

vão ver-se no meio da rua, porque a lei vai permitir aos proprietários <strong>de</strong>spejá-las por<br />

incumprimento», alertou no local, Romão Lavadinho, da Associação <strong>de</strong> Inquilinos<br />

Lisbonenses (AIL), promotora do protesto. Esta situação vai acontecer,<br />

nomeadamente, a pessoas que não vão po<strong>de</strong>r «pagar rendas <strong>de</strong> 500 ou 600 euros»,<br />

quando, muitas vezes, «nem sequer esse rendimento têm».<br />

Outro dos aspectos negativos da nova lei é, segundo a AIL, a alteração dos contratos<br />

<strong>de</strong> arrendamento, que eram por tempo in<strong>de</strong>terminado, e que agora, com a proposta<br />

do Governo, passam para cinco anos.<br />

«Mesmo que o inquilino tenha possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pagar o valor da renda proposta<br />

pelo proprietário, vai estar na circunstância <strong>de</strong> ser posto na rua, porque o contrato é<br />

apenas <strong>de</strong> cinco anos, findos os quais o proprietário tem toda a liberda<strong>de</strong> para<br />

<strong>de</strong>nunciar o contrato. Isto em relação às pessoas com menos <strong>de</strong> 65 anos», explicou<br />

Romão Lavadinho.<br />

Ás pessoas com mais <strong>de</strong> 65 anos - prosseguiu -, no fundo, aplica-se a mesma regra,<br />

porque «vão po<strong>de</strong>r continuar o contrato, mas como a renda vai ser tão elevada, não<br />

vão ter dinheiro para pagar, por isso, vão para a rua nas mesmas condições».<br />

Habitações <strong>de</strong>volutas<br />

A AIL, para além <strong>de</strong> rejeitar «a nova lei dos <strong>de</strong>spejos e do aumento selvagem das<br />

rendas», con<strong>de</strong>na ainda a existência <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> habitações <strong>de</strong>volutas, quando<br />

há falta <strong>de</strong> casas para arrendar. «Não é verda<strong>de</strong> que se queira dinamizar o<br />

arrendamento», acusa, num documento dirigido aos inquilinos, a Associação,<br />

informando que, só em Lisboa, «existem mais <strong>de</strong> 100 mil casas disponíveis».


«O que verda<strong>de</strong>iramente se preten<strong>de</strong> é acabar com os contratos antigos e ven<strong>de</strong>r as<br />

casas vazias, bem como facilitar aos senhorios a entrega das casas aos Fundos<br />

Imobiliários para reabilitação e futura venda», explica a AIL, que promete tudo fazer<br />

para não <strong>de</strong>ixar passar a lei, tal como aconteceu com a proposta apresentada em<br />

2004, pelo então governo <strong>de</strong> Santana Lopes.<br />

Construir a alternativa em Lisboa No âmbito da iniciativa «Jornadas Autárquicas na<br />

Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa», com o lema «Ouvir a Cida<strong>de</strong>, Construir a Alternativa», eleitos<br />

autárquicos e membros do PCP participaram ontem, na parte da manhã, numa<br />

reunião com o Instituto do Emprego e Formação Profissional, on<strong>de</strong> foram abordadas<br />

as questões do emprego, o fenómeno do <strong>de</strong>semprego e a redução dos postos <strong>de</strong><br />

trabalho. Para a tar<strong>de</strong> - já <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> a edição do Avante! estar fechada oscomunistas<br />

tinham agendado um encontro com a Administração do Metropolitano <strong>de</strong> Lisboa para<br />

falar da política <strong>de</strong> transportes na cida<strong>de</strong>, as alterações em curso, segundo o Plano<br />

Estratégico dos Transportes, e o seu respectivo impacto na vida das empresas, dos<br />

trabalhadores e dos utentes.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Função Pública emagrece<br />

20 mil<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Correio Manhã Página: 26<br />

Autor: Luís Figueiredo Silva C/ Foto | Cor<br />

REDUÇÃO - SECRETÁRIO DE ESTADO REVELA EM COMISSÃO<br />

PARLAMENTAR<br />

Função Pública emagrece 20 mil<br />

Em 2011 a saída <strong>de</strong> funcionários foi <strong>de</strong> 3,2%, acima dos 2% exigidos pela troika.<br />

Número <strong>de</strong> funcionários públicos era <strong>de</strong> 512 mil no final do ano<br />

Entre 17 a 20 mil pessoas <strong>de</strong>ixaram a Função Pública em 2011, revelou ontem o<br />

secretário <strong>de</strong> Estado da Administração Pública, Hél<strong>de</strong>r Rosalino. A 31 <strong>de</strong> Dezembro<br />

o número <strong>de</strong> funcionários públicos era <strong>de</strong> 512 424, adiantou, ressalvando que estes<br />

são números provisórios.<br />

Ouvido na Comissão Parlamentar <strong>de</strong> Orçamento e Finanças, Hél<strong>de</strong>r Rosalino<br />

precisou que a redução correspon<strong>de</strong> a 3,2 por cento nos trabalhadores do Estado. O<br />

acordo com a troika prevê que a redução <strong>de</strong> funcionários na Função Pública seja<br />

dois por cento por ano. Ainda <strong>de</strong> acordo com o governante, o número <strong>de</strong> cargos<br />

dirigentes diminuiu 27% em 2011. Os dirigentes superiores passaram <strong>de</strong> 715 para<br />

440, menos 38%, e os intermédios <strong>de</strong> 5571 para 4136, uma redução <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />

26%. Segundo Hél<strong>de</strong>r Rosalino, ao nível dos dirigentes intermédios a poupança<br />

"ultrapassa os 50 milhões <strong>de</strong> euros".<br />

A redução <strong>de</strong> efectivos realizou-se no âmbito do programa <strong>de</strong> redução da<br />

administração central (PREMAC). O secretário <strong>de</strong> Estado adiantou ainda que o<br />

número <strong>de</strong> institutos públicos passou <strong>de</strong> 74 para 56.<br />

Hél<strong>de</strong>r Rosalino abordou ainda a questão da mobilida<strong>de</strong> geográfica dos funcionários<br />

públicos, afirmando que a mesma será sempre "voluntária e com estímulos". A UGT<br />

manifestou-se, entretanto, preocupada com a saída <strong>de</strong> quadros qualificados.<br />

Luís Figueiredo Silva*<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Perda <strong>de</strong> quadros Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Correio Manhã Página: <strong>23</strong><br />

S/ Foto | PB<br />

UGT PREOCUPADA<br />

Perda <strong>de</strong> quadros<br />

O lí<strong>de</strong>r da UGT, João Proença, manifestou ontem "preocupação" por haver "uma<br />

aposta na redução" da administração pública e "não na melhoria dos serviços",<br />

advertindo para "a perda dos quadros mais qualificados".<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Mobilida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>spedir Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Correio Manhã Página: 16<br />

Autor: Guadalupe Simões C/ Foto | Cor<br />

Mobilida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong>spedir<br />

Uma das últimas medidas do governo é a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os "funcionários públicos "<br />

po<strong>de</strong>rem ser mobiliza dosda região on<strong>de</strong> trabalham. Afirma o primeiro-ministro que<br />

isso só acontecerá caso o trabalhador concor<strong>de</strong> e com incentivos.<br />

Senhor primeiro-ministro, mostre lá " à gente" o estudo que <strong>de</strong>monstra quais são os<br />

serviços que têm funcionários em excesso e a sua distribuição pelo território<br />

nacional.<br />

Diga-nos também quais são os serviços essenciais que o Estado <strong>de</strong>ve manter<br />

(repare que não estamos a falar naqueles que a Constituição consi<strong>de</strong>ra como tal). E,<br />

relembrando, esta é uma reivindicação (o estudo) dos sindicatos, há anos.<br />

Parece -nos que só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ste trabalho é que o senhor po<strong>de</strong>ria falar em<br />

mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> funcionários públicos. Na verda<strong>de</strong>, como o senhor começou pelo fim,<br />

têm razão os responsáveis sindicais em inferir que a proposta tem como finalida<strong>de</strong> o<br />

<strong>de</strong>spedimento. Têm ainda mais razão quando o governo propala que não tem<br />

dinheiro e impe<strong>de</strong> a atribuição <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> incentivos e agora "acena" com<br />

essa possibilida<strong>de</strong>. Chamamos a isto transparência!<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: "Acto ilícito e arrogante" Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Correio Manhã Página: 40<br />

C/ Foto | Cor<br />

"Acto ilícito e arrogante"<br />

Mário Figueiredo, provedor do Ouvinte da RTP, disse ontem no Parlamento que a<br />

<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> acabar com a rubrica 'Este Tempo! que incluía a crónica <strong>de</strong> Pedro Rosa<br />

Men<strong>de</strong>s, na Antena 1, foi um "acto ilícito, prepotente e arrogante " aludindo ao que<br />

Ricardo Alexandre (ontem ouvido da ERC), ex-director adjunto <strong>de</strong> Informação da<br />

Antena 1, disse no Parlamento.<br />

O provedor é da opinião que não houve "interferência da tutela ou da administração<br />

da RTP" acrescentando que "para a administração o provedor é uma figura <strong>de</strong><br />

retórica".<br />

Mário Figueiredo diz que após algumas queixas <strong>de</strong> ouvintes pela suspensão do<br />

programa, ouviu quem <strong>de</strong> direito, como o cronista, tendo <strong>de</strong>pois confrontado Luís<br />

Marinho, que lhe respon<strong>de</strong>u: "Esse senhor é um mentiroso!"<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Professores Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Correio Manhã Página: 17<br />

S/ Foto | PB<br />

ESCLARECIMENTO<br />

Professores<br />

Na notícia publicada ontem (Entrada em vigor das novas regras <strong>de</strong> avaliação dos<br />

docentes), a foto é <strong>de</strong> uma reunião da Fenprof com o Ministério da Educação. No<br />

entanto, a Fenprof não assinou o acordo.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Milhares <strong>de</strong> pais não<br />

pagam pensão <strong>de</strong><br />

alimentos<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Correio Manhã Página: 1/16<br />

Autor: Sónia Trigueirão C/ Foto | Cor<br />

Milhares <strong>de</strong> pais não pagam pensão <strong>de</strong> alimentos<br />

SEGURANÇA SOCIAL . 14 740 PROCESSOS DE CRIANÇAS SEM PENSÃO DE<br />

ALIMENTOS<br />

Dívida dos pais custa 25 milhões<br />

O Fundo <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Alimentos a Menores assegura as pensões quando os pais<br />

não po<strong>de</strong>m pagar. Só em Janeiro entraram 300 pedidos novos<br />

O número <strong>de</strong> pais que falham o pagamento das pensões <strong>de</strong> alimentos dos filhos está<br />

a aumentar. Em 2011, o Instituto <strong>de</strong> Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS)<br />

pagou, ao abrigo do Fundo <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Alimentos a Menores (FGAM) - criado em<br />

1998 para substituir os pais que <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> pagar umtotal <strong>de</strong> 14 740 pensões <strong>de</strong><br />

alimentos, no valor global <strong>de</strong> 25.4 milhões <strong>de</strong> euros. Um valor superior ao registado<br />

no ano anterior. Em 2010, o Estado assumiu o pagamento <strong>de</strong> 13 553 pensões, tendo<br />

gasto cerca <strong>de</strong> <strong>23</strong>,1 milhões <strong>de</strong> euros, mais 3,6 milhões do que em 2009, ano em<br />

que o FGAM <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>u 19,5 milhões <strong>de</strong> euros. Segundo dados do Ministério do<br />

Trabalho e da Segurança Social, só no mês <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>ste ano já foram pagos<br />

cerca <strong>de</strong> dois milhões <strong>de</strong> euros e <strong>de</strong>ram entrada mais 300 novos processos.<br />

As expectativas do Estado para este ano estão longe <strong>de</strong> apontar para uma<br />

diminuição <strong>de</strong> pedidos, uma vez que o FGAM tem orçamentados cerca <strong>de</strong> 25<br />

milhões <strong>de</strong> euros.<br />

O Fundo do Estado é usado para casos em que o pai ou a mãe que <strong>de</strong>via pagar a<br />

pensão <strong>de</strong> alimentos <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ter condições económicas para o fazer.<br />

O pedido <strong>de</strong> pensão ao Estado po<strong>de</strong> ser feito pelo progenitor com quem o menor<br />

vive ou pelo Ministério Público. Cabe ao tribunal <strong>de</strong>cretar o valor da prestação mas a<br />

legislação fixa um valor máximo <strong>de</strong> 408 euros mensais. O pagamento cessa por<br />

or<strong>de</strong>m judicial, quando o representante legal do menor passa a ter rendimentos<br />

suficientes, superiores ao estipulado por lei.<br />

A ajuda da Segurança Social termina também quando não existe renovação do<br />

pedido, ou quando o jovem atinge a maiorida<strong>de</strong>.<br />

Estes processos são avaliados anualmente, através da confirmação em tribunal <strong>de</strong><br />

que se mantêm todas as condições necessárias para que o Fundo <strong>de</strong> Garantia<br />

continue a pagar a pensão.<br />

Deduções no IRS com máximo <strong>de</strong> 1048 euros<br />

As <strong>de</strong>duções com pensão <strong>de</strong> alimentos no IRS <strong>de</strong>ste ano, relativo a rendimentos


auferidos em 2011, têm como valor máximo 1048 euros por cada filho. Já no IRS do<br />

próximo ano, relativo a rendimentos auferidos em <strong>2012</strong>, as <strong>de</strong>duções com pensões<br />

<strong>de</strong> alimentos mantêm - se em 20% do valor pago, mas passam a ter como limite<br />

mensal 419,22 euros por beneficiário. A partir <strong>de</strong>ste ano, as pensões <strong>de</strong> alimentos<br />

entram nas contas para o máximo <strong>de</strong> <strong>de</strong>duções por cada escalão.<br />

Sónia Trigueirão<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Portugueses são quadros<br />

apetecidos nos mercados<br />

internacionais<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Económico Página: 8<br />

Autor: Madalena Queirós C/ Foto | PB<br />

Quase 65 mil <strong>de</strong>sempregados emigraram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da crise<br />

Entre 2009 e 2011, a emigração justificou o fim da inscrição <strong>de</strong> 64,9 mil<br />

<strong>de</strong>sempregados nos centros <strong>de</strong> emprego. Só no ano passado, foram 22,7 mil.<br />

Cristina Oliveira da Silva<br />

Milhares <strong>de</strong> pessoas anteciparam-se à sugestão do primeiroministro e optaram por<br />

procurar um emprego fora do país. A prová-lo estão os números do Instituto do<br />

Emprego e da Formação Profissional (IEFP) que indicam que, entre 2009 - primeiro<br />

ano em que a crise se fez sentir em Portugal - e 2011, 64.905 <strong>de</strong>sempregados<br />

<strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> estar inscritos nos centros <strong>de</strong> emprego porque optaram pela<br />

emigração.<br />

Logo em 2009, a anulação <strong>de</strong> inscrições por este motivo disparou 33,1%. A partir<br />

daí, o crescimento foi mais contido: 15,8%, em 2010 e 0,2% em 2011. Só .em 2011,<br />

o IEFP anulou 22.700 inscrições <strong>de</strong>vido a emigração, longe dos 14.695 registos <strong>de</strong><br />

2008 (ver infografia). O peso da emigração no total <strong>de</strong> inscrições eliminadas também<br />

tem vindo a crescer. Em 2011, justificava 4,5% do total, mas, em 2008, ficava em<br />

3,1%.<br />

Os dados do IEFP reflectem apenas uma parte do universo <strong>de</strong> emigrantes, uma vez<br />

que apenas diz respeito aos inscritos (e mesmo aqui o número po<strong>de</strong> estar<br />

subavaliado). O professor Jorge Malheiros salienta, por exemplo, o caso <strong>de</strong> muitos<br />

jovens à procura do primeiro emprego que optam por emigrar sem passar primeiro<br />

pelos centros <strong>de</strong> emprego.<br />

Ainda assim, os dados do IEFP indicam que muitos portugueses acabaram por<br />

procurar outras alternativas além-fronteiras. Em Dezembro, o primeiro-ministro<br />

sugeriu a emigração <strong>de</strong> professores <strong>de</strong>sempregados. Perante o cenário <strong>de</strong><br />

"<strong>de</strong>mografia <strong>de</strong>crescente", nos "próximos anos haverá muita gente em Portugal que,<br />

das duas uma: ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para<br />

outras áreas ou, querendo manter-se, sobretudo como professores, po<strong>de</strong>m olhar<br />

para todo o mercado da língua portuguesa e encontrar, aí uma alternativa", disse<br />

Passos Coelho em entrevista ao Correio da Manhã. As <strong>de</strong>clarações suscitaram<br />

controvérsia e <strong>de</strong>pois foi a vez <strong>de</strong> o ministro dos Assuntos Parlamentares acusar os<br />

críticos <strong>de</strong> "conservadorismo". Aliás, Miguel Relvas já tinha abordado o tema da<br />

emigração em Novembro. Antes, em Outubro, foi o secretário <strong>de</strong> Estado da<br />

Juventu<strong>de</strong> e do Desporto que <strong>de</strong>ixou o mesmo conselho aos jovens: "Se estamos no<br />

<strong>de</strong>semprego, temos <strong>de</strong> sair da zona <strong>de</strong> conforto e ir para além das nossas<br />

fronteiras".<br />

O IEFP tem promovido sessões <strong>de</strong> informação sobre as condições <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong><br />

trabalho no exterior. "Portugal está na União Europeia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1985" sendo "normal e<br />

<strong>de</strong>sejável que os portugueses aproveitem oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong>


enriquecimento profissional neste espaço", justifica o IEFP.<br />

O instituto li<strong>de</strong>rado por Octávio Oliveira salienta, porém, que, "mesmo em momentos<br />

<strong>de</strong> crescimento da economia nacional, foi significativo o número <strong>de</strong> anulações por<br />

motivo <strong>de</strong> emigração, como por certo, foram significativas as situações <strong>de</strong><br />

imigração". E acrescenta que a emigração "tem hoje uma componente <strong>de</strong><br />

sazonalida<strong>de</strong>, sendo normal o aproveitamento <strong>de</strong> excepcionais oportunida<strong>de</strong>s, com<br />

remunerações e condições interessantes".<br />

Em crise, o recurso à emigração torna-se mais evi<strong>de</strong>nte. "Naturalmente, nas<br />

situações <strong>de</strong> contracção da economia e <strong>de</strong> não criação <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho em<br />

Portugal há uma maior apetência, <strong>de</strong>corrente da necessida<strong>de</strong>, para reforçar a<br />

mobilida<strong>de</strong> da procura <strong>de</strong> trabalho para fora do país, até porque é conhecida a<br />

existência <strong>de</strong> ofertas <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> empresas europeias", explica o Instituto.<br />

Já Francisco Ma<strong>de</strong>lino, que presidiu ao IEFP até final do ano passado, salienta que<br />

os números da emigração resultam da "conjugação <strong>de</strong> duas situações". Por um lado,<br />

"apareceram dois mercados emergentes que levaram muitos portugueses, Angola e<br />

Brasil". Por outro, "a redução significativa do crescimento económico".<br />

O antigo presi<strong>de</strong>nte do IEFP explica ainda que os números da emigração po<strong>de</strong>m<br />

estar subavaliados porque são, sobretudo, os subsidiados que prestam esse tipo <strong>de</strong><br />

informação. Mas po<strong>de</strong> haver casos <strong>de</strong> inscrições anuladas <strong>de</strong>vido a faltas a acções<br />

<strong>de</strong> controlo ou outras sem que tenha sido dado uma justificação específica e isto<br />

po<strong>de</strong> incluir situações <strong>de</strong> emigração, continua.<br />

Para <strong>2012</strong>, Ma<strong>de</strong>lino antevê um aumento da taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego para próximo dos<br />

16% no final do ano, o que vai continuar a engordar os números da emigração. "Com<br />

este crescimento do <strong>de</strong>semprego, é muito natural que a imigração aumente,<br />

nomeadamente para a países europeus e também Brasil", refere.<br />

Por seu turno, fonte do IEFP salienta que é <strong>de</strong> esperar, "nos próximos anos", um<br />

aumento da emigração, mas também da imigração, sobretudo entre países<br />

europeus. Até porque a UE tem procurado aumentar a mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhadores,<br />

diz o IEFP, e uma das priorida<strong>de</strong>s a <strong>de</strong>senvolver é a re<strong>de</strong> EURES, que trata ofertas<br />

<strong>de</strong> emprego neste âmbito.<br />

Octávio Oliveira, em entrevista ao ETV, em Janeiro, frisou que, tendo em conta a<br />

livre circulação <strong>de</strong> trabalhadores, "é natural que um português", quando procura<br />

emprego, "tenha uma abordagem não circunscrita ao território nacional, mas ao<br />

espaço europeu".<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

JORGE MALHEIROS<br />

Professor <strong>de</strong> Geografia do Centro <strong>de</strong> Estudos Geográficos da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Lisboa<br />

"A estimativa aponta para uma média <strong>de</strong> 85 mil saídas por ano"<br />

Segundo Jorge Malheiros, o número total <strong>de</strong> emigrantes rondou os 85 mil em 2009 e<br />

2010. Angola tem sido um <strong>de</strong>stino em crescimento.<br />

- O número <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados que emigram tem subido, ainda que a um ritmo mais


lento, chegando a 22,7 mil em 2011. Será este o pico?<br />

- Com a crise a acentuar-se, o número vai aumentando. Mas há uma altura em que o<br />

volume <strong>de</strong> saídas face à população empregada e <strong>de</strong>sempregada não po<strong>de</strong> crescer<br />

mais. Se calhar estamos a chegar a esse momento. Mas vai manter-se a um nível<br />

alto, que não são os 22 mil...<br />

- Qual é a sua estimativa?<br />

- A estimativa aponta para algo entre 70 e 100 mil para os últimos anos, 2009/10. O<br />

ponto médio do intervalo ronda 85 mil por ano. Baseia-se nos dados <strong>de</strong> portugueses<br />

registados como entradas nos países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino. Sabendo-se que parte das saídas<br />

são temporárias.<br />

- Quais os principais <strong>de</strong>stinos?<br />

- Tem sido muito importante para Angola até 2010, para 2011 não há informação. Em<br />

2010, era o terceiro país <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vinham mais remessas. Depois, <strong>de</strong>stinos europeus:<br />

Suíça tem relevância, Alemanha cresceu um bocadinho. Continua a emigração para<br />

França. Há <strong>de</strong>stinos menos volumosos mas com alguma importância: Luxemburgo,<br />

Bélgica. Havia dois <strong>de</strong>stinos a crescer bastante até 2005/06 mas como foram<br />

atingidos, com alguma intensida<strong>de</strong>, pela crise per<strong>de</strong>ram peso: Inglaterra e Espanha.<br />

Mais recentemente, fala-se <strong>de</strong> novos <strong>de</strong>stinos mas não há dados: Moçambique e<br />

Brasil. C.O.S.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Governo estuda novos<br />

critérios <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong><br />

geográfica na função<br />

pública<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Económico Página: 1/12<br />

Autor: Margarida Peixoto C/ Foto | PB<br />

Governo estuda novos critérios <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> geográfica na função pública<br />

As áreas metropolitanas, a distância ou o tempo gasto na <strong>de</strong>slocação po<strong>de</strong>m ser<br />

novos requisitos.<br />

Margarida Peixoto<br />

O Governo está a estudar novos critérios para facilitar a aplicação da mobilida<strong>de</strong><br />

geográfica na função pública. As novas regras ainda estão em aberto, mas Hél<strong>de</strong>r<br />

Rosalino, secretário <strong>de</strong> Estado da Administração Pública, reconheceu ontem que o<br />

objectivo é discutir o assunto "sem qualquer tabu".<br />

"Como o Estado está com" um programa <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> efectivos, as exigências <strong>de</strong><br />

gestão e os instrumentos como a mobilida<strong>de</strong> são mais importantes", <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u o<br />

governante. Mais: "Um trabalhador que não tenha hipóteses <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> é que<br />

corre o risco <strong>de</strong> ir para a mobilida<strong>de</strong> especial", avisou, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>sta forma a<br />

importância <strong>de</strong> operacionalizar no terreno um mecanismo que já está previsto na lei.<br />

"Agora vai passar a existir uma fase <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> interna, antes <strong>de</strong> ir para a<br />

mobilida<strong>de</strong> especial", disse Hél<strong>de</strong>r Rosalino, argumentando que esta seria "uma<br />

solução <strong>de</strong> último recurso".<br />

Ainda assim, e apesar dos alertas, o secretário <strong>de</strong> Estado voltou a negar que o<br />

objectivo seja implementar uma "mobilida<strong>de</strong> forçada". O governante, que falava na<br />

Comissão <strong>de</strong> Orçamento e Finanças, <strong>de</strong>u alguns exemplos: no caso <strong>de</strong> Lisboa e<br />

Porto, po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado o limite por concelho, para passar a ser tida<br />

em conta a área metropolitana.<br />

Outra hipótese em avaliação é limitar por distância, ou até introduzir um critério que<br />

tenha em conta os gastos dos funcionários em tempo e dinheiro na viagem. Até ao<br />

dia 15 <strong>de</strong> Março os sindicatos po<strong>de</strong>m apresentar propostas <strong>de</strong> revisão das regras<br />

existentes.<br />

Apesar das garantias dadas por Hél<strong>de</strong>r Rosalino <strong>de</strong> que "um trabalhador <strong>de</strong> Vila Real<br />

<strong>de</strong> Santo António não terá <strong>de</strong> ir para Bragança", a <strong>de</strong>sconfiança dos <strong>de</strong>putados da<br />

oposição manteve-se. Isabel Santos, do PS, perguntou se este seria mais um caso<br />

<strong>de</strong> "polícia bom e polícia mau", semelhante ao que aconteceu com a notícia da<br />

revisão das tabelas remuneratórias, quando o primeiro-ministro suavizou as<br />

<strong>de</strong>clarações dadas pelo secretário <strong>de</strong> Estado.<br />

Já Jorge Machado, <strong>de</strong>putado do PCP, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u que "se a alternativa [à mobilida<strong>de</strong><br />

geográfica] é a mobilida<strong>de</strong> especial, então isso não é ter em conta a vonta<strong>de</strong> do<br />

trabalhador". E o BE, pela voz <strong>de</strong> Mariana Aiveca, acusou o Governo <strong>de</strong><br />

"<strong>de</strong>spedimentos encapotados".


Número <strong>de</strong> funcionários públicos ficou abaixo <strong>de</strong> 500 mil<br />

"Pela primeira vez, os dados <strong>de</strong> emprego baixaram da fasquia dos 500 mil<br />

funcionários", disse ontem Hél<strong>de</strong>r Rosalino, referindo-se ao número <strong>de</strong> funcionários<br />

da administração central, no final do ano passado. O secretário <strong>de</strong> Estado adiantou<br />

que em 2011 o número <strong>de</strong> trabalhadores caiu 3,2%, o que implica uma redução entre<br />

os 17 mil e os 20 mil funcionários.<br />

Ainda assim, este valor ficou aquém do que estava implícito no programa <strong>de</strong><br />

ajustamento para 2011. No Documento <strong>de</strong> Estratégia Orçamental, apresentado no<br />

final <strong>de</strong> Agosto, o Governo reconhecia já que a meta subjacente <strong>de</strong> redução "<strong>de</strong><br />

3,6%" no número <strong>de</strong> funcionários não seria cumprida. Uma das razões,<br />

argumentava, era a redução <strong>de</strong> apenas 0,9% no primeiro semestre.<br />

Já os resultados do PREMAC - Plano <strong>de</strong> Redução e Melhoria da Administração<br />

Central - apontam para um corte <strong>de</strong> 40% nas estruturas e <strong>de</strong> 27% nos cargos <strong>de</strong><br />

gestão. Hél<strong>de</strong>r Rosalino adiantou ainda que a poupança com a diminuição dos<br />

cargos intermédios atingiu os "50 milhões <strong>de</strong> euros", este ano e reforçou que <strong>de</strong>verá<br />

ter a primeira fase terminada no primeiro semestre. ¦<br />

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<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Desemprego e emigração Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Económico Página: 40<br />

Autor: Francisco Ferreira da Silva C/ Foto | PB<br />

Desemprego e emigração<br />

A crise económica e a falta <strong>de</strong> emprego têm levado milhares <strong>de</strong> portugueses a<br />

emigrar. Só entre 2009 e 2011 foram 65 mil os <strong>de</strong>sempregados que anularam a<br />

inscrição nos centros <strong>de</strong> emprego e que apontaram como razão a emigração. É um<br />

fenómeno que ten<strong>de</strong> a acentuar-se à medida que a recessão se aprofunda e o<br />

<strong>de</strong>semprego aumenta em Portugal. O fenómeno verifica-se não apenas entre os<br />

<strong>de</strong>sempregados, mas também entre os jovens à procura <strong>de</strong> primeiro emprego e entre<br />

outros que, estando empregados, vêem melhores saídas profissionais alémfronteiras.<br />

As estimativas da emigração portuguesa oscilam entre os 70 mil e os 100<br />

mil por ano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009. Gran<strong>de</strong> parte dos que <strong>de</strong>ixam o País são licenciados e,<br />

entre estes, existem muitos <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong> mestrados e doutoramentos. Os <strong>de</strong>stinos<br />

em crescimento são Angola e o Brasil, embora também exista muita emigração para<br />

o Reino Unido, França, Alemanha e outros países da Europa, como o Luxemburgo e<br />

a Bélgica.<br />

Os portugueses são um povo <strong>de</strong> emigrantes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XV, com especial<br />

<strong>de</strong>staque para os séculos XIX e XX, quando os fluxos migratórios para os Estados<br />

Unidos, Brasil e França se acentuaram. O fenómeno teve um período <strong>de</strong> acalmia nas<br />

últimas três décadas, mas a crise e a falta <strong>de</strong> emprego levaram muitos a voltar a<br />

arriscar o futuro no estrangeiro. Temos compatriotas espalhados por 140 países do<br />

mundo que totalizam cerca <strong>de</strong> cinco milhões, ou seja quase meta<strong>de</strong> da população<br />

resi<strong>de</strong>nte em Portugal. França ainda é o país que mais portugueses acolhe, seguida<br />

do Brasil e dos Estados Unidos, mas o novo século alterou as rotas da emigração.<br />

Não existe um quadro fiel da realida<strong>de</strong> porque as estatísticas são escassas e pouco<br />

fiáveis, sobretudo na União Europeia, on<strong>de</strong> existe livre circulação <strong>de</strong> pessoas.<br />

Os quadros portugueses são cobiçados nos mercados internacionais pela boa<br />

qualificação académica, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho e facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dominar outras<br />

línguas, o que é lisonjeiro para nós. Há cada vez mais casos <strong>de</strong> portugueses que<br />

integram estruturas dirigentes <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas internacionais e isso <strong>de</strong>ve<br />

orgulhar-nos. Somos um mercado aberto, que recebe muitos estrangeiros e fornece<br />

mão-<strong>de</strong>-obra para outros países. E esse é o verda<strong>de</strong>iro significado <strong>de</strong> uma União<br />

Europeia ao nível económico e político, mas também social. Esse é o <strong>de</strong>safio das<br />

novas gerações mas também das mais velhas, porque os Estados Unidos da<br />

América há muito que se habituaram a ver os seus cidadãos nascerem num estado e<br />

estudarem e viverem noutro ou mesmo num país diferente. Os portugueses são, por<br />

natureza, agarrados à família e à terra que os viu nascer, mas emigrar não é um<br />

drama, é, cada vez mais, uma opção <strong>de</strong> vida.


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<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Espanha quer rever meta<br />

do défice<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Económico Página: 10/11<br />

Autor: Luís Reis Pires C/ Foto | PB<br />

Espanha quer rever meta do défice<br />

Bruxelas só admite flexibilizar metas se o pedido for feito por vários países.<br />

Luís Reis Pires<br />

Espanha vai pedir à Comissão Europeia mais tempo para cortar o défice, que terá<br />

ficado em 8% do PIB no ano passado. Mas Bruxelas só admite flexibilizar as metas<br />

se o pedido for feito por outros países, à luz da actual conjuntura.<br />

O governo espanhol quer rever a meta do défice para este ano, <strong>de</strong> 4,4% do PIB para<br />

um valor ligeiramente acima dos 5%. A informação foi ontem avançada pelo "El País"<br />

que, citando fontes governamentais, escreveu que o pedido será feito a Bruxelas<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> <strong>de</strong>z dias.<br />

De acordo com o diário espanhol, Madrid consi<strong>de</strong>ra um "suicídio" ter <strong>de</strong> cortar o<br />

défice <strong>de</strong> 8 para 4,4% do PIB este ano, algo que implicaria cortes na or<strong>de</strong>m dos 40<br />

mil milhões <strong>de</strong> euros valorque representa quase quatro vezes o défice orçamental<br />

com que Portugal terminou 2011.<br />

Numa conjuntura económica muito <strong>de</strong>sfavorável, Espanha receia que os cortes<br />

acordados anteriormente agravem ainda mais as perspectivas <strong>de</strong> crescimento,<br />

empurrando o país para uma situação semelhante à da Grécia. Nesse sentido,<br />

recor<strong>de</strong>-se que Atenas terá em <strong>2012</strong> o quinto ano consecutivo <strong>de</strong> recessão. E, em<br />

resultado, reviu ontem a meta do défice para este ano, <strong>de</strong> 5,4 para 6,7% do PIB.<br />

Depois <strong>de</strong> urna recessão <strong>de</strong> 0,3% no ano passado, e com a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego<br />

mais elevada da Europa (22,9%), Madrid quer evitar cair na armadilha grega e pedirá<br />

a Bruxelas metas mais suaves <strong>de</strong> consolidação orçamental. A economia vizinha está,<br />

<strong>de</strong> resto, entre os países que escreveram recentemente uma carta aos presi<strong>de</strong>nte do<br />

Conselho Europeu e da Comissão Europeia, solicitando que o tema central da<br />

próxima cimeira <strong>de</strong> chefes <strong>de</strong> Estado seja o crescimento económico.<br />

Se Bruxelas aprovasse o pedido espanhol, e tendo em conta a revisão das metas<br />

gregas ontem, Portugal seria o país obrigado a um maior ritmo <strong>de</strong> consolidação em<br />

<strong>2012</strong>. Teria <strong>de</strong> cortar 3,2 pontos percentuais no défice este ano, contra os 3 <strong>de</strong><br />

Espanha e os 2,7 da Grécia. A Irlanda, cujo memorando <strong>de</strong> entendimento prevê<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início mais um ano para consolidar o défice do que em Portugal, terá que<br />

cortar 1,6 pontos. Recor<strong>de</strong>se que, <strong>de</strong> acordo com os respectivos programas <strong>de</strong><br />

ajustamento, Dublin tem até 2015 para atingir um défice inferior a 3% do PIB,<br />

enquanto Lisboa terá <strong>de</strong> o fazer até 2014.<br />

No entanto, é o próprio "El País" que trata <strong>de</strong> <strong>de</strong>smontar este cenário. De acordo<br />

com o jornal, que contactou fontes comunitárias, Bruxelas só admite flexibilizar metas


orçamentais se o pedido for feito por vários Estadosmembros, no próximo Ecofin. À<br />

luz da contínua <strong>de</strong>gradação da conjuntura económica na Europa, a Comissão admite<br />

que alguns países tenham necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um ritmo <strong>de</strong> consolidação mais baixo.<br />

Certo é que não haverá uma solução <strong>de</strong> excepção para Espanha, apenas se<br />

flexibilizarão metas se for uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vários membros.<br />

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<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Progressões nas Forças<br />

Armadas anuladas<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Económico Página: 17<br />

C/ Foto | PB<br />

Progressões nas Forças Armadas anuladas<br />

Assinado pelos ministros das Finanças e da Administração Interna, foi ontem<br />

publicado em Diário da República o <strong>de</strong>spacho que anula as progressões salariais a<br />

que os militares tiveram direito em 2010.<br />

Sem explicar se haverá ou não direito a reembolso, o <strong>de</strong>spacho foi motivado por um<br />

relatório da Inspecção Geral <strong>de</strong> Finanças que concluiu que houve aumentos<br />

contrários ao imposto pelo orçamento <strong>de</strong> Estado. Os militares em causa regressarão<br />

assim ao or<strong>de</strong>nado que auferiam em 2009.<br />

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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Lei dos compromissos vai<br />

ser adaptada às dívidas da<br />

Saú<strong>de</strong><br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Económico Página: 1/5<br />

Autor: Margarida Peixoto C/ Foto | PB<br />

Lei dos compromissos vai ser adaptada às dívidas da Saú<strong>de</strong><br />

Lei dos compromissos será adaptada às dívidas da Saú<strong>de</strong><br />

O Governo está a estudar com a 'troika' uma forma <strong>de</strong> permitir que os hospitais<br />

comecem a aplicar a lei com dívida zero. A i<strong>de</strong>ia é que o passado não pese na<br />

aplicação das novas regras.<br />

Margarida Peixoto e Luís Reis Pires<br />

O Governo está a estudar uma forma <strong>de</strong> adaptar a aplicação da Lei dos<br />

Compromissos - que entra hoje em vigor - à gestão das dívidas acumuladas pelos<br />

hospitais. A i<strong>de</strong>ia será regulamentar a lei <strong>de</strong> tal forma que os planos <strong>de</strong> pagamento,<br />

criados para gerir as dívidas acumuladas, não sejam tidos em conta na hora <strong>de</strong><br />

avaliar os fundos disponíveis para contratar nova <strong>de</strong>spesa, apurou o Diário<br />

Económico. Des<strong>de</strong> que a Lei dos Compromissos começou a ser criada que os<br />

gestores hospitalares têm alertado para as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implementação do novo<br />

sistema <strong>de</strong> controlo <strong>de</strong> pagamentos na área da Saú<strong>de</strong>. É que a nova lei impõe como<br />

princípio a impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assumir <strong>de</strong>spesas novas sem que haja fundos<br />

disponíveis. Ou seja, os gestores públicos ficam impedidos <strong>de</strong> contratar <strong>de</strong>spesa que<br />

supere a estimativa <strong>de</strong> fundos dos três meses seguintes.<br />

Ora, as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong>sta lei ao caso específico da Saú<strong>de</strong> foram<br />

explicadas pelos gestores hospitalares ao ministro da tutela, Paulo Macedo, e à<br />

própria directora-geral do Orçamento, Manuela Proença. O Diário Económico sabe<br />

que o Governo levou estas preocupações à 'troika', no âmbito da terceira revisão do<br />

memorando <strong>de</strong> entendimento, que está agora a <strong>de</strong>correr, e que está à procura <strong>de</strong><br />

uma solução. Contactado pelo Diário Económico, fonte oficial adiantou que "o<br />

Ministério da Saú<strong>de</strong> dará, brevemente, orientações aos hospitais empresa sobre a<br />

aplicação do regime em causa".<br />

Em cima da mesa está a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> excluir do controlo da lei os acordos feitos<br />

através <strong>de</strong> instrumentos financeiros para transformar dívida <strong>de</strong> curto prazo em dívida<br />

<strong>de</strong> médio/longo prazo. Isto quer dizer que se os gestores hospitalares acordarem um<br />

plano <strong>de</strong> pagamento da dívida acumulada que se estenda por um período alargado,<br />

esses pagamentos não serão contabilizados como <strong>de</strong>spesa para efeitos <strong>de</strong><br />

apuramento dos fundos disponíveis. Esta é, na prática, uma forma <strong>de</strong> evitar que o<br />

passado pese e dificulte a aplicação da nova lei. É que mesmo que a receita dos<br />

fundos <strong>de</strong> pensões seja <strong>de</strong>sbloqueada para pagar as dívidas acumuladas, não está<br />

nos planos do Governo saldar por completo estes atrasados. Os instrumentos<br />

financeiros serão a alternativa para a dívida que fica por pagar.<br />

O objectivo não será criar excepções atéporque a 'troika' não estará disponível para<br />

o aceitar - mas sim adaptar a lei ao caso específico dos hospitais, que são


esponsáveis pela maior fatia <strong>de</strong> dívidas acumuladas. Esta regulamentação está<br />

prevista na Lei dos Compromissos e até já está enunciada no <strong>de</strong>creto-lei <strong>de</strong><br />

execução orçamental, que a regulamenta. "Os compromissos plurianuais gerados<br />

por acordos <strong>de</strong> liquidação <strong>de</strong> pagamentos em atraso não relevam para efeitos do<br />

cumprimento do disposto no artigo 65º da Lei n.° 64 -B/2011, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro",<br />

lê-se no diploma.<br />

Contudo, esta formulação, que não prevê nenhum sector específico mas que é mais<br />

relevante para o SNS e para os municípios, não é suficientemente lata para abranger<br />

todos os tipos <strong>de</strong> instrumentos financeiros e acordos que estão a ser equacionados<br />

pelo Governo. com C.D.<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Mais <strong>de</strong> 60 mil<br />

<strong>de</strong>sempregados já emigraram<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da crise<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Económico Página: 1/6/7<br />

Autor: Cristina Oliveira da Silva C/ Foto | PB<br />

Mais <strong>de</strong> 60 mil <strong>de</strong>sempregados já emigraram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da crise<br />

Quase 65 mil <strong>de</strong>sempregados emigraram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da crise<br />

Entre 2009 e 2011, a emigração justificou o fim da inscrição <strong>de</strong> 64,9 mil<br />

<strong>de</strong>sempregados nos centros <strong>de</strong> emprego. Só no ano passado, foram 22,7 mil.<br />

Cristina Oliveira da Silva<br />

Milhares <strong>de</strong> pessoas anteciparam-se à sugestão do primeiroministro e optaram por<br />

procurar um emprego fora do país. A prová-lo estão os números do Instituto do<br />

Emprego e da Formação Profissional (IEFP) que indicam que, entre 2009 - primeiro<br />

ano em que a crise se fez sentir em Portugal - e 2011, 64.905 <strong>de</strong>sempregados<br />

<strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> estar inscritos nos centros <strong>de</strong> emprego porque optaram pela<br />

emigração.<br />

Logo em 2009, a anulação <strong>de</strong> inscrições por este motivo disparou 33,1%. A partir<br />

daí, o crescimento foi mais contido: 15,8%, em 2010 e 0,2% em 2011. Só .em 2011,<br />

o IEFP anulou 22.700 inscrições <strong>de</strong>vido a emigração, longe dos 14.695 registos <strong>de</strong><br />

2008 (ver infografia). O peso da emigração no total <strong>de</strong> inscrições eliminadas também<br />

tem vindo a crescer. Em 2011, justificava 4,5% do total, mas, em 2008, ficava em<br />

3,l%.<br />

Os dados do IEFP reflectem apenas uma parte do universo <strong>de</strong> emigrantes, uma vez<br />

que apenas diz respeito aos inscritos (e mesmo aqui o número po<strong>de</strong> estar<br />

subavaliado). O professor Jorge Malheiros salienta, por exemplo, o caso <strong>de</strong> muitos<br />

jovens à procura do primeiro emprego que optam por emigrar sem passar primeiro<br />

pelos centros <strong>de</strong> emprego.<br />

Ainda assim, os dados do IEFP indicam que muitos portugueses acabaram por<br />

procurar outras alternativas além-fronteiras. Em Dezembro, o primeiro-ministro<br />

sugeriu a emigração <strong>de</strong> professores <strong>de</strong>sempregados. Perante o cenário <strong>de</strong><br />

"<strong>de</strong>mografia <strong>de</strong>crescente", nos "próximos anos haverá muita gente em Portugal que,<br />

das duas uma: ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para<br />

outras áreas ou, querendo manter-se, sobretudo como professores, po<strong>de</strong>m olhar<br />

para todo o mercado da língua portuguesa e encontrar, aí uma alternativa", disse<br />

Passos Coelho em entrevista ao Correio da Manhã.<br />

As <strong>de</strong>clarações suscitaram controvérsia e <strong>de</strong>pois foi a vez <strong>de</strong> o ministro dos<br />

Assuntos Parlamentares acusar os críticos <strong>de</strong> "conservadorismo". Aliás, Miguel<br />

Relvas já tinha abordado o tema da emigração em Novembro. Antes, em Outubro, foi


o secretário <strong>de</strong> Estado da Juventu<strong>de</strong> e do Desporto que <strong>de</strong>ixou o mesmo conselho<br />

aos jovens: "Se estamos no <strong>de</strong>semprego, temos <strong>de</strong> sair da zona <strong>de</strong> conforto e ir para<br />

além das nossas fronteiras".<br />

O IEFP tem promovido sessões <strong>de</strong> informação sobre as condições <strong>de</strong> vida e <strong>de</strong><br />

trabalho no exterior. "Portugal está na União Europeia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1985" sendo "normal e<br />

<strong>de</strong>sejável que os portugueses aproveitem oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong><br />

enriquecimento profissional neste espaço", justifica o IEFP.<br />

O instituto li<strong>de</strong>rado por Octávio Oliveira salienta, porém, que, "mesmo em momentos<br />

<strong>de</strong> crescimento da economia nacional, foi significativo o número <strong>de</strong> anulações por<br />

motivo <strong>de</strong> emigração, como por certo, foram significativas as situações <strong>de</strong><br />

imigração". E acrescenta que a emigração "tem hoje uma componente <strong>de</strong><br />

sazonalida<strong>de</strong>, sendo normal o aproveitamento <strong>de</strong> excepcionais oportunida<strong>de</strong>s, com<br />

remunerações e condições interessantes".<br />

Em crise, o recurso à emigração torna-se mais evi<strong>de</strong>nte. "Naturalmente, nas<br />

situações <strong>de</strong> contracção da economia e <strong>de</strong> não criação <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho em<br />

Portugal há uma maior apetência, <strong>de</strong>corrente da necessida<strong>de</strong>, para reforçar a<br />

mobilida<strong>de</strong> da procura <strong>de</strong> trabalho para fora do país, até porque é conhecida a<br />

existência <strong>de</strong> ofertas <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> empresas europeias", explica o Instituto.<br />

Já Francisco Ma<strong>de</strong>lino, que presidiu ao IEFP até final do ano passado, salienta que<br />

os números da emigração resultam da "conjugação <strong>de</strong> duas situações". Por um lado,<br />

"apareceram dois mercados emergentes que levaram muitos portugueses, Angola e<br />

Brasil". Por outro, "a redução significativa do crescimento económico".<br />

O antigo presi<strong>de</strong>nte do IEFP explica ainda que os números da emigração po<strong>de</strong>m<br />

estar subavaliados porque são, sobretudo, os subsidiados que prestam esse tipo <strong>de</strong><br />

informação. Mas po<strong>de</strong> haver casos <strong>de</strong> inscrições anuladas <strong>de</strong>vido a faltas a acções<br />

<strong>de</strong> controlo ou outras sem que tenha sido dado uma justificação específica e isto<br />

po<strong>de</strong> incluir situações <strong>de</strong> emigração, continua.<br />

Para <strong>2012</strong>, Ma<strong>de</strong>lino antevê um aumento da taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego para próximo dos<br />

16% no final do ano, o que vai continuar a engordar os números da emigração. "Com<br />

este crescimento do <strong>de</strong>semprego, é muito natural que a imigração aumente,<br />

nomeadamente para a países europeus e também Brasil", refere.<br />

Por seu turno, fonte do IEFP salienta que é <strong>de</strong> esperar, "nos próximos anos", um<br />

aumento da emigração, mas também da imigração, sobretudo entre países<br />

europeus. Até porque a UE tem procurado aumentar a mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhadores,<br />

diz o IEFP, e uma das priorida<strong>de</strong>s a <strong>de</strong>senvolver é a re<strong>de</strong> EURES, que trata ofertas<br />

<strong>de</strong> emprego neste âmbito.<br />

Octávio Oliveira, em entrevista ao ETV, em Janeiro, frisou que, tendo em conta a<br />

livre circulação <strong>de</strong> trabalhadores, "é natural que um português", quando procura<br />

emprego, "tenha uma abordagem não circunscrita ao território nacional, mas ao<br />

espaço europeu".<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

JORGE MALHEIROS - Professor <strong>de</strong> Geografia do Centro <strong>de</strong> Estudos Geográficos da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

"A estimativa aponta para uma média <strong>de</strong> 85 mil saídas por ano"


Segundo Jorge Malheiros, o número total <strong>de</strong> emigrantes rondou os 85 mil em 2009 e<br />

2010. Angola tem sido um <strong>de</strong>stino em crescimento.<br />

- O número <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados que emigram tem subido, ainda que a um ritmo mais<br />

lento, chegando a 22,7 mil em 2011. Será este o pico?<br />

- Com a crise a acentuar-se, o número vai aumentando. Mas há uma altura em que o<br />

volume <strong>de</strong> saídas face à população empregada e <strong>de</strong>sempregada não po<strong>de</strong> crescer<br />

mais. Se calhar estamos a chegar a esse momento. Mas vai manter-se a um nível<br />

alto, que não são os 22 mil...<br />

- Qual é a sua estimativa?<br />

- A estimativa aponta para algo entre 70 e 100 mil para os últimos anos, 2009/10. O<br />

ponto médio do intervalo ronda 85 mil por ano. Baseia-se nos dados <strong>de</strong> portugueses<br />

registados como entradas nos países <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino. Sabendo-se que parte das saídas<br />

são temporárias.<br />

- Quais os principais <strong>de</strong>stinos?<br />

- Tem sido muito importante para Angola até 2010, para 2011 não há informação. Em<br />

2010, era o terceiro país <strong>de</strong> on<strong>de</strong> vinham mais remessas. Depois, <strong>de</strong>stinos europeus:<br />

Suíça tem relevância, Alemanha cresceu um bocadinho. Continua a emigração para<br />

França. Há <strong>de</strong>stinos menos volumosos mas com alguma importância: Luxemburgo,<br />

Bélgica. Havia dois <strong>de</strong>stinos a crescer bastante até 2005/06 mas como foram<br />

atingidos, com alguma intensida<strong>de</strong>, pela crise per<strong>de</strong>ram peso: Inglaterra e Espanha.<br />

Mais recentemente, fala-se <strong>de</strong> novos <strong>de</strong>stinos mas não há dados: Moçambique e<br />

Brasil. ¦ C.O.S.<br />

PORTUGUESES QUE PROCURAM OPORTUNIDADES LÁ FORA<br />

Receber cinco vezes mais na Suíça com terapia da fala<br />

Sandra Moiteiro - Terapeuta da fala<br />

Sandra Moiteiro tem 29 anos e licenciou-se, há quatro anos, em Terapia da Fala.<br />

Depois do estágio profissional, <strong>de</strong> nove meses numa Instituição Particular <strong>de</strong><br />

Solidarieda<strong>de</strong> Social (IPSS) em Constância, Sandra ficou <strong>de</strong>sempregada. Os recibos<br />

ver<strong>de</strong>s eram a alternativa, mas contas feitas "pagava para trabalhar", diz.<br />

Perante a <strong>de</strong>gradação da conjuntura económica, optou por emigrar, para a Suíça,<br />

on<strong>de</strong> tinha família. Já lá vão quase três anos. Um mês <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter chegado,<br />

conseguiu um emprego num supermercado.<br />

Mas, nunca <strong>de</strong>sistiu <strong>de</strong> procurar um emprego na sua área. Enviou vários curriculum<br />

até que recebeu, finalmente, o "sim". Sandra optou por fazer uma formação <strong>de</strong> dois<br />

anos no Hospital <strong>de</strong> Valais. Recebe cerca <strong>de</strong> 6.000 francos suíços, o equivalente a<br />

quase 5.000 euros. Cinco vezes mais do que um terapeuta da fala em Portugal.<br />

A.I.S.<br />

Dois meses em Colónia já resultaram em duas propostas <strong>de</strong> trabalho<br />

Joana F. - Psicóloga


Joana F. não quer ser i<strong>de</strong>ntificada: "Estou farta <strong>de</strong>sse país", mandou dizer pela mãe -<br />

que há anos insistia com a filha, psicóloga, para escolher a via da emigração. A<br />

razão para a insistência era simples: o único emprego que teve foi num 'call center'<br />

<strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong> telemóveis - <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter rejeitado um lugar <strong>de</strong> auxiliar <strong>de</strong><br />

fisioterapia, on<strong>de</strong> lhe haviam proposto uma estonteante remuneração: 2,5 euros à<br />

hora.<br />

Joana F. (30 anos) está há pouco mais <strong>de</strong> um mês na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Colónia e quase a<br />

acabar um curso intensivo (e estatal) <strong>de</strong> alemão, pelo qual pagou 400 euros. Já tem<br />

duas propostas <strong>de</strong> trabalho: uma da Cruz Vermelha para acompanhar emigrantes<br />

portugueses na Alemanha e outra da transportadora UPS para trabalhar entre as 24<br />

horas e as três da manhã, com um salário <strong>de</strong> dois mil euros. Ainda não se <strong>de</strong>cidiu.<br />

Para já, Joana F. anda à procura <strong>de</strong> casa. Já quase optou por um sótão<br />

recentemente recuperado no centro da cida<strong>de</strong>: é um T2 com um terraço cheio <strong>de</strong> sol.<br />

O preço não está mal: são 370 euros. A.F.S.<br />

Ainda há quem precise <strong>de</strong> gestores em terras <strong>de</strong> Sua Majesta<strong>de</strong><br />

Sara Pinto - Licenciada em Gestão<br />

Licenciada em Gestão, Sara Pinto tinha 21 anos quando terminou o curso superior.<br />

Acreditando que era uma área on<strong>de</strong> ainda haveria espaço para crescer em Portugal,<br />

<strong>de</strong>u por si a chegar ao mercado em plena crise. Durante um ano tentou arranjar<br />

trabalho na área, mas a cada entrevista falhada o cenário se <strong>de</strong>senhava com maior<br />

clareza.<br />

Há menos <strong>de</strong> um mês, em Janeiro passado, <strong>de</strong>cidiu fazer as malas e partir para<br />

Londres. "Era uma coisa que já tinha pensado antes mas nunca tão a sério. Decidi<br />

vir para o Reino Unido principalmente porque tenho cá uma amiga já há alguns anos<br />

e pelo facto <strong>de</strong> ser um país em que ainda há oportunida<strong>de</strong>s na minha área <strong>de</strong><br />

formação".<br />

Sem ter ainda <strong>de</strong>cidido quanto tempo vai ficar por terras <strong>de</strong> Sua Majesta<strong>de</strong>, Sara<br />

garante que as suas "perspectivas <strong>de</strong> num futuro próximo e <strong>de</strong>ntro da área da gestão<br />

são boas e há bastantes oportunida<strong>de</strong>s e opções para jovens licenciados", pelo que<br />

não conta voltar para já. M.V.L<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es| K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Novo acordo fiscal favorece<br />

investimento árabe<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Notícias Página: 31<br />

Autor: Miguel Pacheco C/ Foto | Cor<br />

Novo acordo fiscal favorece investimento árabe<br />

Impostos. Emirados, Qatar, Colômbia e mais quatro países assinam acordos <strong>de</strong><br />

dupla tributação. Angola continua <strong>de</strong> fora<br />

Des<strong>de</strong> Teixeira dos Santos que havia essa promessa, mas só hoje ganha forma: os<br />

Emirados Árabes Unidos estão entre os sete países com que o Governo português<br />

vai assinar acordos para evitar dupla tributação.<br />

O objetivo é simples: evitando que se cobrem impostos no país <strong>de</strong> origem e em<br />

Portugal, o Governo preten<strong>de</strong> estimular o investimento estrangeiro, retirando<br />

obstáculos às empresas. Ao mesmo tempo, o regime também isenta os<br />

investimentos nacionais no estrangeiro.<br />

Na lista que será hoje aprovada no Parlamento estão mais seis países - Qatar,<br />

Colômbia, Japão, Hong Kong, Noruega e Panamá -, os novos mercados-alvo. Com<br />

um crescimento <strong>de</strong> 4,5% do PIB em <strong>2012</strong>, a Colômbia, por exemplo, é uma aposta<br />

para empresas como a Jerónimo Martins e a Mota Engil. Outros, como o Qatar e os<br />

Emirados Árabes Unidos, eram alvos antigos.<br />

Em janeiro <strong>de</strong> 2011, o Qatar foi uma das paragens oficiais do anterior governo PS,<br />

quando Teixeira dos Santos discutiu, ainda antes do resgate pela troika, a compra <strong>de</strong><br />

títulos da dívida portuguesa. Ontem, o Governo oficializou a entrada da Oman Oil no<br />

capital da REN, com a empresa dos Emirados Árabes a <strong>de</strong>ter agora 15% das ações.<br />

O Governo quer ainda duplica o número <strong>de</strong> acordos <strong>de</strong> dupla tributação, mas no<br />

meio <strong>de</strong>sta ofensiva empresarial continua a haver uma exceção significativa: Angola.<br />

Luanda ainda não tem acordo <strong>de</strong> dupla tributação e só recentemente foi alterada a<br />

lei para salvaguardar os investimentos angolanos em empresas portuguesas.<br />

No último Orçamento <strong>de</strong> Estado foram incluídas duas alíneas essenciais: a partir <strong>de</strong><br />

janeiro <strong>de</strong> 2011, os investidores estrangeiros que entrem no capital das empresas<br />

portuguesas cotadas <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> pagar imposto sobre as maisvalias geradas. A<br />

regra é geral, mas beneficia sobretudo os países com quem Portugal ainda não tem<br />

acordo <strong>de</strong> dupla tributação.<br />

"Passa a ser mais atrativo para estas entida<strong>de</strong>s entrar no capital social das cotadas<br />

na bolsa", garante um fiscalista consultado pelo DN/Dinheiro Vivo quando o<br />

Orçamento <strong>de</strong> Estado foi apresentado, "uma vez que a futura alienação das<br />

participações nesse capital social estará isenta".<br />

Assim, os investidores - angolanos e outros - que consigam maisvalias com ações <strong>de</strong><br />

cotadas nacionais passam a estar isentos <strong>de</strong> uma taxa <strong>de</strong> imposto <strong>de</strong> 25%. A<br />

isenção tem, claro, um custo. Até agora, as mais-valias geradas por estes<br />

investidores estavam sujeitas a uma taxa <strong>de</strong> 25%. A regra aproximava estes casos<br />

da prática com o investimento proveniente <strong>de</strong> offshores, que é, por regra, fortemente


penalizado.<br />

Logo em janeiro, o ministro Paulo Portas tinha apontado a expansão dos acordos<br />

como priorida<strong>de</strong>. "Queremos duplicar a re<strong>de</strong> para duplicar as oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

investimento". O Ministério dos Negócios Estrangeiros, agora com a tutela da AICEP,<br />

a a gência para o investimento, tem articulado a política diplomática com os objetivos<br />

empresariais.<br />

Miguel Pacheco<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Estado pagou mais 300<br />

pensões <strong>de</strong> alimentos<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Notícias Página: 17<br />

Autor: Ana Bela Ferreira C/ Foto | Cor<br />

Estado pagou mais 300 pensões <strong>de</strong> alimentos<br />

Crianças. Só em janeiro foram dois milhões <strong>de</strong> euros. Fundo <strong>de</strong> Garantia pagou em<br />

2011 mais 1500 <strong>de</strong>stas prestações<br />

Ana Bela Ferreira<br />

Só em janeiro, a Segurança Social recebeu 300 novos pedidos <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong><br />

pensão <strong>de</strong> alimentos a crianças e jovens cujos pais não têm capacida<strong>de</strong> financeira<br />

para o fazer. No primeiro mês do ano foram já pagas pensões num valor <strong>de</strong> dois<br />

milhões <strong>de</strong> euros, revela o Ministério da Solidarieda<strong>de</strong> e Segurança Social (MSSS).<br />

No ano passado, o Fundo <strong>de</strong> Garantia <strong>de</strong> Alimentos a Menores assegurou o<br />

pagamento mensal <strong>de</strong> pensões <strong>de</strong> alimentos a 14740 crianças, mais 1446 do que em<br />

2010. O número <strong>de</strong> pais que reclama em tribunal não ter condições para pagar as<br />

pensões tem vindo a aumentar, muito por culpa da crise, aponta António Fialho, juiz<br />

do tribunal <strong>de</strong> família e menores do Barreiro. "Há cada vez mais pedidos <strong>de</strong> alteração<br />

às pensões estabelecidas em tribunal. As famílias reclamam que não conseguem<br />

pagar", explica.<br />

De facto, os pedidos ao fundo estatal não têm parado <strong>de</strong> crescer: em 2005 eram<br />

apenas cinco mil e agora são cerca <strong>de</strong> 15 mil. Só no último ano o aumento foi <strong>de</strong><br />

10,9%. Da mesma forma cresceu o montante gasto todos os anos. Em 2011, o<br />

Fundo efetuou pagamentos no valor <strong>de</strong> 25 414 739 euros. Para <strong>2012</strong>, está previsto<br />

um orçamento <strong>de</strong> 25 milhões, informa o MSSS.<br />

Os 300 processos que <strong>de</strong>ram entrada em janeiro ainda não estarão aprovados, mas<br />

assim que isso acontecer o Estado pagará as mensalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento em<br />

que o pedido <strong>de</strong>u entrada. Esta resposta social é atribuída com carácter excecional,<br />

assim que o pai ou a mãe do menor tiver possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> voltar a pagar a pensão<br />

<strong>de</strong>verá fazê-lo, sob pena <strong>de</strong> incorrer num crime. O Fundo só po<strong>de</strong> ser acionado<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> o pai que tem a guarda <strong>de</strong>nunciar a falta <strong>de</strong> pagamentos em tribunal.<br />

A ajuda do fundo termina também quando os jovens completam 18 anos e antes<br />

<strong>de</strong>ssa ida<strong>de</strong> quando vão para fora do País ou estão a trabalhar. Também se o pai ou<br />

a mãe com quem vive tiver rendimentos acima do estipulado por lei e que lhe permita<br />

sustentar a criança sozinha <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ser feitos os pagamentos.<br />

As pensões pagas pelo Fundo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do valor estipulado em tribunal, mas estão<br />

sujeitas a um limite máximo <strong>de</strong> 408 euros. No entanto, a maioria das pensões fica<br />

bastante abaixo <strong>de</strong>ste valor, já que o montante médio fica-se pelos 150 euros<br />

mensais por criança.<br />

Crise é a principal culpada<br />

O agravamento da crise e do <strong>de</strong>semprego leva o juiz António Fialho a acreditar que


os números dos pedidos ao fundo vão continuar a aumentar. "Não temos dados<br />

numéricos certos, mas todos os meses tratamos <strong>de</strong> casos <strong>de</strong> pedidos <strong>de</strong> alteração à<br />

pensão <strong>de</strong> alimentos e o <strong>de</strong>semprego é o principal argumento", aponta.<br />

A crise sente-se <strong>de</strong> tal forma, que são cada vez mais os divorciados que<br />

argumentam terem voltado para casa dos pais por não terem dinheiro. Como<br />

normalmente o elemento que fica com os filhos se mantém na casa que era do casal,<br />

o outro "volta para casa dos pais por não ter dinheiro para manter a casa própria".<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Provedor diz que acabar<br />

com crónica foi ato "ilícito"<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Notícias Página: 51<br />

Autor: Carla Bernardino C/ Foto | Cor<br />

'Este Tempo'<br />

Provedor diz que acabar com crónica foi ato "ilícito"<br />

Comissão. Mário Figueiredo teme que a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> pôr termo à rubrica da Antena 1<br />

possa ter sido tomada por "excesso <strong>de</strong> zelo"<br />

O provedor do Ouvinte, Mário Figueiredo, da antena pública, consi<strong>de</strong>rou que a<br />

<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> pôr termo à rubrica Este Tempo, transmitida nas manhãs da Antena 1,<br />

<strong>de</strong>correu <strong>de</strong> um ato "ilícito, prepotente e arrogante". E ao ser-lhe perguntado se<br />

consi<strong>de</strong>rava ter havido interferências da tutela ou do conselho <strong>de</strong> administração,<br />

Mário Figueiredo consi<strong>de</strong>rou: "Pessoalmente, não estou convencido disso, mas<br />

também não me tranquiliza, porque, se calhar, também já não há necessida<strong>de</strong>."<br />

Explica <strong>de</strong>pois ao DN que tal como "os censores básicos, do lápis azul, que usavam<br />

muitas vezes do excesso <strong>de</strong> zelo, há quem possa proce<strong>de</strong>r como gratidão e ser mais<br />

papista do que o Papa". Mário Figueiredo foi ontem ouvido na Comissão <strong>de</strong> Ética,<br />

Cidadania e Comunicação e no âmbito do caso "Pedro Rosa Men<strong>de</strong>s".<br />

Este jornalista, recor<strong>de</strong>-se, teceu duras críticas a Angola e à emissão especial feita<br />

pela RTP a partir <strong>de</strong> Luanda, a 16 <strong>de</strong> janeiro. A <strong>23</strong> era comunicado aos cronistas <strong>de</strong><br />

Este Tempo- António Granado, Raquel Freire, Gonçalo Cadilhe e Rita Matos - o<br />

ponto final nesta rubrica, com o argumento <strong>de</strong> que a administração não tinha<br />

gostado.<br />

Sobre a audiência, Mário Figueiredo justifica: "Fui muito mais perentório do que<br />

pensava ser, sobretudo <strong>de</strong>pois das <strong>de</strong>clarações que ouvi do ex-diretor adjunto <strong>de</strong><br />

Informação da RDP Ricardo Alexandre".<br />

O provedor referia-se à audiência <strong>de</strong> terça-feira passada, na qual este responsável<br />

<strong>de</strong>clarou que o programa Este Tempo era suspenso por causa da crónica <strong>de</strong> Pedro<br />

Rosa Men<strong>de</strong>s sobre Angola. Agora, a voz dos ouvintes da RDP teme que "ele<br />

[Ricardo Alexandre] seja o bo<strong>de</strong> expiatório disto tudo".<br />

As próximas três emissões <strong>de</strong> Em Nome do Ouvinte, espaço <strong>de</strong>dicado às opiniões<br />

do auditório, vão, à semelhança das últimas duas, ser <strong>de</strong>dicadas ao caso, que já<br />

mereceu mais <strong>de</strong> 20 contactos por parte <strong>de</strong> quem ouve a rádio pública. "Esta sextafeira,<br />

será ouvido o ex-presi<strong>de</strong>nte da Entida<strong>de</strong> Reguladora para a Comunicação<br />

Social Azeredo Lopes, na próxima vou ouvir o professor <strong>de</strong> Direito <strong>de</strong> Comunicação<br />

da Escola Superior <strong>de</strong> Comunicação Social, Monteiro Cardoso, e numa quinta<br />

revelarei as conclusões", antecipa Mário Figueiredo.<br />

Para já, não vai voltar a ouvir o antigo diretor <strong>de</strong> Informação, João Barreiros, nem o<br />

diretorgeral, Luís Marinho, que, quando convidado a respon<strong>de</strong>r aos ouvintes, terá<br />

respondido: "Senhor provedor, esse senhor [Rosa Men<strong>de</strong>s] é um mentiroso!"<br />

Carla Bernardino


netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Nova tabela para as<br />

incapacida<strong>de</strong>s<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Notícias Página: 22<br />

C/ Foto | Cor<br />

Nova tabela para as incapacida<strong>de</strong>s<br />

ALFREDO JOSÉ DE SOUSA - PROVEDOR DE JUSTIÇA<br />

"Enquanto tabela concebida para medir incapacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong><br />

trabalho e doenças profissionais, não é o instrumento a<strong>de</strong>quado para a avaliação<br />

das pessoas com <strong>de</strong>ficiência", disse ontem o provedor <strong>de</strong> Justiça. Alfredo José <strong>de</strong><br />

Sousa <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a alteração da Tabela Nacional <strong>de</strong> Incapacida<strong>de</strong> (TNI), que avalia o<br />

grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência para efeitos <strong>de</strong> acesso aos benefícios estipulados pela lei.<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: INSTITUTO DE EMPREGO SÓ Data:<br />

GASTOU 30% DAS VERBAS<br />

ATRIBUÍDAS PARA<br />

COMBATER O<br />

DESEMPREGO<br />

<strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: i Página: 1/20 e 21<br />

Autor: MARGARIDA BON DE<br />

SOUSA<br />

C/ Foto | Cor<br />

INSTITUTO DE EMPREGO SÓ GASTOU 30% DAS VERBAS ATRIBUÍDAS PARA<br />

COMBATER O DESEMPREGO<br />

IEFP. Priorida<strong>de</strong> em 2011 foi formação. Agora o objectivo é <strong>de</strong>semprego<br />

Só 30% das verbas comparticipadas pelo Fundo Social Europeu foram para o<br />

emprego<br />

MARGARIDA BON DE SOUSA<br />

O Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional (IEFP) utilizou apenas 30% das<br />

verbas comparticipadas pelo Fundo Social Europeu para medidas <strong>de</strong><br />

empregabilida<strong>de</strong> em 2011. Dos 998 milhões que têm como objectivo o emprego, a<br />

formação profissional e a reabilitação profissional, 305 milhões foram para apoiar<br />

<strong>de</strong>sempregados, 326 milhões <strong>de</strong>stinaram-se a formação e 67 milhões à reabilitação<br />

profissional. Enquanto isto, manter a máquina do IEFP custa 503 milhões <strong>de</strong> euros,<br />

cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> das verbas <strong>de</strong>stinadas aos inscritos nos centros <strong>de</strong> emprego.<br />

Esta é uma realida<strong>de</strong> que vai ter <strong>de</strong> mudar ainda este ano. O presi<strong>de</strong>nte da<br />

Comissão Europeia quer que as verbas do Fundo Social Europeu sejam utilizadas<br />

para criar uma almofada nos países mais atingidos pelo <strong>de</strong>semprego jovem. Na<br />

semana passada chegou uma carta a Portugal informando que uma <strong>de</strong>legação da<br />

UE se <strong>de</strong>slocaria a Lisboa para estudar no terreno, e juntamente com o IEFP, a<br />

melhor forma <strong>de</strong> concretizar as orientações <strong>de</strong> Bruxelas, que serão aprovadas no<br />

Conselho Europeu <strong>de</strong> Junho.<br />

Ontem, Durão Barroso voltou a insistir na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a UE acelerar o ritmo <strong>de</strong><br />

implementação <strong>de</strong> medidas no contexto da actual crise como, por exemplo, através<br />

do combate ao <strong>de</strong>semprego jovem. E propôs um fast-tracking para ultrapassar a<br />

longa maratona dos procedimentos legislativos comunitários, que habitualmente<br />

levam seis a sete anos para se transformarem em directivas, para só a seguir serem<br />

transpostas para as legislações nacionais.<br />

Barroso precisou que esta i<strong>de</strong>ia já foi bem acolhida pelo Parlamento Europeu e pelo<br />

último Conselho Europeu extraordinário. E visa "nomeadamente tudo o que tem a ver<br />

com implementação <strong>de</strong> medidas relativamente ao mercado interno ou aquelas que<br />

po<strong>de</strong>m ter resultado a curto prazo para criar emprego para jovens".<br />

Ou seja, não só reorientar o dinheiro para acções que criem ou mantenham o<br />

emprego, como utilizar as verbas ainda disponíveis do Fundo Social Europeu e do<br />

FEDER para atingir este objectivo até 2013. A Comissão <strong>de</strong>u mais um bónus nesta


cruzada contra o <strong>de</strong>semprego galopante que varre a maioria dos países europeus,<br />

tendo aumentado as comparticipações dos projectos para 95%, <strong>de</strong>ixando para os<br />

estados-membros uma comparticipação nacional <strong>de</strong> 5%.<br />

Portugal tem actualmente a quarta maior taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego entre os jovens, só<br />

superado pela Espanha, pela Itália e pela Grécia. No total, ainda existem nos dois<br />

eixos três mil milhões <strong>de</strong> euros, que correspon<strong>de</strong>m a 14% do total que o país tinha<br />

para o período 2007-2013. Espanha, o estado-membro que li<strong>de</strong>ra este ranking, tem<br />

ainda 10,7 mil milhões a que correspon<strong>de</strong> 31% do total <strong>de</strong> fundos para aquele país<br />

no mesmo período. Itália dispõe apenas <strong>de</strong> oito mil milhões e a Grécia, 4,3 mil<br />

milhões.<br />

Portugal <strong>de</strong>fronta-se, no entanto, com obstáculos acrescidos à re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> novas<br />

estratégias no IEFP. Que tem directamente a ver com o facto das verbas do Fundo<br />

Social Europeu estarem actualmente distribuídas por três ministérios: o da Economia<br />

e do Emprego, o da Segurança Social e ainda o dos Negócios Estrangeiros, pois é<br />

Paulo Portas o ministro que negoceia este dossier com Bruxelas. Segundo uma fonte<br />

contactada pelo í ligada ao processo, é a primeira vez que existe uma tutela<br />

governamental tripla sobre estas verbas, o que estará a causar alguma tensão na<br />

gestão das mesmas, uma vez que existe um bolo que tem <strong>de</strong> ser repartido por vários<br />

interesses: o social, a formação profissional e o emprego.<br />

Desemprego jovem é priorida<strong>de</strong> do Conselho e da Comissão<br />

Erasmos<br />

O programa Erasmos visa o intercâmbio <strong>de</strong> jovens estudantes entre países da União<br />

Europeia e o resto do mundo. Até agora foram apoiados três milhões <strong>de</strong> estudantes,<br />

numa média <strong>de</strong> 200 mil por ano e com um grau <strong>de</strong> satisfação superior a 90%. Muitos<br />

<strong>de</strong>les acabam por não regressar aos países <strong>de</strong> origem.<br />

Leonardo<br />

O programa Leonardo visa apoiar estágios em empresas para formação. Até agora<br />

foram colocados 710 mil pessoas que resultaram em cerca <strong>de</strong> 80 mil colocações. Ou<br />

seja, 10% das empresas ficam com os estagiários que formaram. 87% dos inquiridos<br />

consi<strong>de</strong>ra a experiência benéfica.<br />

Eures<br />

A proposta <strong>de</strong>ste programa visa directamente o mercado <strong>de</strong> trabalho europeu.<br />

Através do Eures são divulgadas 1,3 milhões ofertas <strong>de</strong> emprego em toda os<br />

Estados-membros da UE pelos 25 700 empregadores registados. Os resultados<br />

traduzem-se em cerca <strong>de</strong> cem mil empregos/ofertas por ano.<br />

Comissão Europeia<br />

A Comissão Europeia quer criar equipas <strong>de</strong> acção que integre elementos seus,<br />

Estados-membros e parceiros sociais para <strong>de</strong>senvolver e promover planos <strong>de</strong> acção<br />

para o emprego <strong>de</strong> jovens. O financiamento será feito através dos fundos estruturais<br />

até agora não alocados.<br />

Estados-membros<br />

Os países meus atingidos pelo <strong>de</strong>semprego jovem estão a criar task force para


esolver o problema. Em Portugal, cabe ao ministro Adjunto Miguel Relvas coligir um<br />

conjunto <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong>batidas com os parceiros sociais. A CIR através do seu<br />

presi<strong>de</strong>nte, já disse que uma das soluções é reafectar verbas da UE.<br />

Calendário<br />

A adopção <strong>de</strong> medidas para o combate ao <strong>de</strong>semprego jovem já tem calendário. Em<br />

Março, a cimeira da Primavera irá emitir orientações a nível daUE, em Abril os<br />

Estados-membros assumem compromissos no contexto nacional e em Maio a<br />

comissão emite recomendações por país.<br />

Fundos disponíveis Existem ainda verbas por afectar da União Europeia até 2013<br />

que totalizam 82,3 mil milhões <strong>de</strong> euros. Portugal tem uma almofada <strong>de</strong> três mil<br />

milhões <strong>de</strong> euros, Espanha 10,7 mil milhões e a Itália oito mil milhões. É este<br />

montante do FEDER e do FSE que a Comissão Europeia quer reafectar para o<br />

<strong>de</strong>semprego jovem.<br />

5,5 milhões<br />

Actualmente existem cerca <strong>de</strong> 5,5 milhões <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados jovens na União<br />

Europeia, o que correspon<strong>de</strong> a uma taxa <strong>de</strong> 22,3%. Espanha é o pais europeu on<strong>de</strong><br />

a taxa é maior, com 49,6%, seguindo-se a Grécia com 46,6%, a Eslováquia, com<br />

35,1 %, Portugal, com 30,7% e a Itália, com 30,1 %.<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: PSD quer conhecer política<br />

<strong>de</strong> emigração<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: i Página: 5<br />

S/ Foto | Cor<br />

PSD quer conhecer política <strong>de</strong> emigração<br />

LISBOA O PSD requereu a presença do secretário <strong>de</strong> Estado das Comunida<strong>de</strong>s,<br />

José Cesário, na comissão <strong>de</strong> Negócios Estrangeiros para uma audição sobre fluxos<br />

migratórios e activida<strong>de</strong>s consulares. O <strong>de</strong>putado social-<strong>de</strong>mocrata António<br />

Rodrigues adverte: "Temos a noção <strong>de</strong> que há fluxos migratórios por esclarecer. Não<br />

basta dizer que há emigração sem perceber as razões, porque e em que<br />

circunstâncias acontece".<br />

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<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: No Carnaval o povo po<strong>de</strong><br />

levar a mal<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: i Página: 14<br />

Autor: Inês Albuquerque <strong>de</strong> Castro C/ Foto | Cor<br />

No Carnaval o povo po<strong>de</strong> levar a mal<br />

A <strong>de</strong>cisão revolucionária do governo acerca da "tolerância <strong>de</strong> ponto" no feriado <strong>de</strong><br />

Carnaval foi um insucesso<br />

Inês Albuquerque <strong>de</strong> Castro<br />

Um dos "epicentros laborais" <strong>de</strong>stes últimos dias foi, sem dúvida alguma, a afamada<br />

<strong>de</strong>cisão do governo que, usando da facultativida<strong>de</strong> que a lei lhe conce<strong>de</strong> para a sua<br />

atribuição, fez soar a não concessão do Entrudo aos funcionários públicos. Na<br />

expectativa, porém, <strong>de</strong> que tal fosse seguido pelos <strong>de</strong>mais empregadores<br />

(privados)...<br />

Acontece que no sector público a esmagadora maioria das autarquias locais, por<br />

<strong>de</strong>terem <strong>de</strong> autonomia própria, <strong>de</strong>ram o grito do Ipiranga e emitiram <strong>de</strong>spachos<br />

contrariando esta <strong>de</strong>cisão do governo.<br />

Por seu turno, no regime privado, a <strong>de</strong>terminação da atribuição ou não do feriado <strong>de</strong><br />

Carnaval aos trabalhadores <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> ou do que disponham as normas do contrato<br />

<strong>de</strong> trabalho, ou do que disponham as normas <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> regulamentação<br />

colectiva, os quais po<strong>de</strong>m tornar o feriado <strong>de</strong> Carnaval "obrigatório". E não são<br />

poucos os instrumentos <strong>de</strong> regulamentação colectiva que o fazem... Da banca à<br />

construção civil, à restauração, e por aí em diante... Isto significa que, ainda que<br />

estes privados quisessem enfileirar na <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> Passos Coelho, não o po<strong>de</strong>riam<br />

fazer. Mais: mesmo nos casos em que não existam normas contratuais (individuais<br />

ou colectivas), a regra é a que este feriado está verda<strong>de</strong>iramente enraizado na<br />

prática das empresas.<br />

Entretanto, e como anunciado, sobrepôs-se a proposta <strong>de</strong> lei <strong>de</strong> alteração do Código<br />

do Trabalho já apresentada pelo Conselho <strong>de</strong> Ministros no passado dia 10/02/<strong>2012</strong><br />

(que muita tinta ainda fará correr). E nela (pasme-se!) nem sequer se propõe a<br />

alteração ou a revogação da norma que actualmente permite aos instrumentos <strong>de</strong><br />

regulamentação colectiva ou aos contratos <strong>de</strong> trabalho a adopção <strong>de</strong>ste feriado<br />

"facultativo"! Não se compreen<strong>de</strong> a incongruência face a estes recentes<br />

<strong>de</strong>senvolvimentos... Então não seria <strong>de</strong> eliminar esta facultativida<strong>de</strong> e impor uma<br />

sobreposição do regime legal ao regime da contratação colectiva? É que, a manterse<br />

o actual quadro da maioria dos instrumentos <strong>de</strong> regulamentação colectiva a<br />

respeito <strong>de</strong>sta matéria, o Entrudo continuará a ser folia e a intolerância nunca verá a<br />

luz do dia...<br />

Significa isto que os verda<strong>de</strong>iros afectados pela <strong>de</strong>cisão do governo são os<br />

funcionários públicos, e <strong>de</strong>stes apenas os da administração central. É o verda<strong>de</strong>iro<br />

aperto do cerco aos funcionários públicos, na sequência <strong>de</strong> diversas medidas que<br />

vêm sendo - ou prometem ser - implementadas quanto aos mesmos. Falo (i) das<br />

reduções remuneratórias impostas pela Lei do Orçamento <strong>de</strong> Estado (OE) para 2011<br />

aos funcionários que auferissem valores superiores a 1500,00€, (ii) da eliminação


temporária dos subsídios <strong>de</strong> férias e <strong>de</strong> Natal para os funcionários que aufiram<br />

remunerações superiores a U00,00€ imposta pela Lei do OE para <strong>2012</strong>; (iii) da<br />

redução do acréscimo remuneratório pela prestação <strong>de</strong> trabalho suplementar,<br />

imposta pela Lei do OE para <strong>2012</strong>.<br />

Tudo visto, o certo é que a revolucionária <strong>de</strong>cisão do governo a respeito da não<br />

atribuição da "tolerância <strong>de</strong> ponto" no feriado <strong>de</strong> Carnaval foi con<strong>de</strong>nada ao<br />

insucesso e <strong>de</strong>finitivamente intolerada pelo povo, que a levou a mal... Advogada<br />

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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Privados e público.<br />

Mudanças comem a dois<br />

tempos<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: i Página: 19<br />

S/ Foto | Cor<br />

Privados e público. Mudanças comem a dois tempos<br />

Fim dos feriados para privados consta na lei laboral em discussão<br />

Se as alterações para a função pública estão longe <strong>de</strong> ficar fechadas, no caso do<br />

sector privado o Código <strong>de</strong> Trabalho já vai mais adiantado na discussão e o fim dos<br />

feriados po<strong>de</strong> ficar aprovado entre o final <strong>de</strong> Março e o início <strong>de</strong> Abril.<br />

No caso dos privados, a abolição <strong>de</strong> feriados tem <strong>de</strong> passar por alterações ao<br />

Código do Trabalho, proposta que está em audição pública até 19 <strong>de</strong> Março. Só<br />

<strong>de</strong>pois será discutida e votada no parlamento. Para a função pública é necessário<br />

rever o contrato <strong>de</strong> trabalho para funções públicas e a proposta ainda está a ser<br />

ultimada entre governo e parceiros sociais.<br />

E para travar ainda mais todo o processo, a eliminação está não só <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do<br />

processo legislativo, como também da negociação com a Igreja, uma vez que os<br />

feriados religiosos resultam da Concordata assinada com o Vaticano (ver texto<br />

principal). O governo equacionou esta mudança para vigorar já este ano, mas<br />

recentemente tem sido mais reservado quanto a previsões. Aliás, há sindicatos que<br />

dizem mesmo ter a indicação <strong>de</strong> que dificilmente po<strong>de</strong>rá acontecer já em <strong>2012</strong>.<br />

Ainda assim, a or<strong>de</strong>m que ficou do governo é para o parlamento acelerar o processo<br />

legislativo.<br />

Mas no caso das "pontes" já há certezas, por exemplo. Só vão entrar em vigor em<br />

2013. As empresas só po<strong>de</strong>rão encerrar entre os feriados e os fins-<strong>de</strong>-semana, com<br />

<strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> dias <strong>de</strong> férias dos trabalhadores, no próximo ano. A proposta que o<br />

governo aprovou e <strong>de</strong>u entrada dia 9 <strong>de</strong>ste mês no parlamento clarifica que a nova<br />

disposição legislativa "entra em vigor a 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2013, <strong>de</strong>vendo o empregador<br />

informar os trabalhadores abrangidos, até 15 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>, do<br />

encerramento a efectuar no ano <strong>de</strong> 2013". A proposta que tinha sido levada à<br />

concertação social dava azo a que esta medida pu<strong>de</strong>sse ser implementada já este<br />

ano, mas foi corrigida. Sónia Cer<strong>de</strong>ixa<br />

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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Mr. Monti goes to<br />

Strasbourg<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: i Página: 12<br />

Autor: DUARTE UNO C/ Foto | Cor<br />

Mr. Monti goes to Strasbourg<br />

Há semanas assim. De repente, ao mesmo tempo que a Grécia prosseguia a lenta<br />

<strong>de</strong>scida ao Ha<strong>de</strong>s, o Sr. Monti, num gesto inédito e astuto, foi ao Parlamento<br />

Europeu e a esperança renasceu nalguns peitos. Assim, sem contrição, os críticos<br />

do triunfo da burocracia na Europa converteram-se em apologistas do burocrata que<br />

usurpara o po<strong>de</strong>r sem legitimida<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocrática. Mas <strong>de</strong>ixemos isso <strong>de</strong> lado. Em<br />

Novembro, quando ascen<strong>de</strong>u a primeiro-ministro, anunciou e aprovou rapidamente<br />

um audacioso programa <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> reformas com o objectivo <strong>de</strong> extinguir o<br />

défice orçamental até 2013 e <strong>de</strong> liberalizar severamente a economia italiana,<br />

nomeadamente a legislação laboral.<br />

Mas não se ficou por aí, foi também afirmando um discurso próprio em relação ao<br />

futuro da Europa e, nalguns pontos fundamentais, marcou o dissenso em relação ao<br />

caminho imposto até aqui por França e Alemanha. Em Portugal este último ponto<br />

suscitou excitação e lamento pela falta <strong>de</strong> igual audácia do nosso governo. Percebo<br />

o <strong>de</strong>sapontamento, mas mais uma vez convém não esquecer as diferenças. É certo<br />

que, como dizia o "Guardian" há uns dias, Mário Monti tem clout (influência e<br />

prestígio, numa tradução imprópria), mas a Itália, como terceira economia da zona<br />

euro, tem muito mais. A gran<strong>de</strong> controvérsia em Portugal não é sobre a importância<br />

<strong>de</strong> continuar no euro, mas sobre como fazê-lo. E aqui entra o realismo em jogo. O<br />

futuro da Europa será <strong>de</strong>cidido em função da visão que os estados mais po<strong>de</strong>rosos<br />

tenham do seu interesse próprio e do po<strong>de</strong>r relativo <strong>de</strong> cada um para empurrar a sua<br />

agenda Neste último aspecto, a nossa força é perto <strong>de</strong> nula. Temos por isso <strong>de</strong> jogar<br />

tudo em assegurar que quem <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> tem mais vantagens em manter-nos do que em<br />

<strong>de</strong>ixarnos cair. Quem po<strong>de</strong> escolhe o caminho, quem não po<strong>de</strong> adapta-se.<br />

Escreve quinzenalmente à quinta-feira<br />

DUARTE LINO<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Mobilida<strong>de</strong> respeitará<br />

Constituição<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: i Página: 5<br />

S/ Foto | Cor<br />

Justiça<br />

Mobilida<strong>de</strong> respeitará Constituição<br />

MAGISTRADOS<br />

A ministra da Justiça garantiu aos representantes do Sindicato dos Magistrados do<br />

Ministério Público que a mobilida<strong>de</strong> dos magistrados vai ser respeitada no nova<br />

mapa judiciário, tal como prevê a Constituição. O anúncio da promessa <strong>de</strong> Paula<br />

Teixeira da Cruz foi feito ontem por Rui Cardoso, secretário-geral do sindicato e<br />

único candidato a sucessor <strong>de</strong> João Palma, à saída da reunião com a ministra.<br />

O QUE VEM AÍ<br />

"Por princípio, todos os magistrados serão colocados como efectivos em lugares<br />

<strong>de</strong>ntro da comarca, on<strong>de</strong> existirá uma bolsa <strong>de</strong> magistrados que será preenchida por<br />

concurso e que será gerida pelo procurador coor<strong>de</strong>nador", explicou Rui Cardoso.<br />

Essa bolsa servirá para respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s pontuais <strong>de</strong> magistrados noutros<br />

serviços nas comarcas.<br />

MAPA POLÉMICO<br />

A proposta <strong>de</strong> reorganização judiciária prevê o encerramento <strong>de</strong> 47 tribunais por<br />

on<strong>de</strong> passam menos <strong>de</strong> 250 processos por ano, limitando o número <strong>de</strong> comarcas a<br />

uma por distrito e a uma por cada região autónoma. A avançar, colocará em risco o<br />

posto <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> 80 magistrados. S. C.<br />

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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Férias. Está lançada a<br />

confusão com a falta <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão sobre os feriados<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: i Página: 1/16 a 19<br />

Autor: ROSÁ RAMOS C/ Foto | Cor<br />

Férias. Está lançada a confusão com a falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre os feriados<br />

Feriados. Portugueses não esperam pela <strong>de</strong>cisão do governo para marcar férias<br />

Reina a confusão nos recursos humanos da função pública e do privado. O governo<br />

não <strong>de</strong>ve conseguir aprovar a eliminação dos quatro feriados para o público antes <strong>de</strong><br />

acabar o prazo para a entrega dos mapas <strong>de</strong> férias, a 15 <strong>de</strong> Abril<br />

A semana passada, o responsável pelo núcleo <strong>de</strong> recursos humanos do Comando<br />

Metropolitano da PSP do Porto enviou um email aos comandantes <strong>de</strong> divisão a pedir<br />

"atenção" à marcação <strong>de</strong> férias. Apesar <strong>de</strong> a abolição dos quatro feriados estar ainda<br />

em discussão, o documento interno, a que o i teve acesso, indica que os dias 7 <strong>de</strong><br />

Junho, 15 <strong>de</strong> Agosto, 5 <strong>de</strong> Outubro e 1 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong>vem ser "consi<strong>de</strong>rados dias<br />

úteis na marcação <strong>de</strong> férias".<br />

A direcção nacional da PSP admitiu ao i a existência do documento, mas garante<br />

que a directiva surgiu "por livre iniciativa e má interpretação" dos recursos humanos<br />

do Porto, e até já terá sido enviado "um segundo email" a <strong>de</strong>sdizer o primeiro.<br />

O caso da PSP não é único: a confusão está instalada na função pública e mesmo<br />

no privado, com muitos serviços sem saberem como hão-<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r em relação à<br />

marcação <strong>de</strong> férias - dado que por lei os mapas <strong>de</strong>vem ser entregues pelos<br />

trabalhadores até ao dia 15 <strong>de</strong> Abril. O problema é que até essa data dificilmente<br />

haverá uma aprovação da eliminação dos quatro feriados para os funcionários<br />

públicos, uma vez que o governo ainda está a discutir com os sindicatos a alteração<br />

ao contrato <strong>de</strong> trabalho para funções públicas. No que ao privado diz respeito, o<br />

processo está mais avançado, com as modificações ao Código do Trabalho já em<br />

discussão pública (ver texto ao lado).<br />

Na função pública, os três sindicatos admitem que a maior parte dos serviços estão a<br />

entregar aos funcionários mapas <strong>de</strong> férias semelhantes aos dos anos anteriores e<br />

que contemplam os feriados. "Até porque ainda não existe uma <strong>de</strong>cisão final do<br />

governo em relação a esta matéria", justifica Nobre dos Santos, coor<strong>de</strong>nador da<br />

Frente Sindical da Administração Pública (FESAP).


Bettencourt Picanço, do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), reforça<br />

que a marcação <strong>de</strong> férias "estará a <strong>de</strong>correr normalmente, até <strong>de</strong>cisão em contrário"<br />

do executivo. Ana Avoila, da Frente Comum, é a mais optimista e acredita que "até<br />

ao final <strong>de</strong> Março" a in<strong>de</strong>finição em relação aos feriados "<strong>de</strong>verá estar resolvida". Por<br />

isso, acrescenta, os trabalhadores "ainda vão a tempo <strong>de</strong> marcar as férias".<br />

Mas a proposta está longe <strong>de</strong> estar finalizada e corre o sério risco <strong>de</strong> não estar em<br />

vigor antes <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Abril. O governo <strong>de</strong>verá apresentar a última proposta aos<br />

sindicatos para a alteração do Contrato <strong>de</strong> Trabalho em Funções Públicas a 15 <strong>de</strong><br />

Março - sobrando apenas quatro semanas até ao fim da entrega obrigatória dos<br />

mapas <strong>de</strong> férias. Nesse espaço <strong>de</strong> um mês, o assunto terá ainda <strong>de</strong> ir ao<br />

parlamento.<br />

Como se não bastasse, o governo ainda está à espera da luz ver<strong>de</strong> do Vaticano para<br />

que os dois feriados católicos que estão em causa - e que até são os dois primeiros<br />

do calendário, o 7 <strong>de</strong> Junho e o 15 <strong>de</strong> Agosto - possam ser eliminados.<br />

No início <strong>de</strong>ste mês, o secretário <strong>de</strong> Estado da Presidência do Conselho <strong>de</strong> Ministros<br />

evitou adiantar uma data para a entrada em vigor da eliminação dos quatro feriados,<br />

salvaguardando-se com os "mecanismos que <strong>de</strong>correm da Concordata" assinada<br />

com a Santa Sé. Marques Gue<strong>de</strong>s explicou ainda que a entrada em vigor da<br />

proposta do governo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá, numa fase seguinte, "do <strong>de</strong>curso do processo<br />

legislativo na Assembleia da República", e acrescentou: "Não posso, por isso, dar<br />

uma data exacta." E <strong>de</strong>ixou esse ponto o mais aberto possível, ao dizer que a<br />

alteração <strong>de</strong>verá entrar em vigor "no dia 1 <strong>de</strong> um mês".<br />

António Moreira, bispo emérito <strong>de</strong> Bragança e representante do Vaticano na<br />

comissão paritária que acompanha a Concordata, recorda ao i que a abolição dos<br />

dois feriados católicos ainda está nas mãos do Vaticano - on<strong>de</strong> terá <strong>de</strong> ser aprovada<br />

pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. "Os<br />

contactos entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Santa Sé já começaram,<br />

mas são sempre processos que <strong>de</strong>moram algum tempo", consi<strong>de</strong>ra o bispo. Só<br />

<strong>de</strong>pois da aprovação do Vaticano é que a proposta <strong>de</strong> lei tem condições para entrar<br />

em vigor.<br />

COMO MARCAR AS FÉRIAS<br />

Se até 15 <strong>de</strong> Abril ainda não houver uma <strong>de</strong>cisão do governo, como é que os<br />

trabalhadores <strong>de</strong>vem marcar as suas férias? Tiago Cortes, advogado especialista em<br />

direito laboral, garante que não existe uma regra legal. "O que conta é o acordo<br />

prévio estabelecido entre o trabalhador e a empresa", refere. "E como já existe uma<br />

proposta, <strong>de</strong> que se fala amplamente na comunicação social, o melhor é os<br />

trabalhadores não contarem com os feriados", avisa o especialista.<br />

De qualquer forma, a última palavra nestas matérias é sempre da empresa, que tem<br />

o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> "alertar o trabalhador para a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado dia po<strong>de</strong>r não<br />

vir a ser feriado", acrescenta Tiago Cortes. Caso tenha uma viagem pensada para a<br />

altura <strong>de</strong> algum dos quatro feriados, o trabalhador <strong>de</strong>ve acautelar-se e "falar sobre o<br />

assunto com a entida<strong>de</strong> patronal antes da entrega do mapa <strong>de</strong> férias".<br />

A empresa <strong>de</strong>ve então estipular um acordo e assegurar que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da<br />

mudança nos feriados, conce<strong>de</strong>rá ao funcionário aquele dia ou a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

trocar as férias. Com Silvia Caneco


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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Vistos para EUA saem <strong>de</strong><br />

Paris<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: i Página: 5<br />

C/ Foto | Cor<br />

Vistos para EUA saem <strong>de</strong> Paris<br />

LISBOA Os vistos <strong>de</strong> imigração para os Estados Unidos vão <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser emitidos<br />

em Lisboa ou no consulado <strong>de</strong> Ponta Delgada. A partir <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Março, os<br />

portugueses que queiram emigrar para aquele país terão, tal como os franceses, <strong>de</strong><br />

respon<strong>de</strong>r às entrevistas ou participar nas lotarias <strong>de</strong> vistos na embaixada dos<br />

Estados Unidos em Paris.<br />

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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Vai perguntar à tua mãe Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: i Página: 12<br />

Autor: Ema Paulino C/ Foto | Cor<br />

Vai perguntar à tua mãe<br />

Ao contrário do que o pai quer fazer parecer, mandar perguntar à mãe não traduz o<br />

arbítrio <strong>de</strong> lhe dar po<strong>de</strong>r, mas sim a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> se <strong>de</strong>sresponsabilizar<br />

Ema Paulino<br />

Não há nada mais gratificante do que sermos reconhecidos por um trabalho bem<br />

feito. De facto, quando tudo corre bem, gostamos <strong>de</strong> aparecer como os digníssimos<br />

proprietários da i<strong>de</strong>ia. As crianças costumam chamar a si, e só a si, o prémio com um<br />

"e fiz sozinho, ninguém ajudou!". Já quando corre mal é mais difícil encontrar os<br />

responsáveis. Principalmente quando há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transferir as culpas para<br />

outro elo da ca<strong>de</strong>ia. É a arte da <strong>de</strong>sresponsabilização, acompanhada da paz <strong>de</strong><br />

espírito da transferência <strong>de</strong> culpa ou obrigações. Um pouco como o que fazemos<br />

quando limpamos a nossa caixa <strong>de</strong> correio electrónica utilizando o botão mágico do<br />

reencaminhamento. Alguém se ocupará do assunto. E além da minha inbox limpa,<br />

fico também com a consciência tranquila e, importantíssimo, uma prova da<br />

transferência <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>. As crianças dizem um muito simples: "eu é que<br />

não fui!"<br />

A lei dos compromissos, aplicada ao Serviço Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, é um exemplo<br />

<strong>de</strong>sta arte da <strong>de</strong>sresponsabilização. Primeiro, porque passa essencialmente para os<br />

Conselhos <strong>de</strong> Administração dos hospitais o ónus <strong>de</strong> interpretar não só o que consta<br />

<strong>de</strong>sta lei, mas também <strong>de</strong> a integrar e compaginar com a lei <strong>de</strong> execução<br />

orçamental. O que por si só já é um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio, uma vez que existem áreas que<br />

ainda esperam a <strong>de</strong>vida regulamentação, e que, portanto, estão abertas a<br />

interpretação.<br />

Além disso, como Portugal não tem cumprido com a meta quantitativa do programa<br />

<strong>de</strong> assistência económica e financeira <strong>de</strong> não acumular mais dívidas por pagar há<br />

mais <strong>de</strong> 90 dias no final <strong>de</strong> cada trimestre, ficam os Conselhos <strong>de</strong> Administração<br />

também responsáveis para que isso não aconteça. Assim, e <strong>de</strong> acordo com a nova<br />

lei, as entida<strong>de</strong>s públicas só po<strong>de</strong>rão passar a assumir compromissos financeiros<br />

quando tenham fundos disponíveis. E, se alguma coisa correr mal - do ponto <strong>de</strong> vista<br />

económico - são os próprios membros dos Conselhos <strong>de</strong> Administração que serão<br />

responsabilizados cível, criminal e financeiramente. Exatamente os mesmos que<br />

também po<strong>de</strong>rão ser responsabilizados se não prestarem serviços <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> aos<br />

cidadãos.<br />

A responsabilida<strong>de</strong> aqui atribuída não é, por si só, <strong>de</strong>scabida. Aliás, não ser exigido<br />

um certo grau <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> aos prestadores <strong>de</strong> cuidados e aos gestores <strong>de</strong><br />

estruturas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, no sentido da garantia da sustentabilida<strong>de</strong> do Serviço Nacional<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, é que não faz qualquer sentido. A própria Associação Nacional das<br />

Farmácias afirmou ontem, no ato <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> posse dos seus novos órgãos<br />

sociais, estar disponível para assumir compromissos no âmbito do controlo da<br />

<strong>de</strong>spesa <strong>de</strong> medicamentos em ambulatório, apesar <strong>de</strong> as farmácias não terem até<br />

qualquer influência na prescrição. No entanto, fica a questão <strong>de</strong> saber qual é então a


esponsabilida<strong>de</strong> do Ministério da Saú<strong>de</strong>? E do Governo? Afinal, durante anos<br />

<strong>de</strong>mitiram-se das suas obrigações <strong>de</strong> planeamento e monitorização dos indicadores<br />

<strong>de</strong> eficiência Ou <strong>de</strong> consensualização <strong>de</strong> uma estratégia global para os cuidados<br />

hospitalares no País, verda<strong>de</strong>iramente alicerçados (e aliviados) por uma<br />

reestruturação eficaz e programada dos cuidados primários e continuados.<br />

Ao contrário do que o pai quer fazer parecer, mandar perguntar à mãe não traduz o<br />

arbítrio <strong>de</strong> lhe dar po<strong>de</strong>r, mas sim a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> se <strong>de</strong>sresponsabilizar. Em caso <strong>de</strong><br />

dúvida, é sempre melhor passar a bola. O problema é se a mãe faz o mesmo...<br />

Mas há outros casos também, em que a resposta é evi<strong>de</strong>nte. Mas que alguém não<br />

quer assumir. Aí, resta-lhe <strong>de</strong>legar não só a responsabilida<strong>de</strong>, como arranjar um<br />

bo<strong>de</strong> expiatório também. Alguém que carregue sozinho a culpa da calamida<strong>de</strong> para<br />

que outros (ou todos?) contribuíram. Mas a qual poucos (nenhuns?) estão<br />

disponíveis para suportar. Farmacêutica<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: SALÁRIOS BAIXARAM<br />

PELA PRIMEIRA VEZ<br />

DESDE 1999<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: i Página: 1/8 e 9<br />

Autor: SANDRA ALMEIDA<br />

SIMÕES<br />

C/ Foto | Cor<br />

SALÁRIOS BAIXARAM PELA PRIMEIRA VEZ DESDE 1999<br />

SALÁRIOS BAIXARAM PELA PRIMEIRA VEZ DESDE 1999<br />

Salários recuam 716 milhões em 2011, primeira queda <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1999<br />

Aumento do <strong>de</strong>semprego, cortes nas remunerações e atrasos no pagamento <strong>de</strong><br />

salários justificam a quebra registada em 2011<br />

SANDRA ALMEIDA SIMÕES<br />

As empresas e o Estado pagaram, em 2011, 25 265 milhões <strong>de</strong> euros em salários.<br />

Este montante representa um corte <strong>de</strong> 716 milhões <strong>de</strong> euros face ao ano anterior.<br />

2011 foi o primeiro ano <strong>de</strong>s<strong>de</strong>, pelo menos, 1999 em que se registou uma quebra no<br />

pagamento <strong>de</strong> remunerações <strong>de</strong> trabalho, o que reflecte o agravamento da crise<br />

económica.<br />

A taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego, que em 2011 atingiu o triplo da registada no início do século<br />

XXI, o crescimento do número <strong>de</strong> insolvências <strong>de</strong> empresas, o congelamento <strong>de</strong><br />

salários em alguns dos sectores privados, o corte <strong>de</strong> remunerações na função<br />

pública e a sobretaxa <strong>de</strong> IRS sobre o subsídio <strong>de</strong> Natal são as principais razões na<br />

origem do recuo nos pagamentos salariais realizados em 2011.<br />

Os dados apresentados referem-se às transferências electrónicas interbancárias<br />

para pagamentos <strong>de</strong> remunerações <strong>de</strong> trabalho e constam do último Boletim<br />

Estatístico divulgado pelo Banco <strong>de</strong> Portugal (BdP). No entanto, os montantes<br />

divulgados po<strong>de</strong>m pecar por <strong>de</strong>feito, uma vez que ainda há empresas - um número<br />

pouco significativo e cada vez menor - a recorrer ao cheque como meio <strong>de</strong><br />

pagamento <strong>de</strong> salários.<br />

Des<strong>de</strong> 1999 que o pagamento <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nados por transferência bancária tem vindo a<br />

subir anualmente. Os maiores crescimentos foram registados no início do século,<br />

sempre na or<strong>de</strong>m dos dois dígitos. Por sua vez, em 2010 foi o primeiro ano em que o<br />

crescimento abrandou significativamente (mais 3,5%), até que em 2011 se registou a<br />

primeira diminuição, em quase 3%.<br />

Analisando os pagamentos mensais, as estatísticas comprovam que Junho e<br />

Novembro foram os meses em que os portugueses mais ganharam, resultado do<br />

pagamento <strong>de</strong> subsídios <strong>de</strong> férias e <strong>de</strong> Natal.<br />

Comparando as remunerações pagas em Novembro e Dezembro <strong>de</strong> 2011 - meses


em que fica liquidado o pagamento do subsídio <strong>de</strong> Natal - com o mesmo período do<br />

ano anterior, registou-se uma diminuição <strong>de</strong> 10% no montante das remunerações.<br />

No total dos dois meses, os empregadores pagaram menos 554 milhões <strong>de</strong> euros.<br />

Esta redução não é alheia à sobretaxa extraordinária <strong>de</strong> IRS sobre o subsídio <strong>de</strong><br />

Natal dos trabalhadores e pensionistas do sector privado e público, e à maior subida<br />

<strong>de</strong> sempre da taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego que, no último trimestre <strong>de</strong> 2011, disparou para<br />

14%.<br />

O número <strong>de</strong> pessoas disponíveis para trabalhar mas sem emprego já ultrapassava<br />

o milhão no final do último trimestre <strong>de</strong> 2011. Em média, no ano passado, a<br />

população empregada foi estimada em 4,87 milhões <strong>de</strong> indivíduos, <strong>de</strong> acordo com os<br />

dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística<br />

PRESTAÇÕES SOCIAIS RECUAM<br />

-Segundo as mesmas estatísticas, os pagamentos emitidos por Instituições nacionais<br />

<strong>de</strong> Segurança Social, como por exemplo, subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego ou <strong>de</strong> doença,<br />

sofreram o primeiro <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2005, ano em que começam as estatísticas<br />

do BdP. Em 2011, foram efectuadas pagamentos no valor <strong>de</strong> 3 387 milhões <strong>de</strong><br />

euros, menos 111 milhões do que em 2010.<br />

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<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Analistas acreditam que<br />

Portugal não será o<br />

próximo problema da Zona<br />

Euro<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Negócios Página: 1/16/17<br />

Autor: EDGAR CAETANO C/ Foto | Cor<br />

Analistas acreditam que Portugal não será o próximo problema da Zona Euro<br />

ACORDO NA GRÉCIA<br />

Portugal não será a próxima dor <strong>de</strong> cabeça, dizem<br />

Bancos <strong>de</strong> investimento acreditam que não haverá perdão da dívida caso Portugal<br />

necessite <strong>de</strong> reforço da ajuda<br />

EDGAR CAETANO<br />

- edgarcaetano@negocios.pt<br />

Os bancos <strong>de</strong> investimento mostram-se confiantes <strong>de</strong> que, apesar <strong>de</strong> o programa <strong>de</strong><br />

ajustamento <strong>de</strong> Portugal po<strong>de</strong>r ter <strong>de</strong> ser revisto, não há razões para acreditar que o<br />

País seja a próxima "dor <strong>de</strong> cabeça" da Zona Euro, como tem vindo a ser<br />

classificado por alguma imprensa internacional. Isto apesar <strong>de</strong> ser gran<strong>de</strong> o<br />

escrutínio dos investidores sobre Portugal, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um acordo na Grécia que<br />

ninguém acredita que resolverá os problemas do país.<br />

Horas <strong>de</strong>pois do acordo na Grécia, a revista alemã "Der Spiegel" dizia que Portugal<br />

precisava <strong>de</strong> mais dinheiro para permanecer "à tona <strong>de</strong> água" e para evitar tornar-se<br />

a "próxima Grécia". Já ontem, o "Financial Times" dava conta da pressão da<br />

oposição, dos sindicatos e dos parceiros sociais, no sentido <strong>de</strong> se renegociar o<br />

acordo com a troika. O jornal britânico escreveu no mês passado que "Portugal é a<br />

próxima dor <strong>de</strong> cabeça da Zona Euro".<br />

Os receios em tomo <strong>de</strong> Portugal, ligados ao risco <strong>de</strong> que um reforço da assistência<br />

possa envolver, como na Grécia, perdas para os bancos privados, "são uma<br />

preocupação que alguns clientes têm, <strong>de</strong> facto, manifestado", reconhece Luca<br />

Jellinek, responsável pelo "research" em dívida soberana europeia do Crédit<br />

Agricole. Ao Negócios, o especialista sublinha que "quando se analisam os números,<br />

muitos <strong>de</strong>scobrem que não são tão maus assim".<br />

Predomina entre os analistas a previsão <strong>de</strong> que Portugal precisará <strong>de</strong> estar, pelo<br />

menos, até 2015 sob a alçada financeira da troika E que, também por isso, será<br />

necessário um reforço do empréstimo que, temem alguns investidores, po<strong>de</strong>rá ditar<br />

perdas para os privados. "Mas esse é um receio infundado, já que os lí<strong>de</strong>res<br />

europeus não quererão repetir a experiência da Grécia", diz Beat Siegenthaler, um<br />

analista do UBS.<br />

"Os lí<strong>de</strong>res europeus têm <strong>de</strong>monstrado muita boa vonta<strong>de</strong> em relação a Portugal, e


portanto há uma disposição para que os fundos europeus possam emprestar mais<br />

dinheiro, se for necessário", sublinha o especialista. Em nota <strong>de</strong> investimento, o<br />

mesmo banco suíço escreve que "Portugal é um mundo à parte [da Grécia], já que o<br />

ajustamento necessário é muito menor, os <strong>de</strong>pósitos na banca estão a crescer, a<br />

situação política é mais coesa e o governo tem actuado <strong>de</strong> forma eficiente no campo<br />

das reformas estruturais".<br />

Ainda assim, os indicadores <strong>de</strong> percepção <strong>de</strong> risco sobre Portugal têm aliviado mas<br />

continuam em níveis elevados sugerindo que, como escreve Beat Siegenthaler,<br />

"Portugal continue a ser um pouco um prisioneiro dos <strong>de</strong>senvolvimentos na Grécia".<br />

Já Luca Jellinek acredita que o mais importante para Portugal é a evolução das<br />

métricas <strong>de</strong> crescimento económico, além do cumprimento das metas <strong>de</strong> redução do<br />

défice acordadas com a troika.<br />

Com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento <strong>de</strong> curto prazo asseguradas e com as<br />

medidas <strong>de</strong> injecção <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z promovidas pelo BCE, "não vemos razão para um<br />

agravamento da pressão sobre Portugal nas próximas semanas", diz Ciaran<br />

O'Hagan, analista do Société Générale. No que diz respeito a mexidas das agências<br />

<strong>de</strong> "rating", que no passado recente têm sido um dos factores <strong>de</strong> maior pressão<br />

sobre a dívida portuguesa, "não esperamos quaisquer notícias nos próximos meses,<br />

já que as notações da dívida estão niveladas nas três principais agências", diz<br />

O'Hagan.<br />

O resultado das próximas avaliações da troika, não só a actual como a <strong>de</strong> Maio, e a<br />

aproximação ao final do ano - "prazo" até ao qual terá <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido se Portugal<br />

tem ou não <strong>de</strong> regressar aos . mercados em 2013 - são alguns dos factores<br />

passíveis <strong>de</strong> criar maior pressão sobre o país, na opinião dos analistas.<br />

CDS da Grécia po<strong>de</strong>m agravar juros <strong>de</strong> Portugal<br />

As negociações dos próximos dias entre as autorida<strong>de</strong>s gregas e os credores<br />

privados vão <strong>de</strong>terminar se as perdas suportadas por estes últimos <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>arão<br />

ou não o pagamento dos "credit <strong>de</strong>fault swaps" sobre dívida grega. Essa discussão<br />

po<strong>de</strong>rá ter repercussões nas taxas <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> Portugal, avisa o UBS.<br />

Os "CDS" são uma espécie <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> seguro comercializado por terceiros e que<br />

reembolsa o comprador do contrato caso um <strong>de</strong>terminado emitente entre em<br />

incumprimento. O organismo que <strong>de</strong>termina se o processo <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> dívida da<br />

Grécia configura ou não um "evento <strong>de</strong> crédito" é a International Swaps and<br />

Derivatives Association.<br />

Estima-se que existam cerca <strong>de</strong> três mil milhões <strong>de</strong> euros em CDS <strong>de</strong> dívida pública<br />

da Grécia, algo que po<strong>de</strong>ria ter um impacto sobre as contas dos bancos que<br />

ven<strong>de</strong>ram esses contratos. Mas o UBS diz que o melhor será <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar esse<br />

pagamento. Isto porque se corre o risco <strong>de</strong> tornar este instrumento "inútil" e obrigar<br />

alguns bancos a <strong>de</strong>spejar títulos (incluído dívida portuguesa), já que <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r<br />

reduzir o risco através da compra <strong>de</strong> CDS.<br />

Portugueses rejeitam abandono do euro<br />

Um estudo do Núcleo <strong>de</strong> Economia Comportamental do ISPA conclui que apenas<br />

10% dos portugueses estão a favor <strong>de</strong> uma saída do euro. A manutenção <strong>de</strong><br />

Portugal no euro, com redução acentuada dos rendimentos, para que a<br />

probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego não seja muito elevada, foi o cenário preferido dos


inquiridos (42%).<br />

O cenário <strong>de</strong> dupla circulação monetária (euro e escudo) foi a segunda escolha<br />

(27%). Estas são as principais conclusões do trabalho, que tem por base um<br />

inquérito a 1.208 pessoas, realizado pela Netsonda, nas duas últimas semanas <strong>de</strong><br />

Janeiro <strong>de</strong> <strong>2012</strong>. As questões foram acompanhadas da explicitação das<br />

consequências em termos <strong>de</strong> inflação, <strong>de</strong>semprego, ou perdas <strong>de</strong> rendimentos <strong>de</strong><br />

cada uma das opções.<br />

De acordo com os autores - Francisco Garcia-Santos, que é também presi<strong>de</strong>nte da<br />

APC - Associação Portuguesa <strong>de</strong> Empresas <strong>de</strong> Investimento, e António Machado -,<br />

"a preferência pela retoma exclusiva do escudo está associada apenas ao menor<br />

conhecimento que as pessoas dizem ter sobre as questões económicas".<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Como é que Portugal<br />

chegou a uma taxa <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>semprego <strong>de</strong> 14%?<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Negócios Página: 28<br />

Autor: Rui Peres Jorge C/ Foto | Cor<br />

INE<br />

Como é que Portugal chegou a uma taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego <strong>de</strong> 14%?<br />

O INE publicou recentemente uma análise aos fluxos <strong>de</strong> transição entre emprego,<br />

<strong>de</strong>semprego e inactivida<strong>de</strong>. Um contributo para se perceber como o País chegou a<br />

valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego inimagináveis há <strong>de</strong>z anos<br />

Rui Peres Jorge<br />

rpjorge@negocios.pt<br />

Perante o aumento vertiginoso do <strong>de</strong>semprego em Portugal, que em menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<br />

anos passou <strong>de</strong> uma fasquia inferior a 4% para 14%, são muitos os que se<br />

perguntam, como chegámos aqui? A resposta exige a pon<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> várias<br />

dinâmicas nas variáveis fundamentais da economia e garantirá <strong>de</strong>bate aceso entre<br />

várias correntes <strong>de</strong> pensamento e partidos. O INE contribuiu recentemente para o<br />

<strong>de</strong>bate com uma análise à forma como, ao longo da última década, os portugueses<br />

foram transitando entre emprego, <strong>de</strong>semprego e inactivida<strong>de</strong>. Os resultados são<br />

esclarecedores sobre o rumo dramático seguido no mercado <strong>de</strong> trabalho nacional.<br />

Uma das tendências marcantes da década é o facto <strong>de</strong> os portugueses que caem no<br />

<strong>de</strong>semprego sentirem cada vez mais dificulda<strong>de</strong>s em sair <strong>de</strong>ssa situação. Em 1998,<br />

a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sempregado <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> o ser no trimestre seguinte, por<br />

encontrar emprego, rondava os 20%. Dez anos <strong>de</strong>pois esse valor ficou pouco acima<br />

dos 10% (ver gráfico 3).<br />

Isto aconteceu apesar <strong>de</strong> também ter diminuído a frequência dos que, estando<br />

<strong>de</strong>sempregados, se tornaram inactivos por <strong>de</strong>sistirem <strong>de</strong> procurar emprego (ver<br />

gráfico 2). Ou seja, a persistência na procura <strong>de</strong> emprego é maior, mas a<br />

probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter sucesso caiu <strong>de</strong> forma dramática.<br />

Outro sinal <strong>de</strong> maior persistência na procura <strong>de</strong> emprego está no aumento da<br />

probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um português, sendo inactivo, passar a <strong>de</strong>sempregado, isto é, <strong>de</strong><br />

passar a procurar emprego, mas não encontrar. No final dos anos 90, apenas 1,5%<br />

dos inactivos num <strong>de</strong>terminado trimestre passavam a <strong>de</strong>sempregados no trimestre<br />

seguinte. Dez anos <strong>de</strong>pois este valor passou a ficar consistentemente na casa dos<br />

2% (ver gráfico 1).<br />

Finalmente, talvez um dos dados mais dramáticos, embora não surpreen<strong>de</strong>nte: ficar<br />

<strong>de</strong>sempregado é cada vez mais provável. No final dos anos 90, menos <strong>de</strong> 1% dos<br />

que tinham emprego <strong>de</strong>ixavam <strong>de</strong> o ter no trimestre seguinte. Este valor subiu muito<br />

ao longo da década seguinte (ver gráfico 4).<br />

Perante estes dados, Sónia Torres, a autora do estudo publicado pelo INE, conclui


que quase meta<strong>de</strong> (46,7%) do aumento do <strong>de</strong>semprego em Portugal entre 1998 e<br />

2010 se <strong>de</strong>veu ao maior número <strong>de</strong> portugueses que per<strong>de</strong>ram o emprego. O<br />

aumento do número dos que passaram <strong>de</strong> inactivos a <strong>de</strong>sempregados é também<br />

significativo, justificando cerca <strong>de</strong> 20% da variação registada no <strong>de</strong>semprego. Os<br />

restantes 30% são explicados, quase na totalida<strong>de</strong>, pelas maiores dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>,<br />

estando <strong>de</strong>sempregado, voltar a encontrar emprego. Estes resultados significam que<br />

"os aumentos da taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego se ficaram a <strong>de</strong>ver sobretudo a aumentos nas<br />

entradas no <strong>de</strong>semprego (provenientes do emprego e da inactivida<strong>de</strong>) e não tanto a<br />

diminuições nas saídas do <strong>de</strong>semprego (para o emprego e inactivida<strong>de</strong>)", conclui a<br />

autora.<br />

INE divulga séries com transições no mercado <strong>de</strong> trabalho<br />

A análise publicada pelo INE às transições entre condições perante o trabalho<br />

(emprego, <strong>de</strong>semprego e inactivida<strong>de</strong>) surge ao mesmo tempo que a divulgação,<br />

inédita, <strong>de</strong> séries longas sobre estas transições. Os dados po<strong>de</strong>m ser consultados no<br />

portal da instituição. O objectivo é permitir um conhecimento mais fino da forma do<br />

funcionamento do mercado <strong>de</strong> trabalho nacional. A análise não inclui o ano <strong>de</strong> 2011,<br />

por ter ocorrido uma alteração metodológica significativa no inquérito, a qual impe<strong>de</strong><br />

comparações entre anos. A este respeito Sónia Torres, a autora do estudo, salienta<br />

"um aumento do número <strong>de</strong> transições entre os vários estados".<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


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Título: Carris precisa <strong>de</strong> 100<br />

milhões por ano para<br />

financiar a dívida<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Negócios Página: 12<br />

Autor: ALEXANDRA NORONHA C/ Foto | Cor<br />

TRANSPORTES<br />

Carris precisa <strong>de</strong> 100 milhões por ano para financiar a dívida<br />

Empresa conseguiu reduzir os prejuízos em 30% em 2011<br />

ALEXANDRA NORONHA<br />

anoronha@negocios.pt<br />

A Carris precisa <strong>de</strong> 100 milhões <strong>de</strong> euros por ano para financiar a dívida. Segundo<br />

adiantou ontem o presi<strong>de</strong>nte da transportadora, Silva Rodrigues, durante a<br />

apresentação <strong>de</strong> resultados <strong>de</strong> 2011 da empresa, a Carris gastou com o serviço da<br />

dívida 99,6 milhões <strong>de</strong> euros no ano passado.<br />

Este valor <strong>de</strong>verá replicar-se nos próximos anos, sendo que o presi<strong>de</strong>nte da empresa<br />

revelou que o máximo que a Carris tem conseguido são empréstimos a 90 dias e<br />

mesmo esses são raros. Ou seja, a maioria da dívida está a ser contraída e 30 e a<br />

60 dias por consórcios <strong>de</strong> bancos, sobretudo estrangeiros. Em 2011, a empresa<br />

pagou 55 milhões <strong>de</strong> euros em juros.<br />

A empresa apresentou uma dívida <strong>de</strong> 693,3 milhões euros em 2011, mais 20 milhões<br />

<strong>de</strong> euros dos que os 673,6 milhões que contraiu em 2010.<br />

Por outro lado, a transportadora aumentou os proveitos pela prestação <strong>de</strong> serviços<br />

em 3,6 milhões <strong>de</strong> euros, para 86,4 milhões <strong>de</strong> euros. Apesar disso, a transportadora<br />

continuou a apresentar prejuízos, mas que reduziu em 30% face a 2010. Assim o<br />

resultado líquido da empresa atingiu os 29,3 milhões negativos face aos 42,2 milhões<br />

negativos <strong>de</strong> 2010. A empresa conseguiu resultados operacionais <strong>de</strong> 15,1 milhões<br />

face aos 17,7 milhões negativos <strong>de</strong> 2010, sendo que o EBITDA foi <strong>de</strong> 34,5 milhões<br />

positivos, uma melhoria consi<strong>de</strong>rável, face aos 2,8 milhões obtidos em 2010.<br />

Os resultados financeiros agravaram-se em 80% para 44,5 milhões negativos, o que<br />

acaba por anular as melhorias operacionais da empresa. A dívida histórica da Carris,<br />

em linha com a das restantes empresas <strong>de</strong> transportes, está a ser tratada pelo<br />

Governo no âmbito da reestruturação da dívida pública.<br />

Silva Rodrigues <strong>de</strong>u ainda conta que a Carris prevê que saiam 300 pessoas da<br />

empresa, no âmbito da reestruturação da transportadora. "Estamos a pagar um valor<br />

razoável, entre 20 e 25 mil euros", disse o responsável, explicando que <strong>de</strong>ssas 300,<br />

100 já estão concretizadas.<br />

A transportadora escolheu a figura das rescisões voluntárias e das reformas<br />

antecipadas para levar a cabo o processo, que se <strong>de</strong>ve ao facto <strong>de</strong>stes<br />

trabalhadores serem "exce<strong>de</strong>ntários", segundo Silva Rodrigues. Aliás, o grupo <strong>de</strong>


trabalho que o Governo criou para alterar os transportes em Lisboa e Porto já tinha<br />

apontado para 300 saídas da Carris. O responsável relembrou ainda que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2003<br />

já saíram 2.500 pessoas da empresa e entraram outras mil.<br />

A empresa reduziu a massa salarial em 13,4% em 2011 e os restantes custos em<br />

17,6%, disse o responsável, recordando que as metas do Governo eram <strong>de</strong> 5% e<br />

15% respectivamente.<br />

A Carris irá começar a operar a nova re<strong>de</strong> com os cortes impostos pelo Governo no<br />

próximo dia 3 <strong>de</strong> Março. Os cortes incidiram em 27 carreiras da transportadora, o<br />

que representa que cerca <strong>de</strong> 5,4% da oferta fica reduzida, um poupança <strong>de</strong> quatro<br />

milhões <strong>de</strong> euros.<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Contra-relógio em Atenas<br />

para segurar novo<br />

empréstimo<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Negócios Página: 17<br />

Autor: EVA GASPAR* C/ Foto | Cor<br />

Contra-relógio em Atenas para segurar novo empréstimo<br />

É preciso concretizar troca <strong>de</strong> títulos para abater à dívida e aprovar medidas duras<br />

no parlamento. Tempo urge<br />

EVA GASPAR*<br />

O Governo e parlamento gregos entraram ontem num novo contra-relógio apertado,<br />

agora para aprovar uma bateria <strong>de</strong> leis sem a qual a promessa <strong>de</strong> um segundo<br />

empréstimo externo da União Europeia e do FMI <strong>de</strong> 130 mil milhões <strong>de</strong> euros,<br />

confirmada na madrugada <strong>de</strong> terça-feira em Bruxelas após 13 horas <strong>de</strong> intensas<br />

negociações, po<strong>de</strong>rá não passar disso mesmo.<br />

Em causa está a regulamentação do processo <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> títulos que será<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado a 8 <strong>de</strong> Março, e através do qual se espera que os privados perdoem<br />

um pouco mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> (107 mil milhões <strong>de</strong> euros) da dívida grega em sua posse.<br />

A troca será à partida "voluntária", mas para garantir a redução da dívida nos<br />

montantes previstos serão introduzidas cláusulas <strong>de</strong> acção colectiva (CAC) que<br />

forçarão todos os credores a aceitarem as condições já pré-acordadas com os<br />

representantes da banca.<br />

No rescaldo, a Fitch cortou ontem mesmo o "rating" grego <strong>de</strong> 'CCC' para 'C', o que<br />

significa que está agora no último grau <strong>de</strong> "lixo" - a seguir já é território <strong>de</strong><br />

incumprimento. A <strong>de</strong>sclassificação já era esperada, <strong>de</strong>verá ser renovada nas<br />

próximas semanas e replicada pelas outras agências, que avisaram que<br />

consi<strong>de</strong>rariam "incumprimento parcial" qualquer acordo <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> dívida pública<br />

grega, ainda que voluntário. Para esta agência, mesmo um "incumprimento parcial" e<br />

temporário, <strong>de</strong>verá ser consi<strong>de</strong>rado um "evento <strong>de</strong> crédito", abrindo a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> serem executados os seguros <strong>de</strong> crédito (CDS) no caso dos credores que, contra<br />

a sua vonta<strong>de</strong>, vejam o valor nominal dos seus títulos reduzido, à partida nos 53,5%<br />

acordados nesta semana em Bruxelas (ver caixa ao lado).<br />

No "pipeline" congestionado no Parlamento grego está ainda um vasto conjunto <strong>de</strong><br />

legislação <strong>de</strong>stinado a dar seguimento imediato a muitas das medidas incluídas no<br />

novo plano <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> reformas, entre as quais está o corte do salário<br />

mínimo e <strong>de</strong> pensões, a flexibilização do mercado <strong>de</strong> trabalho e a preparação <strong>de</strong><br />

várias privatizações.<br />

Estas são algumas das "acções prévias" exigidas a Atenas para que os lí<strong>de</strong>res<br />

europeus possam formalizar a aprovação do segundo empréstimo a tempo <strong>de</strong><br />

transferir para Atenas um novo "balão <strong>de</strong> oxigénio" e impedir uma bancarrota caótica<br />

a 20 <strong>de</strong> Março, data em que se vence um empréstimo obrigacionista <strong>de</strong> 14,5 mil<br />

milhões <strong>de</strong> euros.<br />

Mas há muitas variáveis que não estão nas mãos <strong>de</strong> Atenas. Os 130 mil milhões <strong>de</strong>


euros do segundo empréstimo - que se junta ao <strong>de</strong> 110 mil milhões acordado há dois<br />

anos, sendo que restam <strong>de</strong>ste cerca <strong>de</strong> 34 mil milhões - são ainda um valor<br />

indicativo, que está <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da participação que venha a ser acordada por um<br />

FMI mais cauteloso que po<strong>de</strong>rá emprestar apenas um décimo do novo total. No<br />

empréstimo a Portugal e à Irlanda, o Fundo comprometeu-se assegurar um terço das<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento dos dois países. Este segundo programa <strong>de</strong><br />

assistência à Grécia tem ainda <strong>de</strong> ser aprovado nos parlamentos nacionais, o que<br />

gera sempre incerteza.<br />

Défice e dívida revistos em alta<br />

A apresentação do novo pacote legislativo no Parlamento grego foi ontem<br />

acompanhada <strong>de</strong> uma nova revisão em alta do défice orçamental <strong>de</strong> 2011, que<br />

passou dos 5,4% que foram inscritos no Orçamento <strong>de</strong>ste ano, e que fora aprovado<br />

em Dezembro, para 6,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Também o rácio da dívida<br />

pública exce<strong>de</strong>u o previsto, tendo ficado em 169%. A recessão mais profunda que o<br />

previsto (o PIB grego recuou 7%, no que é o quarto ano <strong>de</strong> contracção) é a causa<br />

próxima <strong>de</strong>stas revisões.<br />

* com CP<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Sindicato quer ter uma<br />

palavra a dizer na escolha<br />

do futuro PGR<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Negócios Página: 27<br />

Autor: FILOMENA LANÇA C/ Foto | Cor<br />

MINISTÉRIO PÚBLICO<br />

Sindicato quer ter uma palavra a dizer na escolha do futuro PGR<br />

O sucessor <strong>de</strong> Pinto Monteiro "não po<strong>de</strong>rá ser alguém que <strong>de</strong>sconheça o Ministério<br />

Público"<br />

FILOMENA LANÇA<br />

O próximo Procurador Geral da República (PGR), que suce<strong>de</strong>rá a Fernando Pinto<br />

Monteiro, cujo mandato termina este ano, <strong>de</strong>verá ser alguém da casa, que "não<br />

<strong>de</strong>sconheça o Ministério Público e que não venha com <strong>de</strong>sígnios errados e não<br />

passe seis anos à volta <strong>de</strong> problemas que não existem". O alerta vem <strong>de</strong> Rui<br />

Cardoso, que ontem anunciou, formalmente, a sua candidatura à presidência do<br />

Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), que vai a votos em Março.<br />

Rui Cardoso li<strong>de</strong>ra a única lista concorrente e <strong>de</strong>verá substituir João Palma, que não<br />

se recandidata "por razões pessoais". A escolha do próximo PGR caberá ao Governo<br />

(que o proporá ao Presi<strong>de</strong>nte da República, que o nomeará), mas o sindicato vai<br />

empenhar-se e quer ter uma palavra a dizer. Queremos "uma hierarquia que, <strong>de</strong><br />

forma visível e transparente, assuma as suas responsabilida<strong>de</strong>s" e que "sem<br />

resignação, organize internamente o MP, criando mecanismos eficazes <strong>de</strong><br />

coor<strong>de</strong>nação e apoio aos magistrados", frisa Rui Cardoso. "Nos últimos seis anos [o<br />

mandato <strong>de</strong> Pinto Monteiro] o MP não se valorizou, apesar <strong>de</strong> ter havido muito bom<br />

trabalho feito pelos magistrados" concluiu. Rui Cardoso, que ocupa actualmente o<br />

cargo <strong>de</strong> secretário geral do SMMP, chegará à presidência do sindicato numa altura<br />

em que a Justiça enfrenta reformas significativas, com <strong>de</strong>staque para a do mapa<br />

judiciário, uma das que mais preocupa o magistrado: "nada se sabe sobre que<br />

filosofia há para o MP ou <strong>de</strong> que forma se fará a sua especialização", refere.<br />

PGR <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> período <strong>de</strong> nojo para magistrados<br />

O Procurador-geral da República (PGR) vai sugerir à ministra da Justiça que quem<br />

ocupa "cargos <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong>" no MP <strong>de</strong>ve comunicar para on<strong>de</strong> vai quando sai.<br />

No Parlamento, Pinto Monteiro <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u ainda que, nesses casos, <strong>de</strong>ve haver um<br />

período <strong>de</strong> nojo <strong>de</strong> dois anos, uma vez que aqueles cargos permitem que os<br />

magistrados possuam informação privilegiada. A questão surgiu a propósito do caso<br />

do procurador Orlando Figueira, que investigava o caso "BES Angola" e que pediu<br />

para sair do DCIAP e, alegadamente, vai para o sector privado, mais exactamente<br />

para o banco BIC, que tem entre os accionistas Isabel dos Santos. A mudança gerou<br />

mal-estar na magistratura, sobretudo no DCIAP. Lusa


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<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Governo admite mobilida<strong>de</strong><br />

da Função Pública em toda a<br />

área metropolitana<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Negócios Página: 1/25<br />

Autor: CATARINA ALMEIDA<br />

PEREIRA<br />

C/ Foto | Cor<br />

Governo admite mobilida<strong>de</strong> da Função Pública em toda a área metropolitana<br />

FUNÇÃO PÚBLICA<br />

Governo admite mobilida<strong>de</strong> no interior das áreas metropolitanas<br />

Esta é uma das hipóteses que está a ser estudada, admitiu ontem o secretário <strong>de</strong><br />

Estado Hél<strong>de</strong>r Rosalino<br />

CATARINA ALMEIDA PEREIRA<br />

catarinapereira@negocios.pt<br />

O Governo está a estudar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alargar a mobilida<strong>de</strong> geográfica sem<br />

acordo do trabalhador no interior das áreas metropolitanas <strong>de</strong> Lisboa e do Porto.<br />

Esta hipótese foi ontem admitida no Parlamento pelo secretário <strong>de</strong> Estado da<br />

Administração Pública, on<strong>de</strong> foi ouvido. "O que nós queremos trabalhar é a<br />

mobilida<strong>de</strong> geográfica que envolve a parte voluntária e a parte obrigatória", afirmou<br />

Hél<strong>de</strong>r Rosalino.<br />

"Relativamente à mobilida<strong>de</strong> geográfica voluntária, o que nós queremos é discutir<br />

com os sindicatos se as actuais regras fazem sentido como estão. Se não po<strong>de</strong>mos<br />

trabalhar por exemplo em áreas metropolitanas. Se não po<strong>de</strong>mos trabalhar em<br />

condicionantes diferentes em termos <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> distância a percorrer", afirmou,<br />

citando o sector bancário como referência.<br />

Em causa estão os limites que <strong>de</strong>finem quando é que a mobilida<strong>de</strong> voluntária passa<br />

a ser obrigatória, passando a dispensar o acordo do trabalhador. Na proposta que foi<br />

enviada na semana passada aos sindicatos, o Governo sugere que é necessário<br />

alterar os limites em vigor.<br />

Actualmente, a mobilida<strong>de</strong> só dispensa o acordo quando o trajecto não ocupa mais<br />

<strong>de</strong> 25% do tempo <strong>de</strong> trabalho ou não implica <strong>de</strong>spesas mensais superiores a 8% do<br />

salário líquido. O acordo é igualmente dispensado quando a mobilida<strong>de</strong> é feita para<br />

concelhos confinantes com Lisboa e Porto.<br />

Já a área metropolitana <strong>de</strong> Lisboa, agora referida como hipótese, engloba 18<br />

concelhos.<br />

"Temos que olhar para os limites que hoje existem, verificar se eles po<strong>de</strong>m ser<br />

ajustados, e <strong>de</strong>pois, relativamente à mobilida<strong>de</strong> voluntária, trabalhar ao nível dos<br />

incentivos", acrescentou.


Hél<strong>de</strong>r Rosalino esclareceu que não preten<strong>de</strong> que o acordo seja dispensado em<br />

distâncias muito significativas e rejeitou o conceito <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> forçada. "A<br />

mobilida<strong>de</strong> forçada não existe do ponto <strong>de</strong> vista legal. Existe mobilida<strong>de</strong> por<br />

interesse dos serviços não dando [ao funcionário] a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recusar".<br />

O Governo argumenta que a redistribuição <strong>de</strong> recursos é necessária <strong>de</strong>pois do<br />

programa <strong>de</strong> reestruturação do Estado, que vai permitir poupar, numa primeira fase,<br />

50 milhões <strong>de</strong> euros. Já a oposição acusa o Governo <strong>de</strong> preten<strong>de</strong>r, por esta via,<br />

dispensar pessoal.<br />

Pedro Silva Pereira perguntou se o Governo está em condições <strong>de</strong> pagar os<br />

subsídios <strong>de</strong> férias e <strong>de</strong> Natal em 2014. Hél<strong>de</strong>r Rosalino respon<strong>de</strong>u que essa<br />

questão extravasa as suas competências.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Quase 2.500 pensões<br />

douradas foram castigadas<br />

em Janeiro<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Negócios Página: 1/24/25<br />

Autor: ELISABETE MIRANDA C/ Foto | Cor<br />

Quase 2.500 pensões douradas foram castigadas em Janeiro<br />

229 euros. Este foi o valor médio dos cortes - Economia 26 e 27<br />

CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL DE SOLIDARIEDADE<br />

Quase 2.500 pensões douradas foram castigadas em Janeiro<br />

Número po<strong>de</strong> subir quando se concluir a operacionalização do cruzamento <strong>de</strong><br />

informações entre as diversas entida<strong>de</strong>s que pagam pensões<br />

ELISABETE MIRANDA<br />

elisabetemiranda@negocios.pt<br />

Um pouco mais <strong>de</strong> meio milhão <strong>de</strong> euros foi quanto ren<strong>de</strong>u em Janeiro a<br />

"contribuição especial <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>", um tributo que os pensionistas com mais <strong>de</strong><br />

5.000 euros estão obrigados a suportar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong>ste ano. O encargo<br />

extraordinário foi pago por 2.491 pensionistas, segundo números facultados ao<br />

Negócios pelo Ministério das Finanças.<br />

A contabilida<strong>de</strong> é provisória e po<strong>de</strong>rá vir a engordar, uma vez que ainda se está a<br />

operacionalizar o cruzamento <strong>de</strong> informação entre as diversas entida<strong>de</strong>s que pagam<br />

pensões (Caixa Geral <strong>de</strong> Aposentações, Segurança Social e fundos <strong>de</strong> pensões da<br />

banca, entre outros) para se somarem todas as parcelas nos casos em que os<br />

reformados recebem mais do que uma pensão.<br />

É que, ao contrário do que aconteceu no ano passado, em que era o próprio<br />

reformado que tinha o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar as múltiplas pensões que auferia, este ano,<br />

são as entida<strong>de</strong>s que pagam os rendimentos que ficaram com a obrigação <strong>de</strong><br />

comunicar os dados à CGA. É esta entida<strong>de</strong> que tem por função apurar quem ganha<br />

quanto e <strong>de</strong>terminar os cortes no caso <strong>de</strong> pensões acumuladas (no caso <strong>de</strong> haver<br />

uma só pensão, cabe à entida<strong>de</strong> respectiva fazer a retenção na fonte). Apesar <strong>de</strong><br />

esta centralização já estar legalmente em vigor, ela "não se encontra, ainda,<br />

totalmente operacional, dado que há toda uma série <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

formato <strong>de</strong> ficheiros e compatibilização <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação prévia à troca <strong>de</strong><br />

dados em curso", explicou ao Negócios o secretário <strong>de</strong> Estado da Administração<br />

Pública. Para já, com a informação disponível, foram cobrados em Janeiro<br />

569.363,89 euros a 2.491 pensionistas.<br />

Corte adicional <strong>de</strong> 5%


Em termos médios, cada reformado ficou com menos 229 euros <strong>de</strong> reforma no mês,<br />

o que representa um corte adicional na pensão <strong>de</strong> 5%. Esta contribuição, só por si,<br />

não é muito significativa para uma pensão <strong>de</strong>stas gran<strong>de</strong>zas, mas, ao acumular com<br />

outras medidas, como a redução da <strong>de</strong>dução específica em IRS, as restrições ao<br />

abatimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas a título <strong>de</strong> <strong>de</strong>duções à colecta, e o corte dos subsídios <strong>de</strong><br />

férias e <strong>de</strong> Natal, tem levado algumas figuras públicas como Mira Amaral e Cavaco<br />

Silva a "queixarem-se" da dimensão do castigo.<br />

Recor<strong>de</strong>-se que, este ano, quem tiver rendimentos <strong>de</strong> pensões entre 5.030 euros (o<br />

equivalente a 12 in<strong>de</strong>xantes <strong>de</strong> apoios sociais, IAS) e 7.546 euros (18 IAS) fica sem<br />

25% da parcela da pensão que ultrapassar os 5.030 euros. Quem ganhar mais do<br />

que 7.546 euros, per<strong>de</strong> 25% <strong>de</strong> 2.515 euros, e ainda 50% <strong>de</strong> tudo o que exceda este<br />

último patamar.<br />

A intenção inicial do Governo era manter a contribuição <strong>de</strong> 10% que vigorou no ano<br />

passado para as pensões acima <strong>de</strong> 5.000 euros, mas durante a passagem do<br />

Orçamento do Estado pelo Parlamento, PSD e CDS carregaram-lhe nos cortes.<br />

Embora os <strong>de</strong>putados populares tenham, na altura, admitido que estariam em causa<br />

"migalhas" em termos <strong>de</strong> receita pública adicional, a medida avançou para dar um<br />

sinal do que são as preocupações redistributivas da maioria.<br />

IDEIAS-CHAVE<br />

COMO SE CALCULAM OS CORTES<br />

1. PENSÕES ENTRE 5.030 E 7.546 EUROS<br />

Quem tiver rendimentos <strong>de</strong> pensões entre 5.030 euros (o equivalente a 12<br />

in<strong>de</strong>xantes <strong>de</strong> apoios sociais, que vale 419,22 euros cada) e 7.546 euros (18 IAS)<br />

fica sem 25% do montante que ultrapassar os 5.030 euros.<br />

Por exemplo, quem ganhar 6.500 euros brutos por mês, fica sem 367,5 euros (25% x<br />

1.500 euros).<br />

2. PENSÕES ACIMA DE 7.546 EUROS<br />

Um pensionista com uma reforma ou conjunto <strong>de</strong> reformas que ultrapassem 18<br />

vezes o in<strong>de</strong>xante <strong>de</strong> apoios sociais (IAS, 419,22 euros), pagará 25% sobre o valor<br />

que exce<strong>de</strong> os 5.030 euros e 52% sobre o que ultrapassar os 7.546 euros. Se<br />

estivermos perante uma pensão <strong>de</strong> 10.000 euros brutos mensais, a contribuição será<br />

<strong>de</strong> 1.856 euros mensais (629 euros x 25% + 2.454 x 50%).<br />

Em 2011, a contribuição especial já vigorou, mas era apenas <strong>de</strong> 10% sobre o valor<br />

que excedia os 5.000 euros.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Clarificar águas em <strong>de</strong>fesa<br />

do Norte<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Notícias Página: 20<br />

Autor: Gomes Fernan<strong>de</strong>s C/ Foto | PB<br />

Clarificar águas em <strong>de</strong>fesa do Norte<br />

Penso que toda a gente a Norte já percebeu que não vamos ter Regionalização.<br />

Ban<strong>de</strong>iras embrulhadas com mágoa, por tempo incalculável, <strong>de</strong> momento resta-nos o<br />

que já temos, embora débil e pouco eficaz: a Área Metropolitana do Porto, alargada<br />

<strong>de</strong> Oliveira <strong>de</strong> Azeméis, a sul; e a Santo Tirso, a norte. Territorialmente constitui já<br />

uma larga e diversa estrutura político-estratégica que, se for bem aproveitada, po<strong>de</strong><br />

ter um papel <strong>de</strong>cisivo no fortalecimento regional e na revitalização económico-social<br />

nortenha.<br />

É preciso, antes <strong>de</strong> mais, que PS e PSD o entendam e assumam as<br />

responsabilida<strong>de</strong>s daí <strong>de</strong>rivadas, uma vez que são lí<strong>de</strong>res autárquicos na maioria<br />

<strong>de</strong>ste território têm condições políticas, à esquerda e direita, <strong>de</strong> sensibilizarem<br />

sindicatos e empresários para tão nobre e urgente projeto.<br />

Há temas quentes sobre a mesa que não são contra nem a favor do Governo, sendo<br />

este <strong>de</strong> centro-direita como actual, ou <strong>de</strong> centro-esquerda se fosse na alternativa: as<br />

questões do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão do porto <strong>de</strong> Leixões e do aeroporto <strong>de</strong> Francisco Sá<br />

Carneiro são vitais para a região com cabeça política no Porto, o Norte, e para a sua<br />

economia e estrutura social, além <strong>de</strong> alargarem o espaço eurorregional com a<br />

Galiza, conferindo-lhe dimensão europeia.<br />

"Quando o Porto dá um espirro, Lisboa constipa-se", ou apanha uma pneumonia, foi<br />

mais ou menos assim que alguém disse, mas para isso é preciso que o Porto tenha<br />

força e coragem, também dignida<strong>de</strong>, para "espirrar" forte e sem medo.<br />

Chegará o momento em que alguém pedirá responsar bilida<strong>de</strong>s e bom seria que os<br />

dois partidos, PS e PSD, essenciais à Democracia, não fossem julgados como<br />

"coveiros" do interesse nortenho é do futuro do país!<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Queda <strong>de</strong> seis metros mata<br />

trabalhador da construção<br />

civil<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Notícias Página: 25<br />

Autor: TEIXEIRA CORREIA C/ Foto | PB<br />

Queda <strong>de</strong> seis metros mata trabalhador da construção civil<br />

ODEMIRA<br />

UM TRABALHADOR da construção civil morreu, ontem <strong>de</strong> manhã, vítima <strong>de</strong> um<br />

aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trabalho, na Zambujeira do Mar, O<strong>de</strong>mira. António João Godinho<br />

Oliveira, 52 anos, natural <strong>de</strong> Montargil, Ponte <strong>de</strong> Sor, estava a trabalhar no primeiro<br />

andar <strong>de</strong> uma moradia quando se <strong>de</strong>sequilibrou e caiu <strong>de</strong> uma altura <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />

seis metros. Segundo Nazário Correia, comandante dos bombeiros <strong>de</strong> O<strong>de</strong>mira, o<br />

homem caiu "numa zona interior da obra, <strong>de</strong> difícil acesso" e terá tido morte<br />

imediata.<br />

De acordo com um funcionário da Junta <strong>de</strong> Montargil, o dono da obra é da freguesia,<br />

apesar da se<strong>de</strong> da empresa ter se<strong>de</strong> no Seixal.<br />

No local estiveram uma ambulância do INEM estacionada nos bombeiros <strong>de</strong><br />

O<strong>de</strong>mira e a Viatura <strong>de</strong> Suporte Imediato <strong>de</strong> Vida do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> daquela<br />

localida<strong>de</strong>.<br />

A GNR <strong>de</strong> S. Teotónio e a Autorida<strong>de</strong> para as Condições <strong>de</strong> Trabalho estiveram a<br />

investigar o que terá estado na origem do aci<strong>de</strong>nte. Depois do atestado <strong>de</strong> óbito<br />

passado pelo <strong>de</strong>legado <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, o corpo <strong>de</strong> António Oliveira foi removido para o<br />

Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, on<strong>de</strong> será autopsiado.<br />

TEIXEIRA CORREIA<br />

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Título: Função Pública per<strong>de</strong>u 20<br />

mil quadros num ano<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Notícias Página: 31<br />

Autor: Lucilia Tiago C/ Foto | Cor<br />

Função Pública per<strong>de</strong>u 20 mil quadros num ano<br />

Governo admite alargar mobilida<strong>de</strong> nas áreas metropolitanas do Porto e Lisboa<br />

Lucilia Tiago<br />

A ADMINISTRAÇÃO Central do Estado per<strong>de</strong>u entre 17 mil a 20 mil funcionários<br />

públicos (valores líquidos entre saída e entradas). O número foi avançado ontem por<br />

Hél<strong>de</strong>r Rosalino na Comissão <strong>de</strong> Orçamento e Finanças, tendo o secretário <strong>de</strong><br />

Estado admitido a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alargar a mobilida<strong>de</strong> geográfica às áreas<br />

metropolitanas.<br />

Os números apresentados por Hél<strong>de</strong>r Rosalino indicam ainda que no caso do<br />

emprego público, pela primeira vez em muito anos, o número <strong>de</strong> funcionários do<br />

Estado ficará abaixo dos 500 mil. As saídas para a reforma e o congelamento das<br />

admissões explicam maioritariamente esta quebra, mas as centrais sindicais<br />

lamentam esta "aposta" do Governo na perda <strong>de</strong> quadros qualificados.<br />

No total, a redução <strong>de</strong> efetivos na Administração Central do Estado rondou em 2011<br />

os 3,2%, um valor mais elevado do que apontavam as previsões iniciais do Governo<br />

e acima da meta <strong>de</strong> 2% <strong>de</strong>finidas pela troika para <strong>2012</strong> e 2013.<br />

Os últimos dados oficiais disponíveis mostram que em junho <strong>de</strong> 2011 o emprego<br />

público, incluindo os trabalhadores das EPE, totalizava 551 405 pessoas ou 507 973<br />

sem as EPE.<br />

A mobilida<strong>de</strong> geográfica marcou também esta audição, tendo o secretário <strong>de</strong> Estado<br />

admitido que preten<strong>de</strong> discutir com os sindicatos as atuais regras da mobilida<strong>de</strong><br />

voluntária e obrigatória. Neste segundo caso, Hél<strong>de</strong>r Rosalino admitiu a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se alargar o perímetro atual às áreas metropolitanas (em Lisboa e no Porto).<br />

Atualmente a mobilida<strong>de</strong> é já obrigatória quando esteja em causa a transferência <strong>de</strong><br />

um funcionário público <strong>de</strong> um serviço sediado em Lisboa ou no Porto para os<br />

concelhos limítrofes, ou seja, obriga a aceitar uma mudança para Matosinhos, mas<br />

não para Vila do Con<strong>de</strong>. Para além dos limites daquilo que é obrigatório, a<br />

mobilida<strong>de</strong> será voluntária e existirão incentivos.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Farmácias propõem cobrir<br />

teto na <strong>de</strong>spesa<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Notícias Página: 5<br />

C/ Foto | PB<br />

Farmácias propõem cobrir teto na <strong>de</strong>spesa<br />

MEDICAMENTOS<br />

O PRESIDENTE da Associação Nacional <strong>de</strong> Farmácias (ANF) João Cor<strong>de</strong>iro,<br />

reafirmou, ontem, na sua tomada <strong>de</strong> posse, a disponibilida<strong>de</strong> para assumir um<br />

compromisso com o Governo quanto ao teto da <strong>de</strong>spesa pública com medicamentos<br />

<strong>de</strong> 1,180 milhões <strong>de</strong> euros, previsto no Orçamento do Estado para <strong>2012</strong>,<br />

comprometendo-se a "<strong>de</strong>volver ao SNS" o montante da <strong>de</strong>spesa que ultrapassar<br />

esse valor.<br />

A proposta, já apresentada ao Governo, teria como contrapartidas a fixação <strong>de</strong><br />

preços através <strong>de</strong> concurso público e a adoção <strong>de</strong> protocolos terapêuticos.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Avaliação <strong>de</strong> professores<br />

no Superior alvo <strong>de</strong> críticas<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Notícias Página: 4<br />

Autor: Alexandra Inácio C/ Foto | PB<br />

Avaliação <strong>de</strong> professores no Superior alvo <strong>de</strong> críticas<br />

Processo está atrasado. Há instituições que ainda não aprovaram regulamentos,<br />

outras que não estão a pagar as <strong>de</strong>vidas atualizações salariais - Docentes começam<br />

a queixar-se do excesso <strong>de</strong> burocracia e <strong>de</strong> critérios quantificáveis<br />

Alexandra Inácio<br />

A avaliação docente, entre 2004 e 2010, já <strong>de</strong>via estar concluída, mas a maioria<br />

ainda <strong>de</strong>corre. O <strong>de</strong>scontentamento começa a crescer <strong>de</strong>vido à burocracia e à falta<br />

<strong>de</strong> atualizações salariais.<br />

Dez pontos na avaliação permitem a atualização salarial. Mas a maioria das<br />

instituições ainda não terminou o processo referente ao período entre 2004 e 2010<br />

(que po<strong>de</strong> ser administrativo ou por pon<strong>de</strong>ração curricular) e, entre as que o fizeram,<br />

só na Universida<strong>de</strong> Técnica <strong>de</strong> Lisboa e Politécnico <strong>de</strong> Coimbra terão sido pagos os<br />

<strong>de</strong>vidos aumentos.<br />

Em jeito <strong>de</strong> aviso, a FENPROF enviou ontem aos docentes associados um<br />

comunicado alertando-os para o reconhecimento feito pela Direção-Geral da<br />

Administração e do Emprego Público <strong>de</strong> que as promoções anteriores a 1 <strong>de</strong> janeiro<br />

<strong>de</strong> 2011 não são abrangidas pelo atual congelamento nas carreiras.<br />

O excesso <strong>de</strong> burocracia e <strong>de</strong> critérios com base apenas na quantida<strong>de</strong> - número <strong>de</strong><br />

aulas ou <strong>de</strong> artigos publicados, sem aten<strong>de</strong>r à qualida<strong>de</strong> - também está a aumentar o<br />

<strong>de</strong>scontentamento. A contestação começa a ser ouvida no Porto e Minho. O<br />

"trabalho invisível" no apoio aos alunos e preparação <strong>de</strong> aulas, "por não produzirem<br />

resultados quantificados imediatos", estão a ficar <strong>de</strong> fora dos regulamentos, critica<br />

António Vicente, presi<strong>de</strong>nte do Sindicato Nacional do Ensino Superior.<br />

Para Pedro Oliveira, da FENPROF, "o processo <strong>de</strong> avaliação foi transformado numa<br />

ativida<strong>de</strong> burocrática" e "num instrumento <strong>de</strong> controle" dos docentes. As atualizações<br />

salariais, <strong>de</strong>correntes da avaliação, estão condicionados à massa salarial das<br />

instituições. Se não houver verba o reitor "harmoniza" as classificações. E, como os<br />

resultados só são divulgados a cada professor, a FENPROF alerta para a facilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> "favorecimentos".<br />

Na Universida<strong>de</strong> do Porto (UP), ainda há faculda<strong>de</strong>s (como o ICBAS) que não<br />

aprovaram os regulamentos. No Minho, o processo teve <strong>de</strong> ser recalendarizado - por<br />

ter existido um "<strong>de</strong>sfasamento entre a comunicação dos pontos [da avaliação<br />

administrativa] aos docentes e a publicação dos critérios" da pon<strong>de</strong>ração curricular,<br />

que po<strong>de</strong> ser requerida pelos professores, explicou a pró-reitora Cláudia Viana. E<br />

prevê concluir o processo até 27 <strong>de</strong> julho.<br />

CRITÉRIOS


Partituras ao minuto<br />

É um dos critérios aplicados aos docentes da licenciatura <strong>de</strong> Música na Universida<strong>de</strong><br />

do Minho. Se a obra tem mais <strong>de</strong> 30 minutos, recebe uma pontuação maior.<br />

Um ponto por cada página<br />

São critérios da Faculda<strong>de</strong> ' <strong>de</strong> Direito da UP: um livro até 200 páginas vale 200<br />

pontos; até 500, são 500 pontos e mais <strong>de</strong> 750 páginas, são 750 pontos. A. lógica é<br />

semelhante em relação à publicação dos artigos.<br />

Teses em Inglês valem mais Na Escola <strong>de</strong> Engenharia da Universida<strong>de</strong> do Minho, os<br />

professores que fizerem uma tese <strong>de</strong> doutoramento em Português recebem cinco<br />

pontos, mas se escreverem o trabalho em Inglês merecem mais um ponto.<br />

Efeitos da avaliação<br />

A avaliação <strong>de</strong>termina a progressão na carreira, as alterações remuneratórias<br />

(condicionadas à massa salarial) e a atribuição <strong>de</strong> prémios <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

Também é obrigatória para a renovação dos contratos.<br />

Só três instituições têm resultados<br />

SÓ TRÊS INSTITUIÇÕES entre as 41 que compõem a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Superior<br />

público (15 universida<strong>de</strong>s e 26 institutos politécnicos) concluíram a avaliação entre<br />

2004 e 2010. E, ao que o JN apurou, a atribuição <strong>de</strong> notas não suscitou<br />

<strong>de</strong>scontentamento no Instituto Superior Técnico (UTL) e nos politécnicos <strong>de</strong> Coimbra<br />

e da Guarda.<br />

"A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> critérios para a avaliação por pon<strong>de</strong>ração curricular foi feita<br />

atempadamente e os resultados correspon<strong>de</strong>ram às expectativas dos docentes",<br />

explica o presi<strong>de</strong>nte do SNESUP. Em Coimbra - que foi a primeira universida<strong>de</strong> a<br />

aprovar o regulamento após a revisão dos estatutos das carreiras, frisou o vice-reitor<br />

- a avaliação trianual contribui para a "pacificação" do processo.<br />

"A gran<strong>de</strong> preocupação da Reitoria é a <strong>de</strong> roubar o menos tempo possível aos<br />

docentes, que já têm muito que fazer", <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Henrique Ma<strong>de</strong>ira. Os resultados do<br />

processo em curso só serão divulgados em 2014. Já na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

<strong>de</strong>corre a avaliação entre 2004 e 2010, que estará concluída até final do ano letivo.<br />

Em Aveiro, ficará pronta no final do mês.<br />

netpress system © manchete, 1996-<br />

<strong>2012</strong>


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Título: HISTÓRIAS DE VIDA DE 228<br />

TRABALHADORES<br />

INDEMNIZADOS 12 ANOS<br />

DEPOIS<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Notícias Página: 1/16/17<br />

Autor: Ana Trocado Marques C/ Foto | PB<br />

HISTÓRIAS DE VIDA DE 228 TRABALHADORES INDEMNIZADOS 12 ANOS<br />

DEPOIS<br />

Ana Trocado Marques<br />

Doze anos após o fecho da têxtil Nórdica, <strong>de</strong> Vila do Con<strong>de</strong>, os 228 trabalhadores<br />

receberam ontem as in<strong>de</strong>mnizações. Mas levaram menos <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> do que tinham<br />

direito: 1,2 milhões <strong>de</strong> euros. "É uma miséria, mas é melhor do que nada".<br />

À porta do Tribunal <strong>de</strong> Gaia, Bertelina Giesteira sorri, abanando o cheque. "Nesta<br />

altura <strong>de</strong> crise, o dinheiro vem mesmo a calhar", explica, ao JN, António Oliveira. A<br />

têxtil vila-con<strong>de</strong>nse <strong>de</strong>ixou-lhe "muitas sauda<strong>de</strong>s": ali per<strong>de</strong>u dias <strong>de</strong> férias, fez<br />

turnos <strong>de</strong> 16 horas, trabalhou "como um mouro", mas <strong>de</strong> nada se arrepen<strong>de</strong>.<br />

"Éramos uma família e trabalhávamos com gosto", recorda.<br />

Na altura que a têxtil faliu, ficar <strong>de</strong>sempregado com 51 anos foi "muito complicado".<br />

Veio embora da Nórdica em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1999, ao fim <strong>de</strong> <strong>23</strong> anos como motorista e<br />

funcionário <strong>de</strong> armazém. Agora, continua a contar, mostrando o cheque, recebeu 573<br />

2 euros. "É pouquinho, mas É a vida".<br />

"Foi um processo muito conturbado: primeiro, a fábrica foi vendida quase <strong>de</strong> graça;<br />

<strong>de</strong>pois, só o primeiro gestor judicial cobrou 148 mil euros e nem sequer levou o caso<br />

até ao fim. Não sobrou quase nada", explica Fernando Gomes. Sem nunca ter<br />

trabalhado na Nórdica, a experiência amealhada enquanto porta-voz dos<br />

trabalhadores no processo <strong>de</strong> falência da Fábrica <strong>de</strong> Min<strong>de</strong>lo, levou-o, há pouco<br />

menos <strong>de</strong> um ano, a ser escolhido para representar o pessoal da Nórdica, quando o<br />

processo <strong>de</strong> falência se arrastava em tribunal e parecia teimar em não sair do sítio.<br />

Um ano <strong>de</strong>pois, chegou o dinheiro. Pouco, é certo. Mas chegou.<br />

Fernando Gomes acompanhou, ontem, o grupo <strong>de</strong> quase duas centenas <strong>de</strong> pessoas<br />

que, em quatro autocarros cedidos pela Câmara <strong>de</strong> Vila do Con<strong>de</strong>, rumou ao<br />

Tribunal do Comércio <strong>de</strong> Gaia para receber as in<strong>de</strong>mnizações. "A vitória dos<br />

trabalhadores da Nórdica" - lia-se nos papéis, colados no vidro da frente. "Sim,<br />

porque é uma vitória, ao fim <strong>de</strong> doze anos", <strong>de</strong>sabafam.<br />

Pelo caminho, muitos faleceram sem nunca ter visto cor do dinheiro <strong>de</strong> uma vida <strong>de</strong><br />

trabalho. Houve quem passasse necessida<strong>de</strong>s, quem quase <strong>de</strong>sesperasse, quem já<br />

não tivesse esperança <strong>de</strong> alguma vez ver um tostão. Ontem, <strong>de</strong> cheques na mão, à<br />

porta do Tribunal, houve sorrisos e lágrimas.<br />

[TRÊS HISTÓRIAS]


Fernando Gomes<br />

O verda<strong>de</strong>iro homem da luta Bateu-se como ninguém pelos direitos dos 440<br />

trabalhadores da Fábrica <strong>de</strong> Min<strong>de</strong>lo. Volvidos 14 anos ganhou a luta. No Tribunal do<br />

Comércio <strong>de</strong> Gaia todos o conhecem. Não foi, por isso, <strong>de</strong> estranhar que os<br />

trabalhadores da Nórdica tenham batido à porta <strong>de</strong> Fernando Gomes para ser seu<br />

representante judicial. Aos 74 anos, sem saber dizer não, aceitou. Meteu pés ao<br />

caminho, foi ao Tribunal, pressionou, fez requerimentos, mergulhou-se em papelada<br />

e o facto é que, volvido menos <strong>de</strong> um ano, os trabalhadores esta-, vam a ser<br />

notificados para receber os cheques. Fernando Gomes entrou na Fábrica <strong>de</strong><br />

Min<strong>de</strong>lo, na década <strong>de</strong> 50, com 16 anos para ganhar cinco tostões. Ali trabalhou 40<br />

anos. Ali, só da sua família, eram quatro - ele, a mulher, a nora e a cunhada. A<br />

unida<strong>de</strong> chegou a empregar duas mil pessoas. Em 1994, fechou as portas. Foi o<br />

início da <strong>de</strong>cadência das fábricas têxteis no concelho. Outex, Macon<strong>de</strong> e Tsuzuki são<br />

os exemplos mais sonantes <strong>de</strong> uma lista que inclui mais <strong>de</strong> duas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />

pequenas indústrias têxteis.<br />

Adriana Teixeira<br />

SÓ QUERIA TER AO LADO O MARIDO<br />

"Só tenho pena que o meu marido não esteja cá para ver". Adriana Teixeira não<br />

consegue conter as lágrimas. A viúva <strong>de</strong> Manuel Teixeira foi, ontem, a tribunal,<br />

receber a in<strong>de</strong>mnização que era, por direito, do marido, falecido há cinco anos.<br />

Também ela trabalhou na Nórdica 36 anos, mas saiu ainda antes da falência. "0 meu<br />

marido trabalhou lá 25 anos. Quando ele morreu, fui eu que continuei a luta e, agora,<br />

há um ano, pedi ajuda ao sr. Fernando Gomes. Estamos-lhe muito gratos", continuou<br />

a contar. Nestes 12 anos, confessa, houve "muita luta, muitas lágrimas e muito<br />

<strong>de</strong>sespero". Ontem, "graças a Deus, acabou".<br />

Conceição Fangueiro<br />

"NUNCA MAIS TIVE EMPREGO FIXO"<br />

Maria da Conceição Fangueiro estava <strong>de</strong> baixa quando a Nórdica fechou as portas,<br />

abruptamente, em cima do Natal. Era lá costureira há 29 anos. Aconselhada pelo<br />

sindicato, cumpriu, na fábrica vazia, 40 dias sozinha. "Foram 40 dias à porta, o dia<br />

inteiro", afirma. Exceto o fecho, da Nórdica só tem boas recordações: uma boa<br />

fábrica, uma família, muitos amigos. Veio embora com 43 anos. Velha para trabalhar,<br />

nova para a reforma, mas lá foi batalhando: primeiro numa escola, <strong>de</strong>pois na<br />

Qimonda, que também abriu falência, e mais tar<strong>de</strong> <strong>de</strong> novo, numa escola. "Nunca<br />

mais tive emprego fixo. Agora, com 55 anos, estou na pré-reforma".<br />

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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Panibral em crise põe<br />

cida<strong>de</strong> sem pão<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Notícias Página: <strong>23</strong><br />

C/ Foto | PB<br />

Panibral em crise põe cida<strong>de</strong> sem pão<br />

OS CERCA DE 80 trabalhadores da panificadora bracarense Panibral paralisaram,<br />

ontem <strong>de</strong> manhã, reclamando pelos salários em atraso. Reivindicam o pagamento<br />

dos subsídios <strong>de</strong> Natal e <strong>de</strong> férias, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009, e o mês <strong>de</strong> janeiro.<br />

É a maior panificadora <strong>de</strong> Braga que abastece a gran<strong>de</strong> parte das pastelarias e<br />

padarias da cida<strong>de</strong>, mas as dificulda<strong>de</strong>s há muito que se fazem sentir e, ontem, os<br />

trabalhadores não distribuíram pão, nem abriram os postos <strong>de</strong> venda.<br />

"Pe<strong>de</strong>m para trabalhar, prometendo resolver a situação, mas andamos nisto há tanto<br />

tempo que não dá para aguentar mais", dizia José Vieira, um dos funcionários que, à<br />

sua conta, "distribuía <strong>de</strong>z mil pães por dia". Os trabalhadores <strong>de</strong>nunciam "gestão<br />

danosa", porque "trabalho é a única coisa" que dizem não faltar. Muitas pessoas<br />

bateram "com o nariz na porta" e regressaram a casa sem pão.<br />

Nas pastelarias também se sentiu a falha. Manuel Bezerra, do sindicato, lembra que<br />

"o problema já se arrasta há muito", alertando que "as quotas foram passadas para<br />

outras pessoas que agora não assumem as dívidas".<br />

Os gestores manifestaram preocupação pelos prejuízos <strong>de</strong>correntes do facto <strong>de</strong> a<br />

fábrica ter funcionado e os postos não terem aberto, mas à tar<strong>de</strong> já laboraram<br />

normalmente. Numa reunião na ACT, os trabalhadores aceitaram a proposta <strong>de</strong> a<br />

gerência hoje apresentar um programa <strong>de</strong> pagamento do mês <strong>de</strong> janeiro.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Estado corta 574 milhões<br />

nos apoios sociais num só<br />

ano<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Jornal Notícias Página: 1/29<br />

Autor: Lucília Tiago C/ Foto | PB<br />

ECONOMIA<br />

Estado corta 574 milhões nos apoios sociais num só ano<br />

Menos 574 milhões para apoios sociais<br />

Lucília Tiago<br />

A <strong>de</strong>spesa do Estado em abono <strong>de</strong> família, subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego, ação social e<br />

rendimento social <strong>de</strong> inserção recuou 574 milhões <strong>de</strong> euros em zon. Com os<br />

<strong>de</strong>sempregados, a poupança ascen<strong>de</strong>u a 117,2 milhões. em apoios sociais<br />

Os gastos do Estado em 2011 caíram cerca <strong>de</strong> 10% por comparação com a <strong>de</strong>spesa<br />

registada um ano antes. Esta poupança, verificada num ano em que o <strong>de</strong>semprego<br />

subiu para 12,7%, resulta essencialmente das novas regras da prova <strong>de</strong> condição <strong>de</strong><br />

recursos e das mudanças ao subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego introduzidas no final <strong>de</strong> 2010.<br />

Uma das reduções mais significativas foi nos subsídios <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego e social <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>semprego. No total, o Estado gastou menos 5,3% do que no ano anterior. Apesar<br />

<strong>de</strong> entre junho e <strong>de</strong>zembro cerca <strong>de</strong> 96 mil pessoas terem perdido o emprego e <strong>de</strong> o<br />

número <strong>de</strong> total <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados ascen<strong>de</strong>r já aos 771 mil (segundo o INE), o valor<br />

gasto naqueles apoios sociais reduziu-se 117,2 milhões <strong>de</strong> euros.<br />

A contribuir para esta situação estão vários fatores, nomeadamente a alteração das<br />

regras no subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego aprovada ainda pela ministra Helena André (PS),<br />

segundo as quais o valor pago a cada <strong>de</strong>sempregado <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser 65% do salário<br />

bruto, passando a ser 75% do vencimento líquido. Mas não só. Esta situação traduz<br />

ainda a subida do <strong>de</strong>semprego <strong>de</strong> longa duração, situação que está a fazer com que<br />

seja cada vez maior o número <strong>de</strong> pessoas sem trabalho que esgota o tempo <strong>de</strong><br />

atribuição do subsídio.<br />

Este quadro <strong>de</strong>verá acentuar-se ainda mais em <strong>2012</strong>, quando entrarem em vigor os<br />

novos prazos e valor máximtf <strong>de</strong> subsídio <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego (que reduz o valor <strong>de</strong> 1257<br />

para 1048 euros e introduz um corte <strong>de</strong> 10%, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>de</strong>corridos os primeiros seis<br />

meses).<br />

Os dados da execução orçamental mostram que também os gastos com o RSI, ação<br />

social e abono <strong>de</strong> família recuaram em 2011. A <strong>de</strong>scida mais expressiva registou-se<br />

no nível do abono, ao diminuir 30,3%. Traduzido em valores, isto significa que em<br />

2011 o Estado pagou 674,9 milhões <strong>de</strong> euros neste apoio, quando em 2010 tinha<br />

feito chegar às famílias 968,2 milhões <strong>de</strong> euros. No RSI, a quebra foi <strong>de</strong> 105 milhões<br />

<strong>de</strong> euros.


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<strong>2012</strong>


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Título: Grécia anuncia que não<br />

vai cumprir metas<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Público Página: 1/13<br />

Autor: José Manuel Rocha C/ Foto | Cor<br />

Grécia anuncia que não vai cumprir metas<br />

Governo grego admite que não conseguirá cumprir este ano a meta do défice<br />

orçamental<br />

José Manuel Rocha<br />

Objectivo revisto em alta, <strong>de</strong> 5,4% para 6,7%. Agência Fitch voltou a cortar o rating<br />

da República helénica por causa do perdão <strong>de</strong> dívida<br />

Dois dias <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> os ministros das Finanças da zona euro terem sufragado o novo<br />

plano <strong>de</strong> resgate financeiro grego, o Governo <strong>de</strong> Lucas Papa<strong>de</strong>mos reconheceu que<br />

não conseguirá manter este ano o défice público nos 5,4% previstos no Orçamento<br />

do Estado. A meta foi revista em alta 6,7% do produto interno bruto (PIB).<br />

A grave contracção económica que se verifica no país é a razão apontada pelas<br />

autorida<strong>de</strong>s para justificar o <strong>de</strong>svio. Num quadro <strong>de</strong> menor activida<strong>de</strong>, as receitas<br />

fiscais caem e as <strong>de</strong>spesas sociais (nomeadamente no apoio ao <strong>de</strong>semprego)<br />

acabam por subir, prejudicando os esforços <strong>de</strong> ajustamento. Na semana passada,<br />

dados oficiais mostravam uma quebra <strong>de</strong> mil milhões <strong>de</strong> euros na colecta fiscal <strong>de</strong><br />

Janeiro face ao período homólogo <strong>de</strong> 2011 – o que contrariava previsão do Governo<br />

<strong>de</strong> um aumento na cobrança <strong>de</strong> impostos.<br />

Com o Parlamento reunido ontem para analisar as peças legislativas que irão dar<br />

suporte ao novo resgate e ao perdão <strong>de</strong> dívida por parte dos investidores privados, a<br />

Grécia recebeu uma notícia com que já contava – uma nova baixa do rating da<br />

República por parte da Fitch.<br />

A agência <strong>de</strong> notação financeira já tinha anunciado que consi<strong>de</strong>raria como <strong>de</strong>fault<br />

(incumprimento) um acordo para corte da dívida, mesmo que voluntário. O rating das<br />

obrigações da Grécia passou, assim, para "CCC", o nível imediatamente acima <strong>de</strong><br />

incumprimento. Os títulos que entrarem no pacote <strong>de</strong> reestruturação da dívida serão<br />

classificados como "D" (<strong>de</strong>fault) logo que a operação seja concretizada, revelou a<br />

agência. Este movimento <strong>de</strong>verá ser seguido, nos próximos dias, pelas outras duas<br />

agências norte-americanas – a Moody's e a Standard & Poor's.<br />

Fechado o acordo com os parceiros para um novo resgate e com os credores para a<br />

redução <strong>de</strong> dívida, nem assim esse cenário acalmou a Grécia. A Bolsa <strong>de</strong> Atenas,<br />

apenas em dois dias, per<strong>de</strong>u 12% da sua capitalização. A banca grega, que <strong>de</strong>tém<br />

nos seus balanços uma parte substancial da dívida soberana do país, tem sido<br />

particularmente afectada pelos investidores. Mas os receios <strong>de</strong> que o novo pacote <strong>de</strong><br />

austerida<strong>de</strong> encaminhe o país para vários anos <strong>de</strong> recessão profunda está também a<br />

influenciar os ânimos bolsistas.


Ontem, números oficiais mostravam que a dívida pública do país estava próxima dos<br />

170% do produto interno bruto, levantando dúvidas sobre a capacida<strong>de</strong> do país <strong>de</strong><br />

reduzir este rácio para 120,5% em 2020, como está expresso nas condições do novo<br />

resgate.<br />

"A estratégia <strong>de</strong> salvamento da Grécia <strong>de</strong>para-se com inúmeros obstáculos e apenas<br />

o primeiro foi ultrapassado. É preciso ver como é que o novo pacote <strong>de</strong> medidas<br />

continuará a ser <strong>de</strong>safiado por greves e protestos. E, mais importante, subsistem<br />

dúvidas sobre como é que as reformas estruturais po<strong>de</strong>rão ser aplicadas <strong>de</strong> forma<br />

completa e efectiva", afirmou ao PÚBLICO Kevin Featherstone, presi<strong>de</strong>nte do<br />

Observatório Helénico da London School of Economics.<br />

Este especialista alerta que o acordo <strong>de</strong> resgate parece <strong>de</strong>lineado para agradar aos<br />

eleitores dos restantes países da União Europeia "em vez <strong>de</strong> alcançar o objectivo<br />

comum <strong>de</strong> fazer com que a Grécia retorne a um quadro <strong>de</strong> crescimento, colocando a<br />

zona euro numa base mais sólida".<br />

Ontem, as centrais sindicais e o Partido Comunista apelaram a novos protestos na<br />

praça frontal ao Parlamento, mas as manifestações não reuniram as <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />

milhares <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> há pouco mais <strong>de</strong> uma semana – um domingo em que<br />

Parlamento votou o acordo <strong>de</strong> resgate por entre protestos que <strong>de</strong>generaram em<br />

<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> edifícios incendiados e <strong>de</strong> pessoas feridas.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Câmara quer ficar com<br />

antigo hospital<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Público Página: 21<br />

S/ Foto | Cor<br />

Cascais<br />

Câmara quer ficar com antigo hospital<br />

A Câmara <strong>de</strong> Cascais está a negociar com o Ministério da Solidarieda<strong>de</strong> e<br />

Segurança Social a compra do edifício Con<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Castro Guimarães, no centro da<br />

vila, on<strong>de</strong> funcionava o antigo hospital, para ali criar um pólo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. O presi<strong>de</strong>nte<br />

da autarquia, Carlos Carreiras, disse que o ministro Pedro Mota Soares manifestou<br />

interesse em ven<strong>de</strong>r o imóvel, <strong>de</strong>socupado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009. O objectivo é ali instalar um<br />

pólo <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, com prestação <strong>de</strong> serviços à população e gerador <strong>de</strong> conhecimento e<br />

inovação.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Bolsa <strong>de</strong> funcionários para<br />

o novo mapa judiciário<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Público Página: 5<br />

S/ Foto | Cor<br />

Bolsa <strong>de</strong> funcionários para o novo mapa judiciário<br />

O Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) propôs ontem à ministra da Justiça a<br />

criação <strong>de</strong> uma bolsa <strong>de</strong> funcionários, a ser preenchida por voluntários, o que<br />

permitirá uma mobilida<strong>de</strong> mais alargada no novo mapa judiciário.<br />

"A mobilida<strong>de</strong> é uma questão que nos preocupa e que precisa <strong>de</strong> ser bem <strong>de</strong>finida.<br />

Defen<strong>de</strong>mos a criação <strong>de</strong> uma bolsa <strong>de</strong> funcionários, que se oferecessem<br />

voluntariamente e que passariam a ter algumas compensações. Isso permitiria uma<br />

mobilida<strong>de</strong> mais alargada", disse, à agência Lusa, o presi<strong>de</strong>nte do SFJ, após a<br />

reunião com Paula Teixeira da Cruz.<br />

Fernando Jorge <strong>de</strong>u um exemplo prático: "Com a reestruturação prevista nos<br />

tribunais, a Comarca <strong>de</strong> Faro irá <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Lagos a Vila Real <strong>de</strong> Santo António. São<br />

mais <strong>de</strong> cem quilómetros. É impensável um funcionário num dia estar a trabalhar<br />

num tribunal e no dia seguinte ter <strong>de</strong> percorrer esta distância.<br />

A ministra garantiu que isso não irá acontecer e esperemos que assim seja",<br />

salientou o responsável.Para o presi<strong>de</strong>nte do SFJ a reunião com Paula Teixeira da<br />

Cruz serviu para uma primeira abordagem ao novo mapa judiciário e para prestar<br />

informações e esclarecimentos.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: A Grécia não <strong>de</strong>ve sair do<br />

euro<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Visão Página: 24<br />

Autor: Mário Soares C/ Foto | Cor<br />

A Grécia não <strong>de</strong>ve sair do euro<br />

Mário Soares<br />

Não acredito que a Grécia seja expulsa da União Europeia. Apesar <strong>de</strong> alguns li<strong>de</strong>res<br />

europeus, sem compreen<strong>de</strong>rem a essência do que é ser europeu, pensem que é fácil<br />

expulsá-la, pelo menos da zona euro, e que tudo - em matéria <strong>de</strong> crise - ficará<br />

resolvido. Mas não é assim tão fácil. O euro é uma moeda forte - mais forte do que o<br />

dólar e a libra esterlina - e se a Grécia fosse expulsa, o euro entraria em fortes<br />

convulsões, o que poria o próprio projeto da Comunida<strong>de</strong> Europeia em gran<strong>de</strong> risco.<br />

Portugal, Itália, Espanha, Bélgica, a própria França, em véspera <strong>de</strong> eleições<br />

presi<strong>de</strong>nciais, em que Sarkozy com gran<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> vir a ser <strong>de</strong>rrotado,<br />

entrariam em convulsões muito sérias. A União Europeia, sem euro, ten<strong>de</strong>ria a<br />

<strong>de</strong>sagregar-se e, curiosamente, o maior per<strong>de</strong>dor seria a Alemanha, primeira<br />

responsável do colapso. A senhora Merkel com eleições à porta - em meados <strong>de</strong><br />

2013 - seria massacrada.<br />

É por isso que, não obstante a situação europeia e dos Estados-membros ser <strong>de</strong><br />

completa <strong>de</strong>sorientação, teimo em acreditar que os atuais lí<strong>de</strong>res europeus, por mais<br />

medíocres e sem visão que sejam, não se atreverão a dar o primeiro passo para o<br />

abismo, <strong>de</strong>ixando cair a Grécia. Sei como os economicistas, frequentemente, são<br />

alheios à cultura - só veem o dinheiro e não as pessoas - e talvez alguns não<br />

saibam, ou não tenham isso em conta, o que representa a Grécia na cultura<br />

oci<strong>de</strong>ntal.<br />

Ora, a Grécia não é um país qualquer. Foi o berço da nossa Civilização. Os melhores<br />

pensadores europeus - incluindo os alemães - quando se referem à Grécia falam<br />

com reverência da sabedoria grega e citam respeitosamente Homero, Hesíodo,<br />

Sócrates, Platão, Péricles, Aristóteles, Sófocles, para só referir os principais.<br />

A VERDADE É QUE O ESPÍRITO racional e humanista da cultura grega conquistou<br />

o Mundo. Devemos-lhe a filosofia, a matemática, a ciência, os mitos e as tragédias, a<br />

literatura, a <strong>de</strong>mocracia, a história e a influência que teve em Roma. Sem a Grécia o<br />

império romano não teria sido o mesmo. Foi <strong>de</strong>pois, no El Andaluz, que com<br />

Averroes e outros pensadores islâmicos, inspirados pelos gregos, trouxeram a<br />

sabedoria grega para o outro extremo da Europa, a Península Ibéria, que a partir do<br />

século XV, com as <strong>de</strong>scobertas, tornaram o Mundo um só. De resto, o nome Europa<br />

vem dos gregos e da sua mitologia.<br />

Um Povo com este historial - e orgulhoso <strong>de</strong>le - não po<strong>de</strong> ser tratado como os<br />

mercados especulativos, as troikas e as agências <strong>de</strong> rating ao serviço do gran<strong>de</strong><br />

capital o têm visto. A Grécia entrou na CEE, muito festejada, antes <strong>de</strong> Portugal e <strong>de</strong><br />

Espanha, pela mão <strong>de</strong> Valéry Giscard d'Estaing, então Presi<strong>de</strong>nte da França. Não é<br />

aceitável que um ministro alemão, economicista quanto baste, injurie os gregos<br />

agora e, com os olhos postos tão só no «vil metal», os trate <strong>de</strong> preguiçosos e<br />

incapazes, insinuando que <strong>de</strong>viam ser expulsos da Europa.


COM QUE AUTORIDADE? O Presi<strong>de</strong>nte da Grécia, patriota, com o orgulho ferido,<br />

respon<strong>de</strong>u-lhe à letra. Felizmente. Mas não bastou. A Grécia vive há sete meses à<br />

espera que a Europa lhe faça um empréstimo <strong>de</strong> 130 mil milhões <strong>de</strong> euros, sujeita a<br />

medidas <strong>de</strong> austerida<strong>de</strong> terríveis, com a sua população <strong>de</strong>sesperada. Veremos.<br />

Quando os conflitos chegam a este nível, tão baixo e insensato, em que a<br />

solidarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>sapareceu, não admira que os Estados não europeus <strong>de</strong>sconfiem da<br />

estabilida<strong>de</strong> europeia e aproveitem para tirar partido da situação. E isso pesa na<br />

consciência <strong>de</strong> todos os europeus. Não só dos gregos. Pobre Europa! Quem a viu e<br />

quem a vê...<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Garcia Pereira nos<br />

Pensadores<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Visão Página: 13<br />

S/ Foto | Cor<br />

Garcia Pereira nos Pensadores<br />

António Garcia Pereira, especialista em Direito do Trabalho e <strong>de</strong>stacada figura do<br />

MRPP, será o convidado do próximo encontro do Clube dos Pensadores. Dia 27, às<br />

21 e 30 no Hotel Holiday Inn, em Gaia.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Como a política chegou ao<br />

Carnaval<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Visão Página: 30 a 34<br />

Autor: Sara Belo Luís C/ Foto | Cor<br />

Como a política chegou ao Carnaval<br />

TORRES VEDRAS<br />

Pieguices e matrafonas<br />

POR Sara Belo Luís - TEXTO<br />

MARCOS BORGA - FOTOS<br />

O PRIMEIRO-MINISTRO ARGUMENTOU que era preciso saber quem é que queria<br />

lutar «para vencer esta crise». Por isso, na manhã <strong>de</strong> terça-feira <strong>de</strong> Carnaval, 21, os<br />

funcionários das Finanças <strong>de</strong> Torres Vedras apresentam-se ao serviço. Estão nos<br />

seus postos <strong>de</strong> trabalho, a VISÃO po<strong>de</strong> comprová-lo, a aten<strong>de</strong>r os (poucos) utentes<br />

que aparecem. Alguns <strong>de</strong>les trazem ao peito um crachá, distribuído pela organização<br />

do C arnaval da cida<strong>de</strong>, que diz: «Eu produzo».<br />

Estarão ali religiosamente até às 17 e 30, mesmo que a afluência não o justifique:<br />

num dia normal, ao meiodia, há 150 senhas para aten<strong>de</strong>r; hoje, vamos em quinze.<br />

«Não se justifica estarmos aqui», comenta uma. «Viemos cá buscar o subsídio <strong>de</strong><br />

refeição», ironiza outro. Não é possível um retrato para a VISÃO, <strong>de</strong>ntro da<br />

repartição, mas, cá fora, na rua, o chefe não vê inconveniente: um vai buscar a<br />

cabeleira; outra, os óculos <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> garrafa; outra, as antenas da abelha e outra,<br />

ainda, as mangas-<strong>de</strong>-alpaca, costuradas pela própria para nos fazer lembrar o<br />

funcionalismo público do tempo da outra senhora. «Há muito que não via uma coisa<br />

<strong>de</strong>ssas», notamos. Resposta: «Também eu não.» Em Torres Vedras, o Carnaval é<br />

estado <strong>de</strong> espírito.<br />

O cortejo está reservado para a tar<strong>de</strong>. Na escola primária funciona o quartel-general<br />

da organização e, no quadro da sala <strong>de</strong> aula, alguém escreveu o sumário:<br />

«Enquanto houver um folião na rua... o Carnaval <strong>de</strong> Torres continua.» E a festa está,<br />

<strong>de</strong> nas ruas, há barraquinhas com pastéis <strong>de</strong> feijão, roulottes <strong>de</strong> bifanas, farturas,<br />

cerveja, sangria, serpentinas, confettis, máscaras, chapéus, bombos, Ivete Sangalo e<br />

muito Michel Teló (sim, o do inenarrável «Ai se eu te pego.»)


SENHAS POR DISTRIBUIR<br />

Na zona por on<strong>de</strong> passa o corso, um quarteirão com um perímetro <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 800<br />

metros, só os cafés e os restaurantes permanecem abertos - e também a loja<br />

chinesa, ainda repleta <strong>de</strong> fatos e acessórios <strong>de</strong> Carnaval ma<strong>de</strong> in China. O Centro <strong>de</strong><br />

Emprego abriu apenas das 9 às 11, mas os funcionários do Tribunal do Trabalho e<br />

da Autorida<strong>de</strong> para as Condições do Trabalho (os outros dois serviços da<br />

Administração Central localizados <strong>de</strong>ntro do recinto vedado para as celebrações)<br />

estão presentes.<br />

Com muito menos afluência, testemunham à VISÃO, em ambos os locais, neste dia<br />

mais ou menos às moscas - e que até teria sido um bom dia para tratar <strong>de</strong><br />

burocracias. À porta da Autorida<strong>de</strong> para as Condições do Trabalho, por exemplo,<br />

uma hora antes <strong>de</strong> fechar, o segurança continuava com as senhas na mão, por<br />

distribuir.<br />

São, ao todo, seis dias <strong>de</strong> Carnaval, em Torres Vedras. Um investimento <strong>de</strong> 400 mil<br />

euros, uma expectativa <strong>de</strong> 300 mil visitantes. A organização diz que, este ano, têm<br />

tido mais gente e a perceção que há é a <strong>de</strong> que isso se <strong>de</strong>ve à publicida<strong>de</strong> grátis<br />

proveniente da «intolerância <strong>de</strong> ponto» do Governo, explica a assessora <strong>de</strong> imprensa<br />

do presi<strong>de</strong>nte da Câmara, o socialista Carlos Miguel. Trata-se <strong>de</strong> um Carnaval<br />

inofensivo, o <strong>de</strong> Torres, familiar, com muitos idosos e bebés <strong>de</strong> colo a passear. E no<br />

qual, mesmo com a propagação das Brancas <strong>de</strong> Neve, Minnies e Estrunfes da moda,<br />

continuam a reinar as matrafonas. Uma <strong>de</strong>las (um <strong>de</strong>les, na verda<strong>de</strong>) insistiu em que<br />

a VISÃO <strong>de</strong>sse uma moeda ao Presi<strong>de</strong>nte da República e anotasse esta rima:<br />

«Vamos tirar do buraco o pensionista Cavaco.»<br />

Se a política sempre dominou o Carnaval <strong>de</strong> Torres Vedras, este ano a sátira faz-se<br />

muito à custa da troika. Num dos carros alegóricos, Poul Thomson, representante do<br />

FMI, põe Paulo Portas a fazer abdominais em cima <strong>de</strong> uma bola <strong>de</strong> pilates e Pedro<br />

Passos Coelho, no chão, a fazer flexões (a propósito, o <strong>de</strong>sporto é o tema <strong>de</strong>ste<br />

ano). Noutro carro, o galo <strong>de</strong> Barcelos aparece a ser triturado numa picadora <strong>de</strong><br />

carne e, noutro ainda, o primeiro-ministro mete notas no porquinho-mealheiro <strong>de</strong> uma<br />

série <strong>de</strong> bancos.<br />

Há muitos piegas confessos («Sou piegas, mas divirto-me mais do que tu») e muita<br />

pieguice sobre o fim dos feriados, das reformas, das regalias, da Saú<strong>de</strong> e da<br />

Educação... A VISÃO não avistou nenhum folião mascarado <strong>de</strong> Passos Coelho ou <strong>de</strong><br />

Cavaco Silva. Essas máscaras não se <strong>de</strong>vem fabricar na China.<br />

OVAR<br />

Não há por que levar a mal...<br />

POR JOANA FILLOL - TEXTO<br />

FERNANDO VELUDO/NFACTOS - FOTOS<br />

NOS SERVIÇOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO do Tribunal <strong>de</strong> Ovar parece um dia<br />

normal <strong>de</strong> trabalho. Mas só atrás do balcão... clientes, nem vê-los. «Recebemos três<br />

ou quatro, <strong>de</strong> manhã», diz-nos um funcionário, antes <strong>de</strong> nos apresentarmos. A<br />

conversa muda <strong>de</strong> figura quando sabem que somos jornalistas. Aí, é chamada a<br />

responsável: «Já aten<strong>de</strong>mos bastante gente hoje.» Brinca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Carnaval. Pelo<br />

tom, sério, certamente que não...


No andar <strong>de</strong> cima, a sala <strong>de</strong> entrada no Tribunal está estranhamente vazia. «Hoje, só<br />

houve praticamente julgamentos sumários, quase todos <strong>de</strong> gente apanhada com<br />

álcool», informa uma funcionária que não se quer i<strong>de</strong>ntificar. Às nove da manhã,<br />

chegou mascarada ao emprego. E não foi a única. Viram-se pipis das meias-altas,<br />

carochinhas, capuchinhos vermelhos. «Eram só bêbados, os homens da limpeza nas<br />

ruas e nós», conta, sem escon<strong>de</strong>r o <strong>de</strong>scontentamento por o Governo não ter<br />

concedido tolerância <strong>de</strong> ponto, tal como fez a Câmara Municipal.<br />

Já nas Finanças, ninguém quer falar, mas uma técnica mostra claramente não ser<br />

dada a poupanças <strong>de</strong> imaginação em dia <strong>de</strong> terça-feira gorda. Espera o público com<br />

manguitos e uma enorme gravata sobre o impecável fato <strong>de</strong> calças e casaco. Poucos<br />

terão visto nela uma mangas-<strong>de</strong>alpaca. E não por falta <strong>de</strong> argúcia... contam-se pelos<br />

<strong>de</strong>dos os que por lá passaram durante o dia - 3, 4 , 1, 0, 13, <strong>de</strong>nuncia o mostrador<br />

com a contagem das senhas, às cinco da tar<strong>de</strong>.<br />

Na Avenida, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>sfila o corso carnavalesco, o espírito é outro. A crítica (que fez<br />

com que há muitas décadas o Carnaval <strong>de</strong> Ovar se afirmasse) parece escassear. A<br />

assistir ao <strong>de</strong>sfile, os irmãos metralha, chegados <strong>de</strong> Vila Nova <strong>de</strong> Gaia,<br />

confessamse: um matou o chefe por não lhe pagar o salário, o outro é carreirista, o<br />

terceiro praticante <strong>de</strong> carjacking. «A crise leva a estes atos», justificam-se. Estão<br />

espantados pelas poucas alusões aos tempos que correm: «O Carnaval é usado<br />

para fazer uma sátira ao estado do País, mas aqui ninguém diria», estranha<br />

Joaquim.<br />

Francisco Costa, 56 anos, plumas no chapéu, lenço <strong>de</strong> cowboy à volta do pescoço,<br />

tem opinião contrária: «É uma forma <strong>de</strong> esquecer a crise. Aqui, os poucos trocos que<br />

existem, o pessoal investeos para se animar um bocado. «Se fossem só críticas, o<br />

<strong>de</strong>sfile não se fazia em quatro horas, eram precisas oito», ri-se a foliona bailarina<br />

Carmo Seixas, 58 anos.<br />

A Avenida é uma profusão <strong>de</strong> cores, que mergulha a cida<strong>de</strong> num cenário <strong>de</strong> fantasia.<br />

Quatro escolas <strong>de</strong> samba, cinco grupos <strong>de</strong> passerelle, 15 conjuntos carnavalescos<br />

trouxeram mais <strong>de</strong> 15 mil pessoas ao recinto e esgotaram os 4 mil lugares sentados,<br />

a 11 euros cada, para ver a festa passar - segundo números estimados pela<br />

organização.<br />

'D. TROIKA', A VALENTONA<br />

O Governo sai <strong>de</strong>sautorizado? «Não, mas a a<strong>de</strong>são do público <strong>de</strong>monstra o<br />

disparate que foi não ter dado tolerância <strong>de</strong> ponto», respon<strong>de</strong>, prontamente, José<br />

Américo Sá Pinto, o presi<strong>de</strong>nte da fundação do Carnaval <strong>de</strong> Ovar, que não nota<br />

diferenças substanciais face a anos anteriores. «Ainda o primeiro-ministro não era<br />

nascido e já havia cá Carnaval. Há, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1952», <strong>de</strong>ixa o recado.<br />

Muitos corpos a abanar (alguns enfeitados com plumas e pouco mais), figurinos<br />

pensados ao pormenor, coreografias e exuberantes carros alegóricos remetem para<br />

universos vários. Uma equipa <strong>de</strong> futebol feminina lava-se à vista do público, no<br />

balneário, uma banda filarmónica traz a música portuguesa para o <strong>de</strong>sfile (quase<br />

todos dançam ao som <strong>de</strong> ritmos brasileiros), as festas em honra dos mortos no<br />

México, uma guerra «A Caminho da Terra Prometida». «Em 1985, todos nós íamos<br />

ser ricos, eram as profecias que se faziam na altura...», grita-nos.<br />

Agora, as diferenças não estão só nos horizontes. São outros os carnavais: «A alma<br />

mater <strong>de</strong> Ovar era a crítica. Foram 30 e tal anos com piadas, com fotos que davam<br />

primeira página, no JN do Porto», recorda. É isso que o grupo tenta reviver, mas está


claramente isolado. A acompanhá-lo apenas o nome dos Reis da Festa, últimos a<br />

<strong>de</strong>sfilar: El-Rei D. Portuga, o Kaguincha e D. Troika, A Valentona. Há dúvidas <strong>de</strong> que<br />

estamos em Portugal?...<br />

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<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: 'Como superar a<br />

emergência nacional em<br />

Portugal'<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Visão Página: 1/48 e 49<br />

Autor: Vítor Gaspar C/ Foto | Cor<br />

ARTIGO DE Vítor Gaspar<br />

EXCLUSIVO<br />

'Como superar a emergência nacional em Portugal'<br />

O ministro das Finanças explica porque vai funcionar o programa <strong>de</strong> recuperação da<br />

economia portuguesa, talvez até mais cedo do que se esperava<br />

Como chegámos ao pedido <strong>de</strong> ajuda internacional?<br />

Portugal acumulou <strong>de</strong>sequilíbrios macroeconómicos e níveis <strong>de</strong> endividamento muito<br />

elevados, nos últimos quinze anos.<br />

A participação na área do euro abriu oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento em condições<br />

muito favoráveis. As famílias portuguesas e as empresas aproveitaram a<br />

oportunida<strong>de</strong> para pedir emprestado. Os bancos satisfizeram este acréscimo <strong>de</strong><br />

procura <strong>de</strong> crédito no mercado doméstico, <strong>de</strong>senvolvendo um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> negócio<br />

centrado na margem <strong>de</strong> intermediação. O rácio <strong>de</strong> transformação dos <strong>de</strong>pósitos em<br />

crédito aumentou para valores muito elevados tendo atingido cerca <strong>de</strong> 165%, em<br />

meados <strong>de</strong> 2010. No mesmo ano, a dívida externa do País cifrou-se em cerca <strong>de</strong> <strong>23</strong>0<br />

por cento. A repetição <strong>de</strong> défices da balança <strong>de</strong> transações correntes da or<strong>de</strong>m dos<br />

10% do produto mostra claramente uma socieda<strong>de</strong> que se habituou a gastar mais do<br />

que produz.<br />

A facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso ao financiamento permitiu disfarçar algumas <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong>s<br />

fundamentais. Des<strong>de</strong> logo, as facilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento permitiram prolongar ou<br />

mesmo agravar alguns elementos <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z estrutural da economia portuguesa.<br />

Durante este período verificaram-se níveis reduzidos <strong>de</strong> investimento produtivo,<br />

tendo estado o investimento concentrado no setor dos bens não transacionáveis.<br />

Persistiram comportamentos não concorrenciais e <strong>de</strong> estreita cumplicida<strong>de</strong> entre a<br />

esfera pública e a dos negócios. O resultado foi um crescimento económico fraco,<br />

uma evolução anémica da produtivida<strong>de</strong> e uma tendência para o aumento do<br />

<strong>de</strong>semprego, com particular incidência no <strong>de</strong>semprego <strong>de</strong> longa duração e no<br />

<strong>de</strong>semprego dos jovens.<br />

Acresce um problema <strong>de</strong> <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> estrutural das Finanças Públicas. De facto,<br />

Portugal não regista, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1974, um único ano <strong>de</strong> exce<strong>de</strong>nte orçamental. Mais<br />

recentemente, na área do euro, Portugal foi o primeiro país, em 2001, a violai" as<br />

regras que proíbem défices orçamentais excessivos e só em três anos apresentou<br />

um défice abaixo do limite <strong>de</strong> 3 por cento. Desta forma Portugal nunca criou a


margem <strong>de</strong> manobra que lhe permitisse a utilização eficaz <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong><br />

estabilização ativa.<br />

A opção por uma política <strong>de</strong> estabilização ativa, em 2008-2009, no contexto da crise<br />

global, conduziu a um défice superior a 10% do PIB, em 2009, e a um crescimento<br />

muito rápido da dívida pública. Portugal não dispunha da margem <strong>de</strong> manobra<br />

orçamental necessária para optar pela estabilização macroeconómica. A quebra <strong>de</strong><br />

confiança e credibilida<strong>de</strong> na sustentabilida<strong>de</strong> das Finanças Públicas portuguesas<br />

precipitou o pedido <strong>de</strong> ajuda internacional na primavera <strong>de</strong> 2011.<br />

O ajustamento tornou-se, por isso, inevitável. Uma economia que acumulou uma<br />

dívida excessiva não dispõe <strong>de</strong> alternativa senão reduzir o endividamento e<br />

aumentar a poupança. Esta inevitabilida<strong>de</strong> passou a ser aceite pela generalida<strong>de</strong><br />

dos portugueses e traduziu-se num apoio político e social muito alargado ao<br />

Programa <strong>de</strong> Ajustamento que veio a ser acordado com o FMI, a CE e o BCE.<br />

O Programa <strong>de</strong> Ajustamento.<br />

O Programa <strong>de</strong> Ajustamento marca o começo do processo <strong>de</strong> correção dos<br />

<strong>de</strong>sequilíbrios e fragilida<strong>de</strong>s estruturais acima referidos, assentando em três pilares:<br />

1) consolidação orçamental visando, a médio prazo, a eliminação do <strong>de</strong>sequilíbrio<br />

das finanças públicas e a redução do nível do endividamento; 2) <strong>de</strong>salavancagem<br />

or<strong>de</strong>nada do sistema bancário, favorecendo uma diminuição dos níveis <strong>de</strong><br />

endividamento das famílias e socieda<strong>de</strong>s não financeiras; e 3) transformação<br />

estrutural <strong>de</strong>stinada a reforçar o potencial <strong>de</strong> crescimento e a competitivida<strong>de</strong>. O<br />

Programa cobre o período <strong>de</strong> 2011 a 2014, sendo que as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

financiamento do setor público administrativo estão cobertas até setembro <strong>de</strong> 2013.<br />

O envelope financeiro é <strong>de</strong> 78 mil milhões <strong>de</strong> euros, dos quais 12 mil milhões são<br />

reservados para a recapitalização dos bancos. Os <strong>de</strong>sembolsos são concentrados no<br />

início, tendo Portugal já recebido 38.2 mil milhões <strong>de</strong> euros, quase meta<strong>de</strong> do total<br />

dos recursos disponíveis no programa.<br />

Em 2011, Portugal cumpriu os limites quantitativos imperativos do Programa e a<br />

generalida<strong>de</strong> das iniciativas em matéria <strong>de</strong> reformas estruturais.<br />

Porque é que o ajustamento será bem-sucedido?<br />

A questão «porque é que o ajustamento será bem-sucedido?» tem enorme<br />

relevância para a generalida<strong>de</strong> dos portugueses. Existem três razões principais que<br />

militam a favor do sucesso do nosso ajustamento.<br />

Em primeiro lugar, o Programa incorpora uma estratégia <strong>de</strong> ajustamento completa e<br />

equilibrada. São cobertos e tratados todos os elementos fundamentais: a<br />

sustentabilida<strong>de</strong> das finanças públicas, a eliminação do défice externo e a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover o crescimento do produto potencial e a competitivida<strong>de</strong> da<br />

economia portuguesa. A trajetória das finanças públicas do Programa prevê que, em<br />

2015, cheguemos a uma situação próxima do equilíbrio orçamental. De acordo com<br />

as projeções do Banco <strong>de</strong> Portugal, o equilíbrio da balança corrente e <strong>de</strong> capital é<br />

atingido já em 2013. A correção dos <strong>de</strong>sequilíbrios macroeconómicos será<br />

sustentada por novas regras, procedimento e práticas no domínio orçamental, mas<br />

também pelo reforço dos mecanismos <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> macroeconómica<br />

recentemente acordados no quadro europeu.<br />

A transformação estrutural permitirá a redução <strong>de</strong> elementos <strong>de</strong> ineficiência no<br />

funcionamento dos sistemas <strong>de</strong> justiça e tributário. O aumento da abertura e


concorrência permitirá a redução <strong>de</strong> rendas e margens nos mercados do trabalho e<br />

do produto. O Programa permite, assim, um ajustamento or<strong>de</strong>nado e sustentado.<br />

Em segundo lugar, o Programa é robusto. O ajustamento macroeconómico ocorre<br />

em condições <strong>de</strong> crescimento baixo (o crescimento assumido para o produto<br />

potencial é inferior a 1% por ano). No Programa, a recuperação da economia<br />

portuguesa é cíclica. Não são tidos em conta possíveis impactos positivos das<br />

reformas estruturais no crescimento do produto potencial. O efeito positivo sobre o<br />

produto potencial das reformas estruturais po<strong>de</strong>rá assim resultar num ajustamento<br />

mais rápido e com menos custos do que o consi<strong>de</strong>rado no Programa.<br />

Por último, permite-nos recuperar gradualmente confiança e credibilida<strong>de</strong>. O<br />

Programa protege o financiamento do Tesouro face a tensões nos mercados <strong>de</strong><br />

obrigações, conce<strong>de</strong>ndo tempo para proce<strong>de</strong>r a um ajustamento rápido e controlado.<br />

Além do mais, tem objetivos quantificados bem <strong>de</strong>finidos, cujo cumprimento é<br />

avaliado regularmente <strong>de</strong> acordo com um calendário programado. O cumprimento<br />

repetido dos objetivos permitirá a Portugal acumular gradualmente confiança e<br />

credibilida<strong>de</strong> interna e externa, propiciando, assim, uma base sólida para o regresso<br />

aos mercados <strong>de</strong> obrigações. Estas são as bases para o sucesso do nosso<br />

ajustamento.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: 14% Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Visão Página: 29<br />

C/ Foto | Cor<br />

Contra o <strong>de</strong>semprego<br />

14%<br />

É a taxa histórica <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego, atingida no último trimestre <strong>de</strong> 2011<br />

Para combater a falta <strong>de</strong> trabalho, que afeta mais <strong>de</strong> 770 mil portugueses, a<br />

Juventu<strong>de</strong> Social-<strong>de</strong>mocrata pediu uma audiência ao ministro-adjunto e dos<br />

Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que presi<strong>de</strong> à comissão interministerial para<br />

a criação <strong>de</strong> emprego. Ao todo, a JSD tem 35 propostas para apresentar, entre as<br />

quais:<br />

1 Contrato Primeiro Emprego<br />

2 Erasmus Export, que permitirá alunos irem estudar para o estrangeiro já<br />

associados a uma empresa<br />

3 Incentivo à contratação <strong>de</strong> jovens, <strong>de</strong>pois do estágio<br />

4Alocar 20% do capital <strong>de</strong> risco público a empresas li<strong>de</strong>radas por jovens<br />

5 Transformar edifícios estatais <strong>de</strong>sativados em «ninhos <strong>de</strong> empresas»<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: O Carnaval da 'troika' Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Visão Página: 38 a 40<br />

C/ Foto | Cor<br />

O Carnaval da 'troika'<br />

Embora sem a presença <strong>de</strong> Poul Thomsen, que passou o Carnaval em Atenas, a<br />

troika mantém o seu programa <strong>de</strong> verificação do cumprimento do memorando <strong>de</strong><br />

entendimento.<br />

E, na terça-feira, participou numa jornada <strong>de</strong> trabalho, no Parlamento...<br />

Veja as imagens <strong>de</strong> um dia <strong>de</strong> Entrudo diferente FOTOS DE JOSÉ CARLOS<br />

CARVALHO<br />

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<strong>2012</strong>


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Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: ONDE CONSEGUIR<br />

EMPREGO<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Visão Página: 1/50 a 57<br />

Autor: Paulo M. Santos C/ Foto | Cor<br />

ONDE CONSEGUIR EMPREGO<br />

As oportunida<strong>de</strong>s e os riscos <strong>de</strong> ir trabalhar para o estrangeiro<br />

AS PROFISSÕES MAIS PROCURADAS EM ANGOLA, BRASIL, ALEMANHA, EUA,<br />

AUSTRÁLIA, CHINA, SUÍÇA<br />

O <strong>de</strong>semprego bate recor<strong>de</strong> atrás <strong>de</strong> recor<strong>de</strong>, em Portugal, ao longo dos últimos<br />

anos. Aos 771 mil <strong>de</strong>sempregados «oficiais», juntam-se mais 286 mil pessoas<br />

iniciativas, aptas para trabalhar, mas que não estão no mercado <strong>de</strong> trabalho, e mais<br />

187 mil que tendo empregos a tempo parcial, querem trabalhar mais horas, mas não<br />

têm on<strong>de</strong>. Ao todo, em termos reais, há em Portugal mais <strong>de</strong> 1,2 milhões <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempregados. Um em cada três jovens não consegue arranjar emprego e mais <strong>de</strong><br />

108 mil licenciados encontram-se no <strong>de</strong>semprego.<br />

A solução, para muitos portugueses, passa por tentar encontrar lá fora aquilo que o<br />

País não lhe consegue dar: trabalho. E os números são inequívocos. Nas três<br />

primeiras semanas <strong>de</strong>ste ano, saíram <strong>de</strong> Portugal cerca <strong>de</strong> 200 enfermeiros, o que<br />

dá uma média <strong>de</strong> quase 10 por dia. No ano passado, já tinham emigrado mais <strong>de</strong><br />

1700.<br />

Em Angola, estão mais <strong>de</strong> 100 mil portugueses e o número continua a aumentar. A<br />

embaixada do Brasil passou várias centenas <strong>de</strong> vistos <strong>de</strong> trabalho, em poucos<br />

meses - e já lá estão 1 500 engenheiros portugueses. A França e o Reino Unido vêm<br />

a Portugal recrutar jovens, às centenas <strong>de</strong> cada vez. Uma cida<strong>de</strong> alemã, Schwäbisch<br />

Hall, anunciou, num jornal diário português, 2 700 vagas em aberto para as mais<br />

variadas profissões. Em apenas três dias, recebeu mais <strong>de</strong> 5 mil currículos, o


astante para entupir a caixa <strong>de</strong> correio eletrónico da agência <strong>de</strong> emprego da<br />

cida<strong>de</strong>.<br />

NECESSIDADES EXTERNAS<br />

A Alemanha é um dos países da Europa com maior falta <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra.<br />

Recentemente, a associação <strong>de</strong> engenheiros do país i<strong>de</strong>ntificava o mais alto número<br />

<strong>de</strong> sempre <strong>de</strong> vagas em aberto para engenharia: 76,4 mil. Segundo esta<br />

organização, só para engenharia <strong>de</strong> sistemas elétricos e eletrónicos, o número <strong>de</strong><br />

engenheiros em falta era <strong>de</strong> 6 mil em 2011, quando, em 2010, ascendia a 3 mil e, no<br />

ano anterior, a mil. Um crescimento exponencial com apenas uma solução: recrutar<br />

no exterior.<br />

Este problema não é um exclusivo alemão. A França tem dificulda<strong>de</strong>s para encontrar<br />

pessoal da área da Saú<strong>de</strong>, sobretudo enfermeiros. Recentemente, uma agência <strong>de</strong><br />

emprego gaulesa fez um rai<strong>de</strong> em Lisboa para contratar 700 pessoas.<br />

A seleção foi feita nas instalações da Alliance Francaise. Esta escola <strong>de</strong> línguas até<br />

já <strong>de</strong>senvolveu um curso <strong>de</strong> francês para profissionais <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Beatriz Barradas,<br />

da direção <strong>de</strong> marketing da Alliance Française, disse à VISÃO que «o êxito foi tal,<br />

que a empresa <strong>de</strong> recrutamento já está a preparar uma nova operação para março».<br />

Atualmente, «cerca <strong>de</strong> 20% dos enfermeiros formados em Portugal estão a trabalhar<br />

no exterior», constata o Bastonário da Or<strong>de</strong>m, Germano Couto. Porquê? «Temos<br />

dos melhores profissionais do mundo. Além do nível <strong>de</strong> formação [Portugal é dos<br />

poucos países on<strong>de</strong> os enfermeiros têm curso superior] existe a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

improviso», reforça. E nem só a Europa procura enfermeiros lusos. «Recentemente<br />

assistimos a um forte recrutamento por países do Médio Oriente e começa a haver<br />

uma ampla migração para a Austrália, um país muito exigente em termos <strong>de</strong><br />

contratação <strong>de</strong> técnicos no exterior», diz Germano Couto.<br />

Em países da União Europeia, os salários po<strong>de</strong>rão ser duas a três vezes superiores<br />

aos praticados em Portugal mas, no caso do Médio Oriente, «estão a oferecer<br />

remunerações cinco vezes mais elevadas do que aquela que ganha um enfermeiro<br />

no nosso país», diz Germano Couto.<br />

Bárbara Santos, enfermeira portuguesa a trabalhar no Reino Unido, diz que saiu do<br />

País «porque não tinha emprego». A opção por Inglaterra foi quase natural: «Depois<br />

<strong>de</strong> muitos anos a estudar inglês, senti-me muito confortável, ao emigrar para aqui.<br />

Está muito próximo <strong>de</strong> Portugal e as viagens <strong>de</strong> avião são rápidas e baratas, quando<br />

compradas com antecedência.<br />

Existem outras vantagens, além do posto <strong>de</strong> trabalho, como «a progressão na<br />

carreira e a valorização profissional.<br />

ENGENHARIA EM ALTA<br />

A par dos enfermeiros, os jovens formados em engenharia são os que têm maior<br />

facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colocação no estrangeiro. «Portugal é dos países que mais engenheiros<br />

forma, em percentagem dos diplomados», garante Carlos Matias Ramos, bastonário<br />

da Or<strong>de</strong>m dos Engenheiros. «Do total dos diplomados em Portugal, 20% são<br />

engenheiros. Na Alemanha esta percentagem é <strong>de</strong> apenas <strong>de</strong> 12% e no Brasil <strong>de</strong> 5<br />

por cento. Apenas a Coreia (<strong>23</strong>%) e a Finlândia (21%) estão acima <strong>de</strong> Portugal»,<br />

justifica.


E porquê tanta procura <strong>de</strong> engenheiros? «A tecnologia e a engenharia são a base do<br />

<strong>de</strong>senvolvimento civilizacional. Para evoluir, o mundo necessita <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

conhecimento nas áreas tecnológicas», salienta Carlos Matias Ramos.<br />

Veja-se o caso do Brasil, uma das gran<strong>de</strong>s apostas profissionais dos jovens<br />

portugueses, sobretudo engenheiros, arquitetos, <strong>de</strong>signers e consultores, entre<br />

outros técnicos especializados. Porquê? Está em curso um vasto programa <strong>de</strong><br />

investimento, o PAC - Plano <strong>de</strong> Aceleração do Crescimento, que prevê investimentos<br />

superiores a 200 mil milhões <strong>de</strong> euros em infraestruturas cm todo o País.<br />

O Brasil está, ainda, a preparar-se para receber o Campeonato Mundial <strong>de</strong> Futebol<br />

<strong>de</strong> 2014 e os Jogos Olímpicos <strong>de</strong> 2016. Mas não só. A gran<strong>de</strong> aposta na prospeção<br />

<strong>de</strong> petróleo e gás natural aumenta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contratação <strong>de</strong> quadros.<br />

Com tantos projetos, o Brasil necessita <strong>de</strong> 150 mil engenheiros até ao final <strong>de</strong>ste<br />

ano, revela um estudo da Confe<strong>de</strong>ração Nacional da Indústria do Brasil. Para facilitar<br />

a vida a estes profissionais, a Or<strong>de</strong>m dos Engenheiros assinou protocolos com 19<br />

países da América Latina, entre os quais o Brasil, para que o reconhecimento «seja<br />

feito <strong>de</strong> forma mais célere», explicou o bastonário.<br />

Impõe-se dizer, porém, que os números da emigração portuguesa para o Brasil são,<br />

seguramente, muito superiores aos oficiais, como provam casos como o <strong>de</strong> José<br />

Cruz. Chegou ao Brasil há dois anos para trabalhar como consultor num projeto em<br />

São Paulo. Como o projeto tinha uma duração <strong>de</strong> apenas quatro meses, não pediu o<br />

visto <strong>de</strong> trabalho e acabou por rescindir com a consultora portuguesa mas mantevese<br />

naquele país a <strong>de</strong>senvolver projetos para empresas brasileiras.<br />

Como vem regularmente a Portugal, ainda não tratou do visto <strong>de</strong>finitivo pois «não<br />

sabia quanto tempo iria permanecer, nem nunca foi minha intenção ficar no Brasil».<br />

Bastavam-lhe <strong>de</strong>slocações regulares a Portugal, para conseguir voltar e ali<br />

permanecer como turista.<br />

SEM REGRESSO À VISTA<br />

Foi ainda enquanto estudante <strong>de</strong> engenharia informática na Universida<strong>de</strong> Nova que<br />

Joaquim Neto <strong>de</strong>cidiu emigrar para o continente americano pois «era ali que as<br />

coisas estavam a acontecer».<br />

A primeira escolha foi os EUA, mas «fiquei chocado com a falta <strong>de</strong> conhecimento dos<br />

americanos em relação ao mundo em geral». Dirige-se, então, ao Canadá.<br />

Em Toronto conheceu um grupo <strong>de</strong> 3 jovens que procuravam um especialista em<br />

programação, para formar uma empresa. Joaquim Neto juntou-se ao grupo e criaram<br />

a The Working Group. Esteve durante seis meses com visto <strong>de</strong> turista, mas, garante,<br />

que não lhe foi difícil conseguir um visto <strong>de</strong> trabalho. No passado dia 12 <strong>de</strong> janeiro<br />

conseguiu a cidadania canadiana. Planos para regressar a Portugal? «Estou a viver<br />

os melhores anos da minha vida. Não penso regressar.»<br />

Uma história curiosa: <strong>de</strong>vido à dificulda<strong>de</strong> em pronunciar o nome Joaquim, «a<br />

maioria chamava-me Juoquam», <strong>de</strong>cidiu apresentar-se como Jack Neto. O nome<br />

pegou e acabaram-se os problemas <strong>de</strong> pronúncia.<br />

Gonçalo Saint-Maurice, formado cm engenharia do ambiente, teve um percurso<br />

diferente. Depois <strong>de</strong> ter trabalhado no Brasil durante sete meses, <strong>de</strong>cidiu apostar na<br />

Austrália. Conseguiu um emprego com um «salário razoável» para um engenheiro


em princípio <strong>de</strong> carreira, mas passados <strong>de</strong>z meses, foi obrigado a regressar para<br />

conseguir o visto <strong>de</strong> trabalho. Está agora a tratar <strong>de</strong> toda a papelada necessária para<br />

regressar à Austrália, on<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> «ficar pelo menos uns quatro ou cinco anos».<br />

Como <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> imigração, a Austrália tem como principal contrarieda<strong>de</strong>, a<br />

«distância» e, <strong>de</strong>vido à diferença horária <strong>de</strong> quase 12 horas, «um pequeno intervalo<br />

para contactar com Portugal», diz.<br />

Apesar <strong>de</strong> serem cada vez mais os países on<strong>de</strong> os portugueses procuram emprego,<br />

o <strong>de</strong>stino preferido continua a ser Angola. Não existem dados oficiais, mas as<br />

autorida<strong>de</strong>s calculam que, neste momento, estejam mais <strong>de</strong> 100 mil portugueses a<br />

trabalhar naquele país africano. O número <strong>de</strong>verá continuar a engordar, pois a<br />

situação económica portuguesa encarregar-se-á <strong>de</strong> tornar cada vez mais tentadora a<br />

opção <strong>de</strong> encontrar emprego lá fora.<br />

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<strong>2012</strong>


C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: "Com mais igualda<strong>de</strong> há<br />

mais fecundida<strong>de</strong>"<br />

Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Visão Página: 15<br />

Autor: Paulo Chitas C/ Foto | Cor<br />

Gunnar An<strong>de</strong>rsson<br />

"Com mais igualda<strong>de</strong> há mais fecundida<strong>de</strong>"<br />

Um dos mais <strong>de</strong>stacados <strong>de</strong>mógrafos suecos, participou, em Cascais, na<br />

conferência Nascer em Portugal, organizada pela Presidência da República. A<br />

igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género e a facilida<strong>de</strong> do acesso das mulheres ao mercado <strong>de</strong> trabalho<br />

são a chave para a retoma da fecundida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>.<br />

POR Paulo Chitas<br />

- Porque há tanto «barulho» na Europa sobre a quebra da fecundida<strong>de</strong>?<br />

- Os políticos estão preocupados com a quebra da fecundida<strong>de</strong> por causa dos<br />

problemas económicos. Se nascerem menos crianças, haverá menos contribuintes<br />

no futuro e os sistemas <strong>de</strong> segurança social po<strong>de</strong>m entrar em colapso. Ou obrigar a<br />

fortes ajustamentos, na ida<strong>de</strong> da reforma, por exemplo. A outra questão é a diferença<br />

entre o número <strong>de</strong> filhos que as pessoas têm e aquele que <strong>de</strong>sejam. Nas socieda<strong>de</strong>s<br />

on<strong>de</strong> as pessoas não conseguem ter o número <strong>de</strong> filhos <strong>de</strong>sejado, a fecundida<strong>de</strong><br />

transforma-se num problema social.<br />

- Que medidas têm os suecos tomado para diminuir a diferença entre o número <strong>de</strong><br />

filhos <strong>de</strong>sejado e o número <strong>de</strong> filhos tidos?<br />

- As medidas, nos países nórdicos, nunca visaram a fecundida<strong>de</strong> mas o mercado <strong>de</strong><br />

trabalho e a igualda<strong>de</strong> entre homens e mulheres.<br />

- Foram medidas para lidar com as questões <strong>de</strong> género?<br />

- Sim, sobretudo para lidar com as questões <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> entre os sexos e para<br />

permitir às mulheres continuarem a carreira profissional. Nos países do Sul da<br />

Europa e do Sudoeste Asiático verificaram-se, recentemente, gran<strong>de</strong>s quebras, nos<br />

níveis <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong>, os governos entraram em pânico e <strong>de</strong>cidiram adotar soluções<br />

mais fáceis, que promovessem <strong>de</strong> imediato a fecundida<strong>de</strong>. Mas isso leva muito<br />

tempo.<br />

- É possível compensar os níveis baixos <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> com políticas <strong>de</strong> imigração?<br />

- A maioria dos <strong>de</strong>mógrafos conclui que, a longo prazo, não é possível. Teria <strong>de</strong><br />

haver uma quantida<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> imigração para compensar a quebra da<br />

fecundida<strong>de</strong>. Uma das principais razões para isso é que os imigrantes ten<strong>de</strong>m, numa<br />

geração ou mesmo em menos tempo, a adotar o comportamento dos países on<strong>de</strong> se<br />

fixam.<br />

- Po<strong>de</strong>mos concluir que é mais importante para a fecundida<strong>de</strong> o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><br />

socieda<strong>de</strong> do que a cultura ou a religião dos indivíduos?


- Sim. Quando se olha para diferentes grupos <strong>de</strong> imigrantes, provenientes <strong>de</strong><br />

diferentes países, po<strong>de</strong>-se ser levado a pensar que têm comportamentos <strong>de</strong><br />

fecundida<strong>de</strong> muito diferentes. Mas, passado muito pouco tempo, adotam um<br />

comportamento muito semelhante entre si e igual ao das pessoas do país <strong>de</strong><br />

acolhimento.<br />

- As políticas <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong>, na Suécia, tiveram como efeito secundário maior<br />

fecundida<strong>de</strong>?<br />

- Acho que sim. As políticas <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> género permitem um recru<strong>de</strong>scer dos<br />

níveis <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong>. Há dois níveis, neste processo <strong>de</strong> mudança dos papéis dos<br />

sexos: o primeiro surgiu na Suécia nos anos 70 e 80, quando houve políticas para<br />

ajudar as mulheres a entrar no mercado <strong>de</strong> trabalho; o segundo, quando se<br />

adotaram medidas mais centradas nos homens, assegurandolhes licenças <strong>de</strong><br />

paternida<strong>de</strong>. Já percebemos que, nas famílias em que o pai tira uma licença <strong>de</strong><br />

paternida<strong>de</strong>, há uma maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se ter mais uma criança.<br />

- Há quem diga que, em Portugal, é mais fácil pôr as mulheres a trabalhar fora <strong>de</strong><br />

casa do que os homens a lidar com a vida doméstica e familiar. O mesmo acontece<br />

na Suécia?<br />

- Sim, as coisas mudaram por essa or<strong>de</strong>m. Primeiro, assistimos à entrada das<br />

mulheres no mercado <strong>de</strong> trabalho e, <strong>de</strong>pois, à mudança <strong>de</strong> papel dos homens na<br />

família.<br />

- Do seu conhecimento da situação portuguesa, que avaliação faz das políticas <strong>de</strong><br />

igualda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> género?<br />

- Parece-me que a situação é bastante mais promissora e orientada em direção ao<br />

futuro do que a situação noutros países do Sul da Europa.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Agarrados ao euro Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Visão Página: 58<br />

C/ Foto | Cor<br />

Agarrados ao euro<br />

Os portugueses preferem per<strong>de</strong>r rendimentos a <strong>de</strong>sistir da moeda única<br />

Apenas um em cada <strong>de</strong>z portugueses prefere o regresso ao escudo e o abandono<br />

imediato do euro. A posição <strong>de</strong>stes 10% é justificada com o «menor conhecimento<br />

que as pessoas dizem ter sobre as questões económicas». É o que se lê no estudo<br />

Preferências monetárias em contexto <strong>de</strong> crise: Portugal, realizado por Francisco<br />

Garcia-Santos, membro do Núcleo <strong>de</strong> Economia Comportamental (NECO) do<br />

Instituto Superior <strong>de</strong> Psicologia Aplicada (ISPA) e presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

Portuguesa <strong>de</strong> Empresas <strong>de</strong> Investimentos, em coautoria com o consultor financeiro<br />

António Machado, e que se baseou num universo <strong>de</strong> 1208 inquiridos.<br />

Naquele documento, a que a VISÃO teve acesso em primeira mão, é proposto um<br />

caminho alternativo que concilia o melhor dos dois mundos: a manutenção <strong>de</strong><br />

Portugal no euro, ao mesmo tempo que reintroduz o escudo. Trata-se <strong>de</strong> «um regime<br />

dual como aquele que prevaleceu em Portugal <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os finais do século XIX (após a<br />

bancarrota <strong>de</strong> 1891), então com a libra esterlina e o real».<br />

E este é um dos pontos mais curiosos do estudo, que aponta as consequências da<br />

convivência das duas moedas: «Os rendimentos em euros pagariam impostos em<br />

euros; os rendimentos em novos escudos pagariam impostos em novos escudos; os<br />

empréstimos e <strong>de</strong>pósitos seguiriam igual mo<strong>de</strong>lo, com taxas diferentes.»<br />

Quanto às contas do tado, a <strong>de</strong>spesa pública seria paga exclusivamente em novos<br />

escudos «e os impostos cobrados em euros serviriam unicamente para amortizar a<br />

dívida pública externa e, se necessário, assegurar as importações <strong>de</strong> energia e bens<br />

alimentares».<br />

As empresas po<strong>de</strong>riam optar por pagar os or<strong>de</strong>nados em euros (as que teriam maior<br />

procura, mas que ofereceriam menores salários), em novos escudos ou num misto<br />

<strong>de</strong> euros e novos escudos. Quanto ao comércio local, o estudo aponta para um<br />

cenário em que os novos escudos seriam a moeda <strong>de</strong> referência, ao passo que os<br />

capitais próprios <strong>de</strong> bancos, seguradoras e outras instituições financeiras se<br />

manteriam <strong>de</strong>nominados em euros.<br />

Mas fará sentido sequer equacionar tal cenário? Francisco Garcia-Santos diz que<br />

sim, pois «o Tratado <strong>de</strong> Maastricht não impe<strong>de</strong> que um país emita moeda. Não sei se<br />

não seria preferível a dupla circulação monetária, durante este problema [<strong>de</strong> crise da<br />

dívida soberana] e, quando tudo serenasse, voltarmos a ter apenas uma moeda, o<br />

euro.»<br />

A criação <strong>de</strong>ste cenário no estudo, diz Garcia-Santos, «foi uma forma <strong>de</strong> lançar a<br />

discussão sobre o tema, pois, até aqui, só se falou da manutenção ou saída do<br />

euro». Afinal, há outro caminho. JPV


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<strong>2012</strong>


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Título: Borba: Trabalhadores <strong>de</strong> duas<br />

empresas <strong>de</strong> mármores em<br />

greve por alegados salários em<br />

atraso<br />

Data: 22-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Expresso OnLine Página: 16:42<br />

Borba: Trabalhadores <strong>de</strong> duas empresas <strong>de</strong> mármores em greve por alegados<br />

salários em atraso<br />

Borba, 22 fev (Lusa) - Os trabalhadores <strong>de</strong> duas empresas <strong>de</strong> mármores, em Borba,<br />

pertencentes ao Grupo OPWAY, estiveram hoje em greve e concentrados à porta <strong>de</strong><br />

uma das unida<strong>de</strong>s, exigindo o pagamento <strong>de</strong> salários em atraso, revelou fonte<br />

sindical.<br />

Nuno Gonçalves, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Ma<strong>de</strong>iras,<br />

Mármores e Cortiças do Sul (STCMMCS), explicou à Agência Lusa que o protesto<br />

está a ter uma a<strong>de</strong>são "<strong>de</strong> quase cem por cento".<br />

As empresas Marmetal e Margrimar, <strong>de</strong>dicadas à extração <strong>de</strong> mármore e materiais<br />

<strong>de</strong> construção e à transformação, respetivamente, possuem "cerca <strong>de</strong> 45<br />

trabalhadores", dos quais "só dois não estão em greve", disse.<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: Coimbra: Trabalhadores <strong>de</strong><br />

empresa <strong>de</strong> águas ameaçam<br />

com greve contra regime <strong>de</strong><br />

contrato individual<br />

Data: 22-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Expresso OnLine Página: 15:32<br />

Coimbra: Trabalhadores <strong>de</strong> empresa <strong>de</strong> águas ameaçam com greve contra<br />

regime <strong>de</strong> contrato individual<br />

Coimbra, 22 fev (Lusa) -- Os trabalhadores da empresa municipal Águas <strong>de</strong> Coimbra<br />

ameaçam realizar "greve por tempo in<strong>de</strong>terminado" se lhes for aplicado o regime <strong>de</strong><br />

contrato individual <strong>de</strong> trabalho, mas a administração avisa que "nada a <strong>de</strong>sviará" do<br />

cumprimento da lei.<br />

Em causa está a situação <strong>de</strong> perto <strong>de</strong> 250 dos cerca <strong>de</strong> 290 trabalhadores, que<br />

integram o mapa <strong>de</strong> pessoal da Câmara <strong>de</strong> Coimbra e se encontram na Águas <strong>de</strong><br />

Coimbra (AC) em regime <strong>de</strong> cedência <strong>de</strong> interesse público, mantendo o estatuto <strong>de</strong><br />

origem, <strong>de</strong> funcionários públicos (eram trabalhadores dos antigos serviços<br />

municipalizados <strong>de</strong> águas).<br />

Em dois plenários realizados hoje, os trabalhadores <strong>de</strong>cidiram, "se necessário,<br />

realizar todas as formas <strong>de</strong> luta, incluindo uma greve por tempo in<strong>de</strong>terminado",<br />

disse José Abraão, vice-secretário-geral do Sindicato dos trabalhadores da<br />

Administração Pública e <strong>de</strong> Entida<strong>de</strong>s com Fins Públicos (SINTAP).<br />

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<strong>2012</strong>


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Título: O QUE É O CONTRATO DE<br />

SERVIÇO DOMÉSTICO?<br />

Data: 22-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Gazeta do Interior Página: 3<br />

Autor: ELIAS VAZ C/ Foto | Cor<br />

O QUE É O CONTRATO DE SERVIÇO DOMÉSTICO?<br />

ELIAS VAZ<br />

Em conformida<strong>de</strong> com o estabelecido no Decreto-Lei n° 335/92, <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> Outubro, é<br />

o contrato pelo qual uma pessoa se obriga, mediante retribuição, a prestar a outra ou<br />

outras pessoas, sob a sua autorida<strong>de</strong> e direcção, activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stinadas à satisfação<br />

das necessida<strong>de</strong>s próprias ou específicas <strong>de</strong> um agregado familiar, ou equiparado, e<br />

dos respectivos membros, <strong>de</strong>signadamente: confecção <strong>de</strong> refeições; lavagem e<br />

tratamento <strong>de</strong> roupas; limpeza e arrumo da casa; vigilância e assistência a crianças,<br />

pessoas idosas e doentes; tratamento <strong>de</strong> animais domésticos; execução <strong>de</strong> serviços<br />

<strong>de</strong> jardinagem; execução <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> costura; outras activida<strong>de</strong>s consagradas<br />

pelos usos e costumes; coor<strong>de</strong>nação e supervisão das tarefas anteriores; execução<br />

<strong>de</strong> tarefas externas relacionadas com as anteriores.<br />

O contrato <strong>de</strong> serviço doméstico não está sujeito a fornia escrita - a não ser que se<br />

trate <strong>de</strong> contrato a termo (temporário) epo<strong>de</strong> ser celebrado com ou sem alojamento<br />

ou com e sem alimentação. Po<strong>de</strong> também ser outorgado em regime <strong>de</strong> tempo<br />

parcial, em regra à hora, como suce<strong>de</strong> com a empregada que, na antiga<br />

terminologia, se <strong>de</strong>nominava por "mulher-a-dias".<br />

Neste tipo <strong>de</strong> contrato há um período experimental <strong>de</strong> 90 dias, durante o qual<br />

qualquer das partes po<strong>de</strong> fazer cessar o contrato, sem aviso prévio ou alegação <strong>de</strong><br />

justa causa, e sem direito a qualquer in<strong>de</strong>mnização.<br />

O trabalhador (ou trabalhadora) <strong>de</strong> serviço doméstico tem direito a intervalos para<br />

refeições e <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso organizados por acordo das partes, sem embargo da<br />

vigilância e assistência ao agregado familiar. Se estiver alojado, tem direito a um<br />

repouso nocturno <strong>de</strong>, pelo memos, 8 horas consecutivas, salvo motivos graves,<br />

imprevistos, <strong>de</strong> força maior ou quando tenha sido contratado para assistir a doentes<br />

ou crianças até aos 3 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>.<br />

Só po<strong>de</strong>m ser admitidos a prestar serviço doméstico os menores que já tenham<br />

completado 16 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, sendo que a contratação <strong>de</strong> menores <strong>de</strong> 18 anos <strong>de</strong>ve<br />

ser comunicada, no prazo <strong>de</strong> 90 dias, à Autorida<strong>de</strong> para as Condições <strong>de</strong> Trabalho<br />

(antiga Inspecção-Geral do Trabalho).<br />

Para além dos motivos gerais previstos na lei para os <strong>de</strong>spedimentos com justa<br />

causa, os trabalhadores <strong>de</strong> serviço doméstico po<strong>de</strong>m ainda ser <strong>de</strong>spedidos se<br />

tiverem alguns comportamentos inerentes à especificida<strong>de</strong> das suas funções -<br />

nomeadamente, quebra <strong>de</strong> sigilo, falta <strong>de</strong> urbanida<strong>de</strong>, hábitos ou comportamentos<br />

impróprios, negligência reprovável ou reiterada na utilização <strong>de</strong> aparelhos<br />

electrodomésticos, etc. -, mas não é necessário recorrer ao formalismo do processo<br />

disciplinar.<br />

Contudo, o empregador <strong>de</strong>ve comunicar-lhe, por escrito, os factos ou circunstâncias<br />

em que se fundamenta o seu <strong>de</strong>spedimento. Se, em tribunal, os fundamentos forem


consi<strong>de</strong>rados insubsistentes, não se verifica, nos termos dos <strong>de</strong>mais trabalhadores, o<br />

direito à reintegração, mas ao trabalhador <strong>de</strong>spedido assiste o direito a uma<br />

in<strong>de</strong>mnização correspon<strong>de</strong>nte a um mês <strong>de</strong> retribuição por cada ano completo <strong>de</strong><br />

serviço ou fracção, <strong>de</strong>corrido até à data do <strong>de</strong>spedimento.<br />

© manchete,1996-<strong>2012</strong>


Avante<br />

<strong>23</strong>­02­<strong>2012</strong><br />

Periodicida<strong>de</strong>: semanal<br />

Classe:<br />

Âmbito:<br />

Tiragem:<br />

Informação Geral<br />

nacional<br />

50000<br />

Temática:<br />

Dimensão:<br />

Imagem:<br />

Página (s):<br />

Política<br />

1282<br />

S/Cor<br />

1/5


Con<br />

Avante<br />

<strong>23</strong>­02­<strong>2012</strong><br />

CGTP Greve IN apela àgeral unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos a 22 na luta<strong>de</strong> contra aMarço ofensiva global<br />

Ao apresentar a <strong>de</strong>cisão do<br />

Conselho IN que convocou Nacional uma da CGTP greve<br />

geral para 22 <strong>de</strong> Março Arménio Carlos<br />

invocou um extenso rol <strong>de</strong> factos<br />

e situações que retraíam a vida do País<br />

dos trabalhadores e da gran<strong>de</strong> maioria da<br />

população e criticou uma política que não<br />

respon<strong>de</strong> aos problemas antes os agrava<br />

e coloca em causa o futuro<br />

A greve geral foi anuncia<br />

da aos jornalistas no dia 16<br />

quinta feira ao final da tar<br />

<strong>de</strong> não tinha ainda termi<br />

nado a reunião do Conselho<br />

Nacional geral da Intersindical Mas o Secretário assi<br />

nalou que a <strong>de</strong>cisão foi to<br />

mada por consenso muito<br />

gran<strong>de</strong><br />

O <strong>de</strong>semprego que atinge<br />

níveis elevadíssimos o pacote<br />

<strong>de</strong> alteração da legislação la<br />

borai dirigido contra traba<br />

lhadores das empresas pri<br />

vadas e dos sectores públicos<br />

as 400 mil pessoas que au<br />

ferem o salário mínimo na<br />

cional e após os <strong>de</strong>scontos<br />

ficam com um rendimento in<br />

ferior ao limiar da pobreza<br />

a injustiça dos cortes nos sub<br />

sídios <strong>de</strong> férias e <strong>de</strong> Natal o<br />

brutal ataque ao Estado so<br />

cial o plano do Governo<br />

para as empresas públicas<br />

dos transportes que preju<br />

dica trabalhadores e utentes<br />

o crescente empobrecimen<br />

to a par do agravamento das<br />

<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s por tudo<br />

isto a CGTP IN afirma agir<br />

em representação <strong>de</strong> todos os<br />

que estão a ser atacados<br />

pela actual política<br />

O Secretário geral da cen<br />

tral realçou que sendo con<br />

vocada pela CGTP IN a gre<br />

ve geral é <strong>de</strong> todos e para<br />

todos os trabalhadores in<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da sua fi<br />

liação sindical Esten<strong>de</strong>u o<br />

apelo a todos os sindicatos<br />

filiados ou não em confe<strong>de</strong><br />

rações para que reflictam so<br />

bre o que se está a passar e<br />

participem na construção da<br />

unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os traba<br />

lhadores contra o pacote da<br />

exploração Afirmando que a<br />

Inter está disposta a fazer to<br />

dos os consensos necessários<br />

Arménio Carlos revelou que<br />

nos últimos dias tinham sido<br />

contactados vários sindicatos<br />

não filiados na CGTP IN<br />

Periodicida<strong>de</strong>: semanal<br />

Temática: Política<br />

Classe:<br />

Âmbito:<br />

Tiragem:<br />

Informação Geral<br />

nacional<br />

50000<br />

nomeadamente nos trans<br />

portes os quais se mostraram<br />

disponíveis para esta luta<br />

Respon<strong>de</strong>ndo a perguntas<br />

sobre a falta <strong>de</strong> acordo com<br />

a UGT o dirigente recordou<br />

que nunca houve uma greve<br />

geral que tivesse resultado<br />

primeiro <strong>de</strong> um entendi<br />

mento entre as direcções da<br />

CGTP IN e da UGT e rea<br />

firmou o apelo à unida<strong>de</strong> na<br />

acção a partir dos locais <strong>de</strong><br />

trabalho e pela resolução <strong>de</strong><br />

problemas dos trabalhadores<br />

Pelas posições assumidas<br />

perante o «acordo» na Con<br />

certação Social cada orga<br />

nização <strong>de</strong>ve assumir as suas<br />

responsabilida<strong>de</strong>s comen<br />

tou Arménio Carlos<br />

A data para a greve geral<br />

foi escolhida em função do<br />

calendário da discussão da<br />

Dimensão: 1282<br />

Imagem:<br />

Página (s): 1/5<br />

proposta <strong>de</strong> lei que o Go<br />

verno apresentou na AR<br />

com vista à revisão do Códi<br />

go do Trabalho e também<br />

consi<strong>de</strong>rando o simulacro<br />

<strong>de</strong> negociações anunciado<br />

para a Administração Públi<br />

ca Convocada para 22 <strong>de</strong><br />

Março a greve geral antece<br />

<strong>de</strong> a votação final global do<br />

pacote da exploração e do<br />

empobrecimento Nesta pri<br />

meira conferência <strong>de</strong> im<br />

prensa após o 12 °<br />

gresso realizada após a<br />

primeira reunião do Conselho<br />

Nacional <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a tomada <strong>de</strong><br />

posse e eleição dos seus ór<br />

gãos executivos Arménio<br />

Carlos esteve acompanhado<br />

<strong>de</strong> Ana Avoila Armando<br />

Farias Carlos Trinda<strong>de</strong> e<br />

Deolinda Machado mem<br />

bros da Comissão Executiva<br />

S/Cor

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