Noticias de Imprensa de 23 de Fevereiro de 2012 - Fesete

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Título: PS assinala "convergência"
com centrais sindicais
Data: 23-02-2012
Fonte: Público Página: 5
Autor: Nuno Sá Lourenço C/ Foto | Cor
PS assinala "convergência" com centrais sindicais
Nuno Sá Lourenço
Crescimento económico, desemprego, revisão do código laboral e a próxima greve
geral foram debatidos
A direcção socialista arrancou ontem com uma ronda de encontros com os parceiros
sociais, tendo reunido durante a manhã com as duas centrais sindicais. A revisão do
código laboral, desemprego, crescimento e a próxima greve geral marcada pela
CGTP foram alguns dos tópicos debatidos no Largo do Rato, tendo o dirigente
socialista, Miguel Laranjeiro, destacado a "convergência nalguns aspectos" com as
preocupações expressas pelos líderes sindicais.
Foi o secretário-geral da UGT, João Proença, quem levou o tema do crescimento
económico à sede do PS. "Cada vez mais são necessárias políticas de crescimento
e emprego e que ataquem problemas fundamentais do país e não apenas medidas
cosméticas", disse Proença à saída do encontro com o líder do PS, António José
Seguro. Foi esse ponto que Laranjeiro citou como tendo existido convergência, tendo
defendido "a necessidade absoluta e imperiosa de haver uma agenda para o
crescimento e emprego".
O secretário-geral da UGT – que faz parte da Comissão Nacional do PS elencara,
momentos antes, o desafio com o que o país confrontava em 2012, destacando "um
desemprego insustentável e a crescer" num ano "de forte crise económica e de
recessão", sendo por isso preciso "investimento público e privado e que combatam
este clima de empobrecimento generalizado".
A sintonia entre UGT e PS ficou também expressa nesta matéria depois do socialista
ter considerado ser já "tempo de haver medidas concretas, objectivas, para combater
aquele que é o maior flagelo social em Portugal".
Da parte da CGTP, o secretário-geral, Arménio Carlos, confirmou ter alertado os
dirigentes socialistas para a necessidade "urgente" de aumentar o salário mínimo
nacional: "Neste momento temos 400 mil trabalhadores que auferem um rendimento
líquido mensal que é inferior ao valor do limiar da pobreza, que é de 434 euros",
assinalou Arménio Carlos.
E deu também conta das "razões" que haviam levado a central sindical a convocar
uma greve geral para 22 de Março. Manifestou expectativa numa "participação forte
de todos os trabalhadores, independentemente da sua filiação política ou sindical,
porque o que está em marcha é uma ofensiva contra todos sem excepção".
Miguel Laranjeiro optou por deixar claro o distanciamento em relação ao processo,
embora reconhecendo os motivos para a sua convocação.