Noticias de Imprensa de 23 de Fevereiro de 2012 - Fesete
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C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />
Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />
Título: Como a política chegou ao<br />
Carnaval<br />
Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />
Fonte: Visão Página: 30 a 34<br />
Autor: Sara Belo Luís C/ Foto | Cor<br />
Como a política chegou ao Carnaval<br />
TORRES VEDRAS<br />
Pieguices e matrafonas<br />
POR Sara Belo Luís - TEXTO<br />
MARCOS BORGA - FOTOS<br />
O PRIMEIRO-MINISTRO ARGUMENTOU que era preciso saber quem é que queria<br />
lutar «para vencer esta crise». Por isso, na manhã <strong>de</strong> terça-feira <strong>de</strong> Carnaval, 21, os<br />
funcionários das Finanças <strong>de</strong> Torres Vedras apresentam-se ao serviço. Estão nos<br />
seus postos <strong>de</strong> trabalho, a VISÃO po<strong>de</strong> comprová-lo, a aten<strong>de</strong>r os (poucos) utentes<br />
que aparecem. Alguns <strong>de</strong>les trazem ao peito um crachá, distribuído pela organização<br />
do C arnaval da cida<strong>de</strong>, que diz: «Eu produzo».<br />
Estarão ali religiosamente até às 17 e 30, mesmo que a afluência não o justifique:<br />
num dia normal, ao meiodia, há 150 senhas para aten<strong>de</strong>r; hoje, vamos em quinze.<br />
«Não se justifica estarmos aqui», comenta uma. «Viemos cá buscar o subsídio <strong>de</strong><br />
refeição», ironiza outro. Não é possível um retrato para a VISÃO, <strong>de</strong>ntro da<br />
repartição, mas, cá fora, na rua, o chefe não vê inconveniente: um vai buscar a<br />
cabeleira; outra, os óculos <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> garrafa; outra, as antenas da abelha e outra,<br />
ainda, as mangas-<strong>de</strong>-alpaca, costuradas pela própria para nos fazer lembrar o<br />
funcionalismo público do tempo da outra senhora. «Há muito que não via uma coisa<br />
<strong>de</strong>ssas», notamos. Resposta: «Também eu não.» Em Torres Vedras, o Carnaval é<br />
estado <strong>de</strong> espírito.<br />
O cortejo está reservado para a tar<strong>de</strong>. Na escola primária funciona o quartel-general<br />
da organização e, no quadro da sala <strong>de</strong> aula, alguém escreveu o sumário:<br />
«Enquanto houver um folião na rua... o Carnaval <strong>de</strong> Torres continua.» E a festa está,<br />
<strong>de</strong> nas ruas, há barraquinhas com pastéis <strong>de</strong> feijão, roulottes <strong>de</strong> bifanas, farturas,<br />
cerveja, sangria, serpentinas, confettis, máscaras, chapéus, bombos, Ivete Sangalo e<br />
muito Michel Teló (sim, o do inenarrável «Ai se eu te pego.»)