Noticias de Imprensa de 23 de Fevereiro de 2012 - Fesete

Ontem, números oficiais mostravam que a dívida pública do país estava próxima dos
170% do produto interno bruto, levantando dúvidas sobre a capacidade do país de
reduzir este rácio para 120,5% em 2020, como está expresso nas condições do novo
resgate.
"A estratégia de salvamento da Grécia depara-se com inúmeros obstáculos e apenas
o primeiro foi ultrapassado. É preciso ver como é que o novo pacote de medidas
continuará a ser desafiado por greves e protestos. E, mais importante, subsistem
dúvidas sobre como é que as reformas estruturais poderão ser aplicadas de forma
completa e efectiva", afirmou ao PÚBLICO Kevin Featherstone, presidente do
Observatório Helénico da London School of Economics.
Este especialista alerta que o acordo de resgate parece delineado para agradar aos
eleitores dos restantes países da União Europeia "em vez de alcançar o objectivo
comum de fazer com que a Grécia retorne a um quadro de crescimento, colocando a
zona euro numa base mais sólida".
Ontem, as centrais sindicais e o Partido Comunista apelaram a novos protestos na
praça frontal ao Parlamento, mas as manifestações não reuniram as dezenas de
milhares de pessoas de há pouco mais de uma semana – um domingo em que
Parlamento votou o acordo de resgate por entre protestos que degeneraram em
dezenas de edifícios incendiados e de pessoas feridas.
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