Noticias de Imprensa de 23 de Fevereiro de 2012 - Fesete

ÁLVARO AMARO SALIENTOU a descontracção do primeiro-ministro: "Quando José
Sócrates lançou a primeira pedra do hospital da Guarda, estavam lá manifestantes,
mas foram limitados a uma zona a 200 metros de distância. Podíamos ter feito o
mesmo, mas não se quis fazer isso. Evitava que 39 manifestantes - um amigo meu
contou-os - passassem por uma multidão em protesto."
Cavaco Silva reagiu de forma contrária. Na quinta-feira, dia 16, um grupo de alunos
organizou um protesto, sem conhecimento da direcção da escola António Arroio, em
Lisboa, que o Presidente iria visitar. Chegou mesmo a sair do Palácio de Belém em
direcção à escola, mas acabou por não fazer a visita. A explicação foi um
"impedimento". A SÁBADO contactou Belém, que não quis especificar este
impedimento.
Aos estudantes, bastaram dois dias e um SMS a circular entre eles para organizar a
manifestação. "A ideia surgiu numa reunião entre actuais e antigos alunos, achámos
que devíamos mostrar a nossa indignação e que as Artes valem a pena. Optámos
por receber o Presidente sentados e calados, o que não foi possível", conta Daniela
Jerónimo, presidente da Associação de Estudantes. "Não foi possível, pois o PR não
apareceu, o que fez com que o corpo estudantil se revoltasse e encarasse isso como
uma ofensa. Os alunos chegaram a sentar-se, e não estavam ali para vaiar
ninguém."
Cavaco Silva já tinha sido vaiado em Guimarães, na abertura da Capital Europeia da
Cultura, a 21 de Janeiro. Entre esse dia e a não-visita à António Arroio, não teve
agenda com contacto directo com populações.
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