Noticias de Imprensa de 23 de Fevereiro de 2012 - Fesete

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claramente isolado. A acompanhá-lo apenas o nome dos Reis da Festa, últimos a desfilar: El-Rei D. Portuga, o Kaguincha e D. Troika, A Valentona. Há dúvidas de que estamos em Portugal?... netpress system © manchete, 1996- 2012
C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal Título: 'Como superar a emergência nacional em Portugal' Data: 23-02-2012 Fonte: Visão Página: 1/48 e 49 Autor: Vítor Gaspar C/ Foto | Cor ARTIGO DE Vítor Gaspar EXCLUSIVO 'Como superar a emergência nacional em Portugal' O ministro das Finanças explica porque vai funcionar o programa de recuperação da economia portuguesa, talvez até mais cedo do que se esperava Como chegámos ao pedido de ajuda internacional? Portugal acumulou desequilíbrios macroeconómicos e níveis de endividamento muito elevados, nos últimos quinze anos. A participação na área do euro abriu oportunidades de financiamento em condições muito favoráveis. As famílias portuguesas e as empresas aproveitaram a oportunidade para pedir emprestado. Os bancos satisfizeram este acréscimo de procura de crédito no mercado doméstico, desenvolvendo um modelo de negócio centrado na margem de intermediação. O rácio de transformação dos depósitos em crédito aumentou para valores muito elevados tendo atingido cerca de 165%, em meados de 2010. No mesmo ano, a dívida externa do País cifrou-se em cerca de 230 por cento. A repetição de défices da balança de transações correntes da ordem dos 10% do produto mostra claramente uma sociedade que se habituou a gastar mais do que produz. A facilidade de acesso ao financiamento permitiu disfarçar algumas debilidades fundamentais. Desde logo, as facilidades de financiamento permitiram prolongar ou mesmo agravar alguns elementos de rigidez estrutural da economia portuguesa. Durante este período verificaram-se níveis reduzidos de investimento produtivo, tendo estado o investimento concentrado no setor dos bens não transacionáveis. Persistiram comportamentos não concorrenciais e de estreita cumplicidade entre a esfera pública e a dos negócios. O resultado foi um crescimento económico fraco, uma evolução anémica da produtividade e uma tendência para o aumento do desemprego, com particular incidência no desemprego de longa duração e no desemprego dos jovens. Acresce um problema de debilidade estrutural das Finanças Públicas. De facto, Portugal não regista, desde 1974, um único ano de excedente orçamental. Mais recentemente, na área do euro, Portugal foi o primeiro país, em 2001, a violai" as regras que proíbem défices orçamentais excessivos e só em três anos apresentou um défice abaixo do limite de 3 por cento. Desta forma Portugal nunca criou a
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