Noticias de Imprensa de 23 de Fevereiro de 2012 - Fesete
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enriquecimento profissional neste espaço", justifica o IEFP.<br />
O instituto li<strong>de</strong>rado por Octávio Oliveira salienta, porém, que, "mesmo em momentos<br />
<strong>de</strong> crescimento da economia nacional, foi significativo o número <strong>de</strong> anulações por<br />
motivo <strong>de</strong> emigração, como por certo, foram significativas as situações <strong>de</strong><br />
imigração". E acrescenta que a emigração "tem hoje uma componente <strong>de</strong><br />
sazonalida<strong>de</strong>, sendo normal o aproveitamento <strong>de</strong> excepcionais oportunida<strong>de</strong>s, com<br />
remunerações e condições interessantes".<br />
Em crise, o recurso à emigração torna-se mais evi<strong>de</strong>nte. "Naturalmente, nas<br />
situações <strong>de</strong> contracção da economia e <strong>de</strong> não criação <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho em<br />
Portugal há uma maior apetência, <strong>de</strong>corrente da necessida<strong>de</strong>, para reforçar a<br />
mobilida<strong>de</strong> da procura <strong>de</strong> trabalho para fora do país, até porque é conhecida a<br />
existência <strong>de</strong> ofertas <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> empresas europeias", explica o Instituto.<br />
Já Francisco Ma<strong>de</strong>lino, que presidiu ao IEFP até final do ano passado, salienta que<br />
os números da emigração resultam da "conjugação <strong>de</strong> duas situações". Por um lado,<br />
"apareceram dois mercados emergentes que levaram muitos portugueses, Angola e<br />
Brasil". Por outro, "a redução significativa do crescimento económico".<br />
O antigo presi<strong>de</strong>nte do IEFP explica ainda que os números da emigração po<strong>de</strong>m<br />
estar subavaliados porque são, sobretudo, os subsidiados que prestam esse tipo <strong>de</strong><br />
informação. Mas po<strong>de</strong> haver casos <strong>de</strong> inscrições anuladas <strong>de</strong>vido a faltas a acções<br />
<strong>de</strong> controlo ou outras sem que tenha sido dado uma justificação específica e isto<br />
po<strong>de</strong> incluir situações <strong>de</strong> emigração, continua.<br />
Para <strong>2012</strong>, Ma<strong>de</strong>lino antevê um aumento da taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego para próximo dos<br />
16% no final do ano, o que vai continuar a engordar os números da emigração. "Com<br />
este crescimento do <strong>de</strong>semprego, é muito natural que a imigração aumente,<br />
nomeadamente para a países europeus e também Brasil", refere.<br />
Por seu turno, fonte do IEFP salienta que é <strong>de</strong> esperar, "nos próximos anos", um<br />
aumento da emigração, mas também da imigração, sobretudo entre países<br />
europeus. Até porque a UE tem procurado aumentar a mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhadores,<br />
diz o IEFP, e uma das priorida<strong>de</strong>s a <strong>de</strong>senvolver é a re<strong>de</strong> EURES, que trata ofertas<br />
<strong>de</strong> emprego neste âmbito.<br />
Octávio Oliveira, em entrevista ao ETV, em Janeiro, frisou que, tendo em conta a<br />
livre circulação <strong>de</strong> trabalhadores, "é natural que um português", quando procura<br />
emprego, "tenha uma abordagem não circunscrita ao território nacional, mas ao<br />
espaço europeu".<br />
TRÊS PERGUNTAS A...<br />
JORGE MALHEIROS<br />
Professor <strong>de</strong> Geografia do Centro <strong>de</strong> Estudos Geográficos da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Lisboa<br />
"A estimativa aponta para uma média <strong>de</strong> 85 mil saídas por ano"<br />
Segundo Jorge Malheiros, o número total <strong>de</strong> emigrantes rondou os 85 mil em 2009 e<br />
2010. Angola tem sido um <strong>de</strong>stino em crescimento.<br />
- O número <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempregados que emigram tem subido, ainda que a um ritmo mais