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Noticias de Imprensa de 23 de Fevereiro de 2012 - Fesete

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C GTP - C onf e d er aç ão Ge r al d os Tr a b al ha d o re s<br />

Por tu gu es es | K nowl edge B as ed P ortal<br />

Título: Desemprego e emigração Data: <strong>23</strong>-02-<strong>2012</strong><br />

Fonte: Diário Económico Página: 40<br />

Autor: Francisco Ferreira da Silva C/ Foto | PB<br />

Desemprego e emigração<br />

A crise económica e a falta <strong>de</strong> emprego têm levado milhares <strong>de</strong> portugueses a<br />

emigrar. Só entre 2009 e 2011 foram 65 mil os <strong>de</strong>sempregados que anularam a<br />

inscrição nos centros <strong>de</strong> emprego e que apontaram como razão a emigração. É um<br />

fenómeno que ten<strong>de</strong> a acentuar-se à medida que a recessão se aprofunda e o<br />

<strong>de</strong>semprego aumenta em Portugal. O fenómeno verifica-se não apenas entre os<br />

<strong>de</strong>sempregados, mas também entre os jovens à procura <strong>de</strong> primeiro emprego e entre<br />

outros que, estando empregados, vêem melhores saídas profissionais alémfronteiras.<br />

As estimativas da emigração portuguesa oscilam entre os 70 mil e os 100<br />

mil por ano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009. Gran<strong>de</strong> parte dos que <strong>de</strong>ixam o País são licenciados e,<br />

entre estes, existem muitos <strong>de</strong>tentores <strong>de</strong> mestrados e doutoramentos. Os <strong>de</strong>stinos<br />

em crescimento são Angola e o Brasil, embora também exista muita emigração para<br />

o Reino Unido, França, Alemanha e outros países da Europa, como o Luxemburgo e<br />

a Bélgica.<br />

Os portugueses são um povo <strong>de</strong> emigrantes <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século XV, com especial<br />

<strong>de</strong>staque para os séculos XIX e XX, quando os fluxos migratórios para os Estados<br />

Unidos, Brasil e França se acentuaram. O fenómeno teve um período <strong>de</strong> acalmia nas<br />

últimas três décadas, mas a crise e a falta <strong>de</strong> emprego levaram muitos a voltar a<br />

arriscar o futuro no estrangeiro. Temos compatriotas espalhados por 140 países do<br />

mundo que totalizam cerca <strong>de</strong> cinco milhões, ou seja quase meta<strong>de</strong> da população<br />

resi<strong>de</strong>nte em Portugal. França ainda é o país que mais portugueses acolhe, seguida<br />

do Brasil e dos Estados Unidos, mas o novo século alterou as rotas da emigração.<br />

Não existe um quadro fiel da realida<strong>de</strong> porque as estatísticas são escassas e pouco<br />

fiáveis, sobretudo na União Europeia, on<strong>de</strong> existe livre circulação <strong>de</strong> pessoas.<br />

Os quadros portugueses são cobiçados nos mercados internacionais pela boa<br />

qualificação académica, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho e facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dominar outras<br />

línguas, o que é lisonjeiro para nós. Há cada vez mais casos <strong>de</strong> portugueses que<br />

integram estruturas dirigentes <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas internacionais e isso <strong>de</strong>ve<br />

orgulhar-nos. Somos um mercado aberto, que recebe muitos estrangeiros e fornece<br />

mão-<strong>de</strong>-obra para outros países. E esse é o verda<strong>de</strong>iro significado <strong>de</strong> uma União<br />

Europeia ao nível económico e político, mas também social. Esse é o <strong>de</strong>safio das<br />

novas gerações mas também das mais velhas, porque os Estados Unidos da<br />

América há muito que se habituaram a ver os seus cidadãos nascerem num estado e<br />

estudarem e viverem noutro ou mesmo num país diferente. Os portugueses são, por<br />

natureza, agarrados à família e à terra que os viu nascer, mas emigrar não é um<br />

drama, é, cada vez mais, uma opção <strong>de</strong> vida.

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