a aplicabilidade da contabilidade gerencial na comercial de ... - Unijuí
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UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO<br />
GRANDE DO SUL<br />
DECON - DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE<br />
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS<br />
A APLICABILIDADE DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA<br />
COMERCIAL DE PRODUTOS AGRICOLAS TERRA VERDE<br />
(Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso)<br />
CAMILA PEREIRA PORTELLA<br />
IJUÍ (RS)<br />
2011
UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO<br />
GRANDE DO SUL<br />
DECON - DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E CONTABILIDADE<br />
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS<br />
A APLICABILIDADE DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA<br />
COMERCIAL DE PRODUTOS AGRICOLAS TERRA VERDE<br />
Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso apresentado junto<br />
ao DECON – Departamento <strong>de</strong> Economia e<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. para obtenção do título <strong>de</strong> Bacharel<br />
em Ciências Contábeis <strong>da</strong> UNIJUÍ – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Regio<strong>na</strong>l do Noroeste do Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do<br />
Sul.<br />
CAMILA PEREIRA PORTELLA<br />
Professora Orientadora: Eusélia Pavéglio Vieira<br />
Ijuí, Janeiro <strong>de</strong> 2011<br />
2
AGRADECIMENTOS<br />
Primeiramente agra<strong>de</strong>ço a Deus pelas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s que fez surgir em minha vi<strong>da</strong> e<br />
por mais essa conquista alcança<strong>da</strong> ao concluir o curso <strong>de</strong> Ciências Contábeis.<br />
Agra<strong>de</strong>ço eter<strong>na</strong>mente a meus familiares, pela compreensão, pelo apoio, incentivo e<br />
carinho que recebi durante esses anos <strong>de</strong> graduação.<br />
Agra<strong>de</strong>ço também a todos os professores pelos ensi<strong>na</strong>mentos, <strong>de</strong>dicação, paciência e<br />
carinho para que mais esse sonho se tor<strong>na</strong>sse reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, e em especial a minha orientadora<br />
professora Eusélia, que com sua <strong>de</strong>dicação, esforço, amiza<strong>de</strong> e conhecimentos sempre esteve<br />
a disposição e me conduziu ao caminho certo para a realização <strong>de</strong>ste trabalho.<br />
Agra<strong>de</strong>ço aos proprietários e funcionários <strong>da</strong> empresa on<strong>de</strong> realizei o trabalho, pela<br />
disposição e esforço ao forneceram as informações necessárias para que o trabalho alcançasse<br />
os objetivos esperados.<br />
Enfim, agra<strong>de</strong>ço a todos que, direta ou indiretamente, <strong>de</strong> alguma forma me auxiliaram<br />
e contribuíram nessa caminha<strong>da</strong>.
SUMÁRIO<br />
LISTA DE QUADROS.............................................................................................................7<br />
LISTA DE GRÁFICOS ...........................................................................................................9<br />
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................11<br />
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO..................................................................13<br />
1.1 Área <strong>de</strong> Conhecimento Contempla<strong>da</strong>.........................................................................13<br />
1.2 Caracterização <strong>da</strong> Organização ..................................................................................13<br />
1.3 Problematização do Tema ..........................................................................................14<br />
1.4 Objetivos.....................................................................................................................15<br />
1.4.1 Objetivo Geral .....................................................................................................15<br />
1.4.2 Objetivos Específicos ..........................................................................................15<br />
1.5 Justificativa.................................................................................................................16<br />
1.6 Metodologia do Trabalho ...........................................................................................17<br />
1.6.1 Classificação <strong>da</strong> Pesquisa ....................................................................................17<br />
1.6.1.1 Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> sua <strong>na</strong>tureza ................................................................17<br />
1.6.1.2 Do Ponto <strong>de</strong> Vista <strong>de</strong> Seus Objetivos...........................................................17<br />
1.6.1.3 Do Ponto <strong>de</strong> Vista <strong>da</strong> Forma <strong>de</strong> Abor<strong>da</strong>gem do Problema ..........................17<br />
1.6.1.4 Do Ponto <strong>de</strong> Vista dos Procedimentos Técnicos..........................................18<br />
1.6.2 Plano <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Dados....................................................................................19<br />
1.6.2.1 Instrumentos <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Dados .................................................................19<br />
1.6.3 Plano <strong>de</strong> Análise e Interpretação <strong>de</strong> Dados .........................................................20<br />
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................21<br />
2.1 Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>..............................................................................................................21<br />
2.1.1 Conceito...............................................................................................................21<br />
2.1.2 Fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> ............................................................................................................22<br />
2.1.3 Campos <strong>de</strong> Atuação.............................................................................................23<br />
4
2.2 Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial .............................................................................................24<br />
2.2.1 Conceito e Fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> ..........................................................................................24<br />
2.2.2 Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial e Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Fi<strong>na</strong>nceira ..........................................25<br />
2.3 Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos .............................................................................................27<br />
2.3.1 Conceito e Fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> ..........................................................................................27<br />
2.3.2 Custos <strong>na</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Comercial ...........................................................................29<br />
2.3.2.1 Conceito e Fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> ...................................................................................29<br />
2.3.2.2 Custos Relativos à Aquisição <strong>da</strong>s Mercadorias............................................30<br />
2.3.2.3 Despesas Relativas à Ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> Mercadorias ...............................................31<br />
2.3.3 Os Componentes Fixos do Custo no Comércio...................................................32<br />
2.3.3.1 Despesas Operacio<strong>na</strong>is .................................................................................32<br />
2.3.3.2 Despesas Administrativas.............................................................................32<br />
2.3.3.3 Depreciação ..................................................................................................33<br />
2.3.3.4 Custos com Pessoal ......................................................................................34<br />
2.3.3.5 O Sistema <strong>de</strong> Custeio Variável Aplicado no Comércio ...............................35<br />
2.3.4 Formação do Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong>..............................................................................36<br />
2.3.4.1 Análise Custo Volume Lucro .......................................................................38<br />
2.3.4.2 Margem <strong>de</strong> Contribuição..............................................................................39<br />
2.3.4.3 Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio.......................................................................................40<br />
2.3.4.4 Margem <strong>de</strong> Segurança ..................................................................................43<br />
2.4 Análise <strong>de</strong> Balanços....................................................................................................43<br />
2.4.1 Análise Horizontal ou <strong>de</strong> Evolução.....................................................................44<br />
2.4.2 Análise Vertical ou <strong>de</strong> Estrutura..........................................................................45<br />
2.4.3 Indicadores Rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Estoques.................................................................46<br />
2.5 Sistemas <strong>de</strong> Informações Gerenciais ..........................................................................46<br />
2.5.1 Conceito...............................................................................................................47<br />
2.5.2 Sistema Operacio<strong>na</strong>l............................................................................................48<br />
2.5.3 Sistema Gestão ....................................................................................................48<br />
2.5.4 Níveis do Sistema <strong>de</strong> Informações Gerenciais ....................................................49<br />
2.5.5. Tecnologia <strong>da</strong> Informação..................................................................................49<br />
2.5.6 Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Informação.....................................................................................49<br />
3. RELEVÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA COMERCIAL DE<br />
PRODUTOS AGRICOLAS TERRA VERDE: ESTUDO DE CASO ..................................51<br />
3.1 Estrutura <strong>da</strong> Empresa..................................................................................................51<br />
5
3.2 Custo <strong>de</strong> Aquisição dos Produtos ...............................................................................55<br />
3.2.1 Cálculo do Custo <strong>de</strong> Aquisição dos Produtos......................................................55<br />
3.3 Apuração <strong>da</strong>s Despesas Mensais <strong>da</strong> Empresa ............................................................56<br />
3.3.1 Gastos com Salários e Encargos Sociais Trabalhistas.........................................57<br />
3.3.2 Cálculo do custo com Depreciação / mês............................................................58<br />
3.3.3 Levantamento <strong>da</strong>s Despesas Mensais..................................................................59<br />
3.3.4 Faturamento Mensal dos Produtos em Estudo ....................................................62<br />
3.4.1 Total <strong>da</strong>s Despesas Mensais Proporcio<strong>na</strong>is aos Produtos em Estudo .................64<br />
3.4 Cálculo do Mark-up....................................................................................................64<br />
3.5 Apuração <strong>da</strong> Margem <strong>de</strong> Contribuição <strong>da</strong>s Mercadorias em Estudo .........................69<br />
3.6 Cálculo do Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio ..................................................................................79<br />
3.7 Margem <strong>de</strong> Segurança Operacio<strong>na</strong>l............................................................................83<br />
3.8 Apuração do Resultado dos Produtos em Estudo.......................................................85<br />
3.9 Análise <strong>de</strong> balanços ....................................................................................................90<br />
3.9.1 A<strong>na</strong>lise vertical....................................................................................................90<br />
3.9.2 Análise horizontal................................................................................................92<br />
3.9.3 Rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos Estoques...................................................................................95<br />
3.10 Sistema <strong>de</strong> Informações Gerenciais..........................................................................96<br />
3.10.1 Informações gerenciais, níveis e periodici<strong>da</strong><strong>de</strong>.................................................96<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................100<br />
ANEXOS ...............................................................................................................................103<br />
6
LISTA DE QUADROS<br />
Quadro 1: A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Fi<strong>na</strong>nceira e a Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial .......................................26<br />
Quadro 2: Custo <strong>de</strong> Compra <strong>de</strong> Mercadorias (Comercial).......................................................31<br />
Quadro 3: Taxa anual e vi<strong>da</strong> útil estima<strong>da</strong> para a <strong>de</strong>preciação ................................................33<br />
Quadro 4: Base para cálculo do custo com pessoal..................................................................35<br />
Quadro 5: Fórmula para cálculo do Mark-up divisor...............................................................38<br />
Quadro 6: Fórmula para cálculo do Mark-up multiplicador....................................................38<br />
Quadro 7: Fórmula para cálculo <strong>da</strong> Margem <strong>de</strong> Contribuição .................................................40<br />
Quadro 8: Fórmula para cálculo do Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio Contábil...........................................41<br />
Quadro 9: Fórmula para cálculo do Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio Fi<strong>na</strong>nceiro........................................42<br />
Quadro 10: Fórmula Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio Econômico..............................................................42<br />
Quadro 11: Fórmula para cálculo <strong>da</strong> Margem <strong>de</strong> Segurança Operacio<strong>na</strong>l...............................43<br />
Quadro 12: Fórmula para calculo <strong>da</strong> Rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Estoque ................................................46<br />
Quadro 13: Custo <strong>de</strong> Aquisição dos Produtos..........................................................................56<br />
Quadro 14: Gastos com pessoal................................................................................................57<br />
Quadro 15: Cálculo pró-labore dos sócios ...............................................................................58<br />
Quadro 16: Cálculo <strong>da</strong> Depreciação Anual e Mensal...............................................................59<br />
Quadro 17: Despesas Mensais..................................................................................................59<br />
Quadro 18: Faturamento médio dos produtos estu<strong>da</strong>dos..........................................................62<br />
Quadro 19: Cálculo do Mark-up <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> mercadoria...............................................................65<br />
Quadro 20: Preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo ....................................................................................66<br />
Quadro 21: Cálculo do Mark-up para o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> mínimo .............................................67<br />
Quadro 22: PV Mínimo X PV Praticado X PV Orientativo.....................................................69<br />
Quadro 23: Margem <strong>de</strong> contribuição – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado............................................70<br />
Quadro 24: Margem <strong>de</strong> Contribuição – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo ........................................73<br />
Quadro 25: MCT preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado versus MCT preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo............77<br />
7
Quadro 26: Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado....................................................79<br />
Quadro 27: Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo .................................................81<br />
Quadro 28: Margem <strong>de</strong> Segurança Operacio<strong>na</strong>l – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado ..........................83<br />
Quadro 29: Margem <strong>de</strong> Segurança Operacio<strong>na</strong>l – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo........................84<br />
Quadro 30: Demonstração do Resultado – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado......................................85<br />
Quadro 31: Demonstração do Resultado – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo ...................................88<br />
Quadro 32: Balanço Patrimonial Atualizado para a Análise Vertical......................................91<br />
Quadro 33: Balanço Patrimonial Atualizado para a Análise Vertical......................................93<br />
Quadro 34: Níveis e Periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s Informações................................................................96<br />
8
LISTA DE GRÁFICOS<br />
Gráfico 1: Representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s Despesas Mensais <strong>da</strong> Empresa..........................................61<br />
Gráfico 2: Faturamento médio dos produtos estu<strong>da</strong>dos ...........................................................63<br />
Gráfico 3: Margem <strong>de</strong> contribuição unitária – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado ................................71<br />
Gráfico 4: Margem <strong>de</strong> contribuição Total – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado....................................72<br />
Gráfico 5: Margem <strong>de</strong> Contribuição Unitária – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo............................75<br />
Gráfico 6: Margem <strong>de</strong> Contribuição Unitária Total – Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> Orientativo.................76<br />
Gráfico 7: Relação MCT preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado versus MCT preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo.78<br />
Gráfico 8: Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio – Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> Praticado ....................................................80<br />
Gráfico 9: Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio – Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> Orientativo.................................................82<br />
Gráfico 10: Demonstração do Resultado – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado......................................87<br />
Gráfico 11: Demonstração do Resultado – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo ...................................89<br />
9
LISTA DE ANEXOS<br />
Anexo 1: Artigo n° 09 do Livro I, Inciso VIII do Decreto 37.699/97 do RICMS – RS ........104<br />
Anexo 2: Artigo 1° <strong>da</strong> Lei 10.925/2004 .................................................................................109<br />
Anexo 3: Balanço Patrimonial Origi<strong>na</strong>l .................................................................................111<br />
Anexo 4: Balanço Patrimonial Atualizado .............................................................................113<br />
10
INTRODUÇÃO<br />
A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial é <strong>de</strong> suma importância para a sobrevivência <strong>da</strong>s empresas<br />
em meio a um mercado ca<strong>da</strong> vez mais dinâmico e competitivo. Com isso, po<strong>de</strong>-se dizer que a<br />
contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> traz inúmeras ferramentas indispensáveis para uma boa gestão dos<br />
negócios, conseguindo i<strong>de</strong>ntificar problemas em tempo hábil, auxiliando, assim, <strong>na</strong> sua<br />
correção e também no aperfeiçoamento dos processos <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />
A análise realiza<strong>da</strong> através <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> <strong>de</strong>monstra uma melhor<br />
utilização dos recursos <strong>da</strong> empresa, trazendo um a<strong>de</strong>quado controle, po<strong>de</strong>ndo também reduzir<br />
custos, diminuir ameaças e buscar novas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Po<strong>de</strong>-se dizer também que a eficácia<br />
<strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mentalmente <strong>de</strong> um bom sistema <strong>de</strong> informações<br />
contábeis, que gere informações precisas, oportu<strong>na</strong>s e relevantes sobre o ambiente<br />
empresarial, e o profissio<strong>na</strong>l que esteja as utilizando seja capacitado para tal tarefa.<br />
Em virtu<strong>de</strong> disso, o objetivo <strong>de</strong>sta pesquisa é o <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar a gran<strong>de</strong> relevância e<br />
<strong>aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> que a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> exerce <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, trazendo um estudo<br />
aprofun<strong>da</strong>do que proporcione um maior entendimento nesta área. A partir disso, foi possível<br />
<strong>de</strong>senvolver uma contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> que proporcione informações que po<strong>de</strong>m auxiliar o<br />
processo <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />
O presente trabalho, no capitulo I apresenta a contextualização <strong>da</strong> pesquisa,<br />
apresentando a caracterização <strong>da</strong> empresa que é o objeto <strong>de</strong> estudo, os objetivos, a<br />
justificativa e a metodologia que foi utiliza<strong>da</strong> para a realização do mesmo.<br />
No capítulo II traz a revisão bibliográfica, que apresenta a fun<strong>da</strong>mentação teórica<br />
realiza<strong>da</strong> <strong>na</strong> pesquisa, visando proporcio<strong>na</strong>r um maior entendimento para o estudo que foi<br />
11
aplicado. Neste capítulo foram aprofun<strong>da</strong>dos conhecimentos referentes à conceituação,<br />
fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> e os vários campos <strong>de</strong> atuação que a Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> proporcio<strong>na</strong>.<br />
Também, foram abor<strong>da</strong>dos os conhecimentos sobre a Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial, bem<br />
como sua <strong>de</strong>finição, fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> e uma breve relação entre semelhanças e<br />
diferenças com a Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Fi<strong>na</strong>nceira. A seguir, foi apresentado o tema Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Custos, on<strong>de</strong> consta conceitos e fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>, a atuação e funcio<strong>na</strong>mento <strong>na</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>comercial</strong>,<br />
bem como para a formação <strong>de</strong> preços para a ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> mercadorias. Posteriormente, trabalhou-<br />
se com conceitos e a <strong>aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Análise <strong>de</strong> Balanços, on<strong>de</strong> foram apresenta<strong>da</strong>s as<br />
técnicas <strong>da</strong> análise horizontal e vertical, bem como os indicadores utilizados para a análise <strong>da</strong><br />
rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos estoques. Para concluir a revisão bibliográfica, foi abor<strong>da</strong>do o tema <strong>de</strong><br />
Sistemas <strong>de</strong> Informações Gerenciais, on<strong>de</strong> foram apresentados conceitos, tipos <strong>de</strong> sistemas, os<br />
níveis que o Sistema abrange e o conceito e importância que a tecnologia e a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
informação representam para um bom uso e gerenciamento com o auxilio <strong>de</strong>stes instrumentos.<br />
Depois disso, o capítulo terceiro apresenta o estudo aplicado realizado <strong>na</strong> empresa,<br />
on<strong>de</strong> foi usado o nome fictício <strong>de</strong> “Comércio <strong>de</strong> Produtos Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong>”. Neste<br />
estudo aplicado foi apresenta<strong>da</strong> a estrutura <strong>da</strong> empresa, bem como o funcio<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> suas<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Também foi levantado o custo <strong>de</strong> aquisição dos produtos e feita à apuração <strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong>spesas mensais <strong>da</strong> empresa. Com isso, foi obtido o faturamento mensal <strong>da</strong> empresa e feito<br />
a apuração <strong>da</strong> margem <strong>de</strong> contribuição <strong>da</strong>s mercadorias, o cálculo do ponto <strong>de</strong> equilíbrio, <strong>da</strong><br />
margem <strong>de</strong> segurança operacio<strong>na</strong>l e a apuração do resultado do exercício.<br />
Ain<strong>da</strong>, o trabalho apresenta uma a<strong>na</strong>lise <strong>de</strong> balanço vertical e horizontal referente aos<br />
períodos <strong>de</strong> 2007, 2008 e 2009, e uma avaliação <strong>da</strong> sua rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estoques referente ao<br />
mesmo período.<br />
E por fim são apresenta<strong>da</strong>s algumas informações gerenciais, bem como a conclusão e<br />
as referencias bibliográficas utiliza<strong>da</strong>s para a construção <strong>de</strong>ste trabalho.<br />
12
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO<br />
Neste capítulo apresenta-se a contextualização do estudo que tem a i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong><br />
área que foi trabalha<strong>da</strong>, a caracterização <strong>da</strong> organização em estudo, a problematização do<br />
tema abor<strong>da</strong>do, os objetivos <strong>da</strong> pesquisa, a justificativa do trabalho e a metodologia que foi<br />
utiliza<strong>da</strong>.<br />
1.1 Área <strong>de</strong> Conhecimento Contempla<strong>da</strong><br />
A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma Ciência que tem como objeto <strong>de</strong> estudos o patrimônio <strong>da</strong>s<br />
enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s e suas variações. As fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> referem-se à<br />
orientação <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong>s empresas no exercício <strong>de</strong> suas funções, portanto a Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é o<br />
controle e o planejamento <strong>de</strong> to<strong>da</strong> e qualquer enti<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> abrange diversos campos <strong>de</strong> atuação profissio<strong>na</strong>l, sendo um <strong>de</strong>les a<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial, que tem o propósito <strong>de</strong> auxiliar no processo <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão,<br />
no planejamento e no controle <strong>da</strong>s informações necessárias para a gestão <strong>da</strong> empresa.<br />
Nesta linha, a área contempla<strong>da</strong> em estudo é a Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial, que tem a<br />
fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> verificar a <strong>aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>na</strong> Comercial <strong>de</strong> Produtos Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong>.<br />
1.2 Caracterização <strong>da</strong> Organização<br />
O presente trabalho realizou-se em uma empresa que <strong>comercial</strong>iza produtos agrícolas<br />
tais como: <strong>de</strong>fensivos, herbici<strong>da</strong>s, fungici<strong>da</strong>s, fertilizantes, sementes <strong>de</strong> milho, trigo, entre<br />
outros. A organização se enquadra como normal e é tributa<strong>da</strong> pelo lucro real trimestral. Seu<br />
faturamento médio anual é <strong>de</strong> R$ 4.284.628,16.<br />
A Comercial <strong>de</strong> Produtos Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong> atua no mercado a mais <strong>de</strong> 15 anos e<br />
é uma empresa Lt<strong>da</strong>. constituí<strong>da</strong> por dois sócios. Possui uma filial e é forma<strong>da</strong> em seu todo<br />
pelos sócios e mais seis funcionários, on<strong>de</strong> dois são técnicos agrícolas, dois auxiliares<br />
administrativos, um carregador e um motorista. Todos os funcionários têm sua função, mas<br />
também auxiliam <strong>na</strong>s ven<strong>da</strong>s e <strong>na</strong>s <strong>de</strong>mais tarefas <strong>da</strong> empresa.<br />
13
A seguir, apresenta-se o organograma <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>monstrando como funcio<strong>na</strong>m as<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s funcio<strong>na</strong>is <strong>da</strong> organização estu<strong>da</strong><strong>da</strong>:<br />
Figura 01: Organograma <strong>da</strong> empresa<br />
Fonte: Dados concedidos pela empresa<br />
1.3 Problematização do Tema<br />
Sócio Administrador<br />
Administrativo/ Ven<strong>da</strong>s Assessoria Técnica<br />
Ven<strong>da</strong>s Compras<br />
Pedidos <strong>de</strong><br />
Clientes<br />
Ven<strong>da</strong> à<br />
Vista<br />
Ven<strong>da</strong> a<br />
Prazo<br />
Caixa<br />
Duplicatas<br />
a Receber<br />
Pedidos ao<br />
Fornecedor<br />
Compra à<br />
Vista<br />
Compra a<br />
Prazo<br />
Caixa<br />
Duplicatas<br />
a Pagar<br />
Receituário para<br />
Defensivos<br />
Assistência e<br />
análise do solo<br />
A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial é um ramo <strong>da</strong> Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> que tem como fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
oferecer instrumentos que auxiliam <strong>na</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão para os gestores através do<br />
14
planejamento, controle e análise <strong>da</strong>s informações contábeis fi<strong>na</strong>nceiras e <strong>de</strong> custos <strong>da</strong><br />
empresa.<br />
A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial vêm crescendo e se tor<strong>na</strong>ndo ca<strong>da</strong> vez mais importante <strong>na</strong><br />
vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s empresas, pois com um mercado ca<strong>da</strong> vez mais competitivo é necessário que se<br />
tenha informações estratégicas para auxiliar os gestores <strong>na</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão mais segura e<br />
com menores chances <strong>de</strong> erros.<br />
Neste sentido, a empresa Comércio <strong>de</strong> Produtos Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong> atualmente não<br />
possui uma contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> que proporcione informações em tempo real para que<br />
possa tomar <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> negociações com maior segurança. Em função disso, a empresa tem<br />
uma gran<strong>de</strong> preocupação em possuir estes indicadores e informações que aju<strong>de</strong>m no<br />
gerenciamento diário <strong>de</strong> sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os custos <strong>de</strong> suas mercadorias, preços, margens,<br />
giro, entre outros.<br />
Diante do exposto, questio<strong>na</strong>-se: De que forma a Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial po<strong>de</strong><br />
proporcio<strong>na</strong>r informações relevantes para a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>da</strong> Comercial <strong>de</strong> Produtos<br />
Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong>?<br />
1.4 Objetivos<br />
Com base <strong>na</strong> problematização proposta neste trabalho, foram <strong>de</strong>finidos os objetivos<br />
que se preten<strong>de</strong> alcançar com a realização do mesmo.<br />
1.4.1 Objetivo Geral<br />
Desenvolver uma contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> para a Comércio <strong>de</strong> Produtos Agrícolas<br />
Terra Ver<strong>de</strong> que proporcione informações para o gerenciamento <strong>da</strong> empresa diante do<br />
processo <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />
1.4.2 Objetivos Específicos<br />
Revisar a bibliografia sobre contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong>, contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custos e<br />
análise <strong>da</strong>s <strong>de</strong>monstrações contábeis;<br />
Levantar os custos e as <strong>de</strong>spesas <strong>da</strong> empresa em estudo;<br />
15
A<strong>na</strong>lisar os preços <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> dos produtos <strong>da</strong> empresa x preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo;<br />
Apurar os indicadores gerenciais;<br />
A<strong>na</strong>lisar as informações para a gestão do negócio.<br />
1.5 Justificativa<br />
Diante <strong>da</strong> globalização on<strong>de</strong> a competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> se tor<strong>na</strong> ca<strong>da</strong> vez mais forte, se faz<br />
necessário vencer uma concorrência, muitas vezes <strong>de</strong>sleal, é <strong>de</strong> suma importância, para que as<br />
empresas possam se manter vivas, encontrando um diferencial que as permita estarem sempre<br />
<strong>na</strong> frente ou acompanhando o mercado. Para tanto, po<strong>de</strong>-se utilizar um instrumento que<br />
propicie tudo isso: a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong>, pois ela gera informações úteis ao processo <strong>de</strong><br />
gestão empresarial e auxilia o administrador <strong>na</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />
Para a empresa, a elaboração <strong>de</strong>ste trabalho po<strong>de</strong> contribuir e ser usado como base<br />
para o planejamento e controle, auxiliando o gestor <strong>na</strong> difícil tarefa <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões com<br />
mais segurança e menor chance <strong>de</strong> erros. Além do mais, a empresa está em processo <strong>de</strong><br />
expansão e para se manter, precisa fortificar seus controles e encontrar novas formas <strong>de</strong><br />
planejamento para não ficar atrás <strong>da</strong> concorrência.<br />
Para a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> e para o Curso <strong>de</strong> Ciências Contábeis o presente trabalho po<strong>de</strong><br />
servir como estimulo aos novos acadêmicos em continuar a pesquisa nesta área, ampliando os<br />
conceitos e estudos realizados no mesmo, bem como para fonte <strong>de</strong> pesquisas no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> trabalhos sobre o mesmo assunto.<br />
Para mim, que estou <strong>de</strong>senvolvendo este trabalho, é uma oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer o<br />
processo <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> uma empresa <strong>na</strong> vi<strong>da</strong> real, po<strong>de</strong>ndo assim comparar a teoria<br />
estu<strong>da</strong><strong>da</strong> em aula com a prática e, em virtu<strong>de</strong> disso, buscar novas experiências que me serão<br />
úteis como acadêmica e como futura profissio<strong>na</strong>l. Além disso, vejo este trabalho como uma<br />
oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois com os conhecimentos acumulados, posso direcio<strong>na</strong>r a área <strong>da</strong><br />
contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> que pretendo atuar e ain<strong>da</strong> utilizar os novos conhecimentos em meu cotidiano.<br />
16
1.6 Metodologia do Trabalho<br />
A metodologia do trabalho apresenta a classificação, bem como os instrumentos que<br />
foram utilizados para a coleta e a análise dos <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> pesquisa.<br />
1.6.1 Classificação <strong>da</strong> Pesquisa<br />
Este item tem a fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar a classificação <strong>da</strong> pesquisa quanto ao ponto<br />
<strong>de</strong> vista <strong>de</strong> sua <strong>na</strong>tureza, <strong>de</strong> seus objetivos <strong>da</strong> forma <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gem do problema e <strong>de</strong> seus<br />
procedimentos técnicos.<br />
1.6.1.1 Do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> sua <strong>na</strong>tureza<br />
Neste estudo, a pesquisa realiza<strong>da</strong> classifica-se como aplica<strong>da</strong>, que segundo Marconi e<br />
Lakatos (1996, p. 19) conceituam: “como o próprio nome indica, caracteriza-se por seu<br />
interesse prático, isto é, que os resultados sejam aplicados ou utilizados, imediatamente, <strong>na</strong><br />
solução <strong>de</strong> problemas que ocorrem <strong>na</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>”.<br />
1.6.1.2 Do Ponto <strong>de</strong> Vista <strong>de</strong> Seus Objetivos<br />
Consi<strong>de</strong>rando como critério os objetivos, a pesquisa po<strong>de</strong> ser classifica<strong>da</strong> como<br />
exploratória, <strong>de</strong>scritiva e explicativa. Este estudo se classifica como pesquisa exploratória.<br />
Segundo Gil (2002, p. 41):<br />
Estas pesquisas têm como objetivo proporcio<strong>na</strong>r maior familiari<strong>da</strong><strong>de</strong> com o<br />
problema, com vistas a torná-lo mais explicito ou a construir hipóteses. Po<strong>de</strong>-se<br />
dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento <strong>de</strong> idéias ou<br />
a <strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> intuições. Seu planejamento é, portanto bastante flexível, <strong>de</strong> modo<br />
que possibilite a consi<strong>de</strong>ração dos mais variados aspectos relativos ao fato estu<strong>da</strong>do.<br />
Resumindo, a pesquisa exploratória é utiliza<strong>da</strong> para realizar um estudo prelimi<strong>na</strong>r do<br />
principal objetivo, <strong>de</strong> modo que a pesquisa seja realiza<strong>da</strong> com uma maior compreensão e<br />
precisão dos fatos.<br />
1.6.1.3 Do Ponto <strong>de</strong> Vista <strong>da</strong> Forma <strong>de</strong> Abor<strong>da</strong>gem do Problema<br />
Quanto à forma <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gem do problema, a pesquisa po<strong>de</strong> ser classifica<strong>da</strong> como<br />
qualitativa, pois como afirmam Marconi e Lakatos (1996, p. 18): “a metodologia <strong>de</strong>ve ser<br />
17
indica<strong>da</strong>, assim como as referencias bibliográficas, a terminologia cui<strong>da</strong>dosamente <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>,<br />
os fatores limitativos apontados e todos os resultados registrados com a maior objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>”.<br />
1.6.1.4 Do Ponto <strong>de</strong> Vista dos Procedimentos Técnicos<br />
Do ponto <strong>de</strong> vista dos procedimentos técnicos a pesquisa po<strong>de</strong> ser classifica<strong>da</strong> como<br />
bibliográfica, documental, levantamento, estudo <strong>de</strong> caso e pesquisa ação. Este estudo se<br />
classifica como pesquisa bibliográfica, documental, levantamento e estudo <strong>de</strong> caso.<br />
Para (GIL, 2002, p. 44):<br />
A pesquisa bibliográfica é <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> com base em material já elaborado,<br />
constituído principalmente <strong>de</strong> livros e artigos científicos. Embora em quase todos os<br />
estudos seja exigido algum tipo <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>ssa <strong>na</strong>tureza, há pesquisas<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s exclusivamente a partir <strong>de</strong> fontes bibliográficas. Boa parte dos<br />
estudos exploratórios po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como pesquisas bibliográficas. As pesquisas<br />
sobre i<strong>de</strong>ologias, bem como aquelas que se propõem a análise <strong>da</strong>s diversas posições<br />
acerca <strong>de</strong> um problema, também costumam ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s quase exclusivamente<br />
mediante fontes bibliográficas.<br />
Segundo (GIL, 2002, p.45) “... a pesquisa documental vale-se <strong>de</strong> materiais que não<br />
recebem ain<strong>da</strong> um tratamento a<strong>na</strong>lítico, ou que ain<strong>da</strong> po<strong>de</strong>m ser reelaborados <strong>de</strong> acordo com<br />
os objetos <strong>da</strong> pesquisa”.<br />
Quanto à pesquisa <strong>de</strong> levantamento Gil (2002, p. 50) confirma que:<br />
As pesquisas <strong>de</strong>ste tipo caracterizam-se pela interrogação direta <strong>da</strong>s pessoas cujo<br />
comportamento se <strong>de</strong>seja conhecer. Basicamente proce<strong>de</strong>-se á solicitação <strong>de</strong><br />
informações a um grupo significativo <strong>de</strong> pessoas acerca <strong>de</strong> problema estu<strong>da</strong>do, para<br />
em segui<strong>da</strong>, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões<br />
correspon<strong>de</strong>ntes aos <strong>da</strong>dos coletados.<br />
A pesquisa <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> caso é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> por Gil (2002, p. 54) como: “um estudo<br />
profundo e exaustivo <strong>de</strong> um ou poucos objetos, <strong>de</strong> maneira que permita seu amplo e <strong>de</strong>talhado<br />
conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros <strong>de</strong>lineamentos já<br />
consi<strong>de</strong>rados”.<br />
18
1.6.2 Plano <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Dados<br />
A coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>ve informar como se preten<strong>de</strong> obter os <strong>da</strong>dos para a pesquisa.<br />
Para Roesch (2006, p. 128):<br />
Um projeto po<strong>de</strong> combi<strong>na</strong>r técnicas <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s em um ou outro paradigma. Se<br />
trata <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos primários, através <strong>de</strong> entrevistas, questionários, observações<br />
ou testes, é importante especificar nesta seção a fonte dos <strong>da</strong>dos ( a população que<br />
será entrevista<strong>da</strong> e os documentos que serão a<strong>na</strong>lisados), quando estes serão<br />
levantados e através <strong>de</strong> que instrumentos.<br />
A seguir são apresentados os instrumentos utilizados para a coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos do<br />
presente estudo.<br />
1.6.2.1 Instrumentos <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Dados<br />
Nesta pesquisa foram utiliza<strong>da</strong>s a observação e a entrevista como instrumentos <strong>de</strong><br />
coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos. Conforme Vergara (1998, p. 52) <strong>de</strong>fine que:<br />
A observação po<strong>de</strong> ser simples, ou participante. Na observação simples você<br />
mantém certo distanciamento do grupo ou <strong>da</strong> situação que tencio<strong>na</strong> estu<strong>da</strong>r; é um<br />
espectador não interativo. Na observação participante, você já está engajado ou se<br />
engaja <strong>na</strong> vi<strong>da</strong> do grupo ou <strong>da</strong> situação: é um ator ou um espectador interativo.<br />
Assim, Marconi e Lakatos (1996, p. 79) complementam que: “a observação é uma<br />
técnica <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos para conseguir informações e utiliza os sentidos <strong>na</strong> obtenção <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos aspectos <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Não consiste ape<strong>na</strong>s em ver ou ouvir, mas também em<br />
exami<strong>na</strong>r fatos ou fenômenos que se <strong>de</strong>sejam estu<strong>da</strong>r“.<br />
Segundo Vergara (1998, p. 53): “a entrevista é um procedimento no qual você faz<br />
perguntas a alguém que, oralmente, lhe respon<strong>de</strong>. A presença física <strong>de</strong> ambos é necessária no<br />
momento <strong>da</strong> entrevista, mas se você dispõe <strong>de</strong> mídia interativa, ela se tor<strong>na</strong> dispensável”<br />
Nesta pesquisa foi realiza<strong>da</strong> a observação simples, ou não participante, sendo ela<br />
assistemática, pois não existem controles para serem consultados e, segundo Marconi e<br />
Lakatos (1996), ain<strong>da</strong> recolhe e registra os fatos <strong>de</strong> conhecimentos obtidos através <strong>de</strong><br />
experiências casuais. Também realizou-se a observação individual, pois foi realiza<strong>da</strong> ape<strong>na</strong>s<br />
19
por um pesquisador e <strong>de</strong>pois a observação <strong>na</strong> vi<strong>da</strong> real, pois os <strong>da</strong>dos foram consultados à<br />
medi<strong>da</strong> que foram ocorrendo.<br />
Quanto à entrevista, foi <strong>de</strong>spadroniza<strong>da</strong>, on<strong>de</strong> Marconi e Lakatos (1996, p. 85) dizem<br />
que: “o entrevistado tem liber<strong>da</strong><strong>de</strong> para <strong>de</strong>senvolver ca<strong>da</strong> situação em qualquer direção que<br />
consi<strong>de</strong>re a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>. È uma forma <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r explorar mais amplamente uma questão. Em<br />
geral, as perguntas são abertas e po<strong>de</strong>m ser respondi<strong>da</strong>s através <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma conversação<br />
informal”, ou seja, a pesquisa não foi construí<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong> um roteiro, mas sim pela medi<strong>da</strong><br />
que foi se necessitando <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos.<br />
1.6.3 Plano <strong>de</strong> Análise e Interpretação <strong>de</strong> Dados<br />
Este item prevê como foram feitos à análise dos resultados <strong>da</strong> pesquisa. De acordo<br />
com (ROESCH, 2006, p. 128) “sugere-se que o aluno imagine como fará a <strong>de</strong>scrição e análise<br />
dos resultados. Po<strong>de</strong>rá prever a utilização <strong>de</strong> gráficos, tabelas e estatísticas. Pensar a análise<br />
aju<strong>da</strong> a criticar a própria coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos”.<br />
Neste trabalho, foram realiza<strong>da</strong>s pesquisas teóricas, bem como o levantamento dos<br />
<strong>da</strong>dos necessários para o <strong>de</strong>senvolvimento do estudo. Depois foi feita a apuração dos<br />
indicadores gerenciais e a estruturação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informações gerenciais para a<br />
empresa.<br />
20
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA<br />
Neste capitulo elaborou-se a pesquisa bibliográfica, on<strong>de</strong> contem os conceitos <strong>de</strong><br />
muitos autores sobre a área <strong>de</strong> conhecimento explora<strong>da</strong> com o objetivo <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mentar e<br />
proporcio<strong>na</strong>r um maior entendimento para o estudo aplicado.<br />
2.1 Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
A contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, conforme Basso (2005) surgiu <strong>de</strong>vido à necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do homem <strong>de</strong><br />
registrar e controlar tudo aquilo que lhe pertencia. Des<strong>de</strong> o seu surgimento ela está em<br />
constante evolução, pois os que antes eram registros rústicos e simples, com enfoque ape<strong>na</strong>s<br />
para o controle, passam a ser registros sistematizados, que não ape<strong>na</strong>s controlam, mas<br />
auxiliam no planejamento, no estudo e em projeções para o patrimônio. Com isso, po<strong>de</strong>-se<br />
dizer que a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> gera informações <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>s que permitem a eficiência e a eficácia<br />
<strong>na</strong>s escolhas dos gestores, trazendo, assim, processos ágeis e seguros para a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisão.<br />
2.1.1 Conceito<br />
A contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> tem ganhado vários conceitos <strong>de</strong> acordo com a importância e os<br />
diferentes entendimentos <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> autor. Po<strong>de</strong>-se dizer ain<strong>da</strong>, que todos os conceitos têm a<br />
mesma essência, sendo ca<strong>da</strong> um complementado com as particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um que o<br />
cria.<br />
Franco (1997, p. 19) relata que:<br />
Segundo Basso ( 2005, p. 22):<br />
A contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> seu aparecimento como conjunto or<strong>de</strong><strong>na</strong>do <strong>de</strong><br />
conhecimentos, com objeto e fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>finidos, tem sido consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como arte,<br />
como técnica ou como ciência, <strong>de</strong> acordo com a orientação segui<strong>da</strong> pelos<br />
doutri<strong>na</strong>dores ao enquadrá-la no elenco <strong>da</strong>s espécies do saber humano.<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, como conjunto or<strong>de</strong><strong>na</strong>do <strong>de</strong> conhecimentos, leis, princípios e método<br />
<strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciação próprios, é a ciência que estu<strong>da</strong>, controla e observa o patrimônio <strong>da</strong>s<br />
enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que,<br />
como conjunto <strong>de</strong> normas, preceitos e regras gerais, se constitui <strong>na</strong> técnica <strong>de</strong><br />
coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como <strong>de</strong> acumular,<br />
resumir e revelar informações <strong>de</strong> suas variações e situação, especialmente <strong>da</strong><br />
<strong>na</strong>tureza econômico-fi<strong>na</strong>nceira.<br />
21
Para Berti (2001, p. 35) “Conceitua-se contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> como sendo a ciência que estu<strong>da</strong>,<br />
registra e controla o patrimônio. É <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como ciência porque representa uma soma <strong>de</strong><br />
conhecimentos práticos, sedimentados no tempo, representados por seus princípios e<br />
convenções geralmente aceitos”.<br />
Franco (1997, p. 21), completa que contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />
É a ciência que estu<strong>da</strong> os fenômenos ocorridos no patrimônio <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />
mediante o registro, a classificação, a <strong>de</strong>monstração expositiva, a análise e a<br />
interpretação <strong>de</strong>sses fatos, com o fim <strong>de</strong> oferecer informações e orientação –<br />
necessárias a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões – sobre a composição do patrimônio, suas<br />
variações e o resultado econômico <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> gestão <strong>da</strong> riqueza patrimonial.<br />
Com isso, po<strong>de</strong>-se dizer que contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma ciência que tem por objetivo<br />
registrar, estu<strong>da</strong>r e controlar o patrimônio <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>rando os seus aspectos<br />
qualitativos e quantitativos. Em virtu<strong>de</strong> disso, a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> fornece informações que<br />
permitem uma análise <strong>da</strong> situação patrimonial, econômica e fi<strong>na</strong>nceira <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
auxiliando, assim, no planejamento e <strong>na</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />
2.1.2 Fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
As informações gera<strong>da</strong>s pela contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> são indispensáveis para uma correta<br />
administração <strong>da</strong>s empresas, pois permite maior eficiência e eficácia <strong>na</strong> gestão econômico-<br />
fi<strong>na</strong>nceira <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong> e auxilia no controle do patrimônio.<br />
Para Franco (1997, p. 22):<br />
A fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é, pois, controlar os fenômenos ocorridos no<br />
patrimônio <strong>de</strong> uma enti<strong>da</strong><strong>de</strong>, através do registro, <strong>da</strong> classificação, <strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração<br />
expositiva, <strong>da</strong> análise e interpretação dos fatos nele ocorridos, objetivando fornecer<br />
informações e orientação – necessárias a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões – sobre sua<br />
composição e variações bem como sobre o resultado econômico <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong><br />
gestão <strong>da</strong> riqueza patrimonial.<br />
Basso (2005, p. 24) diz que “A fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é gerar<br />
informações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m física, econômica e fi<strong>na</strong>nceira sobre o patrimônio, com ênfase para o<br />
controle e planejamento”.<br />
22
Ribeiro (1999, p. 34) afirma que:<br />
A principal fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é permitir a obtenção <strong>de</strong> informações<br />
econômicas e fi<strong>na</strong>nceiras acerca <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>. As informações <strong>de</strong> <strong>na</strong>tureza econômica<br />
abrangem, principalmente, os fluxos <strong>de</strong> receitas e <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas, que geram lucros ou<br />
prejuízos, e as variações no patrimônio <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>. As informações <strong>de</strong> <strong>na</strong>tureza<br />
fi<strong>na</strong>nceira abrangem principalmente os fluxos <strong>de</strong> caixa e do capital <strong>de</strong> giro.<br />
Contudo, po<strong>de</strong>-se dizer que a fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é gerar informações <strong>de</strong><br />
or<strong>de</strong>m física, econômica e fi<strong>na</strong>nceira sobre a enti<strong>da</strong><strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ndo assim controlar e fazer um<br />
bom planejamento para o auxilio <strong>na</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e também para tomar conhecimento<br />
<strong>da</strong> situação <strong>da</strong> empresa.<br />
2.1.3 Campos <strong>de</strong> Atuação<br />
A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma Ciência muito ampla e, em virtu<strong>de</strong> disso, po<strong>de</strong>-se dizer que os<br />
campos <strong>de</strong> atuação são inúmeros, pois para ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong> patrimônio existe um ramo <strong>da</strong><br />
contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> diferente que o caracterize, pois, por exemplo, a enti<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser publica ou<br />
priva<strong>da</strong>, <strong>de</strong> pessoa física ou jurídica, entre outros.<br />
Segundo Franco (1997, p. 36) “o campo <strong>de</strong> aplicação <strong>da</strong> Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é o <strong>da</strong>s<br />
enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômico-administrativas, as quais ela presta colaboração imprescindível, não<br />
ape<strong>na</strong>s para a sua boa administração, mas até para sua existência”.<br />
Basso (2005, p. 27) diz que “sendo o patrimônio o objeto <strong>da</strong> Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong>-se<br />
afirmar que on<strong>de</strong> existir um patrimônio <strong>de</strong>finido e perfeitamente <strong>de</strong>limitado, po<strong>de</strong> estar aí se<br />
<strong>de</strong>finindo um campo <strong>de</strong> aplicação <strong>da</strong> Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>”.<br />
classificados:<br />
Conforme o campo <strong>de</strong> aplicação <strong>da</strong> Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, alguns ramos po<strong>de</strong>m ser assim<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial;<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos;<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Agrícola;<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Comercial;<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Industrial;<br />
23
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Pública;<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Bancaria;<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Condomínios;<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Hospitalar;<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Cooperativas;<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Fun<strong>da</strong>ções;<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Construtoras;<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Seguradoras, entre outras.<br />
Berti (2001, p. 36) ain<strong>da</strong> diz que “A contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> fornece informações necessárias ao<br />
bom <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>, para que este alcance os seus objetivos econômicos ou sociais.<br />
As enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas, com ou sem fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> lucrativa, constituem, portanto, o seu campo<br />
<strong>de</strong> aplicação”.<br />
Os campos <strong>de</strong> atuação para a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> são as enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas, pois to<strong>da</strong>s<br />
possuem um patrimônio, que é o objeto <strong>de</strong> estudo <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
2.2 Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial<br />
Com um mercado ca<strong>da</strong> vez mais competitivo e <strong>de</strong>sleal é <strong>de</strong> suma importância que os<br />
gestores <strong>da</strong> empresa tenham em mãos ferramentas suficientes que lhes permitam permanecer<br />
no negócio. A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial oferece instrumentos que auxiliam <strong>na</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisão para os gestores através do planejamento, controle e análise <strong>da</strong>s informações<br />
contábeis fi<strong>na</strong>nceiras e <strong>de</strong> custos <strong>da</strong> empresa. Com isso, a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> erros é reduzi<strong>da</strong> e<br />
as informações para o gerenciamento ocorrem em tempo hábil, permitindo uma administração<br />
mais eficiente e eficaz.<br />
2.2.1 Conceito e Fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
A contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> surgiu <strong>de</strong>vido à necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informações que auxiliem os<br />
gestores <strong>na</strong>s toma<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, pois, com ela, po<strong>de</strong>m-se produzir informações úteis e<br />
relevantes para a empresa, reunindo os conhecimentos <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> fi<strong>na</strong>nceira com várias<br />
outras áreas importantes para um bom gerenciamento.<br />
24
Segundo Crepaldi (2008, p. 5):<br />
Para Iudícibus (1998, p. 21):<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> é o ramo <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> que tem por objetivo fornecer<br />
instrumentos aos administradores <strong>de</strong> empresas que os auxiliem em suas funções<br />
gerenciais. É volta<strong>da</strong> para a melhor utilização dos recursos econômicos <strong>da</strong> empresa<br />
através <strong>de</strong> um a<strong>de</strong>quado controle dos insumos efetuado por um sistema <strong>de</strong><br />
informação <strong>gerencial</strong>.<br />
A contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> po<strong>de</strong> ser caracteriza<strong>da</strong>, superficialmente, como um<br />
enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já<br />
conhecidos e tratados <strong>na</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> fi<strong>na</strong>nceira, <strong>na</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custos, <strong>na</strong><br />
a<strong>na</strong>lise fi<strong>na</strong>nceira e <strong>de</strong> balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num<br />
grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe mais a<strong>na</strong>lítico ou numa forma <strong>de</strong> apresentação e classificação<br />
diferencia<strong>da</strong>, <strong>de</strong> maneira a auxiliar os gerentes <strong>da</strong>s empresas em processo <strong>de</strong>cisório.<br />
Com isso, Iudícibus (1998, p. 21) ain<strong>da</strong> diz que “a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong>, num<br />
sentido mais profundo, está volta<strong>da</strong> única e exclusivamente para a administração <strong>da</strong> empresa,<br />
procurando suprir informações que se “encaixem” <strong>de</strong> maneira váli<strong>da</strong> e efetiva no mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong>cisório do administrador”.<br />
A contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> visa i<strong>de</strong>ntificar e a<strong>na</strong>lisar as informações sobre a situação <strong>da</strong><br />
empresa, com o objetivo <strong>de</strong> <strong>da</strong>r apoio aos seus gestores no planejamento e controle interno<br />
auxiliando, assim, o processo <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. É <strong>de</strong> suma importância que quem esteja<br />
á frente do negócio saiba utilizar as informações que a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> fornece, pois<br />
<strong>de</strong>ssa maneira é possível i<strong>de</strong>ntificar as oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e as ameaças que o ambiente traz à<br />
empresa e com isso aperfeiçoar e melhorar a sua situação.<br />
2.2.2 Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial e Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Fi<strong>na</strong>nceira<br />
explica que:<br />
Para um melhor entendimento <strong>de</strong>sses ramos <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, Padoveze ( 2000, p. 31)<br />
A contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> é relacio<strong>na</strong><strong>da</strong> com o fornecimento <strong>da</strong>s informações para os<br />
gerenciadores – isto é, aqueles que estão <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> organização e que são<br />
responsáveis pela direção e controle <strong>de</strong> suas operações. A contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial<br />
po<strong>de</strong> ser contrasta<strong>da</strong> com a Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Fi<strong>na</strong>nceira, que é relacio<strong>na</strong><strong>da</strong> com o<br />
fornecimento <strong>de</strong> informações para acionistas, credores e outros que estão fora <strong>da</strong><br />
organização.<br />
Padoveze (2003, p. 05) ain<strong>da</strong> diz que “a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> trata <strong>da</strong> coleta, apresentação e<br />
interpretação dos fatos econômicos. Usam-se os termos contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> para <strong>de</strong>screver<br />
25
essa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> organização e contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> fi<strong>na</strong>nceira quando a organização presta<br />
informações a terceiros”.<br />
A seguir, uma relação <strong>de</strong> algumas diferenças e semelhanças entre contabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
fi<strong>na</strong>nceira e a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong>:<br />
Quadro 1: A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Fi<strong>na</strong>nceira e a Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial<br />
Demonstrações<br />
Fi<strong>na</strong>nceiras<br />
Usuários externos<br />
e administração<br />
Objetivo<br />
Prepara<strong>da</strong>s conforme os<br />
princípios fun<strong>da</strong>mentais<br />
<strong>de</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> (PFCs)<br />
Prepara<strong>da</strong>s<br />
periodicamente<br />
Enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empresarial<br />
Fonte: Warren, Reeve & Fess (2001, p. 2)<br />
Relatórios<br />
Gerenciais<br />
Administração<br />
Objetivo e Subjetivo<br />
Preparados <strong>de</strong> acordo<br />
com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
gerenciais<br />
Preparados<br />
periodicamente ou<br />
quando necessário<br />
Enti<strong>da</strong><strong>de</strong> empresarial<br />
ou segmento<br />
Referente entre suas diferenças, Warren, Reeve & Fess (2001, p. 3) afirmam que as<br />
informações <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> fi<strong>na</strong>nceira são relata<strong>da</strong>s em <strong>de</strong>monstrativos fi<strong>na</strong>nceiros e servem<br />
principalmente para os usuários externos <strong>da</strong> empresa, tais como acionistas, credores,<br />
instituições gover<strong>na</strong>mentais e o publico em geral, sempre seguindo os Princípios <strong>da</strong><br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Enquanto isso, as informações <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> incluem operações<br />
26
diárias <strong>de</strong> planejamento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> negócio, fornecendo informações<br />
<strong>de</strong> acordo com as varia<strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> administração.<br />
2.3 Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos<br />
O <strong>na</strong>scimento <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custos, conforme Bruni e Famá (2004, p.24)<br />
“<strong>de</strong>correu <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> maiores e mais precisas informações, que permitissem uma<br />
toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão correta após o advento <strong>da</strong> Revolução Industrial”.<br />
Padoveze (2003, p. 5) também ressalta que:<br />
Em linhas gerais, po<strong>de</strong>mos dizer que a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um ramo especifico <strong>da</strong><br />
ciência contábil para <strong>de</strong>dicar-se à questão dos custos <strong>na</strong>sceu com a Revolução<br />
Industrial, no século XVIII, com o advento <strong>de</strong> novas invenções e dos primeiros<br />
processos automatizados, quando iniciou-se a produção em massa, contrapondo-se à<br />
produção artesa<strong>na</strong>l.<br />
Nesse contexto, Martins (2001, p. 23) diz que:<br />
A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos <strong>na</strong>sceu <strong>da</strong> Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Fi<strong>na</strong>nceira, quando <strong>da</strong>s<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> avaliar estoques <strong>na</strong> indústria, tarefa essa que era fácil <strong>na</strong> empresa<br />
típica <strong>da</strong> era do mercantilismo. Seus princípios <strong>de</strong>rivam <strong>de</strong>ssa fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> primeira e,<br />
por isso, nem sempre conseguem aten<strong>de</strong>r completamente a suas outras duas mais<br />
recentes e provavelmente mais importantes tarefas: controle e <strong>de</strong>cisão.<br />
Com isso, po<strong>de</strong>-se dizer que a Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos é <strong>de</strong> suma importância para a<br />
vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s empresas, pois se for bem feita, auxilia no controle e no planejamento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />
consequentemente gerando informações <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que servirão para a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />
2.3.1 Conceito e Fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Segundo Padoveze (2003, p.5) “A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos é o segmento <strong>da</strong> ciência<br />
contábil especializado <strong>na</strong> gestão econômica do custo e dos preços <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> dos produtos e<br />
serviços oferecidos pelas empresas”.<br />
Leone (2000, p. 19-20), completa que “A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos é o ramo <strong>da</strong><br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> que se <strong>de</strong>sti<strong>na</strong> a produzir informações para os diversos níveis gerenciais <strong>de</strong> uma<br />
27
enti<strong>da</strong><strong>de</strong>. Como auxilio as funções <strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, <strong>de</strong> planejamento e<br />
controle <strong>da</strong>s operações e <strong>da</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões”.<br />
Leone (2000, p. 20) ain<strong>da</strong> diz que “a Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Custos acumula, organiza,<br />
a<strong>na</strong>lisa e interpreta os <strong>da</strong>dos operacio<strong>na</strong>is, físicos e os indicadores combi<strong>na</strong>dos no sentido <strong>de</strong><br />
produzir, para os diversos níveis <strong>de</strong> administração e <strong>de</strong> operação, relatórios com as<br />
informações <strong>de</strong> custos solicita<strong>da</strong>s”.<br />
Vieira, Kelm e Clebsch (2006, p. 16) dizem que “As informações gera<strong>da</strong>s pela<br />
contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custos são utiliza<strong>da</strong>s para a evi<strong>de</strong>nciação e a formação dos itens <strong>de</strong> custos e<br />
sua análise, visa sua redução ou mesmo elimi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> alguns, ou ain<strong>da</strong> a otimização <strong>da</strong><br />
relação entre os custos incorridos e o valor gerado”.<br />
Para Berti (2009, p. 25) “A fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> ou objetivo principal <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custos<br />
é sem duvi<strong>da</strong> a <strong>de</strong> fornecer informações aos gestores no auxilio a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão”.<br />
Berti (2009, p.25) também ressalta que:<br />
As fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custos são: auxiliar o usuário <strong>na</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisão, ou seja, servir como subsidio para aten<strong>de</strong>r as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s gerencias <strong>na</strong><br />
administração; trazer informações que servem para <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção <strong>da</strong> rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />
do <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong>s diversas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>; trazer informações que auxiliam<br />
a gerencia a planejar, a controlar e administrar o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s operações.<br />
Para Bruni e Famá (2004, p. 24-25):<br />
As funções básicas <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custos <strong>de</strong>vem buscar aten<strong>de</strong>r a três razões<br />
primárias:<br />
a) <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção do lucro: empregando <strong>da</strong>dos originários dos registros convencio<strong>na</strong>is<br />
contábeis, ou processando-os <strong>de</strong> maneira diferente, tor<strong>na</strong>do-os mais úteis a<br />
administração;<br />
b) controle <strong>da</strong>s operações: e <strong>de</strong>mais recursos produtivos, como os estoques, com a<br />
manutenção <strong>de</strong> padrões e orçamentos, comparações entre previsto e realizado;<br />
c) toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões: o que envolve produção (o que, quanto, como e quando<br />
fabricar), formações <strong>de</strong> preço, escolha entre fabricação própria ou terceiriza<strong>da</strong>.<br />
Em virtu<strong>de</strong> disso, po<strong>de</strong>-se dizer que a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custos tem um papel <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
importância para as empresas, pois ela gera informações que auxiliam nos diferentes níveis <strong>da</strong><br />
organização, permitindo principalmente que o gestor possa reduzir ou enfrentar os problemas<br />
com eficiência e eficácia garantindo, assim, resultados positivos.<br />
28
2.3.2 Custos <strong>na</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Comercial<br />
Primeiramente, Franco (1986, p. 13) diz que a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>comercial</strong> “é o ramo <strong>da</strong><br />
contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> aplicado ao estudo e ao controle do patrimônio <strong>da</strong>s empresas comerciais, com o<br />
fim <strong>de</strong> oferecer informações sobre sua composição e suas variações, bem como sobre o<br />
resultado econômico <strong>de</strong>corrente <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> mercantil”. Com isso, po<strong>de</strong>-se dizer que as<br />
empresas comerciais se constituem para exercer a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> mercantil e sua função é a <strong>de</strong><br />
servir <strong>de</strong> intermediaria entre o produtor e o consumidor fi<strong>na</strong>l dos bens ou produtos com a<br />
fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> obter lucros.<br />
Em virtu<strong>de</strong> disso, a principal diferença entre o comércio e a indústria é que o comércio<br />
é intermediário enquanto a indústria transforma seus produtos, ou seja, o comércio compra a<br />
mercadoria acaba<strong>da</strong> para reven<strong>de</strong>r, enquanto a indústria passa por todo um processo <strong>de</strong><br />
transformação até que seu produto fique pronto para a ven<strong>da</strong>.<br />
Assim, <strong>na</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>comercial</strong>, o preço <strong>de</strong> aquisição do produto influi direta e<br />
po<strong>de</strong>rosamente no preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>, constituindo o aspecto básico do custo total <strong>da</strong> mercadoria,<br />
ape<strong>na</strong>s acrescidos pelos valores provenientes <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas diretamente relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s com a<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>comercial</strong> e pelo o mark-up, conforme Bomfim e Passarelli, 2008, p. 160)<br />
Para Padoveze (2003, p. 6):<br />
A diferença fun<strong>da</strong>mental entre o custo dos produtos <strong>da</strong>s empresas comerciais e o<br />
custo dos produtos <strong>na</strong>s empresas industriais é que as empresas comerciais têm só um<br />
insumo para o custo <strong>da</strong>s mercadorias adquiri<strong>da</strong>s para reven<strong>da</strong>, enquanto as empresas<br />
industriais têm <strong>de</strong> utilizar vários insumos para o processo <strong>de</strong> obtenção (produção)<br />
dos produtos.<br />
A ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>comercial</strong> trabalha com muitos produtos diferentes e consequentemente<br />
com margens <strong>de</strong> contribuição diferentes. Com um bom controle, a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custos no<br />
comércio <strong>de</strong>termi<strong>na</strong> o custo <strong>da</strong>s mercadorias vendi<strong>da</strong>s, permitindo, assim, que se chegue ao<br />
lucro obtido pela ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong> seus produtos.<br />
2.3.2.1 Conceito e Fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
O custo <strong>na</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>comercial</strong> é compreendido pelo valor <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />
mercadoria que servirá para a reven<strong>da</strong>.<br />
29
Para Bomfim e Passarelli (2008, p. 160) “Enten<strong>de</strong>-se por custo <strong>comercial</strong> o total dos<br />
dispêndios monetários (imediatos ou futuros) nos quais a empresa incorre para obtenção <strong>de</strong><br />
uma mercadoria ou <strong>de</strong> um serviço”.<br />
Bomfim e Passarelli (2008, p. 160) ain<strong>da</strong> ressaltam que:<br />
Nas empresas comerciais, como em qualquer outro tipo <strong>de</strong> empresa, distinguem-se<br />
duas gran<strong>de</strong>s categorias <strong>de</strong> custo: os custos diretos e os custos indiretos. São<br />
consi<strong>de</strong>rados custos diretos todos aqueles que po<strong>de</strong>m ser atribuídos diretamente a<br />
uma <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>da</strong> mercadoria; sendo indiretos aqueles que não se referem direta ou<br />
imediatamente a uma mercadoria especifica, por serem comuns a to<strong>da</strong>s as<br />
mercadorias que se encontram em estoque em um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do momento.<br />
O custo <strong>na</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>comercial</strong> é relevante porque auxilia no processo <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisão, tendo em vista que as informações gera<strong>da</strong>s pela contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custos trazem<br />
inúmeros benefícios à empresa, tais como informações para a formação do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />
mercadorias, a apuração <strong>da</strong> margem <strong>de</strong> contribuição, o calculo do ponto <strong>de</strong> equilíbrio e<br />
margem <strong>de</strong> segurança operacio<strong>na</strong>l, bem como dos lucros que a empresa está gerando e ain<strong>da</strong><br />
uma a<strong>na</strong>lise para reduzir custos <strong>de</strong>snecessários.<br />
2.3.2.2 Custos Relativos à Aquisição <strong>da</strong>s Mercadorias<br />
Segundo Vieira, Kelm e Clebsch (2006, p. 17) “Nas empresas comerciais, ou seja, à<br />
compra e reven<strong>da</strong> <strong>de</strong> mercadorias, o custo <strong>da</strong> mercadoria é o valor <strong>de</strong> compra, menos o valor<br />
do ICMS e, eventualmente, mais o valor do IPI e do frete e seguro, quando estes ocorrem por<br />
conta <strong>da</strong> empresa compradora”.<br />
Segundo Wernke (2001, p.128) “todos os esforços <strong>de</strong>spendidos para a aquisição <strong>da</strong>s<br />
mercadorias, materiais ou serviços até o momento <strong>de</strong> sua utilização participam do custo <strong>de</strong><br />
compra”.<br />
(comércio):<br />
O quadro a seguir mostra um exemplo numérico do cálculo do custo <strong>de</strong> compra<br />
30
Quadro 2: Custo <strong>de</strong> Compra <strong>de</strong> Mercadorias (Comercial)<br />
Custo <strong>de</strong> Compra <strong>da</strong> mercadoria ($)<br />
(+) Custo unitário <strong>na</strong> fatura 300<br />
(-) <strong>de</strong>scontos <strong>na</strong> fatura (incondicio<strong>na</strong>is) (5)<br />
(+) fretes/seguros/outros 10<br />
(-) impostos recuperáveis (ICMS) (36)<br />
(+) impostos não recuperáveis (IPI) 22<br />
(+/-) Outros -<br />
(=) Custo <strong>de</strong> compra <strong>da</strong> mercadoria 291<br />
Fonte: Wernke (2001, p. 129)<br />
Bomfim e Passarelli (2008, p. 160) afirmam que:<br />
Nas empresas comerciais, o custo <strong>de</strong> compras <strong>de</strong> mercadorias é <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do pelo<br />
preço <strong>de</strong> fatura, <strong>de</strong>duzido dos <strong>de</strong>scontos, abatimentos e bonificações obtidos <strong>na</strong> sua<br />
compra e acrescido <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>spesas incorri<strong>da</strong>s até a sua entra<strong>da</strong> no armazém ou<br />
<strong>de</strong>posito (seguros, transportes, comissões <strong>de</strong> compra e outras). Todos esses custos<br />
são consi<strong>de</strong>rados custos diretos. Os custos incluídos no custo contábil ficam<br />
incorporados ao valor pelo qual as mercadorias <strong>de</strong>verão constar no estoque do<br />
período.<br />
Nas empresas comerciais, o custo relativo à aquisição <strong>de</strong> mercadorias será o valor <strong>da</strong><br />
nota fiscal <strong>da</strong> compra, menos o ICMS e mais as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>correntes até a entra<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />
mercadorias no estoque <strong>da</strong> empresa, como por exemplo, IPI, fretes, seguros.<br />
2.3.2.3 Despesas Relativas à Ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> Mercadorias<br />
Segundo Vieira, Kelm e Clebsch (2006, p. 19) as:<br />
Despesas operacio<strong>na</strong>is variáveis – custos diretos com ven<strong>da</strong>s representam <strong>de</strong>spesas<br />
que estão em função <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s. São gastos em que a empresa somente incorre<br />
quando ven<strong>de</strong> (fatura), por isso freqüentemente citado como custos diretos <strong>de</strong><br />
ven<strong>da</strong>s, pois variam diretamente com o valor <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s. Abrangem comissão sobre<br />
as ven<strong>da</strong>s, fretes <strong>de</strong> entrega, <strong>de</strong>spesas com cobrança.<br />
Nas empresas comerciais, as <strong>de</strong>spesas relativas a ven<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mercadorias serão todos os<br />
gastos que acontecem diretamente em função <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s.<br />
31
2.3.3 Os Componentes Fixos do Custo no Comércio<br />
Os componentes fixos do custo no comércio são àqueles necessários para o<br />
funcio<strong>na</strong>mento <strong>da</strong> estrutura empresarial. Esses componentes po<strong>de</strong>m ser classificados como<br />
<strong>de</strong>spesas operacio<strong>na</strong>is, <strong>de</strong>spesas administrativas, <strong>de</strong>preciação e custos com pessoal.<br />
2.3.3.1 Despesas Operacio<strong>na</strong>is<br />
Segundo Bertó e Beulke (2006, p. 46):<br />
Despesas operacio<strong>na</strong>is são to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>spesas incorri<strong>da</strong>s para <strong>da</strong>r, direta ou<br />
indiretamente, sustentação estrutural com vistas à realização <strong>da</strong>s operações inerentes<br />
ao alcance dos objetivos <strong>da</strong>s organizações comerciais (fun<strong>da</strong>mentalmente a compra<br />
e a ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> mercadorias).<br />
Assim, <strong>de</strong>spesas operacio<strong>na</strong>is são aquelas necessárias para a manutenção operacio<strong>na</strong>l<br />
<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> empresa, ou seja, são as <strong>de</strong>spesas realiza<strong>da</strong>s diretamente com o objetivo fi<strong>na</strong>l<br />
do negócio.<br />
2.3.3.2 Despesas Administrativas<br />
Para Sá (2006, p. 150) como <strong>de</strong>spesas administrativas “classificam-se os gastos<br />
realizados para suprir a empresa <strong>de</strong> elementos competentes para a gestão global <strong>de</strong> suas<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, quer sejam humanos, quer materiais, quer imateriais, quer éticos”.<br />
Bomfim e Passarelli (2008, p. 135) afirmam que as <strong>de</strong>spesas administrativas<br />
“<strong>de</strong>correm do esforço <strong>de</strong>senvolvido pela empresa no sentido <strong>de</strong> cumprir eficazmente as suas<br />
funções administrativas <strong>de</strong> planejamento, organização e controle”.<br />
Bomfim e Passarelli (2008, p. 162) ain<strong>da</strong> dizem que “As <strong>de</strong>spesas administrativas são<br />
as <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> administração <strong>da</strong> empresa, tais como impostos (não relacio<strong>na</strong>dos com a<br />
aquisição <strong>da</strong>s mercadorias), os alugueis, os honorários dos diretores, os salários do pessoal<br />
administrativo, o material <strong>de</strong> escritório, etc.”.<br />
32
As <strong>de</strong>spesas administrativas referem-se exclusivamente às funções administrativas <strong>da</strong><br />
empresa sem vinculo direto com a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> mercadorias aos seus consumidores<br />
fi<strong>na</strong>is.<br />
2.3.3.3 Depreciação<br />
A <strong>de</strong>preciação, segundo Berti (2001, p. 133) “é o <strong>de</strong>sgaste, o consumo, a per<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> produtiva, que um bem sofre pelo seu uso, com o passar do tempo. O bem po<strong>de</strong><br />
também se <strong>de</strong>preciar em função <strong>de</strong> obsolescência tecnológica”.<br />
Para Padoveze ( 2003, p. 138):<br />
A <strong>de</strong>preciação representa a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> valor dos bens – per<strong>da</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> como uma<br />
<strong>de</strong>spesa ou um custo contábil. Em função disso, ela <strong>de</strong>ve fazer parte dos conceitos<br />
<strong>da</strong> formação dos produtos para formação <strong>de</strong> preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>, como um instrumento<br />
<strong>de</strong> recuperação dos investimentos nos ativos imobilizados operacio<strong>na</strong>is.<br />
Segundo Franco (1997, p. 176) “a <strong>de</strong>preciação – per<strong>da</strong> <strong>de</strong> valor <strong>de</strong> um bem em virtu<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> seu uso ou <strong>da</strong> ação do tempo – é fenômeno <strong>na</strong>tural e <strong>de</strong>ve ser contabilizado<br />
periodicamente”.<br />
A <strong>de</strong>preciação será calcula<strong>da</strong> pela aplicação <strong>de</strong> uma taxa fixa<strong>da</strong> em função <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> útil<br />
do bem. Geralmente as mais utiliza<strong>da</strong>s são as permiti<strong>da</strong>s pela Receita Fe<strong>de</strong>ral conforme tabela<br />
a seguir:<br />
Quadro 3: Taxa anual e vi<strong>da</strong> útil estima<strong>da</strong> para a <strong>de</strong>preciação<br />
Espécie <strong>de</strong> bens Taxa anual Vi<strong>da</strong> útil estima<strong>da</strong><br />
1- Edifícios e construções 4% 25 anos<br />
2- Equipamentos e ferramentas 10% 10 anos<br />
3- Máqui<strong>na</strong>s, móveis e utensílios, instalações. 10% 10 anos<br />
4- Veículos 20% 05 anos<br />
5- Semoventes (animais Tração) 20% 05 anos<br />
Fonte: Berti (2001, p. 133)<br />
33
O tempo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> útil <strong>de</strong> bem é tempo que leva para o mesmo se <strong>de</strong>sgastar <strong>de</strong>vido a seu<br />
uso, ou em função <strong>de</strong> ter se tor<strong>na</strong>do obsoleto tecnologicamente. A <strong>de</strong>preciação visa<br />
reconhecer a <strong>de</strong>svalorização dos bens do Ativo Imobilizado, que é gra<strong>da</strong>tivamente alocado às<br />
<strong>de</strong>spesas.<br />
2.3.3.4 Custos com Pessoal<br />
Os custos com mão <strong>de</strong> obra são aqueles relativos ao pagamento <strong>de</strong> salário e encargos<br />
sociais do pessoal ligado diretamente a área <strong>de</strong> produção <strong>da</strong> empresa, ou seja, é a soma do<br />
salário com as <strong>de</strong>mais vantagens adquiri<strong>da</strong>s pelo empregado em função do contrato <strong>de</strong><br />
trabalho.<br />
pessoal:<br />
Segundo Padoveze (2003, p. 130):<br />
Para Vieira (2009, p. 18):<br />
Consi<strong>de</strong>ra-se como custo <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, além do salário, todos os encargos ligados<br />
á manutenção dos recursos humanos <strong>na</strong> empresa, sejam esses encargos <strong>da</strong> caráter<br />
fiscal, previ<strong>de</strong>nciário, legal, social ou espontâneo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenham um caráter <strong>de</strong><br />
generali<strong>da</strong><strong>de</strong>, isto é, sejam obrigatórios ou <strong>de</strong> acesso a todos os funcionários <strong>da</strong><br />
empresa.<br />
A mão-<strong>de</strong>-obra é o elemento humano utilizado para a transformação dos materiais<br />
diretos em um produto. As horas necessárias do pessoal ou <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
funcionários diretos, utilizados no processo <strong>de</strong> fabricação é que <strong>de</strong>termi<strong>na</strong> o custo<br />
com mão-<strong>de</strong>-obra. É muito variável a participação <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>-obra no processo<br />
produtivo, pois <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do ambiente em que se utiliza. A mão <strong>de</strong> obra po<strong>de</strong> ser<br />
classifica<strong>da</strong> em mão-<strong>de</strong>-obra direta e mão-<strong>de</strong>-obra indireta, conforme <strong>de</strong>finições a<br />
seguir.<br />
Vieira (2009, p. 19) ain<strong>da</strong> complementa que:<br />
Para calcular o custo <strong>da</strong> mão-<strong>de</strong>-obra direta é preciso calcular qual o valor a ser<br />
atribuído por hora <strong>de</strong> trabalho, baseado <strong>na</strong> legislação e no contrato <strong>de</strong> trabalho. São<br />
direitos do trabalhador: repouso sema<strong>na</strong>l remunerado, férias, 13º salário,<br />
contribuição para o INSS, remuneração dos feriados, faltas abo<strong>na</strong><strong>da</strong>s, FGTS, e<br />
outros garantidos por acordos ou convenções coletivas <strong>de</strong> trabalho <strong>da</strong>s diversas<br />
categorias profissio<strong>na</strong>is.<br />
Com isso, <strong>na</strong> seqüência segue o quadro que serve <strong>de</strong> base para o calculo <strong>de</strong> custo com<br />
34
Quadro 4: Base para cálculo do custo com pessoal<br />
DESCRIÇÃO VALORES<br />
Salário Base<br />
( + ) Adicio<strong>na</strong>is<br />
( + ) Insalubri<strong>da</strong><strong>de</strong> ou Periculosi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
SUBTOTAL<br />
( + )Provisão 13° Salário<br />
( + )Provisão <strong>de</strong> Férias<br />
( + )Provisão 1/3 sobre Férias<br />
( + )FGTS<br />
( + )INSS<br />
( + ) Outros<br />
( + )Previsões<br />
SUBTOTAL<br />
TOTAL DE CUSTO COM MOD<br />
Fonte: Vieira ( 2009, p. 19)<br />
Assim, po<strong>de</strong>-se dizer que o custo com mão <strong>de</strong> obra não é somente o valor do<br />
pagamento mensal ao funcionário, pois também se <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar todos os valores<br />
relacio<strong>na</strong>dos aos encargos trabalhistas previstos em lei, como 13° salário, férias, INSS, FGTS<br />
e outras previsões mensais.<br />
2.3.3.5 O Sistema <strong>de</strong> Custeio Variável Aplicado no Comércio<br />
O sistema <strong>de</strong> custeio variável atribui aos produtos somente os custos que variam com o<br />
volume que será vendido. Esse método é utilizado para fins gerenciais, pois consi<strong>de</strong>ra ape<strong>na</strong>s<br />
os custos variáveis dos produtos vendidos enquanto os custos fixos ficam separados e são<br />
consi<strong>de</strong>rados como <strong>de</strong>spesas, sendo lançados diretamente <strong>na</strong>s contas <strong>de</strong> resultados.<br />
Para Crepaldi (2008, p. 111):<br />
Custeio variável (também conhecido como custeio direto) é um tipo <strong>de</strong> custeamento<br />
que consiste em consi<strong>de</strong>rar como custo <strong>de</strong> produção do período ape<strong>na</strong>s os custos<br />
variáveis incorridos. Os Custos Fixos, pelo fato <strong>de</strong> existirem mesmo que não haja<br />
produção, não são consi<strong>de</strong>rados como custo <strong>de</strong> produção e sim como <strong>de</strong>spesas,<br />
sendo encerrados diretamente contra o resultado do período.<br />
35
Segundo Wernke (2001, p. 29):<br />
A premissa básica do custeio direto é a <strong>de</strong> que somente os custos claramente<br />
i<strong>de</strong>ntificados com os produtos ou serviços vendidos (chamados <strong>de</strong> diretos ou<br />
variáveis)<strong>de</strong>vem ser apropriados. Os <strong>de</strong>mais custos necessários para manter a<br />
capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> instala<strong>da</strong> (indiretos ou fixos) <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rados em termos <strong>de</strong><br />
custo do produto.<br />
Crepaldi (2008, p. 112) relata que o “sistema <strong>de</strong> custo direto (variável) fun<strong>da</strong>menta-se<br />
<strong>na</strong> separação dos gastos em gastos variáveis e gastos fixos, isto é, em gastos que oscilam<br />
proporcio<strong>na</strong>lmente ao volume <strong>da</strong> produção/ven<strong>da</strong> e gastos que se mantêm estáveis perante<br />
volumes <strong>de</strong> produção/ven<strong>da</strong> oscilantes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> certos limites”.<br />
O sistema <strong>de</strong> custeio variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> um a<strong>de</strong>quado sistema contábil, on<strong>de</strong> é <strong>de</strong><br />
suma importância que os registros contábeis estejam corretos e sejam apurados mensalmente.<br />
O custeio direto (ou variável) é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> para otimizar as <strong>de</strong>cisões e ten<strong>de</strong> a ser<br />
ca<strong>da</strong> vez mais utilizado.<br />
To<strong>da</strong>via, esse sistema não aten<strong>de</strong> aos Princípios Fun<strong>da</strong>mentais <strong>de</strong> Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e não<br />
é aceito fiscalmente no Brasil. Sua utilização serve somente para a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> inter<strong>na</strong> <strong>da</strong><br />
empresa para o auxilio no gerenciamento e <strong>na</strong>s toma<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.<br />
2.3.4 Formação do Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong><br />
A formação do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> é <strong>de</strong> suma importância para a empresa, po<strong>de</strong>-se dizer<br />
que é até vital. Isso ocorre porque o preço <strong>da</strong>do as mercadorias precisa cobrir os custos <strong>da</strong><br />
empresa, a margem <strong>de</strong> lucro <strong>de</strong>seja<strong>da</strong> com a sua ven<strong>da</strong> e ain<strong>da</strong> estar <strong>de</strong>ntro do preço <strong>de</strong><br />
mercado para satisfazer os clientes.<br />
Segundo Wernke (2001, p. 126):<br />
A correta formação <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> é questão fun<strong>da</strong>mental para sobrevivência e<br />
crescimento <strong>da</strong>s empresas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do porte e <strong>de</strong> área <strong>de</strong> atuação. (...)<br />
Atualmente, a <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção do perco <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> está ca<strong>da</strong> vez mais influencia<strong>da</strong> por<br />
fatores <strong>de</strong> mercado e menos por fatores internos. Entretanto, to<strong>da</strong> empresa <strong>de</strong>ve<br />
saber o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo, ou seja, o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> mínimo pelo qual <strong>de</strong>ve<br />
ven<strong>de</strong>r seus produtos/mercadorias.<br />
36
De acordo com Bruni e Famá (2004, p. 322) “Três processos distintos po<strong>de</strong>m ser<br />
empregados <strong>na</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> preços e costumam basear-se nos custos, no consumidor ou <strong>na</strong><br />
concorrência”.<br />
Já Wernke (2001, p.127), acrescenta que “entre os fatores que interferem <strong>na</strong> formação<br />
do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>, encontram-se:<br />
a) quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto diante <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do mercado consumidor;<br />
b) existência <strong>de</strong> produtos similares a preços menores;<br />
c) <strong>de</strong>man<strong>da</strong> estima<strong>da</strong> do produto;<br />
d) controle <strong>de</strong> preço por órgãos reguladores;<br />
e) níveis <strong>de</strong> produção e <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s que se preten<strong>de</strong> ou que se po<strong>de</strong> operar;<br />
f) custos e <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> fabricar, administrar e <strong>comercial</strong>izar o produto;<br />
g) níveis <strong>de</strong> produção e ven<strong>da</strong>s <strong>de</strong>sejados etc.”<br />
Segundo Crepaldi (2008, p. 336) “a formação do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> produtos é um<br />
trabalho técnico e também um fator <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>nte <strong>de</strong> sobrevivência <strong>da</strong> exploração <strong>da</strong><br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.”<br />
Wernke (2001, p. 127) afirma que “o método para a formação <strong>de</strong> preços baseado no<br />
custo <strong>da</strong> mercadoria é o mais comum <strong>na</strong> pratica empresarial e consiste em adicio<strong>na</strong>r uma<br />
margem fixa a um custo base, geralmente conheci<strong>da</strong> pela expressão Mark-up”.<br />
O mark-up é um método utilizado para calcular o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do<br />
produto. Segundo Padoveze (2003, p. 314):<br />
O conceito <strong>de</strong> Mark-up, que traduzimos como multiplicador sobre os custos, é uma<br />
metodologia para se calcular preços <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma rápi<strong>da</strong>, a partir do custo por<br />
absorção <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> produto. (...) A partir do custo por absorção <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> produto,<br />
aplica-se um multiplicador, <strong>de</strong> tal forma que os <strong>de</strong>mais elementos formadores <strong>de</strong><br />
preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> sejam adicio<strong>na</strong>dos ao custo, a partir <strong>de</strong>sse multiplicador.<br />
Existem duas maneiras <strong>de</strong> calcular o Mark-up dos produtos, que são o Mark-up divisor<br />
e o Mark-up multiplicador. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do método utilizado, o valor do preço <strong>de</strong><br />
ven<strong>da</strong> formado será igual <strong>na</strong>s duas maneiras <strong>de</strong> cálculo.<br />
37
Para o cálculo do Mark-up divisor se apresenta a equação a seguir:<br />
Quadro 5: Fórmula para cálculo do Mark-up divisor<br />
Fonte: Vieira ( 2009, p. 36)<br />
On<strong>de</strong> explica Vieira (2009, p. 36) que a “soma <strong>da</strong>s taxas percentuais é igual à soma<br />
dos valores expressos em percentuais que influenciam no processo <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> preços,<br />
como percentual <strong>de</strong> lucro <strong>de</strong>sejado, taxa percentual <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas diversas, etc”. Para se chegar<br />
ao preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> por esse método, basta dividir o valor do custo unitário do produto pelo<br />
valor encontrado pelo Mark-up divisor.<br />
Para o cálculo do Mark-up multiplicador se utiliza a seguinte equação:<br />
Quadro 6: Fórmula para cálculo do Mark-up multiplicador<br />
Fonte: Vieira (2009, p. 36)<br />
Para chegar ao preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> por esse método, é necessário multiplicar o valor do<br />
custo unitário por produto pelo resultado do Mark-up multiplicador.<br />
2.3.4.1 Análise Custo Volume Lucro<br />
Mark-up divisor = 100 – soma <strong>da</strong>s taxas percentuais<br />
100<br />
Mark-up multiplicador = 100 _<br />
100 – soma <strong>da</strong>s taxas percentuais<br />
A análise do custo, do volume e do lucro proporcio<strong>na</strong> respostas a questões<br />
relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s ao que acontecerá com o lucro <strong>da</strong> empresa se ocorrer: a) aumento ou diminuição<br />
do custo (variável ou fixo); b) diminuição ou aumento do volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s; ou c) redução ou<br />
majoração dos preços <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>, conforme Vieira, Kelm e Clebsch (2006, p. 21).<br />
38
Para Crepaldi (2008, p. 144) a análise <strong>da</strong>s relações custo/ volume/ lucro:<br />
Segundo Wernke (2005, p. 98):<br />
È um instrumento utilizado para projetar o lucro que seria obtido em diversos níveis<br />
possíveis <strong>de</strong> produção e ven<strong>da</strong>s, bem como para a<strong>na</strong>lisar o impacto sobre o lucro <strong>de</strong><br />
modificações no preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>, nos custos ou em ambos. Ela é basea<strong>da</strong> no custeio<br />
variável e, através <strong>de</strong>la, po<strong>de</strong>mos estabelecer qual a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> mínima que a<br />
empresa <strong>de</strong>verá produzir e ven<strong>de</strong>r para que não incorra em prejuízo.<br />
A análise custo volume e lucro é um mo<strong>de</strong>lo que possibilita prever o impacto, no<br />
lucro <strong>de</strong> período ou no resultado projetado, <strong>de</strong> alterações ocorri<strong>da</strong>s (ou previstas) no<br />
volume vendido (quanto ao número <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s), nos preços <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s vigentes<br />
(como <strong>de</strong>scontos ou majorações) e nos valores <strong>de</strong> custos e <strong>de</strong>spesas (quer sejam<br />
fixos, quer variáveis).<br />
Contudo, a análise do custo, volume e lucro é uma ótima ferramenta <strong>gerencial</strong> para a<br />
toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, pois, entre outros, ela i<strong>de</strong>ntifica como o lucro e os custos irão se alterar<br />
com mu<strong>da</strong>nças no volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s.<br />
2.3.4.2 Margem <strong>de</strong> Contribuição<br />
Para Berti (2009, p.69) “conceitua-se como margem <strong>de</strong> contribuição o montante que<br />
ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produto contribui para pagar o custo fixo <strong>da</strong> empresa e formar o lucro. Po<strong>de</strong>-<br />
se concluir também como margem <strong>de</strong> contribuição a diferença entre o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s e o<br />
custo variável total do produto”.<br />
Segundo Padoveze (2003, p. 278) a margem <strong>de</strong> contribuição:<br />
Representa o lucro variável. È a diferença entre o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> unitário do produto<br />
e ou serviço e os custos e <strong>de</strong>spesas variáveis por uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produto ou serviço.<br />
Significa que, em ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> vendi<strong>da</strong>, a empresa lucrará <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do valor.<br />
Multiplicando pelo total vendido, teremos a margem <strong>de</strong> contribuição total dos<br />
produtos para as empresas.<br />
A margem <strong>de</strong> contribuição unitária po<strong>de</strong> ser calcula<strong>da</strong> diminuindo-se do preço <strong>de</strong><br />
ven<strong>da</strong>, os custos variáveis e as <strong>de</strong>spesas variáveis, e a margem <strong>de</strong> contribuição total<br />
multiplicando-se a margem <strong>de</strong> contribuição unitária pela quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> vendi<strong>da</strong>, como mostra a<br />
seguinte fórmula:<br />
39
Quadro 7: Fórmula para cálculo <strong>da</strong> Margem <strong>de</strong> Contribuição<br />
MCu = PVu - CVu – DVu ou MC Total = MCu x Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> Vendi<strong>da</strong><br />
Fonte: Vieira (2009, p. 39)<br />
On<strong>de</strong>:<br />
MCu = Margem <strong>de</strong> Contribuição Unitária;<br />
PVu = Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> Unitário;<br />
CVu = Custo Variável Unitário;<br />
DVu = Despesa Variável Unitária;<br />
A margem <strong>de</strong> contribuição é um termo que faz parte do método <strong>de</strong> custeio direto/<br />
variável e é <strong>de</strong> extrema importância para a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custos e para a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisões gerenciais. Po<strong>de</strong>-se dizer que a margem <strong>de</strong> contribuição é a diferença entre o preço<br />
<strong>de</strong> ven<strong>da</strong> e a soma dos custos e <strong>de</strong>spesas variáveis, ou ain<strong>da</strong>, o valor eu está disponível para a<br />
cobertura dos custos fixos mais o lucro <strong>de</strong>sejado.<br />
2.3.4.3 Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio<br />
O ponto <strong>de</strong> equilíbrio <strong>da</strong> empresa acontece quando seu resultado é nulo, ou seja, não<br />
existe lucro nem prejuízo. A receita gera<strong>da</strong> pela empresa é igual ao seu custo total, que é a<br />
soma do custo variável mais o seu custo fixo.<br />
Segundo Padoveze (2003, p.278) o ponto <strong>de</strong> equilíbrio:<br />
Evi<strong>de</strong>ncia em termos quantitativos, o volume que a empresa precisa produzir ou<br />
ven<strong>de</strong>r para que consiga pagar todos os custos e <strong>de</strong>spesas fixas, além dos custos e<br />
<strong>de</strong>spesas variáveis em que necessariamente ela tem <strong>de</strong> incorrer para fabricar/ven<strong>de</strong>r<br />
o produto. A partir dos volumes adicio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> produção ou <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>, a empresa<br />
passa a ter lucros.<br />
Para Berti (2009, p.147) “o ponto <strong>de</strong> equilíbrio é o momento em que o resultado <strong>da</strong>s<br />
operações <strong>da</strong> empresa é nulo, ou seja, a receita total é igual à soma dos custos e <strong>de</strong>spesas<br />
40
totais. Se a empresa operar acima <strong>de</strong>sse nível, passa a ter um resultado positivo (lucro), abaixo<br />
<strong>de</strong>sse nível o resultado é negativo (prejuízo)”.<br />
E para complementar Wernke (2005, p. 119) diz que:<br />
O ponto <strong>de</strong> equilíbrio po<strong>de</strong> ser conceituado como o nível <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s, em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
físicas ou em valor, no qual a empresa opera sem lucro ou prejuízo. O numero <strong>de</strong><br />
uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s vendi<strong>da</strong>s no ponto <strong>de</strong> equilíbrio é o suficiente para a empresa cobrir seus<br />
custos (e <strong>de</strong>spesas) fixos e variáveis, sem gerar qualquer resultado positivo (lucro).<br />
O Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio Contábil em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s po<strong>de</strong> ser encontrado dividindo-se os<br />
custos fixos, juntamente com as <strong>de</strong>spesas fixas, através <strong>da</strong> seguinte fórmula:<br />
Quadro 8: Fórmula para cálculo do Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio Contábil<br />
PEc = CF + DF _<br />
MCu<br />
Fonte: Vieira (2009, p. 42)<br />
On<strong>de</strong>:<br />
PEc = Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio Contábil<br />
CF = Custo Fixo<br />
DF = Despesas Fixas<br />
MCu = Margem <strong>de</strong> Contribuição Unitária<br />
O ponto <strong>de</strong> equilíbrio permite suprir <strong>de</strong> vários aspectos as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos gestores.<br />
Com isso, a fórmula <strong>de</strong> calculo do ponto <strong>de</strong> equilíbrio po<strong>de</strong> ser a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> <strong>de</strong> acordo com as<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>man<strong>da</strong><strong>da</strong>s.<br />
O Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio Fi<strong>na</strong>nceiro mostra o volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s necessário para pagar os<br />
custos e <strong>de</strong>spesas variáveis e mais os custos fixos, <strong>de</strong>scontando <strong>de</strong>stes últimos o valor <strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>preciação (que é um custo não <strong>de</strong>sembolsável). A maneira para se chegar ao ponto <strong>de</strong><br />
equilíbrio fi<strong>na</strong>nceiro é somar os custos fixos e as <strong>de</strong>spesas fixas, e <strong>de</strong>pois diminuir os custos<br />
não <strong>de</strong>sembolsáveis, dividindo, do resultado encontrado, o valor <strong>da</strong> margem <strong>de</strong> contribuição.<br />
O seu cálculo po<strong>de</strong> ser representado pela seguinte fórmula:<br />
41
Quadro 9: Fórmula para cálculo do Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio Fi<strong>na</strong>nceiro<br />
PEf = CF + DF – custos não <strong>de</strong>sembolsáveis<br />
Fonte: Vieira (2009, MCu p. 42)<br />
Fonte: Vieira (2009, p. 42)<br />
On<strong>de</strong>:<br />
PEf = Ponto <strong>de</strong> equilíbrio fi<strong>na</strong>nceiro<br />
CF = Custos FIxos<br />
DF = <strong>de</strong>spesas fixas<br />
MCu = Margem <strong>de</strong> contribuição unitária<br />
E por fim, o Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio Econômico, que serve para saber se o valor do custo<br />
<strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, ou seja, se a remuneração que o capital que foi investido <strong>na</strong> empresa é maior<br />
do que se esse capital fosse investido em outros negócios, como <strong>na</strong> poupança, por exemplo. O<br />
ponto <strong>de</strong> equilíbrio econômico po<strong>de</strong> ser encontrado se somar-se os custos e <strong>de</strong>spesas fixas e<br />
diminuir o valor <strong>da</strong> remuneração <strong>de</strong> capital, dividindo esse resultado pela margem <strong>de</strong><br />
contribuição unitária, como segue <strong>na</strong> equação a seguir:<br />
Quadro 10: Fórmula Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio Econômico<br />
PEe = CF + DF + remuneração do capital<br />
MCu<br />
Fonte: Vieira (2009, p. 42)<br />
On<strong>de</strong>:<br />
PEecon = Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio Econômico<br />
CF = Custo Fixo<br />
DF = <strong>de</strong>spesa fixa<br />
MCu = Margem <strong>de</strong> Contribuição Unitária<br />
42
2.3.4.4 Margem <strong>de</strong> Segurança<br />
Para Bruni e Famá ( 2004, p.262) “A margem <strong>de</strong> segurança consiste <strong>na</strong> quantia ou<br />
índice <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s que exce<strong>de</strong>m o ponto <strong>de</strong> equilíbrio <strong>da</strong> empresa. Representa o quanto às<br />
ven<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m cair sem que a empresa incorra em prejuízo”.<br />
Segundo Leone (2000, p. 354):<br />
A margem <strong>de</strong> segurança é a diferença entre o que a empresa po<strong>de</strong> produzir e<br />
<strong>comercial</strong>izar, em termos <strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produtos, e a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> apresenta<strong>da</strong> no<br />
ponto <strong>de</strong> equilíbrio. Chama-se margem <strong>de</strong> segurança porque mostra o espaço que a<br />
empresa tem para fazer lucros após atingir o ponto <strong>de</strong> equilíbrio.<br />
Padoveze (2003, p. 290) complementa dizendo que “a margem <strong>de</strong> segurança po<strong>de</strong> ser<br />
<strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como o volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s que exce<strong>de</strong> ás ven<strong>da</strong>s calcula<strong>da</strong>s no ponto <strong>de</strong> equilíbrio. O<br />
volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s exce<strong>de</strong>nte, para se a<strong>na</strong>lisar a margem <strong>de</strong> segurança, po<strong>de</strong> ser tanto o valor<br />
<strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s orça<strong>da</strong>s, como o valor real <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s”.<br />
A margem <strong>de</strong> segurança operacio<strong>na</strong>l po<strong>de</strong> ser encontra<strong>da</strong> se diminuir-se <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
vendi<strong>da</strong> à quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> no ponto <strong>de</strong> equilíbrio, o que se po<strong>de</strong> ver a partir <strong>da</strong> seguinte fórmula:<br />
Quadro 11: Fórmula para cálculo <strong>da</strong> Margem <strong>de</strong> Segurança Operacio<strong>na</strong>l<br />
MSO = Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> Vendi<strong>da</strong> – Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> no Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio<br />
Fonte: Vieira (2009, p.46)<br />
Assim, po<strong>de</strong>-se dizer que a margem <strong>de</strong> segurança correspon<strong>de</strong> à quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
produtos ou volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s que opera acima do ponto <strong>de</strong> equilíbrio, assim, quanto maior a<br />
margem <strong>de</strong> segurança menor será a chance <strong>de</strong> prejuízo para a empresa.<br />
2.4 Análise <strong>de</strong> Balanços<br />
A Análise <strong>de</strong> Balanços é uma importante técnica contábil, que se utiliza <strong>da</strong> extração <strong>de</strong><br />
<strong>da</strong>dos e informações que servem para estudos e interpretações, além <strong>de</strong> auxiliar em projeções<br />
<strong>da</strong> situação patrimonial, econômica e fi<strong>na</strong>nceira <strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s. O resultado <strong>da</strong> Análise <strong>de</strong><br />
43
Balanços auxilia no gerenciamento e <strong>na</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, possibilitando que o gestor tenha<br />
uma visão <strong>da</strong> situação <strong>da</strong> empresa, além <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a interesses externos também, como, por<br />
exemplo, <strong>de</strong> investidores e fi<strong>na</strong>nciadores.<br />
Segundo Matarazzo (1990, p. 23):<br />
O a<strong>na</strong>lista <strong>de</strong> balanços preocupa-se com as <strong>de</strong>monstrações fi<strong>na</strong>nceiras que, por sua<br />
vez, precisam ser transforma<strong>da</strong>s em informações que permitam concluir se a<br />
empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administra<strong>da</strong>, se tem ou<br />
não condições <strong>de</strong> pagar suas divi<strong>da</strong>s, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou<br />
regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará operando.<br />
Basso (2005, p. 31) completa que a análise <strong>de</strong> balanços é a “extração <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos e<br />
informações para interpretação, estudos e projeções <strong>da</strong> situação patrimonial, econômica e<br />
fi<strong>na</strong>nceira <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Matarazzo (1990, p. 32) ain<strong>da</strong> diz que “O diagnóstico <strong>de</strong> uma empresa quase sempre<br />
começa com uma rigorosa análise <strong>de</strong> balanços, cuja fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> é <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r quais são os<br />
pontos críticos e permitir, <strong>de</strong> imediato, apresentar um esboço <strong>da</strong>s priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s para a solução<br />
dos seus problemas”.<br />
Com isso, as <strong>de</strong>monstrações contábeis precisam ser bem elabora<strong>da</strong>s, com quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong> forma correta, pois através <strong>de</strong>las po<strong>de</strong>-se dizer como está à situação patrimonial <strong>da</strong><br />
enti<strong>da</strong><strong>de</strong> no período e a partir <strong>da</strong>í trazer soluções para os problemas <strong>da</strong> empresa ou buscar<br />
novas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s para o seu crescimento.<br />
2.4.1 Análise Horizontal ou <strong>de</strong> Evolução<br />
A análise horizontal permite mostrar a evolução <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> conta com o objetivo <strong>de</strong><br />
verificar suas variações durante o período, apontar as suas causas e projetar as tendências para<br />
o futuro.<br />
Segundo Matarazzo (1990, p. 223) a análise horizontal “baseia-se <strong>na</strong> evolução <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />
conta <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrações fi<strong>na</strong>nceiras em relação à <strong>de</strong>monstração anterior ou em<br />
relação a uma <strong>de</strong>monstração fi<strong>na</strong>nceira básica, geralmente a mais antiga <strong>da</strong> série. A evolução<br />
<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> conta mostra os caminhos trilhados pela empresa e as possíveis tendências”.<br />
44
Z<strong>da</strong>nowicz (1998, p. 61) explica que “a análise horizontal permite a avaliação do<br />
aumento ou <strong>da</strong> diminuição dos valores, que expressam os componentes patrimoniais ou <strong>de</strong><br />
resultados através do confronto <strong>de</strong> uma série histórica <strong>de</strong> períodos.<br />
Matarazzo (1990, p. 225) diz que:<br />
Na construção dos percentuais para elaboração <strong>da</strong> análise horizontal se usa a técnica<br />
dos números índices em que no primeiro ano todos os valores são consi<strong>de</strong>rados<br />
iguais a 100. Através <strong>da</strong> regra <strong>de</strong> três obtém-se os valores dos anos seguintes; a<br />
variação é o que exce<strong>de</strong>r a 100 ou o que faltar para 100.<br />
Com isso, po<strong>de</strong>-se dizer que a a<strong>na</strong>lise horizontal possibilita a comparação entre os<br />
valores <strong>da</strong>s contas ao longo <strong>de</strong> dois ou mais exercícios permitindo, assim, o estudo <strong>de</strong><br />
tendências para <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
2.4.2 Análise Vertical ou <strong>de</strong> Estrutura<br />
A análise vertical permite a verificação <strong>da</strong>s alterações dos percentuais <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> conta<br />
do balanço patrimonial em relação ao valor total do Ativo ou do Passivo, ou ain<strong>da</strong>, dos itens<br />
que formam a <strong>de</strong>monstração do resultado em relação à ven<strong>da</strong> bruta <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Segundo Z<strong>da</strong>nowicz (1998, p. 59) “A análise vertical é o processo que objetiva a<br />
medição percentual <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> componente patrimonial ou <strong>de</strong> resultado econômico em relação<br />
ao total <strong>de</strong> que faz parte”.<br />
Para Matarazzo (1990, p. 222) “A análise vertical baseia-se em valores percentuais <strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong>monstrações fi<strong>na</strong>nceiras. Para isso se calcula o percentual <strong>da</strong> ca<strong>da</strong> conta em relação a um<br />
valor do total do Ativo. O percentual <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> conta mostra sua real importância no conjunto”.<br />
Seu objetivo, segundo Z<strong>da</strong>nowicz (1998, p. 59) “... é avaliar em termos relativos, as<br />
partes que compõem o todo e compará-las no caso <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> dois ou mais períodos sociais.<br />
Com tudo, o objetivo <strong>da</strong> análise vertical é mostrar a importância <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> conta <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>da</strong> <strong>de</strong>monstração contábil, ou seja, avaliar as partes que compõe o todo e fazer uma<br />
comparação com a análise <strong>de</strong> dois ou mais exercícios.<br />
45
2.4.3 Indicadores Rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Estoques<br />
O estoque representa os bens que a empresa possui para a ven<strong>da</strong>, e é <strong>de</strong> suma<br />
importância que se saiba qual é a rotação dos estoques para a verificação do tempo que ele<br />
permanece <strong>na</strong> empresa.<br />
Basso diz que “O item Estoques ocupa lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque <strong>na</strong> composição patrimonial<br />
<strong>da</strong>s enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, especialmente empresas industriais e/ou comerciais, uma vez que ele reúne o<br />
registro <strong>de</strong> elementos que se <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>m a produção <strong>de</strong> bens <strong>na</strong>s primeiras e <strong>de</strong> reven<strong>da</strong> <strong>na</strong>s<br />
empresas comerciais”.<br />
Segundo Z<strong>da</strong>nowicz (1998, p. 80) “O índice <strong>de</strong> rotação <strong>de</strong> estoques, indica o numero<br />
<strong>de</strong> vezes que o volume ou valor médio dos estoques <strong>de</strong> matérias primas, produtos em<br />
elaboração, produtos prontos ou mercadorias se renova em um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do período”.<br />
A maneira mais comum para o estudo <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos estoques é dividir o montante<br />
<strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s pelo valor do estoque, ou, o valor do cmv pelo valor dos estoques, como mostra as<br />
fórmulas a seguir:<br />
Quadro 12: Fórmula para calculo <strong>da</strong> Rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Estoque<br />
VENDAS_ ou CMV___<br />
ESTOQUE ESTOQUE<br />
Fonte: Basso (2009, p. 18)<br />
Quanto menos dias levar para o estoque girar, ou, quanto mais vezes ele girar, melhor<br />
será a sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
2.5 Sistemas <strong>de</strong> Informações Gerenciais<br />
Os sistemas <strong>de</strong> informações gerenciais estão evoluindo ao longo do tempo <strong>de</strong> acordo<br />
com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s empresas em meio a um contexto ca<strong>da</strong> vez mais competitivo. Os<br />
sistemas <strong>de</strong> informações são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para o planejamento e controle <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s<br />
46
organizações, pois servem <strong>de</strong> apoio para um melhor conhecimento <strong>da</strong> empresa e para a<br />
solução <strong>de</strong> problemas complexos, assim como a redução <strong>de</strong> erros.<br />
2.5.1 Conceito<br />
Para um melhor entendimento sobre o sistema <strong>de</strong> informações gerenciais é necessário<br />
o conhecimento <strong>de</strong> alguns conceitos.<br />
Oliveira (1992, p. 23) diz que “Sistema é um conjunto <strong>de</strong> partes interagentes e<br />
inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes que, conjuntamente, formam um todo unitário com <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do objetivo e<br />
efetuam <strong>de</strong>termi<strong>na</strong><strong>da</strong> função”.<br />
Para Cassarro (1999, p. 25) “Sistema é um conjunto <strong>de</strong> funções logicamente<br />
estrutura<strong>da</strong>s, com a fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos objetivos”.<br />
Segundo Padoveze (1998, p. 24-25):<br />
Sistema é um conjunto <strong>de</strong> elementos inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, ou um todo organizado, ou<br />
partes que interagem formando um todo unitário e complexo. Como uma resultante<br />
do enfoque sistêmico, o todo <strong>de</strong>ve ser mais que a soma <strong>da</strong>s partes.<br />
Fun<strong>da</strong>mentalmente, o funcio<strong>na</strong>mento <strong>de</strong> um sistema configura-se com um<br />
processamento <strong>de</strong> recursos (entra<strong>da</strong>s do sistema), obtendo-se com esse<br />
processamento, as saí<strong>da</strong>s ou produtos do sistema (entra<strong>da</strong>s, processamento, saí<strong>da</strong>s).<br />
(...) Os sistemas classificam-se em sistemas abertos e fechados. Os sistemas<br />
fechados não interagem com o ambiente externo, enquanto os sistemas abertos<br />
caracterizam-se pela interação com o ambiente externo, suas enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s e variáveis...<br />
A empresa é um sistema aberto, bem como os sistemas <strong>de</strong> informações, pois há um<br />
processo <strong>de</strong> interação com o ambiente.<br />
E para completar, Oliveira (1992, p.39) diz que “Sistema <strong>de</strong> Informações Gerenciais<br />
(SIG) é o processo <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos em informações que são utiliza<strong>da</strong>s <strong>na</strong> estrutura<br />
<strong>de</strong>cisória <strong>da</strong> empresa, bem como proporcio<strong>na</strong>m a sustentação administrativa para otimizar os<br />
resultados esperados”.<br />
Po<strong>de</strong>-se dizer que o sistema <strong>de</strong> informação é um conjunto <strong>de</strong> recursos humanos,<br />
materiais tecnológicos e fi<strong>na</strong>nceiros, que juntos <strong>de</strong>vem alcançar os objetivos <strong>da</strong> empresa. O<br />
sistema <strong>de</strong> informação <strong>gerencial</strong> serve para auxiliar <strong>na</strong>s toma<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, pois sua base é a<br />
contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> retira os <strong>da</strong>dos que serão transformados em informações que servirão<br />
para a gestão e o gerenciamento.<br />
47
2.5.2 Sistema Operacio<strong>na</strong>l<br />
Segundo Bio (1993, p. 34) “Os sistemas <strong>de</strong> apoio às operações são tipicamente<br />
sistemas processadores <strong>de</strong> transações, ou seja, são re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> procedimentos rotineiros que<br />
servem para o processamento <strong>de</strong> transações recorrentes”.<br />
Para complementar, Padoveze (1998, p. 50) diz que:<br />
Os sistemas <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> apoio ás operações <strong>na</strong>scem <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
planejamento e controle <strong>da</strong>s diversas áreas operacio<strong>na</strong>is <strong>da</strong> empresa. Esses sistemas<br />
<strong>de</strong> informações estão ligados ao sistema físico operacio<strong>na</strong>l e surgem <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver as operações fun<strong>da</strong>mentais <strong>da</strong> firma. Po<strong>de</strong>mos dizer até que esses<br />
sistemas são criados automaticamente pelas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> administração<br />
operacio<strong>na</strong>l.<br />
O sistema operacio<strong>na</strong>l serve para <strong>da</strong>r apoio às transações que ocorrem <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong><br />
empresa, e também para as toma<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões que estão volta<strong>da</strong>s para as operações. Assim,<br />
esse tipo <strong>de</strong> sistema está ligado à parte físico-operacio<strong>na</strong>l e tem como objetivo auxiliar os<br />
<strong>de</strong>partamentos a realizarem suas tarefas operacio<strong>na</strong>is.<br />
2.5.3 Sistema Gestão<br />
Para Bio (1993, p. 35) “Os sistemas <strong>de</strong> apoio à gestão não são orientados para o<br />
processamento <strong>de</strong> transações rotineiras, mas existem especificamente para auxiliar processos<br />
<strong>de</strong>cisórios. Por essa razão, tais sistemas po<strong>de</strong>m ter uma assistemática freqüência <strong>de</strong><br />
processamento”.<br />
Segundo Padoveze (1998, p. 50-51):<br />
Classificamos como sistemas <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> apoio a gestão os sistemas ligados à<br />
vi<strong>da</strong> econômico-fi<strong>na</strong>nceira <strong>da</strong> empresa e às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> avaliação do<br />
<strong>de</strong>sempenho dos administradores internos. Fun<strong>da</strong>mentalmente, esses sistemas são<br />
utilizados pela área administrativa e fi<strong>na</strong>nceira <strong>da</strong> empresa, e pela alta administração<br />
<strong>da</strong> companhia, com o intuito <strong>de</strong> planejamento e controle fi<strong>na</strong>nceiro e avaliação <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sempenho dos negócios.<br />
O Sistema <strong>de</strong> gestão serve para <strong>da</strong>r apoio aos processos <strong>de</strong>cisórios <strong>da</strong> empresa. Assim,<br />
esse tipo <strong>de</strong> sistema está ligado à parte econômico-fi<strong>na</strong>nceira e serve para auxiliar no<br />
planejamento e controle para a gestão.<br />
48
2.5.4 Níveis do Sistema <strong>de</strong> Informações Gerenciais<br />
Po<strong>de</strong>-se dizer que os sistemas <strong>de</strong> informações gerenciais auxiliam a todos os diferentes<br />
níveis <strong>da</strong> empresa. Os níveis <strong>de</strong>sse sistema estão divididos em nível estratégico, nível tático e<br />
nível operacio<strong>na</strong>l. Com isso, Oliveira (1992, p. 126) <strong>de</strong>fine que:<br />
a) Nível estratégico: que consi<strong>de</strong>ra a interação entre as informações do ambiente<br />
empresarial (estão fora <strong>da</strong> empresa) e as informações inter<strong>na</strong>s <strong>da</strong> empresa.<br />
Correspon<strong>de</strong> ao SIE – Sistema <strong>de</strong> Informações Estratégicas.<br />
b) Nível Tático: que consi<strong>de</strong>ra a agluti<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> uma área <strong>de</strong><br />
resultado e não <strong>da</strong> empresa como um todo. Correspon<strong>de</strong> ao SIT – Sistema <strong>de</strong><br />
Informações Táticas.<br />
c) Nível operacio<strong>na</strong>l: que consi<strong>de</strong>ra a formalização, principalmente através <strong>de</strong><br />
documentos escritos <strong>da</strong>s várias informações estabeleci<strong>da</strong>s. Correspon<strong>de</strong> ao SIO –<br />
Sistema <strong>de</strong> Informações Operacio<strong>na</strong>is.<br />
Essa separação <strong>de</strong> níveis do sistema <strong>de</strong> informações gerenciais se dá <strong>de</strong>vido a ca<strong>da</strong><br />
nível <strong>da</strong> empresa (estratégico, tático e operacio<strong>na</strong>l) precisar <strong>de</strong> um tipo <strong>de</strong> informação<br />
diferente <strong>de</strong> acordo com as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um.<br />
2.5.5. Tecnologia <strong>da</strong> Informação<br />
Segundo Cruz (1998, p. 29) “A Tecnologia <strong>da</strong> informação é todo e qualquer<br />
dispositivo que tenha capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para tratar <strong>da</strong>dos ou informações, tanto <strong>de</strong> forma sistêmica<br />
como esporádica, quer esteja aplica<strong>da</strong> no produto, quer esteja aplica<strong>da</strong> no processo”.<br />
Para Padoveze (1998, p. 42):<br />
Tecnologia <strong>da</strong> informação é todo conjunto tecnológico à disposição <strong>da</strong>s empresas<br />
para efetivar seu subsistema <strong>de</strong> informação. Esse arse<strong>na</strong>l tecnológico está<br />
normalmente ligado à informática e à telecomunicação, bem como a todo o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento cientifico do processo <strong>de</strong> transmissão espacial <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos.<br />
A tecnologia <strong>da</strong> informação serve para simplificar a operacio<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>da</strong> empresa, para que se tenha o controle <strong>da</strong>s informações e que seu acesso seja em tempo<br />
hábil, assim facilitando uma gestão eficaz e eficiente.<br />
2.5.6 Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Informação<br />
Para Bio (1993, p. 120), as informações <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> caracterizam-se por ser:<br />
49
- Comparativas: especialmente quando as informações refletem a comparação <strong>de</strong><br />
planos com a execução.<br />
- Confiáveis: informações completamente distorci<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m ser mais prejudiciais<br />
do que a falta completa <strong>de</strong> informações. O usuário precisa acreditar <strong>na</strong> informação<br />
para se sentir seguro.<br />
- Gera<strong>da</strong>s em tempo hábil: Uma informação, especialmente se volta<strong>da</strong> para o<br />
controle, <strong>de</strong>ve estar tão próxima do acontecimento quanto for possível, para que haja<br />
tempo para efetuar as correções cabíveis no planejamento ou <strong>na</strong> execução.<br />
- De nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe a<strong>de</strong>quado: As informações <strong>de</strong>vem aparecer num nível <strong>de</strong><br />
pormenores a<strong>de</strong>quado ao nível do usuário, sem apresentar <strong>na</strong><strong>da</strong> <strong>de</strong> irrelevante para o<br />
usuário e tão pouco num grau <strong>de</strong> síntese excessivo com relação ao seu interesse.<br />
- Por exceção: informar “por exceção” significa ressaltar o que é relevante, <strong>de</strong>stacar<br />
as exceções.<br />
Segundo Padoveze (1998, p. 42):<br />
O valor <strong>da</strong> informação resi<strong>de</strong> no fato <strong>de</strong> que ela <strong>de</strong>ve reduzir a incerteza <strong>na</strong> toma<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, ao mesmo tempo que procura aumentar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>cisão. Ou seja,<br />
uma informação passa a ser váli<strong>da</strong> quando sua utilização aumenta a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisória, diminuindo a incerteza do gestor no ato <strong>da</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />
É <strong>de</strong> suma importância que a informação seja <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois é ela que serve <strong>de</strong><br />
base para os gestores administrarem o negócio e tomarem suas <strong>de</strong>cisões. Também é preciso<br />
que o pessoal que utiliza essas informações seja capacitado para isso, pois a informação só é<br />
útil para quem sabe como usa-la, caso contrário, ela se tor<strong>na</strong> ape<strong>na</strong>s um custo a mais para a<br />
empresa.<br />
50
3. RELEVÂNCIA DA CONTABILIDADE GERENCIAL NA COMERCIAL DE<br />
PRODUTOS AGRICOLAS TERRA VERDE: Estudo <strong>de</strong> Caso<br />
A parte aplica<strong>da</strong> <strong>de</strong>ste estudo <strong>de</strong>senvolveu-se <strong>na</strong> empresa “Comercial <strong>de</strong> Produtos<br />
Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong>”, que é o objeto <strong>de</strong>ste estudo <strong>de</strong> caso. Para tanto, foram levantados os<br />
vinte produtos mais vendidos pela empresa. Depois, foram apurados os custos, as <strong>de</strong>spesas<br />
necessárias para a realização do comércio dos produtos. Elaborados os cálculos do Mark-up<br />
divisor e multiplicador, feita a formação do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo que foi comparado<br />
com o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> já praticado pela empresa, a análise <strong>da</strong> margem <strong>de</strong> contribuição, o<br />
cálculo do ponto <strong>de</strong> equilíbrio, a margem <strong>de</strong> segurança operacio<strong>na</strong>l, a análise <strong>de</strong> balanços<br />
vertical, horizontal e a rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos estoques. Estas informações são <strong>de</strong> suma importância<br />
para o gerenciamento diário <strong>da</strong> empresa.<br />
3.1 Estrutura <strong>da</strong> Empresa<br />
A Comercial <strong>de</strong> Produtos Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong> atua principalmente <strong>na</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
produtos agrícolas. Ela é constituí<strong>da</strong> por seus dois sócios e mais seis funcionários.<br />
A seguir, foram elaborados fluxogramas, que são representações esquemáticas <strong>de</strong> um<br />
processo, para um melhor entendimento do funcio<strong>na</strong>mento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> empresa:<br />
(+)<br />
ESTOQUE<br />
(-)<br />
Compras<br />
Ven<strong>da</strong>s<br />
Figura 1: Fluxograma dos Estoques<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
(-)<br />
(+)<br />
D<br />
E<br />
V<br />
O<br />
L<br />
U<br />
Ç<br />
Ã<br />
O<br />
Nota Fiscal<br />
C<br />
O<br />
N<br />
T<br />
A<br />
B<br />
I<br />
L<br />
I<br />
D<br />
A<br />
D<br />
E
A partir <strong>da</strong> figura anterior é possível verificar como funcio<strong>na</strong>m os controles internos<br />
dos estoques, pois se po<strong>de</strong> dizer que os produtos entram no estoque através <strong>da</strong>s compras, que<br />
po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>volvi<strong>da</strong>s ou não, <strong>de</strong>pois disso é emiti<strong>da</strong> uma nota fiscal que vai para a<br />
contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Da mesma forma, os produtos saem do estoque através <strong>da</strong> ven<strong>da</strong>, que po<strong>de</strong>m<br />
ser <strong>de</strong>volvidos ou não, é emiti<strong>da</strong> uma nota fiscal que vai para a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Compras<br />
Mercadorias Fornecedores Pedido<br />
Adiantamento<br />
Caixa/<br />
Banco<br />
Figura 2: Fluxograma <strong>de</strong> Compras<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
Fi<strong>na</strong>nceiro<br />
Recebimento<br />
Nota Fiscal/<br />
Produtos<br />
Contas a<br />
Pagar<br />
Estoque<br />
A partir <strong>da</strong> figura do fluxograma <strong>de</strong> compras, po<strong>de</strong>-se dizer que a empresa realiza as<br />
compras <strong>de</strong> mercadorias <strong>de</strong> alguns fornecedores já selecio<strong>na</strong>dos, que é realizado através <strong>de</strong><br />
um pedido <strong>de</strong> compra, on<strong>de</strong> já é feito um adiantamento do pagamento ao fornecedor, ou, se a<br />
prazo, em condições <strong>de</strong> 30, 60 e até 120 dias para os pagamentos. Depois, quando as<br />
mercadorias são entregues, elas entram no estoque e a nota fiscal vai para a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
C<br />
O<br />
N<br />
T<br />
A<br />
B<br />
I<br />
L<br />
I<br />
D<br />
A<br />
D<br />
E<br />
52
Estoque<br />
Ven<strong>da</strong>s<br />
Marketing<br />
Figura 3: Fluxograma <strong>da</strong>s Ven<strong>da</strong>s<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
●<br />
Conforme o fluxograma anterior, po<strong>de</strong>-se dizer que para as ven<strong>da</strong>s a empresa possui<br />
seu sistema <strong>de</strong> marketing. São realizados também os chamados Dias <strong>de</strong> Campo, on<strong>de</strong> são<br />
feitas reuniões com os produtores para <strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> produtos. Então, quando vendidos,<br />
os produtos saem do estoque, através <strong>da</strong> solicitação <strong>de</strong> pedido pelos clientes que po<strong>de</strong> ser a<br />
vista, ou a prazo, on<strong>de</strong> é feito uma consulta no ca<strong>da</strong>stro <strong>da</strong> empresa, pois possuem um<br />
programa chamado Cheque Express, que serve para esta fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>, e o cliente tem até 120<br />
dias para o pagamento. Então a nota fiscal é emiti<strong>da</strong>, e vai para a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
No fluxograma a seguir, po<strong>de</strong>-se perceber que o setor <strong>de</strong> contas a pagar é bem simples.<br />
Existem gastos com salários, impostos, fornecedores e as <strong>de</strong>spesas operacio<strong>na</strong>is <strong>da</strong> empresa.<br />
A partir do fluxo <strong>de</strong> caixa esses gastos são pagos, e como não há falta <strong>de</strong> disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s em<br />
caixa, suas obrigações estão sempre em dia. Depois <strong>de</strong> pagos, os documentos autenticados<br />
vão para a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Solicitação<br />
Pedido<br />
A Vista<br />
A Prazo<br />
Consulta<br />
Ca<strong>da</strong>stro<br />
Nota<br />
Fiscal<br />
Caixa/<br />
Banco<br />
Fi<strong>na</strong>nceiro<br />
Contas a<br />
Receber<br />
C<br />
O<br />
N<br />
T<br />
A<br />
B<br />
I<br />
L<br />
I<br />
D<br />
A<br />
D<br />
E<br />
53
Contas<br />
A<br />
Pagar<br />
Salários<br />
Impostos<br />
Fornecedores<br />
Despesas<br />
Operacio<strong>na</strong>is<br />
Fluxo<br />
<strong>de</strong><br />
Caixa<br />
Figura 4: Fluxograma do Setor <strong>de</strong> Contas a Pagar<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
Sempre<br />
Em<br />
Dia<br />
Documento<br />
Autenticado<br />
No fluxograma do setor <strong>de</strong> contas a receber apresentado <strong>na</strong> seqüência, po<strong>de</strong>-se dizer<br />
que os valores são recebidos <strong>de</strong> três maneiras, a vista, com cheque e através <strong>de</strong> duplicata. Se o<br />
cheque ou a duplicata estiver em atraso é feita uma negociação com o cliente para uma<br />
solução para o pagamento, caso não aceite negociação a divi<strong>da</strong> é encaminha<strong>da</strong> para o Serasa.<br />
Depois <strong>de</strong> recebido o valor, é emitido um comprovante que <strong>de</strong>pois vai para a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
C<br />
O<br />
N<br />
T<br />
A<br />
B<br />
I<br />
L<br />
I<br />
D<br />
A<br />
D<br />
E<br />
54
Contas a<br />
Receber<br />
Figura 5: Fluxograma do Setor <strong>de</strong> Contas a Receber<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
3.2 Custo <strong>de</strong> Aquisição dos Produtos<br />
Para o custo <strong>de</strong> aquisição foram selecio<strong>na</strong>dos os vinte produtos mais vendidos pela<br />
empresa, entre eles fertilizantes, herbici<strong>da</strong>s, fungici<strong>da</strong>s, insetici<strong>da</strong>s, um espalhante a<strong>de</strong>sivo e<br />
sementes <strong>de</strong> milho e soja.<br />
3.2.1 Cálculo do Custo <strong>de</strong> Aquisição dos Produtos<br />
O custo <strong>de</strong> aquisição dos produtos é obtido através do custo unitário, mais o valor do<br />
ICMS e, se possuir, do frete.<br />
produto:<br />
Cliente<br />
s<br />
Outros<br />
Fluxo<br />
<strong>de</strong><br />
Caixa<br />
A vista<br />
Cheque<br />
Duplicata<br />
Em<br />
Dia<br />
Em<br />
Atraso<br />
Negociação<br />
Comprovante<br />
<strong>de</strong><br />
Recebimento<br />
Serasa Banco<br />
A seguir, apresenta-se o quadro que <strong>de</strong>monstra o custo <strong>de</strong> aquisição unitário <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />
C<br />
O<br />
N<br />
T<br />
A<br />
B<br />
I<br />
L<br />
I<br />
D<br />
A<br />
D<br />
E<br />
55
Quadro 13: Custo <strong>de</strong> Aquisição dos Produtos<br />
Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Produtos<br />
Medi<strong>da</strong><br />
$ Unitário $ ICMS $ Frete<br />
56<br />
Custo<br />
Unitário<br />
05.20.20 - Fertilizante Ton 730,00 ISENTO 0,00 730,00<br />
08.16.16 - Fertilizante Ton 652,00 ISENTO 0,00 652,00<br />
10.20.10 - Fertilizante Ton 652,00 ISENTO 0,00 652,00<br />
18.46.00 - Fertilizante Ton 1.022,00 ISENTO 0,00 1.022,00<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> Litro 25,30 ISENTO 0,00 25,30<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo Litro 68,87 ISENTO 0,00 68,87<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> Frasco 21,02 ISENTO 0,00 21,02<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho Sc 248,13 ISENTO 0,00 248,13<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja Sc 39,00 ISENTO 0,00 39,00<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar Ton 2.296,00 ISENTO 0,00 2.296,00<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar Ton 3.170,00 ISENTO 0,00 3.170,00<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> Litro 73,51 ISENTO 0,00 73,51<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> Litro 60,08 ISENTO 0,00 60,08<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> Litro 18,90 ISENTO 0,00 18,90<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> Litro 6,16 ISENTO 0,00 6,16<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> Kg 12,05 ISENTO 0,00 12,05<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> Kg 12,20 ISENTO 0,00 12,20<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> Litro 308,80 ISENTO 0,00 308,80<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> Litro 5,26 ISENTO 0,00 5,26<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> Litro 20,96 ISENTO 0,00 20,96<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa<br />
Para a realização do cálculo do custo unitário dos produtos, foi calculado o valor do<br />
ICMS conforme o percentual <strong>de</strong>scrito <strong>na</strong>s notas fiscais <strong>de</strong> compras. Neste caso, todos estes<br />
produtos selecio<strong>na</strong>dos são isentos <strong>de</strong> ICMS conforme Livro I Artigo 9°, Inciso VIII do<br />
Decreto 37.699/97 do RICMS – RS. Além disso, não havia cobrança <strong>de</strong> frete para nenhum<br />
<strong>de</strong>stes produtos estu<strong>da</strong>dos. Então, o custo dos próprios produtos é igual ao custo fi<strong>na</strong>l <strong>de</strong><br />
aquisição <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les, pois não possuem ICMS e fretes acrescendo em seu valor.<br />
A seguir, apresenta-se o levantamento <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas mensais <strong>da</strong> empresa, que também<br />
fazem parte <strong>da</strong> apuração dos custos e preços.<br />
3.3 Apuração <strong>da</strong>s Despesas Mensais <strong>da</strong> Empresa<br />
As <strong>de</strong>spesas são bens ou serviços que foram consumidos pela empresa para a geração<br />
<strong>de</strong> receitas, e estão divi<strong>da</strong>s em <strong>de</strong>spesas com pessoal, <strong>de</strong>spesas com <strong>de</strong>preciação e <strong>de</strong>spesas<br />
gerais <strong>da</strong> empresa.
3.3.1 Gastos com Salários e Encargos Sociais Trabalhistas<br />
O custo com salários refere-se ao valor pago aos funcionários em troca <strong>de</strong> seus<br />
serviços e mais os encargos sociais calculados sobre este valor.<br />
A seguir, <strong>de</strong>monstra-se o quadro que representa o custo mensal com salários e<br />
encargos sociais trabalhistas:<br />
Quadro 14: Gastos com pessoal<br />
Despesas com pessoal % A B C D<br />
(+) Salário Bruto R$ 2.942,10 R$ 828,00 R$ 740,00 R$ 2.249,60<br />
(+) Horas extras diur<strong>na</strong>s 50% R$ - R$ - R$ - R$ -<br />
(+) DSR reflexo horas extras R$ - R$ - R$ - R$ -<br />
(+) Salário família R$ - R$ - R$ - R$ -<br />
(+) Adicio<strong>na</strong>l por tempo <strong>de</strong> serviço R$ 117,68 R$ 91,08 R$ 14,80 R$ -<br />
(+) Insalubri<strong>da</strong><strong>de</strong> R$ - R$ - R$ - R$ -<br />
(+) Prêmios R$ - R$ 27,60 R$ - R$ -<br />
(=) Sub total R$ 3.059,78 R$ 946,68 R$ 754,80 R$ 2.249,60<br />
Provisão férias 8,33% R$ 254,88 R$ 78,86 R$ 62,87 R$ 187,39<br />
Provisão 13º salário 8,33% R$ 254,88 R$ 78,86 R$ 62,87 R$ 187,39<br />
1/3 férias 2,78% R$ 85,06 R$ 26,32 R$ 20,98 R$ 62,54<br />
Sub Total R$ 3.654,60 R$ 1.130,71 R$ 901,53 R$ 2.686,92<br />
Previdência social (20%+5,8%+1%) 26,80% R$ 979,43 R$ 303,03 R$ 241,61 R$ 720,10<br />
FGTS 8% R$ 292,37 R$ 90,46 R$ 72,12 R$ 214,95<br />
Previsões 7% R$ 214,18 R$ 66,27 R$ 52,84 R$ 157,47<br />
Total R$ 5.140,59 R$ 1.590,47 R$ 1.268,10 R$ 3.779,44<br />
Despesas com pessoal % E F G Total<br />
(+) Salário Bruto R$ 740,00 R$ 1.480,00 R$1.195,00 R$ 10.174,70<br />
(+) Horas extras diur<strong>na</strong>s 50% R$ - R$ - R$ - R$ -<br />
(+) DSR reflexo horas extras R$ - R$ - R$ - R$ -<br />
(+) Salário família R$ - R$ - R$ - R$ -<br />
(+) Adicio<strong>na</strong>l por tempo <strong>de</strong> serviço R$ - R$ - R$ - R$ 223,56<br />
(+) Insalubri<strong>da</strong><strong>de</strong> R$ - R$ - R$ - R$ -<br />
(+) Prêmios R$ - R$ - R$ - R$ 27,60<br />
(=) Sub total R$ 740,00 R$ 1.480,00 R$ 1.195,00 R$ 10.425,86<br />
Provisão férias 8,33% R$ 61,64 R$ 123,28 R$ - R$ 768,93<br />
Provisão 13º salário 8,33% R$ 61,64 R$ 123,28 R$ - R$ 768,93<br />
1/3 férias 2,78% R$ 20,57 R$ 41,14 R$ - R$ 256,62<br />
Sub Total R$ 883,86 R$ 1.767,71 R$ 1.195,00 R$ 12.220,34<br />
Previdência social (20%+5,8%+1%) 26,80% R$ 236,87 R$ 473,75 R$ 320,26 R$ 3.275,05<br />
FGTS 8% R$ 70,71 R$ 141,42 R$ - R$ 882,03<br />
Previsões 7% R$ 51,80 R$ 103,60 R$ - R$ 646,16<br />
Total R$ 1.243,24 R$ 2.486,48 R$ 1.515,26 R$ 17.023,58<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa<br />
57
A empresa possui seis funcionários e para o cálculo do custo com salários e encargos<br />
trabalhistas foi consi<strong>de</strong>rado o salário bruto, somado a ele o adicio<strong>na</strong>l por tempo <strong>de</strong> serviço e<br />
os prêmios recebidos. Os funcionários não trabalham horas extras, o valor do salário <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />
um não dá direito ao salário família, e o trabalho não traz condições insalubres para os<br />
funcionários. Junto ao salário base foi consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> a provisão <strong>de</strong> férias <strong>de</strong> 8,33%, a provisão<br />
<strong>de</strong> 13° salário <strong>de</strong> 8,33% e mais um terço <strong>de</strong> férias correspon<strong>de</strong>nte a 2,78% do salário base.<br />
Depois disso, junto às <strong>de</strong>spesas com pessoal é soma<strong>da</strong> a previdência social que correspon<strong>de</strong> a<br />
26,8%, o FGTS que correspon<strong>de</strong> a 8% e mais as previsões que correspon<strong>de</strong>m a 7%. A única<br />
diferença é ape<strong>na</strong>s <strong>na</strong> colu<strong>na</strong> <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong><strong>da</strong> “G”, on<strong>de</strong> se encontra o valor dos honorários<br />
contábeis pagos a um profissio<strong>na</strong>l autônomo, e por tanto inci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> INSS. O total <strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>spesa com pessoal resultou em um montante <strong>de</strong> R$ 17.023,58 por mês.<br />
A seguir o quadro que <strong>de</strong>monstra a constituição <strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa mensal com pró-labore:<br />
Quadro 15: Cálculo pró-labore dos sócios<br />
Sócios Pró-labore Previdência Social Total<br />
Sócio A 1.950,00 390,00 2.340,00<br />
Sócio B 1.630,00 326,00 1.956,00<br />
Total 3.580,00 716,00 4.296,00<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa<br />
O pró-labore também faz parte <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas <strong>da</strong> empresa, e junto do valor pago aos<br />
sócios é soma<strong>da</strong> a previdência social que equivale a 20% do valor do pró-labore, resultando<br />
em um total <strong>de</strong> R$ 4.296,00 por mês.<br />
3.3.2 Cálculo do custo com Depreciação / mês<br />
A <strong>de</strong>preciação é calcula<strong>da</strong> sobre o Ativo Não-Circulante – Imobilizado e possui uma<br />
vi<strong>da</strong> útil limita<strong>da</strong> economicamente. Por isso, para ca<strong>da</strong> bem que a empresa adquirir é<br />
calculado a <strong>de</strong>preciação com base no percentual ou vi<strong>da</strong> útil <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> bem, conforme é<br />
<strong>de</strong>monstrado no quadro a seguir:<br />
58
Quadro 16: Cálculo <strong>da</strong> Depreciação Anual e Mensal<br />
Bens<br />
Valor do<br />
Bem<br />
Valor<br />
residual<br />
10%<br />
Valor a ser<br />
<strong>de</strong>preciado<br />
Vi<strong>da</strong> Útil<br />
em Anos<br />
Depreciação<br />
Ano<br />
59<br />
Depreciação<br />
Mensal<br />
Veículos 223.560,46 22.356,05 201.204,41 5 40.240,88 3.353,41<br />
Computadores e periféricos 790,00 79,00 711,00 10 71,10 5,93<br />
Maqui<strong>na</strong>s e equipamentos 19.263,00 1.926,30 17.336,70 10 1.733,67 144,47<br />
Prédios/Instalações 132.992,00 13.299,20 119.692,80 25 4.787,71 398,98<br />
Telefones/Centrais 799,00 79,90 719,10 10 71,91 5,99<br />
Total 3.908,77<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
Foi utilizado para o cálculo <strong>da</strong> <strong>de</strong>preciação dos Veículos com uma vi<strong>da</strong> útil <strong>de</strong> 5 anos,<br />
para os Computadores e periféricos, Maqui<strong>na</strong>s e Equipamentos e Telefones/centrais foi<br />
utiliza<strong>da</strong> a mesma vi<strong>da</strong> útil <strong>de</strong> 10 anos, e para os Prédios e Instalações foi utiliza<strong>da</strong> a utili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> 25 anos. O cálculo resultou em uma <strong>de</strong>preciação mensal <strong>de</strong> R$ 3.908,77.<br />
3.3.3 Levantamento <strong>da</strong>s Despesas Mensais<br />
seguir:<br />
Foram apura<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>spesas mensais <strong>da</strong> empresa, que estão <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>s no quadro a<br />
Quadro 17: Despesas Mensais<br />
Despesas Mensais % Despesa<br />
Salários e Encargos Sociais 17.023,58 46,33%<br />
Pró-Labore dos Titulares 4.296,00 11,69%<br />
Água e Esgoto 57,63 0,16%<br />
Energia Elétrica 385,79 1,05%<br />
Material <strong>de</strong> Escritório 754,91 2,05%<br />
Correios e Malotes 37,24 0,10%<br />
Seguros 143,94 0,39%<br />
Viagens 238,50 0,65%<br />
Manutenção e Conservação 602,44 1,64%<br />
Depreciações 3.908,77 10,64%<br />
Propagan<strong>da</strong> e Publici<strong>da</strong><strong>de</strong> 396,83 1,08%
Fretes e Carretos 276,66 0,75%<br />
Combustíveis e Lubrificantes 1.547,27 4,21%<br />
Despesas c/ Veículos 1.849,22 5,03%<br />
Dispêndios c/ Alimentação 73,45 0,20%<br />
Feiras/Congressos/Simpósios/Cursos 53,33 0,15%<br />
Telefone 999,15 2,72%<br />
Alarme 128,43 0,35%<br />
Sindicato Patro<strong>na</strong>l/Associação Classe 177,93 0,48%<br />
Impostos e Taxas 140,40 0,38%<br />
Jor<strong>na</strong>is, Revistas e Periódicos 14,83 0,04%<br />
CREA 23,83 0,06%<br />
Copa e Cozinha 17,16 0,05%<br />
Juros 1.068,24 2,91%<br />
Descontos Concedidos 475,60 1,29%<br />
Multas 8,35 0,02%<br />
Tarifas Bancarias 538,97 1,47%<br />
Juros Vendor 408,00 1,11%<br />
IOF 156,43 0,43%<br />
IPTU 150,16 0,41%<br />
IPVA 683,75 1,86%<br />
Despesas Diversas 107,50 0,29%<br />
Total 36.744,28 100,00%<br />
Previsão <strong>de</strong> Faturamento 381.346,35<br />
% part. Mark-up 9,64%<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
As <strong>de</strong>spesas fixas não variam, seus valores permanecem constantes durante um<br />
<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do período. Para a empresa, foi previsto um faturamento mensal <strong>de</strong> R$ 381.346,35,<br />
então, o total <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas mensais <strong>de</strong> R$ 36.744,28 foi dividido por este valor do faturamento<br />
<strong>de</strong> R$ 381.346,35, que permite a realização do cálculo do percentual <strong>de</strong> participação <strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong>spesas mensais no Mark-up. Esse quadro <strong>de</strong>monstra que a empresa sabe controlar suas<br />
<strong>de</strong>spesas, pois elas representam ape<strong>na</strong>s 9,64% do total <strong>de</strong> seu faturamento.<br />
60
Para um melhor entendimento <strong>da</strong> representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa, foi elaborado o<br />
gráfico a seguir, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstra a representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> <strong>de</strong>spesa mensal em relação ao<br />
seu total.<br />
1%<br />
1%<br />
4%<br />
11%<br />
0%<br />
0%<br />
0%<br />
0%<br />
3%<br />
5%<br />
0%<br />
0%<br />
2%<br />
1%<br />
0%<br />
0%<br />
3%<br />
0%<br />
0%<br />
2% 1%<br />
1%<br />
0%<br />
0%<br />
1%<br />
1%<br />
0%<br />
0%<br />
12%<br />
Despesas Mensais<br />
Gráfico 1: Representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s Despesas Mensais <strong>da</strong> Empresa<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
2%<br />
0%<br />
46%<br />
Salários e Encargos Sociais<br />
Pró-Labore dos Titulares<br />
Agua e Esgoto<br />
Energia Elétrica<br />
Material <strong>de</strong> Escritório<br />
Correios e Malotes<br />
Seguros<br />
Viagens<br />
Manutenção e Conservação<br />
Depreciações<br />
Propagan<strong>da</strong> e Publici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Fretes e Carretos<br />
Combustiveis e Lubrificantes<br />
Despesas c/ Veiculos<br />
Dispendios c/ Alimentação<br />
Feiras/Congressos/Simposios/Cursos<br />
Telefone<br />
Alarme<br />
Sindicato Patro<strong>na</strong>l/Associação Classe<br />
Impostos e Taxas<br />
Jor<strong>na</strong>is, Revistas e Periódicos<br />
Crea<br />
Copa e Cozinha<br />
Juros<br />
Descontos Concedidos<br />
Multas<br />
Tarifas Bancarias<br />
Juros Vendor<br />
IOF<br />
IPTU<br />
IPVA<br />
Despesas Diversas<br />
Como se po<strong>de</strong> notar no gráfico anterior, a maior <strong>de</strong>spesa <strong>da</strong> empresa é com salários e<br />
encargos sociais, no valor <strong>de</strong> R$ 17.023,58, que equivale a 46,33% do total <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas,<br />
seguido <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas com pró-labore, no valor <strong>de</strong> R$ 4.296,00, equivalente a 11,69% do total<br />
<strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas. Depois disso, outra <strong>de</strong>spesa bastante significativa é a <strong>de</strong>preciação do Ativo<br />
Imobilizado, que representa 10,64% do total <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas seguido pela <strong>de</strong>spesa com veículos<br />
com 5,03%, combustíveis e lubrificantes com 4,21%, juros com 2,91%, telefone com 2,72%,<br />
material <strong>de</strong> escritório com 2,05%, IPVA com 1,86%, <strong>de</strong>pois manutenção e conservação com<br />
1,64%, tarifa bancaria com 1,47%, <strong>de</strong>scontos concedidos com 1,29%, Juros vendor com<br />
1,11%, Propagan<strong>da</strong> e publici<strong>da</strong><strong>de</strong> com 1,08%, energia elétrica com 1,05%, fretes e carretos<br />
61
0,75%, viagens 0,65%, sindicato patro<strong>na</strong>l e associação classe 0,48%, IOF 0,43%, IPTU<br />
0,41%, seguros 0,39%, impostos e taxas 0,38%, alarme 0,35%, <strong>de</strong>spesas diversas 0,29%,<br />
dispêndios com alimentação 0,20%, água e esgoto 0,16%, feiras/congressos/simpósios/cursos<br />
0,15%, correios e malotes 0,10%, CREA 0,06%, copa e cozinha 0,05%, jor<strong>na</strong>is/revistas e<br />
periódicos com 0,04% e a menor, multas com 0,02%.<br />
3.3.4 Faturamento Mensal dos Produtos em Estudo<br />
O faturamento mensal dos produtos estu<strong>da</strong>dos se dá mediante ao preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong><br />
unitário multiplicado pela quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> média vendi<strong>da</strong> por mês <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> produto, o que resultou<br />
<strong>na</strong> receita mensal unitária <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> produto, que somados trazem a receita total obti<strong>da</strong> através<br />
<strong>da</strong> ven<strong>da</strong> dos produtos estu<strong>da</strong>dos. A seguir apresenta-se o quadro que representa o<br />
faturamento médio mensal <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> produto em estudo:<br />
Quadro 18: Faturamento médio dos produtos estu<strong>da</strong>dos<br />
Produtos<br />
Preço <strong>de</strong><br />
Ven<strong>da</strong><br />
Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Vendi<strong>da</strong><br />
Receita Total<br />
05.20.20 - Fertilizante R$ 920,00 19 R$ 17.786,67<br />
08.16.16 - Fertilizante R$ 854,00 8 R$ 6.405,00<br />
10.20.10 - Fertilizante R$ 890,00 16 R$ 13.943,33<br />
18.46.00 - Fertilizante R$ 1.120,00 14 R$ 15.680,00<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> R$ 22,60 19 R$ 433,17<br />
Break Thru - Espalhante A<strong>de</strong>sivo R$ 69,60 27 R$ 1.890,80<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> R$ 19,40 410 R$ 7.954,00<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho R$ 315,00 15 R$ 4.620,00<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja R$ 44,00 150 R$ 6.600,00<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar R$ 4.700,00 1 R$ 3.916,67<br />
Kristalon Amarelo-Fertilizante Foliar R$ 6.700,00 1 R$ 4.466,67<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> R$ 83,60 64 R$ 5.364,33<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> R$ 70,00 974 R$ 68.191,67<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> R$ 27,00 32 R$ 855,00<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> R$ 7,25 28 R$ 199,38<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> R$ 13,20 268 R$ 3.542,00<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> R$ 12,80 107 R$ 1.369,60<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> R$ 339,00 37 R$ 12.486,50<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> R$ 5,65 1.867 R$ 10.546,67<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> R$ 22,80 89 R$ 2.025,40<br />
Total médio vendidos dos produtos R$ 188.276,84<br />
Faturamento total <strong>da</strong> empresa R$ 381.346,35<br />
Representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos produtos em estudo sobre o faturamento 49,37<br />
Despesas totais <strong>da</strong> loja R$ 36.744,28<br />
Despesas referentes aos produtos em estudo R$ 18.141,24<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
62
O faturamento total mensal <strong>de</strong> todos os produtos <strong>da</strong> empresa é <strong>de</strong> R$ 381.276,84, e o<br />
faturamento mensal dos produtos em estudo é <strong>de</strong> R$ 188.276,84. Com isso, a<br />
representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos produtos em estudo é <strong>de</strong> 49,37% do seu total. Da mesma forma as<br />
<strong>de</strong>spesas totais somaram em R$ 36.744,28, que relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s somente aos produtos em estudo,<br />
equivalem a R$ 18.141,24.<br />
Para uma melhor visualização <strong>da</strong> representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> do faturamento proporcio<strong>na</strong>do por<br />
ca<strong>da</strong> produto, segue o gráfico on<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstra a representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> receita por produto em<br />
relação ao seu total.<br />
0%<br />
2%<br />
0%<br />
1%<br />
36%<br />
7%<br />
6%<br />
1%<br />
Receita Total Por Produto<br />
9%<br />
2%<br />
2%<br />
Gráfico 2: Faturamento médio dos produtos estu<strong>da</strong>dos<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
3%<br />
3%<br />
4%<br />
2%<br />
7%<br />
4%<br />
8%<br />
0%<br />
1%<br />
05.20.20 - Fertilizante<br />
08.16.16 - Fertilizante<br />
10.20.10 - Fertilizante<br />
18.46.00 - Fertilizante<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong><br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong><br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong><br />
Opera - Fungici<strong>da</strong><br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong><br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong><br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong><br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong><br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
63
Como se po<strong>de</strong> notar a partir do gráfico anterior, o produto <strong>de</strong> maior receita bruta é o<br />
fungici<strong>da</strong> Opera, que equivale a R$ 68.191,67 do faturamento total dos produtos em estudo.<br />
3.4.1 Total <strong>da</strong>s Despesas Mensais Proporcio<strong>na</strong>is aos Produtos em Estudo<br />
Para um melhor entendimento do calculo <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas mensais proporcio<strong>na</strong>is aos<br />
produtos em estudo mostrado anteriormente no quadro 23, segue um <strong>de</strong>monstrativo do<br />
calculo realizado:<br />
Total do faturamento mensal <strong>da</strong> empresa: R$ 381.346,35<br />
Total do faturamento dos produtos em estudo: R$ 188.276,84<br />
Faturamento mensal: ............................381.346,35 – 100%<br />
Faturamento produtos em estudo: ........188.276,84 – 49,37%<br />
Ou seja:<br />
188,276,84x100 = 49,37<br />
381.346,35<br />
Então, o percentual do faturamento dos produtos em estudo é 49,37%. Então, o valor<br />
<strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas mensais referentes aos produtos em estudo é igual ao valor <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas totais<br />
do mês multiplicado pelo percentual equivalente aos produtos em estudo: 36.744,28 x 49,37%<br />
= 17.941,30. Com isso, o valor <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas fixas mensais que correspon<strong>de</strong> ao percentual dos<br />
produtos em estudo é R$ 18.141,24.<br />
3.4 Cálculo do Mark-up<br />
O Mark-up foi calculado com a fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>na</strong>lisar o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado pelo<br />
preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo, o qual traz um preço que englobe os impostos <strong>da</strong> empresa, as<br />
<strong>de</strong>spesas operacio<strong>na</strong>is, e ain<strong>da</strong> a margem <strong>de</strong> lucro espera<strong>da</strong> para ca<strong>da</strong> produto.<br />
Com isso, foi elaborado o quadro a seguir, com o objetivo <strong>de</strong> chegar a um Mark-up<br />
para <strong>de</strong>pois ser possível chegar a um preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo:<br />
64
Quadro 19: Cálculo do Mark-up <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> mercadoria<br />
Produtos<br />
Fatores (<br />
Preço <strong>de</strong><br />
Ven<strong>da</strong>)<br />
PIS/<br />
COFINS<br />
/CS/IRPJ<br />
/ICMS<br />
% Despesas<br />
Gerais<br />
65<br />
Margem <strong>de</strong><br />
Lucro<br />
05.20.20 – Fertilizante 100 0 9,64 7<br />
08.16.16 – Fertilizante 100 0 9,64 7<br />
10.20.10 – Fertilizante 100 0 9,64 7<br />
18.46.00 – Fertilizante 100 0 9,64 7<br />
Alterne – Fungici<strong>da</strong> 100 0 9,64 12<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 100 0 9,64 20<br />
Clorin – Herbici<strong>da</strong> 100 0 9,64 10<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 100 0 9,64 15<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 100 0 9,64 14<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 100 0 9,64 35<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 100 0 9,64 35<br />
Nomolt – Insetici<strong>da</strong> 100 0 9,64 13<br />
Opera – Fungici<strong>da</strong> 100 0 9,64 12<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 – Insetici<strong>da</strong> 100 0 9,64 20<br />
Primatop – Herbici<strong>da</strong> 100 0 9,64 8<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 100 0 9,64 8<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> 100 0 9,64 8<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 100 0 9,64 10<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 100 0 9,64 10<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 100 0 9,64 12<br />
Produtos<br />
Descontos p/<br />
negociação<br />
Soma (100 -<br />
DVV - ML)<br />
Mark-up<br />
Divisor<br />
Mark-up<br />
Multiplicador<br />
05.20.20 - Fertilizante 5 78,36 0,7836 1,2761<br />
08.16.16 - Fertilizante 5 78,36 0,7836 1,2761<br />
10.20.10 - Fertilizante 5 78,36 0,7836 1,2761<br />
18.46.00 - Fertilizante 5 78,36 0,7836 1,2761<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> 5 73,36 0,7336 1,3631<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 5 65,36 0,6536 1,5299<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> 5 75,36 0,7536 1,3269<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 5 70,36 0,7036 1,4212<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 5 71,36 0,7136 1,4013<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 5 50,36 0,5036 1,9855<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 5 50,36 0,5036 1,9855<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 5 72,36 0,7236 1,3819<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 5 73,36 0,7336 1,3631<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 5 65,36 0,6536 1,5299<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 5 77,36 0,7736 1,2926<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 5 77,36 0,7736 1,2926<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> 5 77,36 0,7736 1,2926<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 5 75,36 0,7536 1,3269<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 5 75,36 0,7536 1,3269<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 5 73,36 0,7336 1,3631<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.
Para o calculo do Mark-up são consi<strong>de</strong>rados alguns fatores que influenciam no preço<br />
<strong>de</strong> ven<strong>da</strong>. O preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> é consi<strong>de</strong>rado como equivalente a 100%, e, no caso <strong>da</strong> Comercial<br />
<strong>de</strong> Produtos Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong> não haverá impostos, pois <strong>de</strong> acordo com o Artigo 1° <strong>da</strong><br />
Lei 10.925/2004 PIS e COFINS possuem alíquota zero para insumos agrícolas, e como a<br />
empresa pertence ao lucro real, o IRPJ e a Contribuição Social não são calculados sobre o<br />
faturamento, e sim <strong>de</strong>pois sobre o lucro do período. Depois, as <strong>de</strong>spesas que já haviam sido<br />
calcula<strong>da</strong>s que representam 9,64% do total do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>, a margem <strong>de</strong> lucro individual<br />
para ca<strong>da</strong> produto e ain<strong>da</strong> um <strong>de</strong>sconto para negociações <strong>de</strong> 5%. Depois <strong>de</strong> calculados estes<br />
percentuais é possível chegar ao Mark-up divisor e ao Mark-up multiplicador para o preço <strong>de</strong><br />
ven<strong>da</strong> orientativo.<br />
A seguir, está apresentado um quadro on<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstra o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo<br />
encontrado a partir do Mark-up calculado anteriormente:<br />
Quadro 20: Preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo<br />
Produtos<br />
Custo <strong>de</strong><br />
aquisição<br />
unitário<br />
Mark-up<br />
(divisor ou<br />
multiplicador)<br />
Preço<br />
Ven<strong>da</strong><br />
Orientativo<br />
Preço <strong>de</strong><br />
Ven<strong>da</strong><br />
Praticado<br />
66<br />
Diferenças<br />
entre<br />
preços<br />
05.20.20 - Fertilizante 730,00 1,27 930,28 920,00 (10,28)<br />
08.16.16 - Fertilizante 652,00 1,27 830,88 854,00 23,12<br />
10.20.10 - Fertilizante 652,00 1,27 830,88 890,00 59,12<br />
18.46.00 - Fertilizante 1.022,00 1,27 1.302,40 1.120,00 (182,40)<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> 25,30 1,36 34,44 22,60 (11,84)<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 68,87 1,53 105,19 69,60 (35,59)<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> 21,02 1,33 27,85 19,40 (8,45)<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 248,13 1,42 352,10 315,00 (37,10)<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 39,00 1,40 54,57 44,00 (10,57)<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 2.296,00 1,98 4.549,17 4.700,00 150,83<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 3.170,00 1,98 6.280,86 6.700,00 419,14<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 73,51 1,38 101,43 83,60 (17,83)<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 60,08 1,36 81,77 70,00 (11,77)<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 18,90 1,53 28,87 27,00 (1,87)<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 6,16 1,29 7,95 7,25 (0,70)<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 12,05 1,29 15,55 13,20 (2,35)<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> 12,20 1,29 15,75 12,80 (2,95)<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 308,80 1,33 409,16 339,00 (70,16)<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 5,26 1,33 6,97 5,65 (1,32)<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 20,96 1,36 28,53 22,80 (5,73)<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa
No quadro anterior foi possível calcular o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo multiplicando o<br />
custo <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> produto pelo Mark-up encontrado anteriormente. Com isso foi<br />
possível fazer uma comparação entre o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado atualmente pela empresa e o<br />
preço orientativo, que seria o preço i<strong>de</strong>al para cobrir to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>spesas, impostos e ain<strong>da</strong> gerar<br />
o lucro esperado pela empresa. Como po<strong>de</strong>-se notar a maioria dos preços <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticados<br />
estão abaixo dos preços <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativos, o que quer dizer que estes produtos não estão<br />
cobrindo todos os fatores que estão sendo consi<strong>de</strong>rados ou ain<strong>da</strong> não estão trazendo o lucro<br />
<strong>de</strong>sejado pela empresa. Ape<strong>na</strong>s quatro fertilizantes ficam com o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado<br />
acima do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo, indicando que estão cobrindo todos os impostos,<br />
<strong>de</strong>spesas, possíveis <strong>de</strong>scontos para negociação e ain<strong>da</strong> trazendo um lucro maior que o<br />
<strong>de</strong>sejado pela empresa.<br />
Com isso, foi elaborado um quadro on<strong>de</strong> <strong>de</strong>monstra o cálculo do Mark-up para o preço<br />
<strong>de</strong> ven<strong>da</strong> mínimo, ou seja, o menor preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> que a empresa po<strong>de</strong> chegar para não ter<br />
prejuízos e po<strong>de</strong>r pagar ao menos suas <strong>de</strong>spesas.<br />
Quadro 21: Cálculo do Mark-up para o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> mínimo<br />
Produtos<br />
Fatores<br />
( Preço <strong>de</strong><br />
Ven<strong>da</strong>)<br />
PIS/<br />
COFINS<br />
/CS/IRPJ<br />
/ICMS<br />
%<br />
Despesas<br />
Gerais<br />
05.20.20 - Fertilizante 100 0 9,64<br />
08.16.16 - Fertilizante 100 0 9,64<br />
10.20.10 - Fertilizante 100 0 9,64<br />
18.46.00 - Fertilizante 100 0 9,64<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> 100 0 9,64<br />
Break Thru - Espalhante A<strong>de</strong>sivo 100 0 9,64<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> 100 0 9,64<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 100 0 9,64<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 100 0 9,64<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 100 0 9,64<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 100 0 9,64<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 100 0 9,64<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 100 0 9,64<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 100 0 9,64<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 100 0 9,64<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 100 0 9,64<br />
Margem <strong>de</strong><br />
Lucro<br />
67
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> 100 0 9,64<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 100 0 9,64<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 100 0 9,64<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 100 0 9,64<br />
Produtos<br />
Descontos<br />
p/<br />
negociação<br />
Soma (100<br />
- DVV -<br />
ML)<br />
Mark-up<br />
Divisor<br />
68<br />
Mark-up<br />
Multiplicador<br />
05.20.20 - Fertilizante 90,36 0,9036 1,1066<br />
08.16.16 - Fertilizante 90,36 0,9036 1,1066<br />
10.20.10 - Fertilizante 90,36 0,9036 1,1066<br />
18.46.00 - Fertilizante 90,36 0,9036 1,1066<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> 90,36 0,9036 1,1066<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 90,36 0,9036 1,1066<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> 90,36 0,9036 1,1066<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 90,36 0,9036 1,1066<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 90,36 0,9036 1,1066<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 90,36 0,9036 1,1066<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 90,36 0,9036 1,1066<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 90,36 0,9036 1,1066<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 90,36 0,9036 1,1066<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 90,36 0,9036 1,1066<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 90,36 0,9036 1,1066<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 90,36 0,9036 1,1066<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> 90,36 0,9036 1,1066<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 90,36 0,9036 1,1066<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 90,36 0,9036 1,1066<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 90,36 0,9036 1,1066<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
Para o calculo do Mark-up para o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> mínimo foram consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s ape<strong>na</strong>s<br />
as <strong>de</strong>spesas mensais, sendo <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s a margem <strong>de</strong> lucro e a hipótese <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos para<br />
a negociação.<br />
Com isso, foi elaborado o quadro a seguir, que faz um comparativo entre o preço <strong>de</strong><br />
ven<strong>da</strong> praticado pela empresa, o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo já <strong>de</strong>monstrado anteriormente e o<br />
preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> mínimo, que seria o menor preço que a empresa po<strong>de</strong> oferecer para a ven<strong>da</strong>.
Quadro 22: PV Mínimo X PV Praticado X PV Orientativo<br />
Produtos<br />
Custo <strong>de</strong><br />
aquisição<br />
unitário<br />
Mark-up<br />
(divisor ou<br />
multiplicador)<br />
Preço <strong>de</strong><br />
ven<strong>da</strong><br />
minimo<br />
Preço <strong>de</strong><br />
Ven<strong>da</strong><br />
Praticado<br />
69<br />
Preço <strong>de</strong><br />
Ven<strong>da</strong><br />
Calculado<br />
(Orientativo)<br />
05.20.20 - Fertilizante R$ 730,00 1,11 R$ 807,84 R$ 920,00 R$ 931,54<br />
08.16.16 - Fertilizante R$ 652,00 1,11 R$ 721,52 R$ 854,00 R$ 832,01<br />
10.20.10 - Fertilizante R$ 652,00 1,11 R$ 721,52 R$ 890,00 R$ 832,01<br />
18.46.00 - Fertilizante R$ 1.022,00 1,11 R$ 1.130,97 R$ 1.120,00 R$ 1.304,16<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> R$ 25,30 1,11 R$ 28,00 R$ 22,60 R$ 34,49<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo R$ 68,87 1,11 R$ 76,21 R$ 69,60 R$ 105,36<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> R$ 21,02 1,11 R$ 23,26 R$ 19,40 R$ 27,89<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho R$ 248,13 1,11 R$ 274,59 R$ 315,00 R$ 352,63<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja R$ 39,00 1,11 R$ 43,16 R$ 44,00 R$ 54,65<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar R$ 2.296,00 1,11 R$ 2.540,82 R$ 4.700,00 R$ 4.558,76<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar R$ 3.170,00 1,11 R$ 3.508,01 R$ 6.700,00 R$ 6.294,10<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> R$ 73,51 1,11 R$ 81,35 R$ 83,60 R$ 101,58<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> R$ 60,08 1,11 R$ 66,49 R$ 70,00 R$ 81,89<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> R$ 18,90 1,11 R$ 20,92 R$ 27,00 R$ 28,91<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> R$ 6,16 1,11 R$ 6,82 R$ 7,25 R$ 7,96<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> R$ 12,05 1,11 R$ 13,33 R$ 13,20 R$ 15,58<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> R$ 12,20 1,11 R$ 13,50 R$ 12,80 R$ 15,77<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> R$ 308,80 1,11 R$ 341,73 R$ 339,00 R$ 409,74<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> R$ 5,26 1,11 R$ 5,82 R$ 5,65 R$ 6,98<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> R$ 20,96 1,11 R$ 23,19 R$ 22,80 R$ 28,57<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
Com este comparativo do quadro anterior é possível notar que muitos produtos estão<br />
sendo vendidos com um preço abaixo do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> mínimo, ou seja, estes são produtos<br />
que estão trazendo prejuízo para a empresa, pois não estão aju<strong>da</strong>ndo a pagar nem as <strong>de</strong>spesas<br />
mensais <strong>da</strong> empresa.<br />
3.5 Apuração <strong>da</strong> Margem <strong>de</strong> Contribuição <strong>da</strong>s Mercadorias em Estudo<br />
Com a apuração <strong>da</strong> margem <strong>de</strong> contribuição po<strong>de</strong>-se obter o montante que ca<strong>da</strong><br />
produto <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> resultado para a empresa, que se soma<strong>da</strong>s trazem a margem <strong>de</strong> contribuição<br />
total.<br />
O quadro a seguir <strong>de</strong>monstra a margem <strong>de</strong> contribuição unitária e total dos produtos<br />
em estudo, a partir do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado pela empresa:
Quadro 23: Margem <strong>de</strong> contribuição – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado<br />
Produtos<br />
Preço <strong>de</strong><br />
Ven<strong>da</strong><br />
Praticado<br />
Custo <strong>de</strong><br />
Compra<br />
Desconto<br />
p/<br />
negociação<br />
PIS/ COFINS<br />
/CS /IRPJ/<br />
ICMS<br />
05.20.20 - Fertilizante 920,00 730,00 46,00 -<br />
08.16.16 - Fertilizante 854,00 652,00 42,70 -<br />
10.20.10 - Fertilizante 890,00 652,00 44,50 -<br />
18.46.00 - Fertilizante 1.120,00 1.022,00 56,00 -<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> 22,60 25,30 1,13 -<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 69,60 68,87 3,48 -<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> 19,40 21,02 0,97 -<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 315,00 248,13 15,75 -<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 44,00 39,00 2,20 -<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 4.700,00 2.296,00 235,00 -<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 6.700,00 3.170,00 335,00 -<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 83,60 73,51 4,18 -<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 70,00 60,08 3,50 -<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 27,00 18,90 1,35 -<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 7,25 6,16 0,36 -<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 13,20 12,05 0,66 -<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> 12,80 12,20 0,64 -<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 339,00 308,80 16,95 -<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 5,65 5,26 0,28 -<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
Total<br />
22,80 20,96 1,14 -<br />
Produtos<br />
Resultado<br />
Liquido <strong>da</strong><br />
Mercadoria<br />
Margem<br />
Resultado Volume <strong>de</strong><br />
Contribuição<br />
em % Ven<strong>da</strong>s<br />
Total<br />
05.20.20 - Fertilizante 55,35 6,02 19 2.784,00<br />
08.16.16 - Fertilizante 77,01 9,02 8 1.194,75<br />
10.20.10 - Fertilizante 107,74 12,11 16 3.031,50<br />
18.46.00 - Fertilizante (65,92) (5,89) 14 588,00<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> (6,01) (26,58) 19 (73,41)<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo (9,46) (13,59) 27 (74,71)<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> (4,46) (22,99) 410 (1.061,90)<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 20,77 6,59 15 749,76<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja (1,44) (3,27) 150 420,00<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 1.716,14 36,51 1 1.807,50<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 2.549,43 38,05 1 2.130,00<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> (2,15) (2,57) 64 379,22<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> (0,32) (0,46) 974 6.254,15<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 4,15 15,36 32 213,75<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 0,03 0,40 28 20,01<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> (0,78) (5,92) 268 131,48<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> (1,27) (9,95) 107 (4,28)<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> (19,41) (5,73) 37 488,04<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> (0,44) (7,73) 1.867 200,67<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> (1,50) (6,57) 89 62,18<br />
Total 4144 19.240,72<br />
Fonte: <strong>da</strong>dos fornecidos pela empresa.<br />
Margem<br />
Contribuição<br />
Unitária<br />
144,00<br />
159,30<br />
193,50<br />
42,00<br />
(3,83)<br />
(2,75)<br />
(2,59)<br />
51,12<br />
2,80<br />
2.169,00<br />
3.195,00<br />
5,91<br />
6,42<br />
6,75<br />
0,73<br />
0,49<br />
(0,04)<br />
13,25<br />
0,11<br />
0,70<br />
70<br />
%<br />
Despesas<br />
Gerais<br />
88,65<br />
82,29<br />
85,76<br />
107,92<br />
2,18<br />
6,71<br />
1,87<br />
30,35<br />
4,24<br />
452,86<br />
645,57<br />
8,06<br />
6,74<br />
2,60<br />
0,70<br />
1,27<br />
1,23<br />
32,66<br />
0,54<br />
2,20<br />
Margem <strong>de</strong><br />
Contribuição em %<br />
14,47<br />
6,21<br />
15,76<br />
3,06<br />
(0,38)<br />
(0,39)<br />
(5,52)<br />
3,90<br />
2,18<br />
9,39<br />
11,07<br />
1,97<br />
32,50<br />
1,11<br />
0,10<br />
0,68<br />
(0,02)<br />
2,54<br />
1,04<br />
0,32<br />
100,00
Para calcular a margem <strong>de</strong> contribuição unitária se pega o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado<br />
pela empresa, menos o custo <strong>de</strong> compra e o <strong>de</strong>sconto para negociação. E para o cálculo <strong>da</strong><br />
margem <strong>de</strong> contribuição total <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> produto se multiplica a margem <strong>de</strong> contribuição unitária<br />
pela quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> vendi<strong>da</strong> <strong>de</strong> produtos. Com isso po<strong>de</strong>-se perceber que alguns produtos trazem<br />
uma margem <strong>de</strong> contribuição unitária negativa, mas se a<strong>na</strong>lisar a margem <strong>de</strong> contribuição<br />
total <strong>de</strong> todos os produtos estu<strong>da</strong>dos, ain<strong>da</strong> po<strong>de</strong>-se dizer que ela resulta em R$ 19.240,72.<br />
A seguir é apresentado o gráfico <strong>de</strong> margem <strong>de</strong> contribuição unitária <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> produto,<br />
a partir do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado pela empresa:<br />
Margem <strong>de</strong> Contribuição - Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> Praticado<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong><br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong><br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong><br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong><br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong><br />
Opera - Fungici<strong>da</strong><br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong><br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong><br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong><br />
18.46.00 - Fertilizante<br />
10.20.10 - Fertilizante<br />
08.16.16 - Fertilizante<br />
05.20.20 - Fertilizante<br />
(2.000,00) - 2.000,00 4.000,00 6.000,00 8.000,00<br />
Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> Praticado Margem <strong>de</strong> Contribuição Unitária<br />
Gráfico 3: Margem <strong>de</strong> contribuição unitária – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
71
Dos produtos em estudo o que mais <strong>de</strong>ixou margem <strong>de</strong> contribuição unitária foi o<br />
fertilizante foliar Kristalon Amarelo com R$ 3.195,00 <strong>de</strong> margem unitária, e em segui<strong>da</strong> o<br />
também fertilizante foliar Krista K, com margem unitária <strong>de</strong> R$ 2.169,00. E o produto com<br />
menor margem <strong>de</strong> contribuição foi o fungici<strong>da</strong> Alterne, que ficou com margem <strong>de</strong> R$ 3,83,<br />
negativa inclusive.<br />
Po<strong>de</strong>-se ressaltar ain<strong>da</strong> que muitos produtos possuem uma margem <strong>de</strong> contribuição<br />
unitária peque<strong>na</strong>, porém, <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> vendi<strong>da</strong> a margem <strong>de</strong> contribuição total<br />
po<strong>de</strong>, muitas vezes, ser maior que a margem <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor. O gráfico a seguir<br />
<strong>de</strong>monstra a margem <strong>de</strong> contribuição total pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado:<br />
Margem Contribuição Total - preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> Praticado<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong><br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong><br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong><br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong><br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong><br />
Opera - Fungici<strong>da</strong><br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong><br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong><br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong><br />
18.46.00 - Fertilizante<br />
10.20.10 - Fertilizante<br />
08.16.16 - Fertilizante<br />
05.20.20 - Fertilizante<br />
(2.000) (1.000) - 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000<br />
Margem Contribuição Total<br />
Gráfico 4: Margem <strong>de</strong> contribuição Total – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado<br />
Fonte: Dados conforme pesquisa.<br />
72
O gráfico <strong>da</strong> Margem <strong>de</strong> Contribuição Total dos produtos estu<strong>da</strong>dos <strong>de</strong>monstra que o<br />
fungici<strong>da</strong> Opera é o produto que mais se <strong>de</strong>staca entre todos, <strong>de</strong>ixando uma margem total <strong>de</strong><br />
R$ 6.254,15, seguido do 10.20.10 Fertilizante, com margem total <strong>de</strong> R$ 3.031,50. Já alguns<br />
produtos ficaram com margem negativa, como foi o caso do fungici<strong>da</strong> Alterne, do espalhante<br />
a<strong>de</strong>sivo Break Thru, do herbici<strong>da</strong> Clorin e do herbici<strong>da</strong> Roundup WG.<br />
O quadro a seguir <strong>de</strong>monstra a margem <strong>de</strong> contribuição unitária e total dos produtos<br />
em estudo, a partir do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo para a empresa:<br />
Quadro 24: Margem <strong>de</strong> Contribuição – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo<br />
Produtos<br />
05.20.20 - Fertilizante<br />
08.16.16 - Fertilizante<br />
10.20.10 - Fertilizante<br />
18.46.00 - Fertilizante<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong><br />
Break Thru - espalhante<br />
A<strong>de</strong>sivo<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong><br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong><br />
milho<br />
Don Mario 7.0I - Semente<br />
<strong>de</strong> Soja<br />
Krista - K - Fertilizante<br />
Foliar<br />
Kristalon Amarelo -<br />
Fertilizante Foliar<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong><br />
Opera - Fungici<strong>da</strong><br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong><br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong><br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong><br />
Preço <strong>de</strong><br />
Ven<strong>da</strong><br />
Calculado<br />
Custo <strong>de</strong><br />
Compra<br />
Desconto<br />
p/<br />
negociação<br />
931,54 730,00 46,58<br />
832,01 652,00 41,60<br />
832,01 652,00 41,60<br />
1.304,16 1.022,00 65,21<br />
34,49 25,30 1,72<br />
105,36 68,87 5,27<br />
27,89 21,02 1,39<br />
352,63 248,13 17,63<br />
54,65 39,00 2,73<br />
4.558,76 2.296,00 227,94<br />
6.294,10 3.170,00 314,71<br />
101,58 73,51 5,08<br />
81,89 60,08 4,09<br />
28,91 18,90 1,45<br />
7,96 6,16 0,40<br />
15,58 12,05 0,78<br />
15,77 12,20 0,79<br />
409,74 308,80 20,49<br />
PIS/<br />
COFINS<br />
/CS<br />
/IRPJ<br />
/ICMS<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Margem<br />
Contribuição<br />
Unitária<br />
% Despesas<br />
Gerais<br />
154,97 14,93<br />
138,41 13,34<br />
138,41 13,34<br />
216,95 20,90<br />
7,46 0,72<br />
31,22 3,01<br />
5,48 0,53<br />
86,87 8,37<br />
12,92 1,24<br />
2.034,82 196,06<br />
2.809,40 270,70<br />
22,99 2,22<br />
17,72 1,71<br />
8,57 0,83<br />
1,40 0,14<br />
2,75 0,26<br />
2,78 0,27<br />
73<br />
80,45 7,75
Stinger - Herbici<strong>da</strong><br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
Total<br />
Produtos<br />
05.20.20 - Fertilizante<br />
08.16.16 - Fertilizante<br />
10.20.10 - Fertilizante<br />
18.46.00 - Fertilizante<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong><br />
Break Thru - espalhante<br />
A<strong>de</strong>sivo<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong><br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong><br />
milho<br />
Don Mario 7.0I - Semente<br />
<strong>de</strong> Soja<br />
Krista - K - Fertilizante<br />
Foliar<br />
Kristalon Amarelo -<br />
Fertilizante Foliar<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong><br />
Opera - Fungici<strong>da</strong><br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong><br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong><br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong><br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong><br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
Resultado<br />
Liquido <strong>da</strong><br />
Mercadoria<br />
6,98 5,26 0,35<br />
28,57 20,96 1,43<br />
Resultado<br />
em %<br />
Volume <strong>de</strong><br />
Ven<strong>da</strong>s<br />
140,03 15,03 19<br />
125,07 15,03 8<br />
125,07 15,03 16<br />
196,05 15,03 14<br />
6,74 19,55 19<br />
28,22 26,78 27<br />
4,95 17,74 410<br />
78,50 22,26 15<br />
11,67 21,36 150<br />
1.838,76 40,33 1<br />
2.538,70 40,33 1<br />
20,78 20,45 64<br />
16,01 19,55 974<br />
7,74 26,78 32<br />
1,27 15,94 28<br />
2,48 15,94 268<br />
2,51 15,94 107<br />
72,70 17,74 37<br />
1,24 17,74 1867<br />
5,59 19,55 89<br />
-<br />
-<br />
Margem Contribuição<br />
Total<br />
1,37 0,13<br />
6,18 0,60<br />
74<br />
Margem <strong>de</strong><br />
Contribuição<br />
em %<br />
2.996,01 6,60<br />
1.038,06 2,29<br />
2.168,39 4,78<br />
3.037,33 6,69<br />
143,00 0,31<br />
848,27 1,87<br />
2.245,38 4,94<br />
1.274,14 2,81<br />
1.937,48 4,27<br />
1.695,68 3,73<br />
1.872,93 4,12<br />
1.475,43 3,25<br />
17.260,04 38,01<br />
271,35 0,60<br />
38,62 0,09<br />
737,06 1,62<br />
297,57 0,66<br />
2.963,40 6,53<br />
2.558,14 5,63<br />
549,09 1,21<br />
Total 4144 45.407,38 100,00<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
Os produtos com o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo <strong>de</strong>ixam uma margem <strong>de</strong> contribuição<br />
total <strong>de</strong> R$ 45.407,38, enquanto a margem <strong>de</strong> contribuição pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> pratica<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>ixa uma margem total <strong>de</strong> R$ 19.240,72, existindo uma diferença <strong>de</strong> R$ 26.166,66.
orientativo:<br />
O gráfico a seguir <strong>de</strong>monstra a margem <strong>de</strong> contribuição unitária pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong><br />
Margem <strong>de</strong> Contribuição - Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> Orientativo<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong><br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong><br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong><br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong><br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong><br />
Opera - Fungici<strong>da</strong><br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong><br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong><br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong><br />
18.46.00 - Fertilizante<br />
10.20.10 - Fertilizante<br />
08.16.16 - Fertilizante<br />
05.20.20 - Fertilizante<br />
- 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000<br />
Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> Orientativo Margem <strong>de</strong> Contribuição Unitária<br />
Gráfico 5: Margem <strong>de</strong> Contribuição Unitária – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
Pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo o produto com maior margem <strong>de</strong> contribuição unitária<br />
também é o fertilizante foliar Kristalon Amarelo, porém não existe nenhum produto margem<br />
negativa, pois a menor margem é do herbici<strong>da</strong> Stinger, com R$ 1,37 <strong>de</strong> margem, o que quer<br />
dizer que todos os produtos trazem algum lucro para a empresa.<br />
75
Margem <strong>de</strong> Contribuição Total - Preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> Orientativo<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong><br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong><br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong><br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong><br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong><br />
Opera - Fungici<strong>da</strong><br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong><br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong><br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong><br />
18.46.00 - Fertilizante<br />
10.20.10 - Fertilizante<br />
08.16.16 - Fertilizante<br />
05.20.20 - Fertilizante<br />
Margem <strong>de</strong> Contribuição Total<br />
- 5.000 10.000 15.000 20.000<br />
Gráfico 6: Margem <strong>de</strong> Contribuição Unitária Total – Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> Orientativo<br />
Fonte: Dados fornecidos peça empresa.<br />
Pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo, o fungici<strong>da</strong> Opera possui a maior margem <strong>de</strong><br />
contribuição, enquanto a menor fica por conta do herbici<strong>da</strong> Primatop.<br />
O quadro a seguir é um comparativo entre a margem <strong>de</strong> contribuição total calculado a<br />
partir do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado pela empresa e a margem <strong>de</strong> contribuição total calcula<strong>da</strong> a<br />
partir do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo:<br />
76
Quadro 25: MCT preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado versus MCT preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo<br />
Produtos<br />
MCT PV<br />
Empresa<br />
MCT PV<br />
Calculado<br />
05.20.20 - Fertilizante 2.784,00 2.996,01<br />
08.16.16 - Fertilizante 1.194,75 1.038,06<br />
10.20.10 - Fertilizante 3.031,50 2.168,39<br />
18.46.00 - Fertilizante 588,00 3.037,33<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> -73,41 143,00<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo -74,71 848,27<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> -1.061,90 2.245,38<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 749,76 1.274,14<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 420,00 1.937,48<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 1.807,50 1.695,68<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 2.130,00 1.872,93<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 379,22 1.475,43<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 6.254,15 17.260,04<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 213,75 271,35<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 20,01 38,62<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 131,48 737,06<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> -4,28 297,57<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 488,04 2.963,40<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 200,67 2.558,14<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 62,18 549,09<br />
Total 19.240,72 45.407,38<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
Conforme o quadro anterior, po<strong>de</strong>-se perceber que existe uma diferença muito gran<strong>de</strong><br />
entre o resultado <strong>da</strong> margem <strong>de</strong> contribuição total entre o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado e o preço<br />
<strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo. Po<strong>de</strong>-se notar também que pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado pela empresa<br />
existem alguns produtos que trazem uma margem <strong>de</strong> contribuição negativa, ou seja, estão<br />
<strong>da</strong>ndo prejuízo para a empresa.<br />
O gráfico a seguir mostra esta relação entre a Margem <strong>de</strong> Contribuição Total pelo<br />
preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado e a Margem <strong>de</strong> Contribuição Total pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> Orientativo:<br />
77
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja<br />
Relação MCT PV Praticado - PV Calculado<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo<br />
MCT PV Calculado<br />
MCT PV Empresa<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong><br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong><br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong><br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong><br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong><br />
Opera - Fungici<strong>da</strong><br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong><br />
Krista - K - Fertilizante Foliar<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong><br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong><br />
18.46.00 - Fertilizante<br />
10.20.10 - Fertilizante<br />
08.16.16 - Fertilizante<br />
05.20.20 - Fertilizante<br />
-5000,00 0,00 5000,00 10000,00 15000,00 20000,00<br />
Gráfico 7: Relação MCT preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado versus MCT preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
A partir do gráfico anterior po<strong>de</strong>-se notar que a gran<strong>de</strong> maioria dos produtos com<br />
margem <strong>de</strong> contribuição pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo está acima <strong>da</strong> margem <strong>de</strong><br />
contribuição dos produtos com preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado pela empresa.<br />
Ain<strong>da</strong> po<strong>de</strong>-se dizer sobre a margem <strong>de</strong> contribuição, que a margem <strong>de</strong> contribuição<br />
unitária e a margem <strong>de</strong> contribuição total dos produtos são diferentes. Sendo assim, não se<br />
po<strong>de</strong> tomar uma <strong>de</strong>cisão <strong>gerencial</strong> levando em consi<strong>de</strong>ração a margem <strong>de</strong> contribuição<br />
unitária, e sim pela margem <strong>de</strong> contribuição total, pois o volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s é <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>nte<br />
para este caso, pois levará ao resultado <strong>da</strong> empresa.<br />
78
3.6 Cálculo do Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio<br />
O ponto <strong>de</strong> equilíbrio é <strong>de</strong> suma importância para a empresa, pois ele acontece quando<br />
o seu resultado é nulo, ou seja, não há lucro e nem prejuízo, e através <strong>de</strong>le a empresa sabe o<br />
volume <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s necessário para cobrir as <strong>de</strong>spesas que a mesma obtém. Também i<strong>de</strong>ntifica<br />
o nível <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s a ser atingido para que a empresa obtenha o lucro <strong>de</strong>sejado. O quadro a<br />
seguir <strong>de</strong>monstra o ponto <strong>de</strong> equilíbrio a partir do preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado pela empresa:<br />
Quadro 26: Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado<br />
Produtos<br />
Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Vendi<strong>da</strong><br />
%<br />
Participação<br />
Ven<strong>da</strong>s<br />
79<br />
Margem Contribuição Unitária<br />
05.20.20 - Fertilizante 19 0,47% 144,00<br />
08.16.16 - Fertilizante 8 0,18% 159,30<br />
10.20.10 - Fertilizante 16 0,38% 193,50<br />
18.46.00 - Fertilizante 14 0,34% 42,00<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> 19 0,46% (3,83)<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 27 0,66% (2,75)<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> 410 9,89% (2,59)<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 15 0,35% 51,12<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 150 3,62% 2,80<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 1 0,02% 2.169,00<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 1 0,02% 3.195,00<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 64 1,55% 5,91<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 974 23,51% 6,42<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 32 0,76% 6,75<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 28 0,66% 0,73<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 268 6,47% 0,49<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> 107 2,58% (0,04)<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 37 0,89% 13,25<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 1.867 45,04% 0,11<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 89 2,14% 0,70<br />
Total 4.144 100,00%<br />
Produtos MC Média PE Total PE Unitário PE em R$<br />
05.20.20 - Fertilizante 0,6718 18 16.770,28<br />
08.16.16 - Fertilizante 0,2883 7 6.039,00<br />
10.20.10 - Fertilizante 0,7315 15 13.146,57<br />
18.46.00 - Fertilizante 0,1419 13 14.783,99<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> -0,0177 18 408,41<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo -0,0180 26 1.782,75<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> -0,2562 387 7.499,48<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 0,1809 14 4.356,00<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 0,1013 141 6.222,85<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 0,4362 1 3.692,86<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 0,5140 1 4.211,43<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 0,0915 60 5.057,80<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 1,5091 918 64.294,97
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 0,0516 30 806,14<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 0,0048 26 187,98<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 0,0317 253 3.339,60<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> -0,0010 101 1.291,34<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 0,1178 35 11.772,98<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 0,0484 1.760 9.944,00<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 0,0150 84 1.909,66<br />
Total 4,6428 3.907 3.907 177.518,09<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
Tendo presente que o ponto <strong>de</strong> equilíbrio é o nível <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> em que a receita total<br />
se iguala ao custo total e o lucro é igual a zero, observou-se que o ponto <strong>de</strong> equilíbrio total<br />
para os produtos estu<strong>da</strong>dos é igual a 3.907 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ou R$ 177.518,09. A seguir, apresenta-se<br />
o gráfico que <strong>de</strong>monstra o ponto <strong>de</strong> equilíbrio <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> produto estu<strong>da</strong>do, relacio<strong>na</strong>do à<br />
quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> vendi<strong>da</strong> no período:<br />
Ponto <strong>de</strong> Equilibrio - Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> Praticado<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong><br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong><br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong><br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong><br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong><br />
Opera - Fungici<strong>da</strong><br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong><br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong><br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong><br />
18.46.00 - Fertilizante<br />
10.20.10 - Fertilizante<br />
08.16.16 - Fertilizante<br />
05.20.20 - Fertilizante<br />
Gráfico 8: Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio – Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> Praticado<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
- 500 1.000 1.500 2.000<br />
Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> Vendi<strong>da</strong> PE Unitário<br />
80
A partir do gráfico do ponto <strong>de</strong> equilíbrio é possível dizer que todos os produtos<br />
possuem uma quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> vendi<strong>da</strong> maior que o ponto <strong>de</strong> equilíbrio. O quadro seguinte<br />
<strong>de</strong>monstra o ponto <strong>de</strong> equilíbrio calculado com base <strong>na</strong> margem <strong>de</strong> contribuição do preço <strong>de</strong><br />
ven<strong>da</strong> orientativo:<br />
Quadro 27: Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo<br />
Produtos<br />
Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Vendi<strong>da</strong><br />
%<br />
Participação<br />
Ven<strong>da</strong>s<br />
Margem Contribuição<br />
Unitária<br />
05.20.20 – Fertilizante 19 0,47% 154,97<br />
08.16.16 – Fertilizante 8 0,18% 138,41<br />
10.20.10 – Fertilizante 16 0,38% 138,41<br />
18.46.00 – Fertilizante 14 0,34% 216,95<br />
Alterne – Fungici<strong>da</strong> 19 0,46% 7,46<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 27 0,66% 31,22<br />
Clorin – Herbici<strong>da</strong> 410 9,89% 5,48<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 15 0,35% 86,87<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 150 3,62% 12,92<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 1 0,02% 2034,82<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 1 0,02% 2809,40<br />
Nomolt – Insetici<strong>da</strong> 64 1,55% 22,99<br />
Opera – Fungici<strong>da</strong> 974 23,51% 17,72<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 – Insetici<strong>da</strong> 32 0,76% 8,57<br />
Primatop – Herbici<strong>da</strong> 28 0,66% 1,40<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 268 6,47% 2,75<br />
Roundup WG – Herbici<strong>da</strong> 107 2,58% 2,78<br />
Stan<strong>da</strong>k – Insetici<strong>da</strong> 37 0,89% 80,45<br />
Stinger – Herbici<strong>da</strong> 1.867 45,04% 1,37<br />
Talcord – Insetici<strong>da</strong> 89 2,14% 6,18<br />
Total 4.144 100,00%<br />
Produtos MC Média PE Total PE Unitário PE em R$<br />
05.20.20 – Fertilizante 0,72 8 7.195,32<br />
08.16.16 – Fertilizante 0,25 3 2.493,04<br />
10.20.10 – Fertilizante 0,52 6 5.207,69<br />
18.46.00 – Fertilizante 0,73 6 7.294,57<br />
Alterne – Fungici<strong>da</strong> 0,03 8 264,07<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 0,20 11 1.143,57<br />
Clorin – Herbici<strong>da</strong> 0,54 164 4.568,67<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 0,31 6 2.066,32<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 0,47 60 3.275,02<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 0,41 0 1.517,77<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 0,45 0 1.676,42<br />
Nomolt – Insetici<strong>da</strong> 0,36 26 2.604,18<br />
Opera – Fungici<strong>da</strong> 4,16 389 31.872,58<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 – Insetici<strong>da</strong> 0,07 13 365,82<br />
Primatop – Herbici<strong>da</strong> 0,01 11 87,48<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 0,18 107 1.669,78<br />
Roundup WG – Herbici<strong>da</strong> 0,07 43 674,13<br />
Stan<strong>da</strong>k – Insetici<strong>da</strong> 0,72 15 6.029,64<br />
81
Stinger – Herbici<strong>da</strong> 0,62 746 5.205,06<br />
Talcord – Insetici<strong>da</strong> 0,13 35 1.013,96<br />
Total 10,96 1.656 1.656 86.225,09<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
De acordo com o quadro do ponto <strong>de</strong> equilíbrio calculado sobre a margem <strong>de</strong><br />
contribuição pelo preço orientativo, o ponto <strong>de</strong> equilíbrio total para os produtos estu<strong>da</strong>dos é<br />
igual a 1.656 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ou R$ 86.225,09.<br />
Sabendo que o ponto <strong>de</strong> equilíbrio é o nível <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> em que a receita total é<br />
equivalente ao custo total e o lucro é igual a zero, observou-se que o ponto <strong>de</strong> equilíbrio total<br />
calculado com base no preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo é menor que o ponto <strong>de</strong> equilíbrio com base<br />
no preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado pela empresa em 2.252 uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s. O gráfico a seguir, <strong>de</strong>monstra<br />
o ponto <strong>de</strong> equilíbrio calculado com o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo:<br />
Ponto <strong>de</strong> Equilibrio - PV Orientativo<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong><br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong><br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong><br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong><br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong><br />
Opera - Fungici<strong>da</strong><br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong><br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong><br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong><br />
18.46.00 - Fertilizante<br />
10.20.10 - Fertilizante<br />
08.16.16 - Fertilizante<br />
05.20.20 - Fertilizante<br />
Gráfico 9: Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio – Preço <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong> Orientativo<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
- 500 1.000 1.500 2.000<br />
Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> Vendi<strong>da</strong> PE Unitário<br />
82
Pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo, a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> vendi<strong>da</strong> fica sempre acima <strong>da</strong><br />
quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> necessária para atingir o ponto <strong>de</strong> equilíbrio, isso porque todos os produtos <strong>de</strong>ixam<br />
margem <strong>de</strong> contribuição positiva.<br />
3.7 Margem <strong>de</strong> Segurança Operacio<strong>na</strong>l<br />
O cálculo <strong>da</strong> margem <strong>de</strong> segurança operacio<strong>na</strong>l consiste <strong>na</strong> diferença entre a<br />
quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> efetivamente vendi<strong>da</strong> e a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> no ponto <strong>de</strong> equilíbrio. O quadro a seguir<br />
<strong>de</strong>monstram a margem <strong>de</strong> segurança operacio<strong>na</strong>l basea<strong>da</strong> no preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado pela<br />
empresa e no preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo, conforme margem <strong>de</strong> lucro estima<strong>da</strong> pela empresa.<br />
Quadro 28: Margem <strong>de</strong> Segurança Operacio<strong>na</strong>l – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado<br />
Produtos<br />
Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Vendi<strong>da</strong><br />
Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
no PE<br />
MSO em<br />
Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
MSO<br />
%<br />
05.20.20 - Fertilizante 19 18 1 5,71%<br />
08.16.16 - Fertilizante 8 7 0 5,71%<br />
10.20.10 - Fertilizante 16 15 1 5,71%<br />
18.46.00 - Fertilizante 14 13 1 5,71%<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> 19 18 1 5,71%<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 27 26 2 5,71%<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> 410 387 23 5,71%<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 15 14 1 5,71%<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 150 141 9 5,71%<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 1 1 0 5,71%<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 1 1 0 5,71%<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 64 60 4 5,71%<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 974 918 56 5,71%<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 32 30 2 5,71%<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 28 26 2 5,71%<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 268 253 15 5,71%<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> 107 101 6 5,71%<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 37 35 2 5,71%<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 1867 1760 107 5,71%<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 89 84 5 5,71%<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
83
Quadro 29: Margem <strong>de</strong> Segurança Operacio<strong>na</strong>l – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo<br />
Produtos<br />
Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Vendi<strong>da</strong><br />
Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
no PE<br />
MSO em<br />
Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
MSO %<br />
05.20.20 - Fertilizante 19 8 12 60,05%<br />
08.16.16 - Fertilizante 8 3 5 60,05%<br />
10.20.10 - Fertilizante 16 6 9 60,05%<br />
18.46.00 - Fertilizante 14 6 8 60,05%<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> 19 8 12 60,05%<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 27 11 16 60,05%<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> 410 164 246 60,05%<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 15 6 9 60,05%<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 150 60 90 60,05%<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 1 0 1 60,05%<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 1 0 0 60,05%<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 64 26 39 60,05%<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 974 389 585 60,05%<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 32 13 19 60,05%<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 28 11 17 60,05%<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 268 107 161 60,05%<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> 107 43 64 60,05%<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 37 15 22 60,05%<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 1867 746 1121 60,05%<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 89 35 53 60,05%<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
A margem <strong>de</strong> segurança operacio<strong>na</strong>l é <strong>de</strong> suma importância para a empresa, pois é<br />
uma ótima ferramenta que permite a<strong>na</strong>lisar o espaço em que a empresa po<strong>de</strong> atuar<br />
estrategicamente para tomar <strong>de</strong>cisões gerenciais.<br />
Com isso, <strong>na</strong> margem <strong>de</strong> segurança operacio<strong>na</strong>l é possível perceber a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s vendi<strong>da</strong>s além do ponto <strong>de</strong> equilíbrio <strong>da</strong> empresa, pois quanto maior a margem <strong>de</strong><br />
segurança, menor é a chance <strong>de</strong> prejuízo.<br />
Se forem compara<strong>da</strong>s a margem <strong>de</strong> segurança operacio<strong>na</strong>l com base no preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong><br />
praticado pela empresa e a margem <strong>de</strong> segurança com base no preço orientativo calculado,<br />
po<strong>de</strong>-se perceber que a margem <strong>de</strong> segurança pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo é muito maior<br />
que pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado, <strong>de</strong>vido ao ponto <strong>de</strong> equilíbrio pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong><br />
84
orientativo ser bem menor também, isso tudo ocorre em função <strong>de</strong> que todos os produtos<br />
apresentam margem <strong>de</strong> contribuição positiva, o que não esta acontecendo atualmente <strong>na</strong><br />
empresa.<br />
3.8 Apuração do Resultado dos Produtos em Estudo<br />
A <strong>de</strong>monstração do resultado foi projeta<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong>s informações produzi<strong>da</strong>s até<br />
aqui, com base sempre no preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado pela empresa e pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong><br />
orientativo que foi calculado.<br />
O quadro a seguir <strong>de</strong>monstra o resultado para os produtos estu<strong>da</strong>dos com base no<br />
preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado pela empresa:<br />
Quadro 30: Demonstração do Resultado – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado<br />
Produtos<br />
Receita Total<br />
- PV Mercado<br />
Custo <strong>de</strong><br />
Compra<br />
PIS/<br />
COFINS<br />
/CS/IRPJ<br />
/ICMS<br />
85<br />
Desconto<br />
p/<br />
negociação<br />
05.20.20 - Fertilizante 17.786,67 14.113,33 0,00 889,33<br />
08.16.16 - Fertilizante 6.405,00 4.890,00 0,00 320,25<br />
10.20.10 - Fertilizante 13.943,33 10.214,67 0,00 697,17<br />
18.46.00 - Fertilizante 15.680,00 14.308,00 0,00 784,00<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> 433,17 484,92 0,00 21,66<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 1.890,80 1.870,97 0,00 94,54<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> 7.954,00 8.618,20 0,00 397,70<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 4.620,00 3.639,24 0,00 231,00<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 6.600,00 5.850,00 0,00 330,00<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 3.916,67 1.913,33 0,00 195,83<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 4.466,67 2.113,33 0,00 223,33<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 5.364,33 4.716,89 0,00 268,22<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 68.191,67 58.527,93 0,00 3.409,58<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 855,00 598,50 0,00 42,75<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 199,38 169,40 0,00 9,97<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 3.542,00 3.233,42 0,00 177,10<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> 1.369,60 1.305,40 0,00 68,48<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 12.486,50 11.374,13 0,00 624,33<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 10.546,67 9.818,67 0,00 527,33<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 2.025,40 1.861,95 0,00 101,27<br />
Total 188.276,84 159.622,28 0,00 9.413,84
Produtos<br />
Margem <strong>de</strong><br />
Contribuição<br />
Total<br />
Despesas<br />
Gerais<br />
Lucro<br />
Líquido<br />
86<br />
%<br />
Margem<br />
<strong>de</strong> Lucro<br />
05.20.20 - Fertilizante 2.784,00 1.713,82 1.070,18 6,02<br />
08.16.16 - Fertilizante 1.194,75 617,15 577,60 9,02<br />
10.20.10 - Fertilizante 3.031,50 1.343,50 1.688,00 12,11<br />
18.46.00 - Fertilizante 588,00 1.510,83 -922,83 -5,89<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> -73,41 41,74 -115,15 -26,58<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo -74,71 182,19 -256,89 -13,59<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> -1.061,90 766,40 -1.828,30 -22,99<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 749,76 445,16 304,60 6,59<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 420,00 635,94 -215,94 -3,27<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 1.807,50 377,39 1.430,11 36,51<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 2.130,00 430,38 1.699,62 38,05<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 379,22 516,88 -137,65 -2,57<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 6.254,15 6.570,55 -316,40 -0,46<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 213,75 82,38 131,37 15,36<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 20,01 19,21 0,80 0,40<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 131,48 341,29 -209,80 -5,92<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> -4,28 131,97 -136,25 -9,95<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 488,04 1.203,13 -715,08 -5,73<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 200,67 1.016,21 -815,55 -7,73<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 62,18 195,16 -132,97 -6,57<br />
Total 19.240,72 18.141,24 1.099,48<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
Para se chegar a <strong>de</strong>monstração do resultado do exercício é preciso diminuir <strong>da</strong> receita<br />
o custo <strong>de</strong> compra, os impostos, <strong>de</strong>scontos <strong>da</strong>dos em negociações, para se chegar à margem<br />
<strong>de</strong> contribuição e <strong>de</strong>sta diminuir as <strong>de</strong>spesas gerais, chegando ao lucro liquido do período em<br />
estudo. No caso do resultado obtido através do calculo feito com base no preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong><br />
praticado pela empresa, o lucro liquido foi igual a R$ 1.099,48.<br />
estudo:<br />
A seguir, apresenta-se o gráfico que <strong>de</strong>monstra o lucro liquido <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> produto em
2%<br />
1%<br />
0%<br />
1%<br />
13%<br />
1%<br />
2%<br />
Lucro Líquido Por Produto - PV Praticado<br />
6%<br />
11%<br />
6%<br />
2%<br />
2%<br />
1%<br />
8%<br />
14%<br />
5%<br />
13%<br />
Gráfico 10: Demonstração do Resultado – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
7%<br />
1%<br />
2%<br />
05.20.20 - Fertilizante<br />
08.16.16 - Fertilizante<br />
10.20.10 - Fertilizante<br />
18.46.00 - Fertilizante<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong><br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong><br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong><br />
Opera - Fungici<strong>da</strong><br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong><br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong><br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong><br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong><br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
De acordo com o gráfico do lucro liquido por produto pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado, o<br />
produto que apresentou maior lucro foi o fertilizante foliar Kristalon Amarelo, com um<br />
resultado <strong>de</strong> R$ 1.699,62, ficando logo abaixo <strong>na</strong> classificação o fertilizante 10.20.10. Os<br />
produtos que menos trouxeram lucros para a empresa foram o herbici<strong>da</strong> Clorin, e o fertilizante<br />
18.46.00, que tiveram uma margem <strong>de</strong> contribuição negativa e, portanto <strong>de</strong>ram um resultado<br />
negativo, reduzindo assim o lucro <strong>da</strong> empresa.<br />
O quadro a seguir mostra a <strong>de</strong>monstração do resultado com base no preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong><br />
orientativo calculado para a empresa:<br />
87
Quadro 31: Demonstração do Resultado – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo<br />
Produtos<br />
Receita Total -<br />
PV Mercado<br />
Custo <strong>de</strong><br />
Compra<br />
PIS/<br />
COFINS<br />
/CS/IRPJ<br />
/ICMS<br />
88<br />
Desconto<br />
p/<br />
negociação<br />
05.20.20 - Fertilizante 18.009,83 14.113,33 0,00 900,49<br />
08.16.16 - Fertilizante 6.240,06 4.890,00 0,00 312,00<br />
10.20.10 - Fertilizante 13.034,80 10.214,67 0,00 651,74<br />
18.46.00 - Fertilizante 18.258,25 14.308,00 0,00 912,91<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> 660,97 484,92 0,00 33,05<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 2.862,36 1.870,97 0,00 143,12<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> 11.435,34 8.618,20 0,00 571,77<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 5.171,98 3.639,24 0,00 258,60<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 8.197,34 5.850,00 0,00 409,87<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 3.798,97 1.913,33 0,00 189,95<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 4.196,07 2.113,33 0,00 209,80<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 6.518,23 4.716,89 0,00 325,91<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 79.776,81 58.527,93 0,00 3.988,84<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 915,63 598,50 0,00 45,78<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 218,96 169,40 0,00 10,95<br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 4.179,45 3.233,42 0,00 208,97<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> 1.687,34 1.305,40 0,00 84,37<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 15.092,14 11.374,13 0,00 754,61<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 13.028,22 9.818,67 0,00 651,41<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 2.537,94 1.861,95 0,00 126,90<br />
Total 215.820,70 159.622,28 0,00 10.791,03<br />
Produtos<br />
Margem <strong>de</strong><br />
Contribuição<br />
Total<br />
Despesas<br />
Gerais<br />
Lucro<br />
Líquido<br />
% Margem<br />
<strong>de</strong> Lucro<br />
05.20.20 - Fertilizante 2.996,01 288,68 2.707,33 15<br />
08.16.16 - Fertilizante 1.038,06 100,02 938,04 15<br />
10.20.10 - Fertilizante 2.168,39 208,93 1.959,46 15<br />
18.46.00 - Fertilizante 3.037,33 292,66 2.744,67 15<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong> 143,00 13,78 129,22 20<br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo 848,27 81,73 766,54 27<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong> 2.245,38 216,35 2.029,03 18<br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho 1.274,14 122,77 1.151,37 22<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja 1.937,48 186,68 1.750,79 21<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar 1.695,68 163,39 1.532,30 40<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar 1.872,93 180,46 1.692,47 40<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong> 1.475,43 142,16 1.333,26 20<br />
Opera - Fungici<strong>da</strong> 17.260,04 1.663,08 15.596,96 20<br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong> 271,35 26,15 245,21 27<br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong> 38,62 3,72 34,89 16
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong> 737,06 71,02 666,04 16<br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong> 297,57 28,67 268,90 16<br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong> 2.963,40 285,54 2.677,87 18<br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong> 2.558,14 246,49 2.311,66 18<br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong> 549,09 52,91 496,19 20<br />
Total 45.407,38 4.375,19 41.032,20<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
No caso do resultado obtido através do calculo feito com base no preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong><br />
orientativo calculado para empresa, o lucro liquido foi igual a R$ 41.032,20.<br />
0%<br />
1%<br />
A seguir, o gráfico que <strong>de</strong>monstra o lucro liquido <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> produto em estudo:<br />
1%<br />
2%<br />
38%<br />
Lucro Líquido Por Produto - PV Orientativo<br />
7%<br />
6% 7%<br />
2%<br />
5%<br />
1% 05.20.20 - Fertilizante<br />
08.16.16 - Fertilizante<br />
10.20.10 - Fertilizante<br />
Gráfico 11: Demonstração do Resultado – preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
3%<br />
4%<br />
4%<br />
7%<br />
4%<br />
5%<br />
3%<br />
0%<br />
2%<br />
18.46.00 - Fertilizante<br />
Alterne - Fungici<strong>da</strong><br />
Break Thru - espalhante A<strong>de</strong>sivo<br />
Clorin - Herbici<strong>da</strong><br />
DKB240YG - Semente <strong>de</strong> milho<br />
Don Mario 7.0I - Semente <strong>de</strong> Soja<br />
Krista - K - Fertilizante Foliar<br />
Kristalon Amarelo - Fertilizante Foliar<br />
Nomolt - Insetici<strong>da</strong><br />
Opera - Fungici<strong>da</strong><br />
Permetri<strong>na</strong> 384 - Insetici<strong>da</strong><br />
Primatop - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup Ultra - Herbici<strong>da</strong><br />
Roundup WG - Herbici<strong>da</strong><br />
Stan<strong>da</strong>k - Insetici<strong>da</strong><br />
Stinger - Herbici<strong>da</strong><br />
Talcord - Insetici<strong>da</strong><br />
89
Quanto ao resultado com base no preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo, po<strong>de</strong>-se dizer que o<br />
produto com maior lucro líquido seria o fungici<strong>da</strong> Opera, com um resultado <strong>de</strong> R$ 15.596,96,<br />
seguido do fertilizante 18.46.00, com resultado <strong>de</strong> R$ 2.744,67, que inclusive é um dos<br />
produtos que mais está <strong>da</strong>ndo prejuízo pelo preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado.<br />
3.9 Análise <strong>de</strong> balanços<br />
A análise vertical <strong>de</strong> balanços permite evi<strong>de</strong>nciar, em percentagem, a composição <strong>da</strong><br />
estrutura dos ativos e <strong>da</strong>s fontes dos capitais, enquanto a análise horizontal <strong>de</strong> balanços<br />
<strong>de</strong>monstra a evolução <strong>da</strong>s contas ao longo <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> anos ou meses. Assim, foram<br />
a<strong>na</strong>lisados vertical e horizontalmente os balanços patrimoniais <strong>da</strong> Comercial <strong>de</strong> Produtos<br />
Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong> referente aos anos <strong>de</strong> 2007, 2008 e 2009.<br />
3.9.1 A<strong>na</strong>lise vertical<br />
Os valores do Balanço Patrimonial estão atualizados pela inflação do período. medido<br />
pelo IGPM médio <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Getulio Vargas.<br />
O Ativo Circulante <strong>da</strong> empresa Comercial <strong>de</strong> Produtos Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong> no ano<br />
<strong>de</strong> 2007 representava 81,83%, passando para 89,14% no ano 2008 e diminuindo para 86,86%<br />
no ano 2009, do total do respectivo Ativo. O Ativo Não Circulante representava 18,17% no<br />
primeiro ano, diminuindo para 10,86% no segundo e aumentando novamente para 13,14% no<br />
terceiro ano, <strong>de</strong>ixando para o Ativo Circulante o maior volume <strong>de</strong> aplicações.<br />
Quanto às fontes, observa-se que o Passivo Circulante representava 40,24% no ano <strong>de</strong><br />
2007, aumentando significativamente para 97,84% em 2008 e para 97,91% em 2009 <strong>de</strong>vido<br />
ao aumento <strong>da</strong> conta Lucros a Distribuir, on<strong>de</strong> foi optado pelos seus sócios em distribuir todo<br />
o lucro gerado a partir do resultado <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> Exercício. Observa-se também que a empresa não<br />
possui um Passivo Não Circulante, ou seja, não precisou recorrer a divi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> longo prazo.<br />
Quanto ao Patrimônio Liquido, no ano 2007 representava 59,76% do total <strong>da</strong>s<br />
Origens, enquanto o ano <strong>de</strong> 2008 representou 2,16% e o ano <strong>de</strong> 2009 2,09%, diferença<br />
novamente <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> a contas <strong>de</strong> Lucros a Distribuir, on<strong>de</strong> todo o Lucro Acumulado do grupo do<br />
90
Patrimônio Liquido foi transferido para esta conta do Passivo, evi<strong>de</strong>nciando a predominância<br />
dos capitais <strong>de</strong> terceiros sobre os capitais próprios <strong>da</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>, situação <strong>de</strong>sfavorável, ao<br />
menos momentaneamente á situação fi<strong>na</strong>nceira <strong>da</strong> empresa.<br />
Quadro 32: Balanço Patrimonial Atualizado para a Análise Vertical<br />
ANÁLISE COMPARATIVA DO BALANÇO PATRIMONIAL - VERTICAL<br />
DA EMPRESA COMERCIAL DE PRODUTOS AGRICOLAS TERRA VERDE<br />
Exercicio 2007 2008 2009 2008-2007 2009-2008<br />
ATIVO 100,00<br />
CIRCULANTE 81,83<br />
Disponivel 6,34<br />
Caixa 0,36<br />
Caixa 0,36<br />
Banco Conta Movimento 5,98<br />
Bancos 5,98<br />
Direitos Realizaveis a Curto Prazo 75,48<br />
Clientes Nacio<strong>na</strong>is 24,62<br />
Clientes Diversos 24,62<br />
Creditos Diversos 20,09<br />
Cheques Pre Datados 13,18<br />
Tributos e Contribuições a Compensar 3,84<br />
Adiantamento a Fornecedores 3,07<br />
Estoques 30,77<br />
Mercadorias 30,77<br />
NÃO CIRCULANTE 18,17<br />
Investimentos 0,02<br />
Participações Societarias 0,02<br />
Integralização <strong>de</strong> Capital 0,02<br />
Imobilizado 18,15<br />
Bens e Direitos em Uso 22,29<br />
Bens e Direitos 22,29<br />
Depreciação Acumula<strong>da</strong> (4,14)<br />
(-) Depreciação Bens e Direitos em Uso (4,14)<br />
TOTAL DAS APLICAÇÕES 100,00<br />
PASSIVO 40,24<br />
CIRCULANTE 40,24<br />
Obrigações Trabalhistas 0,19<br />
Folha <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Empregados -<br />
Salarios a Pagar -<br />
Em n° Índice Em n° Índice Em n° Índice Em n° Índice Em n° Índice<br />
100,00<br />
89,14<br />
5,38<br />
4,92<br />
4,92<br />
0,46<br />
0,46<br />
83,77<br />
20,18<br />
20,18<br />
39,29<br />
20,68<br />
3,32<br />
15,30<br />
24,30<br />
24,30<br />
10,86<br />
0,02<br />
0,02<br />
0,02<br />
10,84<br />
15,53<br />
15,53<br />
(4,69)<br />
(4,69)<br />
100,00<br />
97,84<br />
97,84<br />
0,16<br />
-<br />
-<br />
100,00<br />
86,86<br />
10,15<br />
0,31<br />
0,31<br />
9,84<br />
9,84<br />
76,70<br />
25,10<br />
25,10<br />
22,50<br />
16,58<br />
3,41<br />
2,50<br />
29,11<br />
29,11<br />
13,14<br />
0,02<br />
0,02<br />
0,02<br />
13,12<br />
19,12<br />
19,12<br />
(6,00)<br />
(6,00)<br />
100,00<br />
97,91<br />
97,91<br />
0,27<br />
0,06<br />
0,06<br />
-<br />
7,32<br />
(0,97)<br />
4,56<br />
4,56<br />
(5,53)<br />
(5,53)<br />
8,28<br />
(4,44)<br />
(4,44)<br />
19,20<br />
7,50<br />
(0,52)<br />
12,22<br />
(6,47)<br />
(6,47)<br />
(7,32)<br />
(0,01)<br />
(0,01)<br />
(0,01)<br />
(7,31)<br />
(6,76)<br />
(6,76)<br />
(0,55)<br />
(0,55)<br />
-<br />
57,60<br />
57,60<br />
(0,03)<br />
-<br />
-<br />
-<br />
91<br />
(2,28)<br />
4,78<br />
(4,61)<br />
(4,61)<br />
9,39<br />
9,39<br />
(7,06)<br />
4,92<br />
4,92<br />
(16,80)<br />
(4,10)<br />
0,10<br />
(12,79)<br />
4,81<br />
4,81<br />
2,28<br />
0,00<br />
0,00<br />
0,00<br />
2,28<br />
3,59<br />
3,59<br />
(1,31)<br />
(1,31)<br />
-<br />
0,06<br />
0,06<br />
0,11<br />
0,06<br />
0,06
Folha <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Autonomos -<br />
Rendimentos a Pagar -<br />
Folha <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Dirigentes -<br />
Pró-Labore a Pagar -<br />
Encargos Sociais a Pagar 0,19<br />
INSS a Recolher 0,16<br />
FGTS a Recolher 0,02<br />
Contribuições a Sindicatos a Recolher -<br />
Obrigações Tributárias 1,20<br />
Impostos Retidos a Recolher 0,00<br />
IRRF a Recolher - PJ 0,00<br />
Impostos e Contribuições Sobre o Lucro 1,19<br />
IRPJ a Pagar 0,80<br />
Contribuição Social a Pagar 0,39<br />
Impostos e Contribuições Sobre a Receita 0,00<br />
ICMS a Pagar -<br />
COFINS a Pagar -<br />
PIS a Pagar -<br />
ISSQN a Pagar 0,00<br />
Contas a Pagar 38,86<br />
Demais Contas a Pagar 38,86<br />
Honorarios a Pagar 0,06<br />
Lucros a Distribuir -<br />
Adiantamento <strong>de</strong> Clientes 0,47<br />
Fornecedores Nacio<strong>na</strong>is 36,11<br />
Emprestimos e Fi<strong>na</strong>nciamentos 1,85<br />
Parcelamento <strong>de</strong> Tributos 0,38<br />
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 59,76<br />
Capital 2,94<br />
Capital Social 2,94<br />
Capital Social 2,94<br />
Resultado do Exercicio 56,82<br />
Lucros ou Prejuízos Acumulados 56,82<br />
Lucros ou Prejuizos Acumulados 56,82<br />
TOTAL DAS ORIGENS 100,00<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
3.9.2 Análise horizontal<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0,16<br />
0,14<br />
0,02<br />
-<br />
3,49<br />
0,01<br />
0,01<br />
3,48<br />
2,45<br />
1,04<br />
0,00<br />
0,00<br />
-<br />
-<br />
0,00<br />
94,19<br />
94,19<br />
0,05<br />
52,57<br />
3,73<br />
37,81<br />
-<br />
0,03<br />
-<br />
2,16<br />
2,16<br />
2,16<br />
2,16<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
100,00<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
0,22<br />
0,18<br />
0,04<br />
-<br />
0,58<br />
0,00<br />
0,00<br />
0,57<br />
0,36<br />
0,21<br />
0,01<br />
0,00<br />
-<br />
-<br />
0,00<br />
97,05<br />
97,05<br />
0,05<br />
54,65<br />
3,17<br />
39,18<br />
-<br />
-<br />
-<br />
2,09<br />
2,09<br />
2,09<br />
2,09<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
100,00<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
(0,03)<br />
(0,02)<br />
(0,00)<br />
-<br />
2,30<br />
0,00<br />
0,00<br />
2,29<br />
1,65<br />
0,64<br />
0,00<br />
0,00<br />
-<br />
-<br />
0,00<br />
55,33<br />
55,33<br />
(0,01)<br />
52,57<br />
3,26<br />
1,70<br />
(1,85)<br />
(0,35)<br />
(57,60)<br />
(0,78)<br />
(0,78)<br />
(0,78)<br />
(56,82)<br />
(56,82)<br />
(56,82)<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
92<br />
0,06<br />
0,04<br />
0,02<br />
-<br />
(2,91)<br />
(0,00)<br />
(0,00)<br />
(2,91)<br />
(2,08)<br />
(0,83)<br />
0,00<br />
0,00<br />
-<br />
-<br />
(0,00)<br />
2,86<br />
2,86<br />
0,01<br />
2,08<br />
(0,57)<br />
1,37<br />
-<br />
(0,03)<br />
(0,06)<br />
(0,06)<br />
(0,06)<br />
(0,06)<br />
Os valores do Balanço Patrimonial estão atualizados pela inflação do período. medido<br />
pelo IGPM médio <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Getulio Vargas.<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-
O Ativo Circulante <strong>da</strong> empresa Comercial <strong>de</strong> Produtos Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong> era <strong>de</strong><br />
100,00 e passou para 137,99 no ano <strong>de</strong> 2008 e 131,09 no ano <strong>de</strong> 2009, representando um<br />
crescimento <strong>de</strong> 37,99% e 31,09% respectivamente nos dois períodos. Quanto ao Ativo Não<br />
Circulante, que no ano <strong>de</strong> 2007 representava 100,00 passou para 75,67 no ano <strong>de</strong> 2008 e<br />
89,30 no ano <strong>de</strong> 2009, com uma redução <strong>de</strong> 24,33% no ano <strong>de</strong> 2008 e 10,70% do ano <strong>de</strong> 2007<br />
para o ano <strong>de</strong> 2009. Quanto as aplicações totais, <strong>de</strong> 100,00 no ano 2007, passou para 126,66<br />
no ano 2008 e para 123,49 no ano 2009, com um crescimento <strong>de</strong> 26,66% do ano 2007 para o<br />
ano 2008 e <strong>de</strong> 23,49% do ano 2007 para o ano 2009.<br />
Quanto aos grupos <strong>de</strong> contas <strong>da</strong>s fontes, o Passivo Circulante passou <strong>de</strong> 100,00 no ano<br />
2007, para 307,98 no ano 2008 e para 300,47 no ano 2009 com um expressivo crescimento <strong>de</strong><br />
207,98% do ano 2007 para o ano 2008 e 200,47% do ano 2007 para o ano 2009, ficando<br />
acima do crescimento do Ativo Circulante evi<strong>de</strong>nciado anteriormente. A empresa não possui<br />
um Passivo Não Circulante, o que, neste caso, quer dizer que não precisou recorrer a<br />
obrigações <strong>de</strong> longo prazo para pagamento <strong>de</strong> seus compromissos. Quanto ao Patrimônio<br />
Liquido, passou <strong>de</strong> 100,00 no ano 2007 para 4,57 no ano 2008 e para 4,33 no ano 2009,<br />
ocorrendo uma significativa redução <strong>de</strong> 95,43% do ano 2007 para 2008 e <strong>de</strong> 95,67 do ano<br />
2007 para 2009, o que ocorreu <strong>de</strong>vido a uma <strong>de</strong>cisão <strong>da</strong> empresa <strong>de</strong> reestruturar o valor <strong>de</strong><br />
seus lucros acumulados, transferindo-os, a partir do ano <strong>de</strong> 2008, para a conta <strong>de</strong> lucros a<br />
distribuir do Passivo, o que não era feito em 2007, ficando o valor do Patrimônio Liquido <strong>de</strong><br />
2007 maior que dos outros anos <strong>de</strong>vido ao saldo <strong>da</strong> conta Lucros Acumulados.<br />
Quadro 33: Balanço Patrimonial Atualizado para a Análise Vertical<br />
ANÁLISE COMPARATIVA DO BALANÇO PATRIMONIAL - HORIZONTAL<br />
DA EMPRESA COMERCIAL DE PRODUTOS AGRICOLAS TERRA VERDE<br />
Exercicio 2007 2008 2009 2008-2007 2009-2007<br />
ATIVO 100,00<br />
CIRCULANTE 100,00<br />
Disponivel 100,00<br />
Caixa 100,00<br />
Caixa 100,00<br />
Banco Conta Movimento 100,00<br />
Bancos 100,00<br />
Direitos Realizaveis a Curto Prazo 100,00<br />
Clientes Nacio<strong>na</strong>is 100,00<br />
Clientes Diversos 100,00<br />
Em n° Índice Em n° Índice Em n° Índice Em n° Índice Em n° Índice<br />
126,66<br />
137,99<br />
107,33<br />
1.729,21<br />
1.729,21<br />
9,65<br />
9,65<br />
140,57<br />
103,81<br />
103,81<br />
123,49<br />
131,09<br />
197,65<br />
106,69<br />
106,69<br />
203,13<br />
203,13<br />
125,49<br />
125,90<br />
125,90<br />
26,66<br />
37,99<br />
7,33<br />
1.629,21<br />
1.629,21<br />
(90,35)<br />
(90,35)<br />
40,57<br />
3,81<br />
3,81<br />
93<br />
23,49<br />
31,09<br />
97,65<br />
6,69<br />
6,69<br />
103,13<br />
103,13<br />
25,49<br />
25,90<br />
25,90
Creditos Diversos 100,00<br />
Cheques Pre Datados 100,00<br />
Tributos e Contribuições a Compensar 100,00<br />
Adiantamento a Fornecedores 100,00<br />
Estoques 100,00<br />
Mercadorias 100,00<br />
NÃO CIRCULANTE 100,00<br />
Investimentos 100,00<br />
Participações Societarias 100,00<br />
Integralização <strong>de</strong> Capital 100,00<br />
Imobilizado 100,00<br />
Bens e Direitos em Uso 100,00<br />
Bens e Direitos 100,00<br />
Depreciação Acumula<strong>da</strong> 100,00<br />
(-) Depreciação Bens e Direitos em Uso 100,00<br />
TOTAL DAS APLICAÇÕES 100,00<br />
PASSIVO 100,00<br />
CIRCULANTE 100,00<br />
Obrigações Trabalhistas 100,00<br />
Folha <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Empregados 100,00<br />
Salarios a Pagar 100,00<br />
Folha <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Autonomos 100,00<br />
Rendimentos a Pagar 100,00<br />
Folha <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Dirigentes 100,00<br />
Pró-Labore a Pagar 100,00<br />
Encargos Sociais a Pagar 100,00<br />
INSS a Recolher 100,00<br />
FGTS a Recolher 100,00<br />
Contribuições a Sindicatos a Recolher 100,00<br />
Obrigações Tributárias 100,00<br />
Impostos Retidos a Recolher 100,00<br />
IRRF a Recolher - PJ 100,00<br />
Impostos e Contribuições Sobre o Lucro 100,00<br />
IRPJ a Pagar 100,00<br />
Contribuição Social a Pagar 100,00<br />
Impostos e Contribuições Sobre a Receita 100,00<br />
ICMS a Pagar 100,00<br />
COFINS a Pagar 100,00<br />
PIS a Pagar 100,00<br />
ISSQN a Pagar 100,00<br />
Contas a Pagar 100,00<br />
Demais Contas a Pagar 100,00<br />
Honorarios a Pagar 100,00<br />
Lucros a Distribuir 100,00<br />
Adiantamento <strong>de</strong> Clientes 100,00<br />
Fornecedores Nacio<strong>na</strong>is 100,00<br />
Emprestimos e Fi<strong>na</strong>nciamentos 100,00<br />
Parcelamento <strong>de</strong> Tributos 100,00<br />
247,71<br />
198,75<br />
109,41<br />
630,70<br />
100,01<br />
100,01<br />
75,67<br />
92,98<br />
92,98<br />
92,98<br />
75,64<br />
88,25<br />
88,25<br />
143,46<br />
143,46<br />
126,66<br />
307,98<br />
307,98<br />
109,17<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
109,17<br />
109,23<br />
108,76<br />
-<br />
369,91<br />
375,04<br />
375,04<br />
370,33<br />
388,93<br />
332,80<br />
162,46<br />
-<br />
-<br />
-<br />
154,93<br />
307,02<br />
307,02<br />
104,20<br />
-<br />
999,50<br />
132,64<br />
-<br />
10,49<br />
138,28<br />
155,36<br />
109,82<br />
100,56<br />
116,81<br />
116,81<br />
89,30<br />
105,58<br />
105,58<br />
105,58<br />
89,28<br />
105,92<br />
105,92<br />
178,81<br />
178,81<br />
123,49<br />
300,47<br />
300,47<br />
182,75<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
145,09<br />
138,77<br />
188,99<br />
-<br />
59,83<br />
255,26<br />
255,26<br />
58,90<br />
55,95<br />
64,86<br />
338,97<br />
-<br />
-<br />
-<br />
94,44<br />
308,43<br />
308,43<br />
113,77<br />
-<br />
826,52<br />
134,02<br />
-<br />
-<br />
147,71<br />
98,75<br />
9,41<br />
530,70<br />
0,01<br />
0,01<br />
(24,33)<br />
(7,02)<br />
(7,02)<br />
(7,02)<br />
(24,36)<br />
(11,75)<br />
(11,75)<br />
43,46<br />
43,46<br />
26,66<br />
207,98<br />
207,98<br />
9,17<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
9,17<br />
9,23<br />
8,76<br />
-<br />
269,91<br />
275,04<br />
275,04<br />
270,33<br />
288,93<br />
232,80<br />
62,46<br />
-<br />
-<br />
-<br />
54,93<br />
207,02<br />
207,02<br />
4,20<br />
-<br />
899,50<br />
32,64<br />
-<br />
(89,51)<br />
94<br />
38,28<br />
55,36<br />
9,82<br />
0,56<br />
16,81<br />
16,81<br />
(10,70)<br />
5,58<br />
5,58<br />
5,58<br />
(10,72)<br />
5,92<br />
5,92<br />
78,81<br />
78,81<br />
23,49<br />
200,47<br />
200,47<br />
82,75<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-<br />
45,09<br />
38,77<br />
88,99<br />
-<br />
(40,17)<br />
155,26<br />
155,26<br />
(41,10)<br />
(44,05)<br />
(35,14)<br />
238,97<br />
-<br />
-<br />
-<br />
(5,56)<br />
208,43<br />
208,43<br />
13,77<br />
-<br />
726,52<br />
34,02<br />
-<br />
-
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 100,00<br />
Capital 100,00<br />
Capital Social 100,00<br />
Capital Social 100,00<br />
Resultado do Exercicio 100,00<br />
Lucros ou Prejuízos Acumulados 100,00<br />
Lucros ou Prejuizos Acumulados 100,00<br />
TOTAL DAS ORIGENS 100,00<br />
Fonte: Dados fornecidos pela empresa.<br />
3.9.3 Rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos Estoques<br />
4,57<br />
92,98<br />
92,98<br />
92,98<br />
-<br />
-<br />
-<br />
126,66<br />
4,33<br />
87,98<br />
87,98<br />
87,98<br />
-<br />
-<br />
-<br />
123,49<br />
(95,43)<br />
(7,02)<br />
(7,02)<br />
(7,02)<br />
(100,00)<br />
-<br />
-<br />
26,66<br />
95<br />
(95,67)<br />
(12,02)<br />
(12,02)<br />
(12,02)<br />
(100,00)<br />
É <strong>de</strong> suma importância a verificar qual o tempo médio <strong>de</strong> permanência dos estoques <strong>na</strong><br />
empresa, pois quanto mais cedo ou mais vezes ele girar, melhor é a sua quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
No caso <strong>da</strong> empresa Comercial <strong>de</strong> Produtos Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong>, tem-se:<br />
Ano 2007: Ven<strong>da</strong>s => 3.573.782,77 = 5,69 ou 365 = 64 dias<br />
Estoques 627.964,16 5,69<br />
Ano 2008: Ven<strong>da</strong>s => 5.306.981,25 = 7,85 ou 365 = 46 dias<br />
Estoques 675.475,87<br />
Ano 2009: Ven<strong>da</strong>s => 4.306.886,81 = 5,16 ou 365 = 70 dias<br />
Estoques 833.768,97 5,16<br />
O melhor momento do estoque <strong>da</strong> empresa Comercial <strong>de</strong> Produtos Agrícolas Terra<br />
Ver<strong>de</strong> ocorreu no ano 2008, on<strong>de</strong> girou 7,85 vezes no período, levando, por conseguinte, 46<br />
dias para girar. O ano <strong>de</strong> 2007 girou 5,69 vezes neste ano, ou seja, 64 dias para girar, e no ano<br />
<strong>de</strong> 2009, on<strong>de</strong> ouve um aumento dos estoques, girou 5,16 vezes no período, ou 70 dias para<br />
ser vendido. Com isso, po<strong>de</strong>-se dizer que a rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos estoques <strong>da</strong> empresa é<br />
consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> boa, pois seus produtos em estoques giram ao menos 5 vezes em ca<strong>da</strong> ano, o que<br />
<strong>de</strong>monstra boa política <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s.<br />
-<br />
-<br />
23,49
3.10 Sistema <strong>de</strong> Informações Gerenciais<br />
O sistema <strong>de</strong> informação é o agrupamento <strong>de</strong> todos os subsistemas <strong>da</strong> empresa que em<br />
conjunto possibilitam <strong>da</strong>r suporte informativo para os seus usuários, para que possam tomar<br />
as <strong>de</strong>cisões para a empresa.<br />
3.10.1 Informações gerenciais, níveis e periodici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Para que a empresa possa sempre ter maior segurança <strong>na</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>cisões é<br />
preciso que to<strong>da</strong>s as informações gerenciais disponíveis no sistema sejam <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, no<br />
tempo certo, confiável, entre outros atributos necessários para o gerenciamento <strong>de</strong> uma<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Ca<strong>da</strong> nível <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> organização, seja ele operacio<strong>na</strong>l, tático ou estratégico, precisa<br />
<strong>de</strong> informações diferentes, ou até po<strong>de</strong> ser a mesma, mas com acessos diferentes aos<br />
resultados, além <strong>da</strong> periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> em que recebem as mesmas, conforme as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
ca<strong>da</strong> um, as informações são dividi<strong>da</strong>s em níveis e períodos.<br />
Quadro 34: Níveis e Periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s Informações<br />
Destino <strong>da</strong>s<br />
Subsistema<br />
Informações<br />
Subsistema Níveis<br />
Informação Operacio<strong>na</strong>l F Tático F Estratégico F<br />
Relatório <strong>de</strong> Estoques X D X M X M<br />
Estoque Mínimo X D X M<br />
Rotativi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos Estoques X S X M<br />
Estoque por Produto X F X M<br />
Relatório <strong>de</strong> Compras X D X S X M<br />
Compra á Vista X D X S<br />
Compra á Prazo X D X S<br />
Montante compras por produto X F X M<br />
Montante compras por fornecedor X F X M<br />
Opções <strong>de</strong> fornecedores X F<br />
Relatório <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong>s X D X S X M<br />
Ven<strong>da</strong>s á Vista X D X S<br />
Ven<strong>da</strong>s á Prazo X D X S<br />
Devolução <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong>s X D X M<br />
Ven<strong>da</strong>s Por Período X F X M X M<br />
Relatório <strong>de</strong> Contas a Receber X F X M<br />
96
Contas Por Cliente X F X F<br />
Contas Por Vencimento X F<br />
Relatório <strong>de</strong> Contas a Pagar X D X F<br />
Contas por Fornecedor X F<br />
Contas por Vencimento X F<br />
Relatório <strong>de</strong> Custos X F X F X M<br />
Preço <strong>de</strong> custo dos produtos X M<br />
Margem <strong>de</strong> Contribuição Unitária X D X S<br />
Margem <strong>de</strong> Contribuição Total X S X M<br />
Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio Por Mercadoria X S X M<br />
Balanço Patrimonial X A<br />
Análise Balanço Vertical X A<br />
Análise Balanço Horizontal X A<br />
Fonte: Dados conforme pesquisa.<br />
Legen<strong>da</strong>:<br />
D: Diário S: Sema<strong>na</strong>l F: Freqüentemente M: Mensal A: Anual<br />
Com esses <strong>da</strong>dos é possível direcio<strong>na</strong>r as informações para as pessoas certas e com<br />
isso agilizar o processo <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, tor<strong>na</strong>ndo-o mais preciso e confiável.<br />
97
CONCLUSÃO<br />
A Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial oferece inúmeros instrumentos que auxiliam os gestores <strong>na</strong><br />
toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, pois ela aju<strong>da</strong> com o planejamento, controle e análise <strong>da</strong>s informações<br />
contábeis, fi<strong>na</strong>nceiras e <strong>de</strong> custos <strong>da</strong> empresa. Assim, a empresa se disponibiliza <strong>de</strong><br />
informações úteis e relevantes, reunindo os conhecimentos <strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> fi<strong>na</strong>nceira com<br />
varias outras áreas importantes para o bom gerenciamento.<br />
Com um mercado ca<strong>da</strong> vez mais competitivo, é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância que os gestores<br />
tenham em mãos ferramentas suficientes que lhes permitam permanecer no negócio. Com<br />
esse estudo, percebe-se a importância que a contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong> possui no contexto atual,<br />
pois os controles gerenciais são fun<strong>da</strong>mentais para que a empresa tenha maior segurança e<br />
confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>na</strong>s <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> seu dia-a-dia.<br />
Com isso, verificando os procedimentos utilizados <strong>na</strong> empresa, conclui-se que a<br />
empresa não possui um sistema contábil <strong>gerencial</strong> i<strong>de</strong>al. Assim, o presente trabalho teve como<br />
objetivo geral <strong>de</strong>senvolver um Sistema <strong>de</strong> Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial para a Comercial <strong>de</strong><br />
Produtos Agrícolas Terra Ver<strong>de</strong>, que proporcione informações para o gerenciamento <strong>da</strong><br />
empresa diante do processo <strong>de</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />
Para isso, foi elabora<strong>da</strong> a revisão bibliográfica sobre contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>gerencial</strong>,<br />
contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> custos e análise <strong>da</strong>s <strong>de</strong>monstrações contábeis, on<strong>de</strong> foram pesquisados<br />
conceitos que serviram <strong>de</strong> base para o estudo aplicado. Depois po<strong>de</strong>-se dizer que ouve a<br />
transformação <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos em informações, pois foram levantados os custos e as <strong>de</strong>spesas <strong>da</strong><br />
empresa, que foram indispensáveis para a realização do trabalho e também para os gestores <strong>da</strong><br />
empresa que po<strong>de</strong> a<strong>na</strong>lisar <strong>de</strong> forma organiza<strong>da</strong> essas informações.<br />
98
Depois foram levantados os vinte produtos mais vendidos pela empresa, on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong>ram<br />
ser comparados o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> praticado pela empresa e o preço <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> orientativo<br />
calculado a partir dos custos e <strong>de</strong>spesas apurados e do lucro <strong>de</strong>sejado pela empresa. Com<br />
esses <strong>da</strong>dos foi possível apurar os indicadores gerenciais como a Margem <strong>de</strong> Contribuição,<br />
que permite que a empresa saiba se está ven<strong>de</strong>ndo o suficiente para cobrir suas <strong>de</strong>spesas e<br />
gerar o lucro <strong>de</strong>sejado, e também o Ponto <strong>de</strong> Equilíbrio, a Margem <strong>de</strong> Segurança Operacio<strong>na</strong>l<br />
e a apuração do resultado dos produtos em estudo, ou seja, informações que contribuem<br />
significativamente para a gestão <strong>da</strong> empresa.<br />
Também, através <strong>da</strong> análise <strong>de</strong> balanços, foi possível concluir que a empresa sempre<br />
obtém resultados positivos, pois suas <strong>de</strong>spesas são muito bem controla<strong>da</strong>s, a empresa já<br />
possui seus fornecedores certos, dos quais consegue muitas vantagens e <strong>de</strong>scontos através do<br />
pagamento adiantado <strong>da</strong> compra <strong>de</strong> mercadorias, o que contribui para o aumento <strong>da</strong> receita <strong>da</strong><br />
empresa. Outro fator positivo é que a empresa possui um alto giro <strong>de</strong> suas disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />
pois está com seus pagamentos sempre em dia não precisando recorrer a empréstimos e<br />
fi<strong>na</strong>nciamentos. O resultado <strong>da</strong> empresa sempre é <strong>de</strong> lucro nos últimos anos.<br />
Após as análises realiza<strong>da</strong>s neste trabalho, acredita-se que os objetivos do estudo<br />
foram alcançados, assim, os cálculos <strong>de</strong>senvolvidos servem <strong>de</strong> parâmetros para análises e uma<br />
implementação <strong>de</strong> um sistema contábil <strong>gerencial</strong> <strong>na</strong> empresa objeto <strong>de</strong>ste estudo.<br />
Fi<strong>na</strong>lmente, com a realização <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso, po<strong>de</strong>-se dizer que<br />
a experiência <strong>na</strong> área contábil, principalmente <strong>na</strong> área <strong>gerencial</strong>, foi <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valor e<br />
aproveitamento, uma vez que foi possível aplicar <strong>na</strong> prática os conhecimentos obtidos em<br />
aula, através do estudo aplicado <strong>na</strong> empresa. A aplicação prática comprovou que a<br />
Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial é um instrumento fun<strong>da</strong>mental para a gestão <strong>de</strong> qualquer empresa,<br />
pois os <strong>da</strong>dos são transformados em informações que são imprescindíveis para o<br />
gerenciamento e a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Assim, po<strong>de</strong>-se dizer que este estudo e todo o curso <strong>de</strong><br />
Ciências Contábeis trouxe, além <strong>de</strong> muitos conhecimentos <strong>na</strong> área, muitas realizações<br />
pessoais e maturi<strong>da</strong><strong>de</strong> como profissio<strong>na</strong>l.<br />
99
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
BASSO, Irani Paulo. Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Geral. 3 ed. Ijuí: <strong>Unijuí</strong>, 2005, 332 p.<br />
________________. Estrutura, Análise e interpretação <strong>de</strong> balanços- parte II: Apostila <strong>de</strong><br />
Análise <strong>da</strong>s Demonstrações Contábeis II. <strong>Unijuí</strong>, 2009, 26 p.<br />
BERTI, Anélio. Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e Análise <strong>de</strong> Custos. 1 ed. Curitiba: Juruá, 2009, 292 p.<br />
____________. Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Geral. São Paulo: Ícone, 2001, 206 p.<br />
BERTO, Dalvio José; BEULKE, Rolando. Gestão <strong>de</strong> Custos. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2006,<br />
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BIO, Sérgio Rodrigues. Sistemas <strong>de</strong> Informação: Um Enfoque Gerencial. 1 ed. São Paulo:<br />
Atlas, 1993, 183 p.<br />
BOMFIM, Eunir <strong>de</strong> Amorim; PASSARELLI, João. Custos e formação <strong>de</strong> preços. 5 ed. São<br />
Paulo: IOB, 2008, 524 p.<br />
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão <strong>de</strong> custos e formação <strong>de</strong> preços. 3 ed. São<br />
Paulo: Atlas, 2004, 551 p.<br />
CASSARRO, Antonio Carlos. Sistemas <strong>de</strong> informações para toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. 3 ed. São<br />
Paulo: Pioneira, 1999, 129 p.<br />
CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Gerencial: Teoria e Prática. 4 ed. São Paulo:<br />
Atlas, 2008, 399 p.<br />
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Empresa no século XXI. São Paulo: Atlas, 1998, 231 p.<br />
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Fun<strong>da</strong>ção Getulio Vargas. Conjuntura Econômica. Rio <strong>de</strong> Janeiro, n° 09, vol. 64, Set.2010.<br />
102
ANEXOS<br />
103
Anexo 1: Artigo n° 09 do Livro I, Inciso VIII do Decreto 37.699/97 do RICMS – RS<br />
Capitulo IV<br />
DA ISENÇÃO<br />
Art. 9° - São isentas do imposto as seguintes operações com mercadorias:<br />
(...)<br />
VIII – saí<strong>da</strong>s inter<strong>na</strong>s, a partir <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1997 <strong>da</strong>s seguintes<br />
mercadorias: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 2º (Alteração 3009) do Decreto 46.948, <strong>de</strong> 21/01/10.<br />
(DOE 22/01/10) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 01/01/10.)<br />
NOTA 01 - Ver: hipótese <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> base <strong>de</strong> cálculo, art. 23, IX; e benefício do<br />
não-estorno do crédito fiscal, art. 35, XXI. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 1º (Alteração 2465) do<br />
Decreto 45.366, <strong>de</strong> 29/11/07. (DOE 30/11/07) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 01/03/08.)<br />
NOTA 02 - Esta isenção, outorga<strong>da</strong> às saí<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mercadorias <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong>s à pecuária,<br />
esten<strong>de</strong>-se às remessas com <strong>de</strong>stino a apicultura, aqüicultura, avicultura, cunicultura,<br />
ranicultura e sericultura.(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 1º (Alteração 066), do Decreto 38.008, <strong>de</strong><br />
11/12/97. (DOE 12/12/97) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 01/12/97.)<br />
a) insetici<strong>da</strong>s, fungici<strong>da</strong>s, formici<strong>da</strong>s, herbici<strong>da</strong>s, parasitici<strong>da</strong>s, germici<strong>da</strong>s, acarici<strong>da</strong>s,<br />
nematici<strong>da</strong>s, ratici<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>sfolhantes, <strong>de</strong>ssecantes, espalhantes, a<strong>de</strong>sivos, estimuladores e<br />
inibidores <strong>de</strong> crescimento (reguladores), vaci<strong>na</strong>s, soros e medicamentos, produzidos para uso<br />
<strong>na</strong> agricultura e <strong>na</strong> pecuária, inclusive inoculantes, ve<strong>da</strong><strong>da</strong> a sua aplicação quando <strong>da</strong><strong>da</strong> ao<br />
produto <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>ção diversa; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 3º (Alteração 2089) do Decreto 44.299,<br />
<strong>de</strong> 20/02/06. (DOE 21/02/06) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 19/10/04.)<br />
b) ácido nítrico e ácido sulfúrico, ácido fosfórico, fosfato <strong>na</strong>tural bruto e enxofre, dos<br />
estabelecimentos extratores, fabricantes ou importadores para:<br />
NOTA - Esta isenção também se esten<strong>de</strong> às saí<strong>da</strong>s promovi<strong>da</strong>s, entre si, pelos<br />
estabelecimentos referidos nos números 1 a 4 e às saí<strong>da</strong>s a título <strong>de</strong> retorno, real ou simbólico,<br />
<strong>da</strong> mercadoria remeti<strong>da</strong> para fins <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem.<br />
104
1 - estabelecimento on<strong>de</strong> sejam industrializados adubos simples ou compostos,<br />
fertilizantes e fosfato bi-cálcio <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>dos à alimentação animal;<br />
2 - estabelecimento produtor agropecuário;<br />
3 - quaisquer estabelecimentos com fins exclusivos <strong>de</strong> armaze<strong>na</strong>gem;<br />
4 - outro estabelecimento <strong>da</strong> mesma empresa on<strong>de</strong> se tiver processado a<br />
industrialização;<br />
c) rações para animais, concentrados, suplementos, aditivos, premix ou núcleo,<br />
fabricados por indústria <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente registra<strong>da</strong> no Ministério <strong>da</strong> Agricultura, Pecuária e<br />
Abastecimento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que: (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 2º, IV (Alteração 2306), do Decreto<br />
44.881, <strong>de</strong> 01/02/07. (DOE 05/02/07) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 01/08/06.)<br />
NOTA 01 - Enten<strong>de</strong>-se por:<br />
a)"ração animal" qualquer mistura <strong>de</strong> ingredientes capaz <strong>de</strong> suprir as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
nutritivas para manutenção, <strong>de</strong>senvolvimento e produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos animais a que se <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>;<br />
b)"concentrado" a mistura <strong>de</strong> ingredientes que, adicio<strong>na</strong><strong>da</strong> a um ou mais alimentos em<br />
proporções a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s e <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente especifica<strong>da</strong>s pelo seu fabricante, constitua uma ração<br />
animal;<br />
c)"suplemento" o ingrediente ou a mistura <strong>de</strong> ingredientes capaz <strong>de</strong> suprir a ração ou<br />
concentrado, em vitami<strong>na</strong>s, aminoácidos ou minerais, permiti<strong>da</strong> a inclusão <strong>de</strong><br />
aditivos. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 2º, II (Alteração 1298), do Decreto 41.577, <strong>de</strong> 03/05/02.<br />
(DOE 06/05/02) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 09/04/02.)<br />
d)"aditivo" as substâncias e misturas <strong>de</strong> substâncias ou microorganismos adicio<strong>na</strong>dos<br />
intencio<strong>na</strong>lmente aos alimentos para os animais, que tenham ou não valor nutritivo, e que<br />
afetem ou melhorem as características dos alimentos ou dos produtos <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>dos à<br />
alimentação dos animais; (Acrescentado pelo art. 2º, IV (Alteração 2306), do Decreto 44.881,<br />
<strong>de</strong> 01/02/07. (DOE 05/02/07) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 01/08/06.)<br />
e)"premix ou núcleo" a mistura <strong>de</strong> aditivos para produtos <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>dos à alimentação<br />
animal ou a mistura <strong>de</strong> um ou mais <strong>de</strong>stes aditivos com matérias-primas usa<strong>da</strong>s como<br />
excipientes que não se <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>m à alimentação direta dos animais. (Acrescentado pelo art. 2º,<br />
IV (Alteração 2306), do Decreto 44.881, <strong>de</strong> 01/02/07. (DOE 05/02/07) - Efeitos a partir <strong>de</strong><br />
01/08/06.)<br />
NOTA 02 - Esta isenção aplica-se, ain<strong>da</strong>, à ração animal, prepara<strong>da</strong> em<br />
estabelecimento produtor, <strong>na</strong> transferência a estabelecimento produtor do mesmo titular ou <strong>na</strong><br />
105
emessa a outro estabelecimento produtor em relação ao qual o titular remetente mantiver<br />
contrato <strong>de</strong> produção integra<strong>da</strong>.<br />
1 - as mercadorias estejam registra<strong>da</strong>s no órgão competente do referido Ministério e o<br />
número do registro seja indicado no documento fiscal; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 2º (Alteração<br />
2955), do Decreto 46.624, <strong>de</strong> 24/09/09. (DOE 25/09/09) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 25/09/09.)<br />
2 - haja o respectivo rótulo ou etiqueta i<strong>de</strong>ntificando a mercadoria;<br />
3 - as mercadorias se <strong>de</strong>stinem exclusivamente ao uso <strong>na</strong> pecuária;<br />
d) calcário e gesso, <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>dos ao uso exclusivo <strong>na</strong> agricultura, como corretivo ou<br />
recuperador do solo;<br />
e) semente genética, semente básica, semente certifica<strong>da</strong> <strong>de</strong> primeira geração - C1,<br />
semente certifica<strong>da</strong> <strong>de</strong> segun<strong>da</strong> geração - C2, semente não certifica<strong>da</strong> <strong>de</strong> primeira geração -<br />
S1 e semente não certifica<strong>da</strong> <strong>de</strong> segun<strong>da</strong> geração - S2, <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong>s à semeadura, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />
produzi<strong>da</strong>s sob controle <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s certificadoras ou fiscalizadoras, bem como as<br />
importa<strong>da</strong>s, atendi<strong>da</strong>s as disposições <strong>da</strong> Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 10.711, <strong>de</strong> 05/08/03, regulamenta<strong>da</strong><br />
pelo Decreto Fe<strong>de</strong>ral nº 5.153, <strong>de</strong> 23/07/04, e as exigências estabeleci<strong>da</strong>s pelos órgãos do<br />
Ministério <strong>da</strong> Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou por outros órgãos e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong><br />
Administração Fe<strong>de</strong>ral, dos Estados e do Distrito Fe<strong>de</strong>ral, que mantiverem convênio com<br />
aquele Ministério, e obe<strong>de</strong>ci<strong>da</strong>s as instruções baixa<strong>da</strong>s pela Receita Estadual; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong><br />
pelo art. 1º (Alteração 2108) do Decreto 44.375, <strong>de</strong> 30/03/06. (DOE 31/03/06) - Efeitos a<br />
partir <strong>de</strong> 25/04/05.)<br />
NOTA - Esta isenção esten<strong>de</strong>-se à saí<strong>da</strong> inter<strong>na</strong> <strong>de</strong> sementes do campo <strong>de</strong> produção,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que:(Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 3º (Alteração 2089) do Decreto 44.299, <strong>de</strong> 20/02/06. (DOE<br />
21/02/06) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 19/10/04.)<br />
a)o campo <strong>de</strong> produção seja registrado no Ministério <strong>da</strong> Agricultura, Pecuária e<br />
Abastecimento ou em órgão por ele <strong>de</strong>legado; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 1º, I (Alteração 2216),<br />
do Decreto 44.709, <strong>de</strong> 30/10/06. (DOE 31/10/06) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 22/07/05.)<br />
b)o <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>tário seja beneficiador <strong>de</strong> sementes registrado no Ministério <strong>da</strong> Agricultura,<br />
Pecuária e Abastecimento, ou em órgão por ele <strong>de</strong>legado; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 1º, I<br />
(Alteração 2216), do Decreto 44.709, <strong>de</strong> 30/10/06. (DOE 31/10/06) - Efeitos a partir <strong>de</strong><br />
22/07/05.)<br />
106
c)a produção <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> campo não exce<strong>da</strong> à quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> estima<strong>da</strong>, por ocasião do seu<br />
registro, pelo Ministério <strong>da</strong> Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ou por órgão por ele<br />
<strong>de</strong>legado; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 1º, I (Alteração 2216), do Decreto 44.709, <strong>de</strong> 30/10/06.<br />
(DOE 31/10/06) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 22/07/05.)<br />
d)as sementes satisfaçam os padrões estabelecidos pelo Ministério <strong>da</strong> Agricultura,<br />
Pecuária e Abastecimento; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 1º, I (Alteração 2216), do Decreto 44.709,<br />
<strong>de</strong> 30/10/06. (DOE 31/10/06) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 22/07/05.)<br />
e)as sementes não tenham outro <strong>de</strong>stino que não seja a semeadura. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo<br />
art. 1º, I (Alteração 2216), do Decreto 44.709, <strong>de</strong> 30/10/06. (DOE 31/10/06) - Efeitos a partir<br />
<strong>de</strong> 22/07/05.)<br />
f)alho em pó, sorgo, sal mineralizado, farinhas <strong>de</strong> peixe, <strong>de</strong> ostra, <strong>de</strong> carne, <strong>de</strong> osso, <strong>de</strong><br />
pe<strong>na</strong>, <strong>de</strong> sangue e <strong>de</strong> víscera, calcário calcítico, caroço <strong>de</strong> algodão, farelos e tortas <strong>de</strong> algodão,<br />
<strong>de</strong> babaçu, <strong>de</strong> cacau, <strong>de</strong> amendoim, <strong>de</strong> linhaça, <strong>de</strong> mamo<strong>na</strong>, <strong>de</strong> milho e <strong>de</strong> trigo, farelo<br />
estabilizado <strong>de</strong> arroz, farelos <strong>de</strong> girassol, <strong>de</strong> glúten <strong>de</strong> milho, <strong>de</strong> gérmen <strong>de</strong> milho<br />
<strong>de</strong>sengordurado, <strong>de</strong> quirera <strong>de</strong> milho, <strong>de</strong> casca e <strong>de</strong> semente <strong>de</strong> uva e <strong>de</strong> polpa cítrica, glúten<br />
<strong>de</strong> milho, feno, óleos <strong>de</strong> aves, e outros resíduos industriais, <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>dos à alimentação animal<br />
ou ao emprego <strong>na</strong> fabricação <strong>de</strong> ração animal; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 1º, II (Alteração 2951),<br />
do Decreto 46.624, <strong>de</strong> 24/09/09. (DOE 25/09/09, retificado em 29/10/09) - Efeitos a partir <strong>de</strong><br />
01/08/09.)<br />
NOTA - Enten<strong>de</strong>-se por "farelo estabilizado <strong>de</strong> arroz" o produto obtido através do<br />
processo <strong>de</strong> extração do óleo contido no farelo <strong>de</strong> arroz integral por meio <strong>de</strong> solvente.<br />
g)esterco animal;<br />
h)mu<strong>da</strong>s <strong>de</strong> plantas;<br />
NOTA 01 - Enten<strong>de</strong>-se como mu<strong>da</strong> <strong>de</strong> planta aquela <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong> ao uso <strong>na</strong> agricultura<br />
que tenha sido retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> viveiro para posterior plantação <strong>de</strong>finitiva, mesmo que tenha a<br />
fi<strong>na</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> puramente or<strong>na</strong>mental.<br />
<strong>de</strong> vaso.<br />
NOTA 02 -Esta isenção não alcança as saí<strong>da</strong>s <strong>de</strong> plantas or<strong>na</strong>mentais em qualquer tipo<br />
107
i)embriões, sêmen congelado ou resfriado, exceto os <strong>de</strong> bovino, ovos férteis, pintos e<br />
marrecos <strong>de</strong> um dia, girinos e alevinos; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 2º, III (Alteração 838), do<br />
Decreto 40.077, <strong>de</strong> 05/05/00. (DOE 08/05/00) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 24/04/00.)<br />
j)enzimas prepara<strong>da</strong>s para <strong>de</strong>composição <strong>de</strong> matéria orgânica animal, classifica<strong>da</strong>s no<br />
código 3507.90.4 <strong>da</strong> NBM/SH-NCM; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo art. 1º (Alteração 066), do Decreto<br />
38.008, <strong>de</strong> 11/12/97. (DOE 12/12/97) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 01/12/97.)<br />
l)gipsita brita<strong>da</strong> <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong> ao uso <strong>na</strong> agropecuária ou à fabricação <strong>de</strong> sal<br />
mineralizado;(Acrescentado pelo art. 1º, I (Alteração 1412), do Decreto 41.984, <strong>de</strong> 27/11/02.<br />
(DOE 28/11/02) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 14/10/02.)<br />
m)casca <strong>de</strong> coco tritura<strong>da</strong> para uso <strong>na</strong> agricultura; (Acrescentado pelo art. 2º, I<br />
(Alteração 1576), do Decreto 42.261, <strong>de</strong> 26/05/03. (DOE 27/05/03) - Efeitos a partir <strong>de</strong><br />
01/05/03.)<br />
n)vermiculita para uso como condicio<strong>na</strong>dor e ativador <strong>de</strong> solo; (Acrescentado pelo art.<br />
1º, II (Alteração 1724), do Decreto 42.894, <strong>de</strong> 05/02/04. (DOE 09/02/04) - Efeitos a partir <strong>de</strong><br />
03/11/03.)<br />
o)extrato pirolenhoso <strong>de</strong>cantado, piro alho, silício líquido piro alho e bio bire plus,<br />
para uso <strong>na</strong> agropecuária; (Acrescentado pelo art. 1º, II (Alteração 2808) do Decreto 46.124,<br />
<strong>de</strong> 09/01/09. (DOE 12/01/09) - Efeitos a partir <strong>de</strong> 01/01/09.)<br />
p)óleo, extrato seco e torta <strong>de</strong> Nim (Azadirachta indica A. Juss); (Acrescentado pelo<br />
art. 1º, II (Alteração 2952), do Decreto 46.624, <strong>de</strong> 24/09/09. (DOE 25/09/09) - Efeitos a partir<br />
<strong>de</strong> 01/08/09.)<br />
108
Anexo 2: Artigo 1° <strong>da</strong> Lei 10.925/2004<br />
LEI N o 10.925, DE 23 DE JULHO DE 2004.<br />
Art. 1 o Ficam reduzi<strong>da</strong>s a 0 (zero) as alíquotas <strong>da</strong> contribuição para o PIS/PASEP e <strong>da</strong><br />
Contribuição para o Fi<strong>na</strong>nciamento <strong>da</strong> Seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> Social - COFINS inci<strong>de</strong>ntes <strong>na</strong> importação<br />
e sobre a receita bruta <strong>de</strong> ven<strong>da</strong> no mercado interno <strong>de</strong>: (Vigência) (Vi<strong>de</strong> Decreto nº 5.630,<br />
<strong>de</strong> 2005)<br />
I - adubos ou fertilizantes classificados no Capítulo 31, exceto os produtos <strong>de</strong> uso<br />
veterinário, <strong>da</strong> Tabela <strong>de</strong> Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI,<br />
aprova<strong>da</strong> pelo Decreto n o 4.542, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2002, e suas matérias-primas;<br />
primas;<br />
II - <strong>de</strong>fensivos agropecuários classificados <strong>na</strong> posição 38.08 <strong>da</strong> TIPI e suas matérias-<br />
III - sementes e mu<strong>da</strong>s <strong>de</strong>sti<strong>na</strong><strong>da</strong>s à semeadura e plantio, em conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com o<br />
disposto <strong>na</strong> Lei n o 10.711, <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2003, e produtos <strong>de</strong> <strong>na</strong>tureza biológica utilizados<br />
em sua produção;<br />
IV - corretivo <strong>de</strong> solo <strong>de</strong> origem mineral classificado no Capítulo 25 <strong>da</strong> TIPI;<br />
V - produtos classificados nos códigos 0713.33.19, 0713.33.29, 0713.33.99, 1006.20,<br />
1006.30 e 1106.20 <strong>da</strong> TIPI;<br />
VI - inoculantes agrícolas produzidos a partir <strong>de</strong> bactérias fixadoras <strong>de</strong> nitrogênio,<br />
classificados no código 3002.90.99 <strong>da</strong> TIPI;<br />
VII - produtos classificados no Código 3002.30 <strong>da</strong> TIPI; e<br />
VIII – (VETADO)<br />
IX - farinha, grumos e sêmolas, grãos esmagados ou em flocos, <strong>de</strong> milho,<br />
classificados, respectivamente, nos códigos 1102.20, 1103.13 e 1104.19, todos <strong>da</strong><br />
TIPI;(Incluído pela Lei nº 11.051, <strong>de</strong> 2004)<br />
109
X - pintos <strong>de</strong> 1 (um) dia classificados no código 0105.11 <strong>da</strong> TIPI; (Incluído pela Lei nº<br />
11.051, <strong>de</strong> 2004)<br />
XI - leite fluido pasteurizado ou industrializado, <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> ultrapasteurizado, leite<br />
em pó, integral, semi<strong>de</strong>s<strong>na</strong>tado ou <strong>de</strong>s<strong>na</strong>tado, leite fermentado, bebi<strong>da</strong>s e compostos lácteos e<br />
fórmulas infantis, assim <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s conforme previsão legal específica, <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>dos ao consumo<br />
humano ou utilizados <strong>na</strong> industrialização <strong>de</strong> produtos que se <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>m ao consumo<br />
humano; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Lei nº 11.488, <strong>de</strong> 2007)<br />
XII - queijos tipo mozarela, mi<strong>na</strong>s, prato, queijo <strong>de</strong> coalho, ricota, requeijão, queijo<br />
provolone, queijo parmesão e queijo fresco não maturado; (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Lei nº 11.488,<br />
<strong>de</strong> 2007)<br />
XIII - soro <strong>de</strong> leite fluido a ser empregado <strong>na</strong> industrialização <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>dos<br />
ao consumo humano. (Incluído pela Lei nº 11.488, <strong>de</strong> 2007)<br />
XIV - farinha <strong>de</strong> trigo classifica<strong>da</strong> no código 1101.00.10 <strong>da</strong> Tipi; (Incluído pela Lei nº<br />
11787, <strong>de</strong> 2008)<br />
2008)<br />
XV - trigo classificado <strong>na</strong> posição 10.01 <strong>da</strong> Tipi; e (Incluído pela Lei nº 11787, <strong>de</strong><br />
XVI - pré-misturas próprias para fabricação <strong>de</strong> pão comum e pão comum<br />
classificados, respectivamente, nos códigos 1901.20.00 Ex 01 e 1905.90.90 Ex 01 <strong>da</strong><br />
Tipi.(Incluído pela Lei nº 11787, <strong>de</strong> 2008)<br />
XVII – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.096, <strong>de</strong> 2009)<br />
§ 1 o No caso dos incisos XIV a XVI, o disposto no caput <strong>de</strong>ste artigo aplica-se até 31<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2011. (Re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela Lei nº 12.096, <strong>de</strong> 2009)<br />
§ 2 o O Po<strong>de</strong>r Executivo po<strong>de</strong>rá regulamentar a aplicação <strong>da</strong>s disposições <strong>de</strong>ste<br />
artigo. (Incluído pela Lei nº 11787, <strong>de</strong> 2008)<br />
110
Anexo 3: Balanço Patrimonial Origi<strong>na</strong>l<br />
BALANÇO PATRIMONIAL (ORIGINAL)<br />
COMERCIAL DE PRODUTOS AGRICOLAS TERRA VERDE<br />
Exercício 2007 2008 2009<br />
ATIVO 2.040.939,02 2.780.304,62 2.864.714,40<br />
CIRCULANTE 1.670.050,82 2.478.472,08 2.488.266,01<br />
Disponível 129.492,76 149.476,78 290.909,13<br />
Caixa 7.355,78 136.801,13 8.920,07<br />
Caixa 7.355,78 136.801,13 8.920,07<br />
Banco Conta Movimento 122.136,98 12.675,65 281.989,06<br />
Bancos 122.136,98 12.675,65 281.989,06<br />
Direitos Realizáveis a Curto Prazo 1.540.558,06 2.328.995,30 2.197.356,88<br />
Clientes Nacio<strong>na</strong>is 502.500,15 561.015,54 719.075,56<br />
Clientes Diversos 502.500,15 561.015,54 719.075,56<br />
Créditos Diversos 410.066,15 1.092.476,29 644.484,75<br />
Cheques Pré Datados 269.000,00 575.000,00 475.000,00<br />
Tributos e Contribuições a Compensar 78.374,18 92.220,54 97.828,12<br />
Adiantamento a Fornecedores 62.691,97 425.255,75 71.656,63<br />
Estoques 627.991,76 675.503,47 833.796,57<br />
Mercadorias 627.991,76 675.503,47 833.796,57<br />
NÃO CIRCULANTE 370.888,20 301.832,54 376.448,39<br />
Investimentos 500,00 500,00 600,00<br />
Participações Societárias 500,00 500,00 600,00<br />
Integralização <strong>de</strong> Capital 500,00 500,00 600,00<br />
Imobilizado 370.388,20 301.332,54 375.848,39<br />
Bens e Direitos em Uso 454.920,06 431.760,06 547.649,76<br />
Bens e Direitos 454.920,06 431.760,06 547.649,76<br />
Depreciação Acumula<strong>da</strong> (84.531,86) (130.427,52) (171.801,37)<br />
(-) Depreciação Bens e Direitos em Uso (84.531,86) (130.427,52) (171.801,37)<br />
TOTAL DAS APLICAÇÕES 2.040.939,02 2.780.304,62 2.864.714,40<br />
PASSIVO 821.263,22 2.720.304,62 2.804.714,40<br />
CIRCULANTE 821.263,22 2.720.304,62 2.804.714,40<br />
Obrigações Trabalhistas 3.785,70 4.444,98 7.863,37<br />
Folha <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Empregados - - 1.620,18<br />
Salários a Pagar - - 1.620,18<br />
Folha <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Autônomos - - -<br />
Rendimentos a Pagar - - -<br />
Folha <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Dirigentes - - -<br />
Pró-Labore a Pagar - - -<br />
Encargos Sociais a Pagar 3.785,70 4.444,98 6.243,19<br />
INSS a Recolher 3.309,20 3.887,62 5.219,65<br />
FGTS a Recolher 476,50 557,36 1.023,54<br />
Contribuições a Sindicatos a Recolher - - -<br />
Obrigações Tributárias 24.401,17 97.078,67 16.594,25<br />
Impostos Retidos a Recolher 43,47 175,34 126,12<br />
111
IRRF a Recolher - PJ 43,47 175,34 126,12<br />
Impostos e Contribuições Sobre o Lucro 24.307,30 96.815,27 16.273,95<br />
IRPJ a Pagar 16.253,72 67.989,58 10.337,05<br />
Contribuição Social a Pagar 8.053,58 28.825,69 5.936,90<br />
Impostos e Contribuições Sobre a Receita 50,40 88,06 194,18<br />
ICMS a Pagar - 4,08 140,08<br />
COFINS a Pagar - - -<br />
PIS a Pagar - - -<br />
ISSQN a Pagar 50,40 83,98 54,10<br />
Contas a Pagar 793.076,35 2.618.780,97 2.780.256,78<br />
Demais Contas a Pagar 793.076,35 2.618.780,97 2.780.256,78<br />
Honorários a Pagar 1.160,00 1.300,00 1.500,00<br />
Lucros a Distribuir - 1.461.519,33 1.565.541,46<br />
Adiantamento <strong>de</strong> Clientes 9.660,00 103.841,75 90.748,84<br />
Fornecedores Nacio<strong>na</strong>is 736.898,56 1.051.251,51 1.122.466,48<br />
Empréstimos e Fi<strong>na</strong>nciamentos 37.659,25 - -<br />
Parcelamento <strong>de</strong> Tributos 7.698,54 868,38 -<br />
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.219.675,80 60.000,00 60.000,00<br />
Capital 60.000,00 60.000,00 60.000,00<br />
Capital Social 60.000,00 60.000,00 60.000,00<br />
Capital Social 60.000,00 60.000,00 60.000,00<br />
Resultado do Exercício 1.159.675,80 - -<br />
Lucros ou Prejuízos Acumulados 1.159.675,80 - -<br />
Lucros ou Prejuízos Acumulados 1.159.675,80 - -<br />
TOTAL DAS ORIGENS 2.040.939,02 2.780.304,62 2.864.714,40<br />
112
Anexo 4: Balanço Patrimonial Atualizado<br />
BALANÇO PATRIMONIAL (ATUALIZADO)<br />
COMERCIAL DE PRODUTOS AGRICOLAS TERRA VERDE<br />
Exercício 2007 2008 2009<br />
ATIVO 2.319.736,89 2.938.248,21 2.864.714,40<br />
CIRCULANTE 1.898.184,35 2.619.269,16 2.488.266,01<br />
Disponível 147.181,83 157.968,26 290.909,13<br />
Caixa 8.360,60 144.572,53 8.920,07<br />
Caixa 8.360,60 144.572,53 8.920,07<br />
Banco Conta Movimento 138.821,23 13.395,73 281.989,06<br />
Bancos 138.821,23 13.395,73 281.989,06<br />
Direitos Realizáveis a Curto Prazo 1.751.002,52 2.461.300,90 2.197.356,88<br />
Clientes Nacio<strong>na</strong>is 571.143,05 592.885,72 719.075,56<br />
Clientes Diversos 571.143,05 592.885,72 719.075,56<br />
Créditos Diversos 466.082,31 1.154.537,70 644.484,75<br />
Cheques Pré Datados 305.746,14 607.664,61 475.000,00<br />
Tributos e Contribuições a Compensar 89.080,31 97.459,41 97.828,12<br />
Adiantamento a Fornecedores 71.255,87 449.413,69 71.656,63<br />
Estoques 713.777,16 713.877,48 833.796,57<br />
Mercadorias 713.777,16 713.877,48 833.796,57<br />
NÃO CIRCULANTE 421.552,55 318.979,05 376.448,39<br />
Investimentos 568,30 528,40 600,00<br />
Participações Societárias 568,30 528,40 600,00<br />
Integralização <strong>de</strong> Capital 568,30 528,40 600,00<br />
Imobilizado 420.984,25 318.450,64 375.848,39<br />
Bens e Direitos em Uso 517.063,39 456.287,49 547.649,76<br />
Bens e Direitos 517.063,39 456.287,49 547.649,76<br />
Depreciação Acumula<strong>da</strong> (96.079,14) (137.836,85) (171.801,37)<br />
(-) Depreciação Bens e Direitos em Uso (96.079,14) (137.836,85) (171.801,37)<br />
TOTAL DAS APLICAÇÕES 2.319.736,89 2.938.248,21 2.864.714,40<br />
PASSIVO 933.450,03 2.874.839,73 2.804.714,40<br />
CIRCULANTE 933.450,03 2.874.839,73 2.804.714,40<br />
Obrigações Trabalhistas 4.302,84 4.697,49 7.863,37<br />
Folha <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Empregados - - 1.620,18<br />
Salários a Pagar - - 1.620,18<br />
Folha <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Autônomos - - -<br />
Rendimentos a Pagar - - -<br />
Folha <strong>de</strong> Pagamento <strong>de</strong> Dirigentes - - -<br />
Pró-Labore a Pagar - - -<br />
Encargos Sociais a Pagar 4.302,84 4.697,49 6.243,19<br />
INSS a Recolher 3.761,25 4.108,47 5.219,65<br />
FGTS a Recolher 541,59 589,02 1.023,54<br />
Contribuições a Sindicatos a Recolher - - -<br />
Obrigações Tributárias 27.734,44 102.593,52 16.594,25<br />
Impostos Retidos a Recolher 49,41 185,30 126,12<br />
113
IRRF a Recolher - PJ 49,41 185,30 126,12<br />
Impostos e Contribuições Sobre o Lucro 27.627,74 102.315,15 16.273,95<br />
IRPJ a Pagar 18.474,02 71.851,93 10.337,05<br />
Contribuição Social a Pagar 9.153,72 30.463,22 5.936,90<br />
Impostos e Contribuições Sobre a Receita 57,28 93,06 194,18<br />
ICMS a Pagar - 4,31 140,08<br />
COFINS a Pagar - - -<br />
PIS a Pagar - - -<br />
ISSQN a Pagar 57,28 88,75 54,10<br />
Contas a Pagar 901.412,76 2.767.548,72 2.780.256,78<br />
Demais Contas a Pagar 901.412,76 2.767.548,72 2.780.256,78<br />
Honorários a Pagar 1.318,46 1.373,85 1.500,00<br />
Lucros a Distribuir - 1.544.545,35 1.565.541,46<br />
Adiantamento <strong>de</strong> Clientes 10.979,58 109.740,79 90.748,84<br />
Fornecedores Nacio<strong>na</strong>is 837.560,93 1.110.971,02 1.122.466,48<br />
Empréstimos e Fi<strong>na</strong>nciamentos 42.803,61 - -<br />
Parcelamento <strong>de</strong> Tributos 8.750,18 917,71 -<br />
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.386.286,86 63.408,48 60.000,00<br />
Capital 68.196,16 63.408,48 60.000,00<br />
Capital Social 68.196,16 63.408,48 60.000,00<br />
Capital Social 68.196,16 63.408,48 60.000,00<br />
Resultado do Exercício 1.318.090,70 - -<br />
Lucros ou Prejuízos Acumulados 1.318.090,70 - -<br />
Lucros ou Prejuízos Acumulados 1.318.090,70 - -<br />
TOTAL DAS ORIGENS 2.319.736,89 2.938.248,21 2.864.714,40<br />
114