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automação<br />
a energia gasta na frenagem de volta à rede<br />
é denominada “regeneração”.<br />
Geralmente, o controle dos conversores<br />
CC é feito por PWM, com uma frequência<br />
de chaveamento cujo período seja muito<br />
menor do que a constante de tempo elétrica<br />
da carga. Esta técnica reduz a ondulação na<br />
corrente, e, portanto, o torque.<br />
Conversor Classe A<br />
Na figura 8 temos o diagrama de um conversor<br />
capaz de operar somente no quadrante<br />
I. Como a carga é puramente indutiva, o uso<br />
do diodo “free-wheeling” é indispensável.<br />
Podemos notar que a corrente na carga<br />
pode circular apenas em um único sentido,<br />
bem como não há possibilidade de inversão<br />
Quadrante Torque, velocidade Sentido de rotação Variação de velocidade<br />
I > 0 Avante Acelera<br />
II > 0 À ré Freia<br />
III < 0 À ré Acelera<br />
IV < 0 Avante Freia<br />
T1. Resumo da atuação do Conversor CC nos quatro quadrantes.<br />
F4. Máquina (motor) funcionando no<br />
quadrante I.<br />
F5. Máquina (motor) funcionando no<br />
F7. Máquina (motor) funcionando no<br />
quadrante III. quadrante IV.<br />
F8. Conversor Classe A.<br />
48 <strong>Mecatrônica</strong> <strong>Atual</strong> :: Novembro/Dezembro 2012<br />
da polaridade da tensão de armadura, uma<br />
vez que o diodo impede a formação de tensões<br />
negativas aplicadas na saída para a carga.<br />
A corrente de armadura, por sua vez,<br />
pode comportar-se de duas formas: condução<br />
contínua, e descontínua (figura 9).<br />
No modo de condução contínua, a corrente<br />
de armadura não chega a zero dentro de cada<br />
ciclo de chaveamento, o que significa que há<br />
corrente circulando através do diodo durante<br />
todo o tempo e que o transistor está em “off”<br />
(desligado), ou seja, tensão terminal nula.<br />
No modo de condução descontínua, a<br />
corrente chega a zero, fazendo com que o<br />
diodo deixe de conduzir.<br />
Como não há corrente, não temos queda<br />
de tensão sobre Ra e La, de modo que a<br />
F6. Máquina (motor) funcionando no<br />
quadrante II.<br />
tensão disponível nos terminais de saída é<br />
a própria tensão de armadura (Eg).<br />
O valor médio da tensão terminal em<br />
condução contínua é:<br />
Já o valor médio em condução descontínua<br />
é:<br />
Onde: δ = ciclo de trabalho.<br />
Conversor Classe B<br />
Conforme já dito anteriormente, o conversor<br />
Classe B opera somente no IV quadrante,<br />
ou seja: frenagem avante. Nesta situação, a<br />
velocidade mantém seu sentido (assim como<br />
Eg), porém, o torque (Ia) se inverte. Através<br />
da figura 10 podemos notar que o diodo e o<br />
transistor trocaram de posição, havendo uma<br />
inversão da corrente de armadura e da fonte.<br />
Para que seja possível à corrente retornar<br />
para a fonte (regeneração), é necessário que a<br />
tensão média no terminal de saída tenha um<br />
valor maior do que a tensão da fonte (Eg > E).<br />
Isso ocorre, por exemplo, quando controlamos<br />
a velocidade através do enfraquecimento<br />
do campo. Ao frear o motor, eleva-se<br />
a corrente de campo, aumentando Eg, e<br />
possibilitando a transferência de energia da<br />
máquina para a fonte.<br />
Neste caso também podemos ter a operação<br />
em modo contínuo ou descontínuo<br />
(figura 11).<br />
Durante a condução do transistor, há<br />
um acúmulo de energia na “indutância” da<br />
armadura. Assim que este componente é<br />
desligado, a continuidade da corrente por L a<br />
leva à condução do diodo. Essa técnica faz<br />
com que a energia acumulada na indutância<br />
seja entregue à fonte. Quanto maior o ciclo<br />
de trabalho, tanto maior será a corrente.<br />
O valor médio da tensão terminal em<br />
modo contínuo é: