24.09.2013 Views

O MÉTODO DE EXAUSTÃO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ...

O MÉTODO DE EXAUSTÃO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ...

O MÉTODO DE EXAUSTÃO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

que fixava o limite superior. E assim, através desse processo, chegou-se a um valor<br />

aproximado para a área do círculo a qual figurava, rigorosamente, entre esse dois limites.<br />

Bastante contribuição teve para a matemática ao utilizar essa inovação de fazer uso da<br />

aproximação no lugar da igualdade precisa. Arquimedes percebeu que com freqüência bastava<br />

fazer duas aproximações comparativamente fáceis de uma resposta que propusesse um limite<br />

inferior e um outro superior – entre os quais residiria a resposta. Quanto maior a exatidão<br />

exigida, mais estreitos os limites. Por exemplo, no diagrama anterior, os lados de um polígono<br />

podiam ser aumentados indefinidamente, reduzindo assim a diferença entre os limites superior<br />

e inferior até um resultado infinitesimalmente pequeno. Assim teve início o cálculo, embora<br />

outros 2.000 anos ainda fossem necessários antes que alguém desenvolvesse essa idéia. Isso<br />

só aconteceu a partir de 1666, quando Newton formulou os elementos essenciais do cálculo<br />

diferencial.<br />

Utilizando os recursos da matemática moderna, refinada e tendo a figura 3 como apoio,<br />

vamos mostrar a aproximação feita para π , partindo de dois polígonos de 96 lados, um<br />

inscrito e outro circunscrito à circunferência, assim como Arquimedes considerou. Considere,<br />

também, o raio da circunferência igual a 1.<br />

360 1 360<br />

360<br />

Temos α = e β = ⋅ , ou seja, β = . Das relações trigonométricas em um<br />

96 2 96<br />

192<br />

l<br />

triângulo retângulo, temos 2 l l 360<br />

sen β = = , mas = sen , o que nos dá aproximadamente<br />

1 2 2 192<br />

l = 0,<br />

0654381656 , sendo l o lado do polígono inscrito.<br />

Sendo a o apótema do polígono inscrito, por Pitágoras temos:<br />

2<br />

2<br />

2 l l<br />

a = 1−<br />

= 1−<br />

, ou<br />

2 4<br />

a =<br />

l<br />

1−<br />

4<br />

= 0,<br />

9994645875.<br />

Agora, calculando a área A t de um dos 96 triângulos do<br />

l ⋅ a<br />

polígono inscrito (ver figura 3) temos: At = . Resulta que a área do polígono inscrito é<br />

2<br />

l ⋅ a<br />

Ap = 96 ⋅ At<br />

= 96 ⋅ = 48⋅<br />

l ⋅ a , onde 48 ⋅ l = p , semi-perímetro do polígono inscrito. Disso<br />

2<br />

resulta que encontramos: = 48 ⋅ l ⋅ a , ou A = 3,<br />

1393502030 , aproximadamente.<br />

A p<br />

p<br />

Considerando agora o triângulo maior, do polígono circunscrito, formando o mesmo ângulo<br />

L<br />

β , temos: 2 L<br />

tg β = . Então = tgβ<br />

, ou L = 0,<br />

0654732008 , aproximadamente. Como o<br />

1 2<br />

apótema do polígono circunscrito é o raio r = 1 da circunferência, podemos calcular a área<br />

L ⋅1<br />

L<br />

A T de um dos 96 triângulos do polígono circunscrito. Assim, AT = = e a área do<br />

2 2<br />

2<br />

10

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!